Normalmente não publico este tipo de correspondência, senão quando feita pela seção de cartas.
Mas, em agradecimento às (um pouco exageradas) palavras de incentivo, o faço com orgulho e sinceros agradecimentos ao missivista. Isso é o que me motiva a continuar superando obstáculos e alguma bobagens que leio por aí.
Prezado Sr. Eduardo,
É com muita indignação que lhe escrevo para manifestar-me sobre algo que o Sr. (e sua “bola de cristal”) já havia antecipado.
Uma situação que causa nojo diante da importância que muitos audiófilos e entusiastas dedicam ao universo HIFI e HIEND, e que mostra claramente para onde caminha o áudio no Brasil.
Tive em mãos a edição deste mês de uma revista bem conhecida de todos que trata sobre áudio hi-end (e vídeo também de forma completamente desconcertante). Não citarei o nome da publicação pois sei que o Sr. se reserva na divulgação de nomes e marcas, principalmente nestes casos ( e vai acabar mesmo colocando os **** risos…).
Estou hoje com 61 anos, e me dedico seriamente ao áudio desde os meus 20 anos quando pude adquirir meu primeiro sistema de som “de alta fidelidade”. Depois disso adquiri tamanha paixão pela música que passei a provocar melhorias (ou “upgrades” como dizem hoje) em meus equipamentos para obter um resultado mais fiel do som.
Passei por um período que me auto-intitulo de “idiota”, onde fui enganado por vendedores, publicações e fóruns. Gastei muito e mal. Tive sérias dificuldades para acertar meu sistema de som, coisa que hoje com muito orgulho considero uma batalha vencida. Há muito o que fazer ainda, mas graças aos seus ensinamentos eu consegui encontrar o caminho certo para melhorar meu sistema sem cair no que o Sr. chama de “armadilhas do mercado”.
Realmente, através de seus artigos pude identificar a pilantragem que existe neste meio com importadores e lojistas aproveitadores, artigos tendenciosos e confusos, manipulações de fotos, de fóruns, etc. Tudo isso, pelo estreito vínculo entre o interesse comercial e o poder do meio de que dispõe de convencimento do comprador.
Passei a ser muito mais cuidadoso com o que leio e consegui com isso identificar alguns pontos que o Sr. sempre citou. Até brinquei com isso quando desconfiado de um membro de um fórum eu enviei uma MP com uma “armadilha” e o cidadão caiu direitinho. Era mesmo um “membro fantasma” como o Sr. costuma chamar, com o intuito de valorizar uma marca do dono do site.
Mas, confesso que já caí nestas armadilhas antes deste ‘amadurecimento” que o Sr. me proporcionou através de seus inúmeros artigos.
Vendi um cabo de força de “grife” como o Sr. diz, e com o valor montei 5 cabos conforme seu excelente tutorial do HIFI PLANET. Isso porque tive que pedir para um técnico construí-los já que não disponho de ferramental e nem de habilidades para isso, o que me custou um pouco mais, senão teria montado pelo menos 6 cabos e ainda sobrado um troco para a pinga (risos).
Troquei um amplificador avaliado pela publicação em questão como “imperdível e barganha” por um modelo que o Sr. recomendou, e fiquei estarrecido com a qualidade superior que obtive por 1/3 do preço. Claro que realizei as alterações que o Sr. também me sugeriu.
Sempre paciente e prestativo (afinal foram 31 emails entre remessas e respostas) o Sr. me ajudou de uma forma que até então ninguém havia feito. Lhe agradeço hoje publicamente por isso.
Agradeço também ao amigo Emílio, que foi fundamental para que eu acreditasse em sua proposta, depois que ele ouviu seu sistema e declarou que era superior ao de “referência” da citada publicação que ele teve oportunidade de também ouvir.
Conhecendo a seriedade deste grande amigo em comum não tive mais dúvidas do que tinha que fazer.
Sem a sua ajuda certamente estaria ainda sofrendo com mudanças e mais mudanças em meus equipamentos, alimentando os $$$ que o mercado tenta tirar de nós.
Mas voltando ao objetivo desta correspondência, que autorizo o Sr. a publicá-la se tiver interesse com o intuito de prestar meu testemunho aos inúmeros colegas que também sofrem para encontrar o caminho para ter um sistema de som bom e a um preço justo, vou lhe explicar o porque de minha indignação.
Na edição deste mês da publicação em pauta, pude constatar que o que o Sr. tanto alertava se mostrou de fato verdadeiro, quando a publicação anunciou um grupo de assessoria e a representação de marcas de equipamentos de som. Equipamentos inclusive avaliados na mesma edição por membros do próprio grupo, que já fiquei sabendo certa vez que um deles pelo menos também trabalha com equipamentos e já chegou a avaliar equipamentos de sua comercialização. Quase inacreditável isso se eu não tivesse presenciado o fato.
Ficou claro agora o verdadeiro elo que existia entre fornecedores e publicação e o porque de tantas contradições e abusos em artigos e testes.
Para mim o áudio de qualidade, seja HIFI ou HIEND chegou ao fundo do poço no Brasil.
Com fóruns manipulados, publicações aliadas com fornecedores e prestação de serviços de “assessoria”, lojistas despreparados, e a falta de informação precisa, estamos mesmo desamparados.
O que era discreto (não muito) agora ficou escancarado.
Alguns amigos que conheci diziam que o Sr. exagerava um pouco e até não concordavam com algumas de suas posições, mas hoje existe uma unanimidade em torno do que é real e do que é imaginário.
Estes amigos hoje, muitos que já lhe são próximos também tiveram a oportunidade de conhecer um universo totalmente novo do áudio, onde é possível gastar muito menos para ter muito mais, fugindo das armadilhas que criam a cada esquina.
Li com bastante curiosidade um texto também onde um rapaz menciona ter feito um teste cego com um player de Cd, e os apreciadores apontaram o equipamento, um modelo antigo, barato e fora de linha, muito superior aos caros modelos raiend que estavam ali para comparação. Irônico, mas também muito triste.
Esta não é a primeira vez que isso acontece. Lembro de sua experiência com uma cabinho de pouco reais que foi taxado como qualidade ouro por audiófilos respeitados de uma certa comunidade.
Leio em seu site e outros no exterior equipamentos de baixo custo darem verdadeira surra em outros de “grife” custando muito mais caro.
Já tive a oportunidade de experimentar cabos e equipamentos anunciados como verdadeiros “diamantes” que custavam verdadeiras fortunas mas que eram exatamente iguais a outros de preço muito inferior.
Vemos um DAC que lá fora custa R$ 1.800 sendo anunciado por quase R$ 4.000. Ou ainda um amplificador que custa nos EUA R$ 1.700 sendo considerado como a “maior barganha” por quase R$ 3.500 !!!
Aí vem a desculpa da carga tributária, do custo de transporte (isso porque os EUA também traz da Europa), etc, como se eles pagassem esse preço do mercado final. Oras… sabemos que distribuidores e representantes possuem tabela diferenciada com custo muito menor.
Por isso que o mercado livre prospera com vendedores que pagam o peço final, importam o equipamento, colocam seu lucro e vendem bem mais barato.
Só para se ter uma idéia, cotei o referido DAC numa loja inglesa, e com frete e impostos ele chegaria aqui por R$ 2.900 !!! Isso porque não tenho tabela de preços diferenciada de distribuidor da marca… Garantia? Já precisei de garantia para meu Oppo e dei com os burros na água.
Junto com alguns amigos que já mencionei reproduzimos situações que não podíamos acreditar, e que só com a semente da dúvida que o Sr. plantou pudemos constatar.
Quero parabenizá-lo pela excelente contribuição que o Sr. tem prestado a esta pobre comunidade, cada vez mais carente de informações honestas.
É uma pena que a atualização do HIFI PLANET é muito demorada, senão certamente seria seguramente a única opção que o consumidor esclarecido buscaria na hora de sua compra.
Com a clareza e a honestidade de seus textos não precisaríamos de mais nada, nem de pagar consultores bastante suspeitos por algo que temos de graça de forma bem mais precisa.
Porque o Sr. não cria um tutorial para montar um sistema de áudio de qualidade com diversas opções para se adequar as mais variadas necessidades? Considerando tamanho de sala, verba disponível e outros fatores caso a caso.
Sr. Eduardo, obrigado por tudo em nome de todos aqueles que gratuitamente se beneficiam de seu conhecimento e orientações gratuitas, norteadas pelo nobre sentimento de ajudar esta comunidade sem nada pedir em troca.
Sinceros Agradecimentos e Parabéns Por Tudo !!!
Samuel L. de Souza Filho
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Sr. Samuel,
Obrigado pelas palavras e pelo seu depoimento sincero e descomprometido.
Tentarei me dedicar mais a teste espaço, logo que for possível.
Ainda existem boas pessoas neste mercado, e tenho certeza que os casos que o sr. citou acontecem em outro continente…
Desculpe por ter omitido uma frase de seu texto, mas ainda acredito que as pessoas podem mudar, e merecem uma oportunidade. Além disso, uma mentira não dura para sempre.
Um grande abraço
Eduardo
Boa Tarde Samuel
O senhor não está sozinho em suas opiniões. Foi um depoimento bonito e exemplar.
Também fiquei desapontado com tudo isso que o senhor observou, e sou mais um vacinado contra esses vírus do mal…
A idéia do tuto foi legal. E aí Eduardo? Tem jeito? E que tal palestras?
Arrume mais tempinho para o Hi-Fi Planet.
Desculpa o “forgado” aqui, mas também sinto falta de novidades.
Um grande e forte abraço a todos
PC
Paulo,
Vamos ver o que é possível fazer, mas… palestras??? Difícil, hein? rsrsrs….
Abraço
Uma carta onde me identifico com o seu conteudo! O Sr Eduardo tem ajudado bastante a quem frequenta essa fonte “honesta e imparcial” !!!
“IMPARCIALIDADE” Essa é a palavra chave não só para audio e video mas para MUUUUINTA caisa neste país!
Nunca será d+ agradecer ao Sr Eduardo por criar este espaço, e espero que ele tenha mais tempo para nos ajudar a andar na escuridão desse mercado com a luz de sua sabedoria “isenta” !
Já que fui citado, exerço o meu direito de réplica… rs rs rs
Meu caríssimo Samuel, o seu desabafo é a vontade de muitos. O hi-end no Brasil virou instrumento nas mãos de alguns para unico interesse próprio. Fico satisfeito em poder ter te ajudado, mas os méritos vão mesmo para o bom amigo Eduardo, quem conheci um dia e não me arrependo. Seu cohecimento e sinceridade são as bases para a confiança que deposito nele, e quem teve oportunidade de conhce-lo pessoalmente sabe que em todos os tratos ele age assim (é por isso que não fica rico rs rs rs).
Não. Não vi até hoje um sistema tocar tão bem quanto o dele. Não sei se é somente por causa das caixas, mas que realmente já comparei com o sistema referencia da revista e a diferença foi grande isso eu confirmo.
O impressionante é como canso de ver sistemas muito mais caros tocar tão pior que outros bem mais baratos.
Esse exemplo do CD player e outro que o editor comenta na revista são os mais recentes exemplos disso. O Eduardo me comentou de um amplificador que está recebendo inúmeros prêmios e elogios lá fora, e descobriram que ele usa componetes comuns, nada de hi-end. Tudo do mais barato. O problema é que ele é muito caro assim mesmo, por isso o Eduardo não recomenda aqui.
Eduardo, tente elaborar um roteiro para montar um bom sistema de som. Certamente os resultados serão bem mais compensadores do que estes dos “assessores”. Você sabe o que faz, eles podem até saber (será?), mas se perdem em outros interesses.
(Se bem que ainda acho que você deveria cobrar por isso.)
Abraços meus amigos.
Emílio
Caro Everton,
Não há o que agradecer. Sinto-me feliz por poder ser útil a alguém, ajudar sem precisar de nada em troca. Realmente isso é um hobby, e me dedico muito à isso. Ganhar dinheiro com isso não me interessa, e ficaria feliz se mesmo aqueles que vivem disso fossem um pouco mais honestos.
Grande Emílio,
Você anda sumido…
Vou pensar com carinho neste roteiro para montar um sistema de som “honesto”.
Esse é um projeto antigo, mas sempre falta tempo…
Vou dar um jeitinho.
Mas, acompanhem pelo fórum, a linha dele é bem essa, e não vai mudar como normalmente estamos acostumados a ver por aí, já que o seu objetivo não é proporcionar rendimentos de qualquer espécie e nem subsidiar lojas ou anunciantes.
Abração a todos
Eduardo
É uma constatação dos que já abriram os olhos de que o mercado está cheio de aproveitadores e vendedores de ilusão, infelizmente muitos ainda caem no “conto do hi-end”, de que tudo tem de custar dezenas de milhares de dólares para ser considerado excelente, por que se não for desse jeito não alcançarão o paraíso dos audiófilos, mesmo já estando com a audição comprometida devido a idade. Mas o que me deixa mais indignado não é o fato de os mesmos sujeitos abrirem uma empresa para vender os produtos testados por eles, está claro que sempre foram oportunistas e aproveitadores para aumentar a venda da revista, e, muito provavelmente, ganhar comissões das revendas, o que me causa náuseas é uma pessoa escrever uma artigo sobre uma caixa acústica milionária sem jamais ter estado com ela na sua sala, sem ouvi-la de verdade, inventando qualidades e virtudes imaginadas num teste inexistente, completamente inventado, objetivando tão-somente satisfazer a vontade do representante do produto, ou seu sócio e parceiro comercial. Até mesmo utilizando artifícios do photoshop para falsear uma imagem que ajude a difundir a mentira. Ao que parece já alconteceu mais de uma vez, quem se presta a fazer isso pode fazer qualquer coisa com você para ganhar dinheiro, para mim uma pessoa assim não tem credibilidade nenhuma.
Prezados Amigos,
Somente há pouco tive em mãos a referida publicação, objeto desta discussão.
Quem me conhece melhor, sabe que há muito tempo não compro nenhuma edição desta editora, pois a minha tolerância a bobagens é muito menor.
Li as reportagens em questão, e só tenho a comentar o seguinte:
“Barganha”, para quem não sabe, é um substantivo, não um adjetivo ou uma qualidade de algo.
Barganhar, segundo o Aurélio, significa, também: “Transação fraudulenta; trapaça.”
Elogiar um produto caro, one quem o avalia é o próprio representante da marca, talvez o sentido do Aurélio seja bem oportuno.
Eu não usaria este termo nestas condições, e se tivesse que usá-lo no sentido de “excelente negócio ou oportunidade”, ou talvez “pechincha” (boa compra, grande conveniência, compra vantajosa), eu diria então que “barganha” é o que o mercado internacional paga por este mesmo equipamento. Que “barganha” seria adquirir um Creek 5350SE que a honesta Sound Advice de grande Sr. Moysés vendia no Brasil pelos mesmos US$ 1.500 do mercado americano (mesmo sendo um produto inglês), sem manobras tributárias, ao contrário de conhecidas empresas que usavam deste argumento para vender caro, e soubemos mais tarde que foram autuadas pela Receita por subfaturamento de produtos. Faziam o mercado de idiota.
Lembrando que o referido amplificador ficou por muitos anos na lista de equipamentos Classe A da Stereophile, enquanto outra publicação, segundo contou certa vez o Sr. Moysés, não lhe concedeu a máxima classificação pois ele (Moysés) se recusou a colocar o aparelho num patamar de preço superior, como queria o avaliador para não prejudicar os “concorrentes” do mercado que vendiam “hi-end” por preços bem superiores, entre eles a empresa supostamente autuada citada acima.
“Barganha”, no sentido errado adotado pela publicação, seria então talvez um integrado NAD C 316BEE que nos EUA custa $ 380, ou seu parceiro CD player C515BEE de $ 300, que a Stereophile cita que “BECAUSE HIGH-END DOESN´T HAVE TO MEAN HIGH-PRICED”, ou, “Porque high-end não tem que significar preço elevado”.
A “barganha”, no caso citado, só se for no mercado brasileiro, onde os produtos custam tão caro que o “valor menos exorbitante” pode ser considerado uma pechincha.
Talvez por isso seja tão mais interessante adquirir estes equipamentos no exterior, em sites como o ebay.com, ou mesmo em importadores independentes do mercado-livre, por exemplo.
Talvez a “barganha” seja para o representante destas marcas..
Como diria o apresentador, comentarista e jornalista Boris Casoy: “Isso é uma vergonha!”.
E boa sorte ao consumidor menos atento.
Abraços
Saúdo a todos com um riso na cara…
Pois,me tornei membro de um fórum que trata um assunto que muitos outros tentavam ocultar….a verdade sobre equipamentos de qualidade.
Tenho 41 anos e desde algum tempo (1980) convivo com os mais variados conhecedores sobre áudio e tenho uma opinião formada sobre o assunto,muitas vezes equivocada,mas pessoal e honesta e me identifiquei com esse site.
Tenho um sistema modesto,com caixas artesanais,fabricadas em parceria com um velhinho que também ama a boa música e em minha opinião bate em muitas outras de “grife”.
Aproveitando a deixa,quero parabenizar pela quebra de pernas que deram nesses “ilustres embusteiros raiendi”…..não percam esse brilho,que consegui enxergar no escuro!
EM TEMPO MAIS UMA VEZ.É BOM TER UM ESPAÇO HONESTO.AINDA NÃO PAGA NADA. SOBRE A SUGESTÃO PARA AS CAIXAS : OUÇO MUITO BLUES,E MINHA CONTA BANCÁRIA É MAIS IMPORTANTE QUE MEUS OUVIDOS.SOBRE ISSO.TENHO 59 ANOS.SERÁ QUE ESCUTO TUDINHO O QUE A CAIXA REPRODUZ? O MÚSICOS DE BLUES E A PRÓPRIA MÚSICA BLUES TEM UMA GAMA TÃO LARGA ASSIM?
Mylton,
Sequer ouvidos jovens são perfeitos. Nossa audição não é precisa.
Esteja certo que quando entramos na casa dos 50 anos, a coisa se complica ainda mais. Na verdade, já é bastante grave aos 40.
Quero ver se neste final de semana publico algo bem interessante que achei sobre este assunto, e que certamente será muito útil para o seu questionamento.
um abraço
Eduardo
A revista Áudio e Vídeo Magazine, em sua última edição, destaca o seguinte texto abaixo da foto de uma caixa acústica:- “A nova geração de bookshelfs”. Há algum tempo, escrevi em um comentário que a dita revista não deve ter editor, porque o plural de bookshelf é BOOKSHELVES e não como foi escrito na revista. Esse é mais um reforço da minha decisão de não comprar mais essa revista mensal. Não sabem escrever em português. Em inglês, fica pior ainda. E um erro crasso na capa da revista.
Luiz,
Sua observação está correta.
Abraço
Eduardo