Teste do M1DAC da Musical Fidelity – Review

Teste do conversor digital/analógico M1DAC da Musical Fidelity.

Sou um adepto do uso do DAC em um bom sistema de alta fidelidade.
CD players também podem ser ótimos, mas um DAC, pelo menos em meu sistema, sempre se mostrou a melhor opção.
Comecei com o famoso Audio Alchemy DDE V 3.0, que ainda hoje apresenta uma qualidade impressionante pela sua idade. Depois adquiri um modelo da MSB, que sofreu várias alterações, sendo a última sob orientação do próprio fabricante. O patamar atingido pelo MSB, depois da atualização de alguns componentes e modificações inclusive na fonte, o manteve insuperável por muito tempo em meu sistema.
Desejando me atualizar, cheguei a testar inúmeros outros DACs como o DAC Magic da Cambridge, o V-DAC da Musical Fidelity, o premiado Benchmark, e vários outros modelos da NuForce, Bel Canto, etc., mas nenhum deles conseguiu tirar o meu bom, velho e atualizado MSB da estante. Para dizer a verdade, muitas vezes não entendi os elogios exagerados de algumas publicações sobre determinados modelos que apresentaram um desempenho bem abaixo do esperado. Talvez interesses comerciais, para variar, das publicações e sites.

Porém, recentemente, adquiri para teste o modelo M1DAC da Musical Fidelity. Pouco encontrei sobre ele nas revistas e em sites,  e resolvi testá-lo para conhecê-lo melhor.
Posteriormente, tomei conhecimento que ele conquistou 115 pontos pela Audio Alemã e pontuação máxima pela Gramophone. Apesar de manter muitas reservas com relação a estes testes, essa coincidência de nível de satisfação com o aparelho me animou e me incentivou a realizar um teste bem cuidadoso com o M1DAC.

Apresentação

Sua construção é bastante elogiável. Excelente acabamento numa caixa bastante robusta e bem feita.
É possível perceber que a Musical Fidelity, ao contrário de muitos fabricantes de equipamentos hi-end, se preocupa também com a boa aparência de seus produtos, como pode ser visto na foto abaixo do fabricante:

O M1DAC tem 22 centímetros de largura, com altura de 10 cm e profundidade de 30 cm. Pesa 3,4 Kg e possui fonte interna, ao contrário de muitos DACs que utilizam fonte externa adaptada diretamente à tomada. Isso foi bem aproveitado pela Musical Fidelity, que utiliza um filtro (choke) bastante efetivo na fonte de alimentação bem elaborada.
Sabemos que a etapa interna da fonte de alimentação de um equipamento exerce um papel fundamental para o seu melhor desempenho.
O cabo de força é do tipo destacável, e recomendo a utilização de um cabo de alto nível.

O M1DAC aceita sinais de 32kHz, 44.1kHz, 48kHz, 88kHz, 96kHz e 192kHz, e a  frequência de entrada é mostrada no painel frontal. Ele trabalha com um upsampling real de 24-bit a 192kHz.

Os cuidados com o projeto e a seleção dos componentes especiais garantem um nível de distorção, jitter e ruído de fundo muito baixos, o que certamente colaborou para os resultados observados nos testes.
Suas especificações (fornecidas ao final deste artigo) realmente surpreendem. É um legítimo componente “estado de arte”, muito bem concebido pelo fabricante.

Além das tradicionais saídas RCA, o M1DAC ainda fornece a opção de saídas balanceadas (XLR), aumentando as possibilidades de utilização do equipamento.
Possui, ainda, entrada balanceada, RCA digital, TOSLINK (óptica) e USB.
Abaixo, foto do painel traseiro (foto do fabricante):

Testes de avaliação de desempenho

O M1DAC foi inicialmente conectado ao player SA8001 da Marantz, através da entrada digital coaxial (RCA). Posteriormente, foi testado também com o Oppo BD-83, o DV7001 da Marantz (que considero um outro excelente transporte) e o UD8004, também da Marantz.
O melhor resultado foi obtido com o SA8001, e o pior com o BD-83. Os relatos abaixo, portanto, referem-se aos testes com o SA8001.

Durante todo o teste, a comparação com o meu velho e confiável MSB foi inevitável. Eu precisava ter muita certeza dos resultados antes de descartar o nobre companheiro.
O M1DAC se mostrou superior ao MSB, e conquistou com mérito o seu lugar.

Depois de 100 horas de “queima” (amaciamento), iniciei os testes.
Recomendo utilizar um bom cabo digital. Inicialmente não dei muita importância a este detalhe, mas ao fazer algumas substituições notei que o comportamento do som mudava sutilmente.

O M1DAC tem muita velocidade. Percebi uma melhora sensível neste item em relação ao MSB.
Os ataques dos instrumentos de percussão se tornaram mais precisos e reais, somado a isso as outras recentes atualizações que fiz em meu sistema, foi possível acreditar que os instrumentos estavam tocando ali na sala, e não reproduzidos eletronicamente.

As vozes apresentaram-se bastante naturais e muito agradáveis. Sou um grande apreciador da voz feminina, mais suave do que poderosa, e o DAC foi capaz de proporcionar muita suavidade e harmonia, sem qualquer sibilância ou incômodo auditivo, muito provavelmente em função de sua baixíssima distorção (sou bastante sensível a isso).

Os graves e agudos possuem uma excelente extensão e, mais importante do que isso isoladamente, sempre com um detalhamento surpreendente.
Com as recentes mudanças do meu sistema, o ganho em detalhamento foi muito grande, e o M1DAC conseguiu mostrar que era possível ir um pouquinho mais longe, destacando  melhor as sutilezas de algumas gravações que antes não eram tão perceptíveis.
A ausência de qualquer ruído de fundo certamente ajudou muito nesse quesito. O silêncio de fundo é absoluto, e isso me surpreendeu bastante em vários momentos do teste.

O palco sonoro foi preservado, e já era um dos pontos altos do MSB.

Falar em organicidade ou musicalidade sempre foi algo muito difícil pra mim. Além de considerar estas características bastante subjetivas, não há uma definição muito clara sobre o critério a ser adotado. Muitas vezes percebo que a subjetividade é tão grande que algumas publicações usam esses quesitos com a provável finalidade de “manipular” a pontuação final do equipamento testado.
O que posso dizer sobre a reprodução musical como um todo é que o M1DAC é bastante equilibrado, e proporciona um resultado global bastante satisfatório e agradável.

Ele elevou um pouquinho mais o nível de qualidade final do sistema, e, portanto, cumpriu plenamente o seu papel.

O risco de se fazer um review está justamente no erro que comete muitas publicações ao avaliar um equipamento e dizer que ele, por exemplo, aumentou a extensão da dinâmica do sistema. Ou seja, todos os equipamentos já testados anteriormente teriam que ser novamente avaliados, pois se o sistema agora foi “ajustado” para mostrar uma nova qualidade, o que garante que aqueles equipamentos antes bem avaliados atingiriam essa nova exigência do sistema?
É por isso que o conceito de estrelas, pontuação, classificação por “pedras preciosas” ou qualquer outra forma que classifique “precisamente” um equipamento é algo já falido. Óbvio que um equipamento que tenha sido avaliado com, por exemplo, 100 pontos e outro com 20 pontos é algo que tem alguma validade.
Mas, são poucas as publicações que fazem isso. A What Hi-Fi é uma delas. Numa recente edição, depois de avaliar um televisor da Hitachi, uma marca muito forte na Europa, o avaliador da What Hi-Fi comentou que era difícil encontrar uma única razão para recomendar o aparelho (devido ao seu baixo desempenho e preço incompatível). Isso é admirável, e deveria ser seguido por outras publicações que tentam demonstrar seriedade em seus testes. Aqui mesmo no Hi-Fi Planet já chegamos a mostrar nosso desapontamento com alguns equipamentos. É lamentável uma publicação elogiar sempre todos os equipamentos testados, mesmo sendo o melhor para os seus anunciantes. O seu principal compromisso deve ser com a verdade e com o leitor.

Desta forma, dizer que um equipamento é, por exemplo, Platina, e o outro Criptonita, é uma grande bobagem, pois não há como precisar essa diferença sem ter o melhor sistema do mundo, o que também já é muito difícil. Quando vejo avaliadores testando equipamentos utilizando-se de caixas produzidas há vários anos, me pergunto com que seriedade ele trata os seus testes, ou indo mais longe, a quem ele está enganando?
Se ao trocar um simples cabo, o avaliador diz que “os extremos ganharam uma extensão nunca antes percebida”, como ficam os testes já realizados, já que os equipamentos foram testados com uma limitação que não expôs esse detalhe?  Será que aquele equipamento “Diamante Lapidado com selo do Papa” se fosse novamente testado nesse sistema não se mostraria incapaz de acompanhar essa extensão? Isso é tão óbvio que não consigo entender como algumas pessoas ainda acreditam nessa forma de avaliação, respaldada ainda por metodologias totalmente ultrapassadas.

Aqui não pontuamos equipamentos. Apresentamos suas qualidades e comportamentos diante do sistema em que foi inserido, tão somente isso. E, dentro desse critério de avaliação posso garantir que o M1DAC agradou muito. Me senti bastante satisfeito com a sua inclusão em meu sistema.

QUADRO RESUMO

PONTOS FORTES
– Construção excelente, com componentes selecionados e uma fonte muito bem elaborada.
– Bonito, combina com instalações de bom gosto.
– Reprodução precisa, detalhada e com uma extensão admirável.
– Silênci0 de fundo absoluto que valoriza ainda mais o nível de detalhamento.
– Rápido, com boa faixa dinâmica e graves precisos e poderosos.
– Bastante equilíbrio e qualidade em todas as frequências, agudas, médias ou graves.
– Apresenta ótima naturalidade das vozes, consequência direta de suas outras qualidades.
– Baixíssima distorção.
– Desempenho geral de nível hi-end.
– Preço muito atraente.

PONTOS FRACOS
– Não apresenta o mesmo nível de excelência para utilização via USB.

RECOMENDADO
– Para quem gosta da versatilidade de um DAC para utilização em seu player favorito, permitindo ainda substituir o player e garantir um bom desempenho da conversão analógica/digital.
– Para quem possui DACs mais antigos e não atualizados.
– Para quem deseja reproduzir seus CDs com um resultado de nível hi-end, devendo apenas tomar cuidado com a escolha do cabo de ligação digital.
– Para quem possui um sistema detalhado, de excelente nível, atualizado, mas com um player de CD já defasado. O M1DAC trará sobrevida ao player sem custar a fortuna que um bom CD player costuma custar.
– Para quem usa um player universal ou um DVD ou Blu-Ray player e quer extrair uma qualidade melhor em reprodução de áudio estéreo.

CONCLUSÃO PESSOAL
Sou adepto do uso de DACs. Sua utilização permite muito mais versatilidade a um sistema. Mesmo com um player menos nobre, seja ele para CD, DVD ou Blu-Ray, ainda é possível ter um som estéreo de uma qualidade de nível hi-end, se o amplificador e as  caixas acompanhá-lo.
Players sofrem desgastes mecânicos, perdem sensibilidade do leitor laser, são normalmente menos duráveis que componentes totalmente eletrônicos. Um ótimo DAC pode ser uma solução bastante duradoura num sistema. Convém lembrar que, apesar do nome, o DAC não faz somente a conversão do sinal de digital para analógico. Ele ainda amplifica e trata esse sinal analógico antes de enviá-lo ao amplificador. Ele praticamente faz tudo depois que o leitor do player leu as informações gravadas no disco.
O M1DAC é um equipamento excepcional e que atendeu com bastante facilidade as novas exigências do meu sistema.
Depois de testar alguns DACs até, inexplicavelmente, “famosos”, o M1DAC foi o único capaz de tirar o meu confiável MSB da estante, mesmo tendo sido atualizado por diversas vezes para melhorias de desempenho.
O M1DAC está num patamar bem acima do V-DAC. Quem já testou ou adquiriu um V-DAC deve tomar muito cuidado com as comparações sem antes testar com muito cuidado o M1DAC, pois este é um equipamento com virtudes suficientes para fazer parte de um bom sistema hi-end.
Estou muito satisfeito com sua aquisição, e o recomendo sem receios.

PREÇO
Pode ser encontrado em mercados virtuais na internet (espaços legalizados).
Preço Médio: R$ 1.300,00

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS

Output
Output impedance: 47 ohms
Output, digital 0dB level: RCA output – 2.2V r.m.s. nominal (RCA) 4.4V (XLR)
DAC
DAC circuit: 24 bit Delta-Sigma (bit stream) dual differential 8x over-sampling to 192kHz Total correlated jitter <12 picoseconds peak to peak Linearity <0.1dB down to -96dB Frequency response: 10Hz to 20 kHz -0.1dB max.
Channel separation: >105dB 20 Hz to 20 kHz
Signal to noise: >119dB “A”- wtd.
Total harmonic distortion: <0.0025% 10Hz to 20 kHz
Connections
Line level outputs: 1 pair line level RCA (phono), left and right / 1 pair line level XLR (balanced), left and right
Digital inputs: 1 XLR AES balanced digital input / 1 RCA coaxial connector SPDIF 32-192 kbps (16-24 bit stereo PCM) / 1 TOSLINK optical connector 32-96 kbps (16-24 bit stereo PCM) / 1 USB type ‘B’ connector for computer/PDA 32-48 kbps
Power requirement
Mains voltages: 115/230VAC 50/60Hz (factory pre-set) 100VAC 50/60Hz (alternative)
Consumption: 10 Watts maximum
Weight
Unit only, unboxed: 3.4 kg (7½ lbs) In shipping carton & inc. accessories 4.1 kg (9 lbs)
Dimensions
Wide 220 mm (8?”) / High, including feet 100 mm (4”) / Deep (front to back) including terminals 300 mm (12”)
Standard accessories
IEC type mains lead (10-Amp type)

Manual do aparelho para download (em PDF): Manual M1DAC (em inglês)

Fotos do Hi-Fi Planet:

Seguem algumas fotos tiradas durante os testes (aqui realmente realizamos os testes):

M1DAC em destaque na estante durante o teste.
Ligações traseiras do DAC durante os testes.
Ligado com o sistema de amplificação.
Na estante durante os testes com outros equipamentos.
Vista do conjunto formado pelo player, DAC e amplificadores.

14 Comentários

  1. Olá Eduardo, parabéns pelo review do M1DAC da Musical Fidelity. Caso tenha interesse posso levar o meu DAC 9MK3 da Audio-GD para uma avaliação sua. Grande Abraço, Ronaldo

  2. Eduardo

    Parabéns pelo review. Estava pensando em adquirir o V-DAC, mas agora com estes dados novos do M1-DAC vou repensar a compra.

    Obrigado pelas informações objetivas.

    abraço

    Alex

  3. Nota 10 seus posts, parabéns!

    Sou novo por aqui e vou receber meu M1 HPA e gostaria de lhe perguntar uma coisa:
    Como você fez o aterramento e o cabo de energia, que se não me engano é padrão inglês, vc subistituiu?

    Desculpe se a pergunta parece de um leigo, mas é mesmo.

    Abraços!

  4. Olá Fernalive,

    A unidade testada veio com o padrão IEC, e não tive problemas com a conexão.
    Já quando testei os amplificadores da Advance Acoustic, tive problemas com o padrão original, o que foi resolvido com um adaptador. Existem excelentes adaptadores universais no mercado. Uma dica é procurar no Ebay, pois existem vários modelos e bem econômicos.

    Um abraço

    Eduardo

  5. Olá Eduardo. Quando você conecta o M1 a um excelente player como o Marantz e obtém um excelente resultado, éle é fruto de dois processamentos (CD Player – que possui um DAC interno + o DAC externo?).

    No caso de eu plugar o BluRay UD5005 ou UD7006 (um player universal e não dedicado) no DAC, teria de ser feito algum modo “direct” no player, ou seja, sem processamento? Você vê aplicabilidade em um sistema de entrada (tipo receiver), ou as características de melhoria de áudio seriam evidenciadas somente em sistemas hi end, com bons cabos?

    Um abraço

    Carlos

  6. O DAC seria para uso em estéreo, ou seja, para DVD/blu-ray player ligado a um receiver o processamento dos sinais de áudio multicanal de um DVD, por exemplo, continuariam a ser realizados pelo receiver.

    Quando você liga um DAC na saída digital de um player, você não usa mais o DAC interno do player, e não há necessidade de ajustar isso no player.

    Para áudio estéreo, normalmente há um ganho, dependendo do sistema de um modo geral, a qualidade do DAC, do player, e dos demais componentes do sistema, que nem sempre conseguem mostrar estas vantagens.
    Estes player da marantz que você informou já são muito bom, atendendo a maioria das necessidades em estéreo também.

    Existem outros excelentes DACs hoje, e alguns que apenas possuem grife mas não apresentam um desempenho consistente, e custam muito mais caro, como o Electrocompaniet que apontamos em nossa reportagem, que apesar do preço elevado, não apresenta uma qualidade no mesmo nível.
    Um bom DAC não precisa ser caro.

    Participe do Clube: http://www.clubehiend.com.br
    Você encontrará bastante coisas interessantes sobre DAC.

    Abraços

  7. Este foi um dos cabos utilizados no teste, da Monster, com novos conectores que eu instalei.
    Não é a melhor opção (fica caro), e só foi usado como comparação. A própria Monster possui outros modelos interessantes, assim como a QED (melhor ainda).
    Todos com preços bem acessíveis e com qualidade superior a muitos “cabinhos chics” caríssimos que algumas publicações e espertinhos insistem em “empurrar” ao mercado.
    No Ebay você encontra opções bem interessantes.

  8. Já estava todo animado para comprar e conectar meu computador, com meus arquivos mp3/320 kbps e flacs, quando lí: “não apresenta o mesmo nível de excelência para utilização via USB”. Fiquei sem entender essa discrepância do aparelho.

  9. Caro Eduardo

    Sei que a qualidade do áudio depende da fonte. Um cd tocado por um bom ou excelente cd player nunca vai se comparar a um arquivo mp3 ou flac. Mas o que eu digo é : mesmo com essa diferença entre o cd e o mp3, valeria a pena investir nesse dac? Pois pretendo continuar usando o computador como fonte de áudio. Primeiro pela praticidade e segundo pelo grande acervo que tenho de jazz. Eu uso um Music Streamer II da HRT e já fiquei muito satisfeito com o resultado. Mas em aúdio sempre queremos um pouco mais…, ír além. O Music Streamer me custou U$ 180 dolares , já esse dac chega aos U$ 800 dolares. Pergunto: no meu caso, valeria a pena esse investimento? Obrigado antecipadamente por sua ajuda.

  10. Caro Romero,

    O resultado final de um sistema de áudio acaba dependendo de todos os componentes que fazem parte do caminho do sinal elétrico, desde a fonte, no seu caso o computador, até as caixas acústicas, e ainda pela qualidade da energia elétrica, condições acústicas, etc.
    Muitos audiófilos usam o computador como fonte, e com resultados bastante positivos. Essa não seria uma limitação. O maior problema das músicas armazenadas no computador está na própria qualidade delas, e o MP3 não é adequado para uma reprodução de excelente qualidade. O FLAC, neste caso, seria bem mais indicado como uma gravação de qualidade superior.
    É claro que tudo é compromisso. Em meu carro eu ouço MP3 com boa amostragem e me atende muito bem. É uma audição de menor compromisso.

    Se o som do MP3 te agrada e é suficiente para suas necessidades, ótimo. Mas, DACs e outros componentes do sistema podem não apresentar resultados de ganho significativos limitados justamente pela menor qualidade dos arquivos MP3.
    Para FLAC vale a pena investir num DAC melhor, mas leve em conta o restante do sistema. Muitas vezes você pode obter um ganho mais interessantes investindo em outros componentes do sistema, como caixas acústicas ou amplificador.

    Um abraço.

  11. Olá Eduardo
    Agradeço pela resposta. Quero dizer também que seu blog é nota 10, na arte de informar, com total transparência e honestidade. Continue com esse trabalho exemplar, que não obstante, ser apenas um hobby , é feito com grande profissionalismo.

    Abraço.

  12. Bom dia Eduardo.

    Resolvi comprar o dac Musical Fidelity. Estou vendo com o Pedrão. No entanto surgiu um problema. Lí o review da Whathifi, excelente por sinal, mas onde dizia que o dac só trabalha em 24-bit/192kHz pela entrada coaxial e AES/EBU. Já pela entrada USB e optica (toslink), não passa de 24-bit/96kHz. Como pretendo usar o computador como player, gostaria de saber qual a interface que poderia usar, da USB do computador, para a entrada de 24-bit/192kHz do dac? Ontem pesquisei muito no Google e não ví nenhuma interface simples para essa ligação. Só coisas profissionais de custo muito alto, mas caras que o próprio dac. Como faço para resolver esse problema e tirar o melhor proveito possível do dac? Obrigado por qualquer informação. Abraço.

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