Ele chegou !!! Já testamos o controle de tonalidade da Schiit Audio.
Por: Eduardo Martins
Introdução
Esta é uma daquelas raras ocasiões em que eu sou tomado de tamanha empolgação onde acabo querendo compartilhar logo uma nova experiência.
Acho que, com essa rápida introdução, acabei antecipando o final deste teste, mas temos muito o que falar aqui.
Apesar de alguns audiófilos, avaliadores e outros participantes deste hobby ignorar a qualquer custo a ciência por trás da nossa percepção auditiva, e se recusarem a aceitar o óbvio, seja por conceitos ultrapassados, riscos aos seus interesses pessoais e comerciais, ou por simples ignorância, é fato que nós ouvimos de forma diferente, com variações em nossas curvas auditivas que, em outras oportunidades aqui no Hi-Fi Planet, já foi tema abordado com profundidade e com todas as evidências possíveis, inegáveis até para uma criança.
Aos os 30 ou 40 anos, as nossas perdas auditivas já são bem mais evidentes, e alguém querer negar isso é mergulhar na mais profunda ignorância e perder uma grande oportunidade de poder apreciar a música em toda a sua extensão.
O mais curioso é que, mergulhados até o pescoço em suas contradições, muitos destes negacionistas já cansaram de afirmar que alguns cabos funcionaram como “equalizadores”, aumentando a “extensão” dos agudos, dos graves, reforçando os médios, e imprimindo outras características em seus sistemas.
Cabos não se prestam para isso, e eu desafio que me provem o contrário, porque nem quando submetidos a testes cegos esses “gurus” do áudio conseguem sustentar tais afirmações.
Mas é óbvio que usar um cabo “chique”, vendido em caixinhas sofisticadas de madeiras nobres, revestidas de seda e veludo, provoca uma sensação de que os absurdos preços cobrados por estes cabos parecem até justificáveis.
E é disso que vive boa parte do mercado de som high-end, de mentiras, ilusões e fantasias, que a cada dia são desmascaradas com a informação cada vez mais corajosa de quem não depende de anunciantes e patrocinadores, e podem ser imparciais e honestos em suas abordagens sobre o tema.
Voltando à questão de nossa dificuldade natural de manter uma curva de percepção auditiva adequada, todos sabem que tenho pesquisado muito esse assunto, e colhido informações reais, científicas e até implícita (ou explícita) nos escritos dos próprios negacionistas que atacam essa ideia. Eles mesmos se contradizem.
Venho tentando encontrar soluções que possam realizar a correção do que ouvimos, da mesma forma que, ao usarmos um par de óculos, conseguimos enxergar o mundo como ele é, e não distorcido pelos nossos desvios visuais. Ou será que isso é outra fantasia? Ou será que alguém consegue treinar a sua visão para nunca ter perdas e conseguir ler com tranquilidade aquelas letrinhas miúdas das bulas de remédio? Ou, ainda na estupidez dos argumentos contrários ao tema, talvez fosse o nosso cérebro capaz de fazer um “ajuste” para conseguirmos adivinhar o que está escrito, mesmo sem podermos ler as palavras?
Na busca por estas soluções, já realizei experiências com equalizadores gráficos, equalizadores paramétricos, com dispositivo DSP como o Anti-Mode DSPeaker, ajustes no divisor de frequência das caixas acústicas, além da busca de outros recursos para compensar, senão de forma total, pelo menos de forma parcial os nossos desvios auditivos.
Venho tentando buscar uma solução que não provoque perdas significativas de qualidade dos sistemas de áudio, que seja fácil de ser implementada e utilizada até por um usuário leigo.
O DSPeaker, por enquanto, tem sido uma solução interessante, mas que ainda oferece alguma dificuldade ao usuário. Os equalizadores funcionam bem, mas são de maior complexidade, e não são descartáveis como sugerem alguns iludidos “avaliadores” de equipamentos que afirmam que já o utilizaram e reprovaram o seu uso.
Para um sistema em que o avaliador, a cada novo equipamento avaliado, diz ter obtido uma “abismal” redução de ruído de fundo, acho que ele tem mais com o que se preocupar descobrindo porque, apesar de gastar fortunas e ter acesso a uma infinidade de produtos, ainda não conseguiu solucionar esse problema tão simples.
A intervenção no divisor de frequências das caixas acústicas também é uma solução complexa, e muitos não possuem a formação técnica necessária para se aventurar nesse trabalho.
Este artigo traz outra solução interessante que descobri recentemente, e trata-se do Controle de Tonalidade Loki Mini+ da Schiit. E é sobre ele que passaremos a falar.
Apresentação do Loki Mini+
A Schiit é uma empresa americana que busca desenvolver e aplicar tecnologia honesta e realista, por preços acessíveis e justos.
Não é mais um fabricante de ilusões que tenta enganar um público que tem gasto muito mais do que o necessário num hobby que foi transformado em algo “fruto do inexplicável”.
Recentemente conheci um pequeno aparelho deste fabricante, chamado de Controle de Tonalidade Loki Mini+.
Ele realmente é pequeno, mas não se deixe enganar, pois o seu tamanho é consequência da tecnologia utilizada na sua construção e no uso de fonte de alimentação externa. Ele não vai agradar aquele consumidor que quer equipamentos grandes, pesadões e imponentes, que o faça sentir-se menos culpado por gastar tanto por tão pouco, pois muitos destes equipamentos possuem em seu interior componentes que caberiam num gabinete que poderia ser 1/4 do tamanho daqueles onde são vendidos.
Os produtos da Schiit tem feito bastante sucesso na comunidade audiófila. Muitos são os reviews (honestos) e manifestações de boa impressão de seus produtos. Este é o segundo produto que adquiro deles. O primeiro foi um DAC adquirido em 2013 e que aparece em uma das fotos aqui publicadas.
O Loki Mini+ se apresenta como um controle de tonalidade, atenuando ou reforçando o espectro de frequência em 4 faixas de atuação, Graves (20Hz), Médio-Graves (400Hz), Médios (2kHz) e Agudos (8kHz). A faixa de ajuste dos controles vai de: +/-12dB para 20Hz and 8kHz, e +/-6dB para 400Hz and 2kHz, mas a sensação é de que os ajustes são mais generosos, e eu não soube explicar o porquê.
Eu não consigo classificá-lo como um equalizador, já que aquele normalmente possui mais opções de faixas de atuação. Também não dá para enxergá-lo como um simples controle de “graves e agudos”, pois ele é mais abrangente do que isso. Trata-se realmente de um controle de tonalidade de 4 faixas, com a capacidade de promover um interessante ajuste no espectro de frequências, senão profundo, mais abrangente que os tradicionais controles disponíveis em alguns equipamentos, que, miseravelmente, os fabricantes acabaram excluindo na equivocada busca pela ilusória reprodução flat (plana), ignorando totalmente as características científicas intrínsecas do nosso sistema auditivo.
O fabricante demonstra uma genialidade excepcional em seus projetos, com muita criatividade e tecnologia. Neste dispositivo ele buscou uma concepção diferente para oferecer um controle de tonalidade sem alguns efeitos indesejáveis dos projetos habituais. Alguém pode se perguntar: “Se isso era possível, porque fabricantes de amplificadores que custam o preço de um carro novo não usaram esta técnica?” Simplesmente porque estes fabricantes acreditam que a maior parte da comunidade audiófila é estúpida o suficiente para acreditar nas mentiras contadas pelo mercado, e nunca faria essa pergunta. Mas, tem sempre alguém genial que aparece com uma gratificante surpresa.
O projetista buscou no desenvolvimento desse produto evitar que ele provocasse qualquer prejuízo a um sistema de alta fidelidade, e veremos adiante que ele obteve sucesso nisso.
É assim que o fabricante apresenta o seu invento:
“Sim, controle de tonalidade. Tipo, equalizador. E sim, sabemos que os controles de tonalidade caíram de uso no planeta nas últimas décadas.
Mas decidimos trazê-los de volta com o original Loki Mini. E agora, com o Loki Mini+, aumentamos o desempenho, ampliando ainda mais os limites com super alta-fidelidade, baixo ruído, estágio de ganho discreto único, filtro por LC, equalizadores acessíveis melhorados.”
O Loki Mini+ não faz uso de capacitores no caminho do sinal elétrico modulado, que é o temor de muitos audiófilos que logo se apavoram com essa possibilidade.
Os números impressionam:
Resposta de frequência: De 20Hz a 20Khz, -0.1db, e de 2Hz a 800KHz, -3dB
Distorção por intermodulação: Menor do que 0,001%
Relação sinal/ruído: Melhor do que 114db
Comecemos pela embalagem. Sem querer se estender onde não é tão importante, posso afirmar que a embalagem é adequada. A própria embalagem de envio do produto é a sua caixa, reforçada e que cumpre muito bem o papel de acondicionar o produto com segurança.
No interior da caixa encontramos o aparelho dentro de uma embalagem plástica selada, a fonte de alimentação e um pequeno manual que logo sugere a simplicidade do aparelho.
A construção segue os padrões da Schiit, ou seja, muito bem feita, realmente exemplar, com material metálico no gabinete e componentes de excelente qualidade.
Claro que abri o aparelho, e o seu interior mais uma vez demonstra a sua ótima qualidade construtiva, inclusive com a utilização de alguns componentes de fabricação japonesa e cuidadosamente selecionados, como os potenciômetros Alps.
Neste ponto quero ressaltar que, mais uma vez, eu adquiri o equipamento para teste, importando-o legalmente junto ao seu fabricante. Nada de equipamentos cedidos que poderiam me colocar numa posição bastante chata ao falar mal dele, se fosse o caso, e também fico imune ao risco da unidade ser “preparada” para a avaliação, como sabemos ocorrer em alguns casos.
E, mais uma vez, ressalto que não revendo e nem indico representantes desse produto. Minha recomendação neste caso é: Compre direto do fabricante.
Até mesmo porque sabemos que se esse aparelho vir a ser representado aqui, seu preço pode disparar nas nuvens e ele será supervalorizado comercialmente, alguém vai testá-lo criando um chamativo título, algo como “O Pequeno Notável”, ou “Pequeno no Tamanho, Excepcional no Desempenho”, ou algo similar. Isso se ele for distribuído por algum anunciante ou patrocinador “simpático à publicação”, ou então ele será totalmente desprezado ou mesmo será avaliado com os piores adjetivos possíveis. Dependendo do interesse, o aparelho pode virar um “Diamante Lapidado Referência TOP” ou simplesmente um “Latão de Entrada”.
O Mini+ mede aproximadamente 12,7 x 9 x 3,2 cm , e pesa somente 450 gramas.
Em seu painel frontal temos um indicador luminoso de alimentação, quatro botões rotativos para controle de cada uma das faixas, e um interruptor bypass que elimina todo o circuito interno do aparelho através de uma comutação por relé. Realmente muito interessante a utilização do relé para essa finalidade (de fabricação japonesa).
Esse botão também facilita o teste comparativo dos resultados.
Os controles de tonalidade ficam muito próximos entre eles, até em função do tamanho do dispositivo. O ideal é deixar o painel frontal rente ao fim da superfície de apoio, o que facilita a sua utilização, até porque os botões são bem longos, talvez porque o projetista já tenha imaginado isso.
Os quatro controles giratórios possuem parada na posição central de seu curso, indicando quando nenhuma atenuação ou reforço estão sendo aplicados.
No painel traseiro temos o conector da fonte. Aproveito para informar que a fonte é com transformador, pesada, nada de fonte chaveada barata. Temos ainda no painel traseiro as conexões RCA de entrada e saída estéreo (banhadas a ouro), e um interruptor liga-desliga.
Os pesinhos de borracha evitam que o aparelho deslize com facilidade.
Mais uma vez, o acabamento é realmente um dos pontos fortes do aparelho.
Aqui a minha primeira observação negativa. Sei que para a maioria isso não é importante, mas a falta de entradas balanceadas foi algo que não me agradou. Tenho usado somente entradas e saídas balanceadas em meus equipamentos, e sinto que isso só traz vantagens. Eu gostaria que o aparelho tivesse estas entradas e saídas opcionais.
Em funcionamento
Antes de apresentar as minhas impressões sobre o aparelho, quero lembrar a todos que eu não acredito em reviews.
Há bastante tempo mudei a minha forma de avaliar equipamentos, e, depois que me aprofundei mais na questão da percepção auditiva, abandonei de vez qualquer review convencional.
Não existe nenhuma metodologia que sobreviva às limitações de uma “análise subjetiva”, o que chamo de “escutada”.
Só vou acreditar em um review se o avaliador me apresentar um teste audiométrico completo, de amplo espectro (a maioria nem sabe o que é isso), ou provar que o seu equipamento está ajustado para corrigir os seus desvios de sua audição, ou qualquer resultado restará contaminado pelas suas falsas interpretações. Existem exceções à regra? Não ! Isso é fato. É real e indiscutível, sem qualquer argumento contraditório.
Portanto, vou me limitar a apreciação do produto pelas suas funcionalidades, benefícios e falhas.
Liguei o Mini+ entre a saída do meu player de disco digital e a entrada número 7 do meu pré-amplificador.
A sua ligação é muito simples. É só conectar a fonte, e ligar os cabos de entrada e de saída. Não existe nenhuma configuração a ser feita ou qualquer ajuste inicial.
Como a minha curiosidade e minha impaciência falaram mais alto, liguei o sistema e já coloquei um disco SACD para um teste inicial. Já era noite, e o total silêncio do local onde moro ajudou bastante a perceber os detalhes de sua interação com o sistema.
Os ajustes são bem precisos, e achei que as variações seriam mais sutis. Não são. Sobra margem de ajuste para todos os gostos.
O reforço e a atenuação funcionam muito bem, oferecendo um ajuste bem suave e natural.
Quando comecei a escrever este artigo, eu disse que fui tomado pela empolgação, e isso é facilmente explicado. Todas as qualidades do meu sistema estavam lá, desde o amplo palco sonoro até o alto nível de detalhamento. O som não ficou “duro”, e não houve qualquer sinal de artificialidade. O palco sonoro continuou muito generoso e preciso, com bastante profundidade e largura.
Meu sistema já estava ajustado, através do Anti-Mode, para fazer as correções do espectro de frequências para a minha curva de sensibilidade auditiva. Eu achei que eu não iria conseguir uma precisão boa com apenas quatro controles, mas o resultado foi surpreendente.
Comecei ajustando os agudos, e os sons foram surgindo dentro do realismo necessário para a minha percepção, sem qualquer prejuízo colateral nesta faixa. Antes de experimentar os demais ajustes, o Mini+ já me cativou somente com esta primeira correção.
É realmente impressionante como, ao adequarmos o sistema aos nossos ouvidos, as informações vão surgindo em nossa frente. O detalhamento se mostra impressionante por oferecer um mundo de sensações sonoras que o som “flat” jamais conseguiria nos mostrar. Mais uma vez, é como colocar um par de óculos e enxergar o mundo como ele é, com suas texturas, cores, contornos, detalhes, alcance. profundidade, etc.
Ainda entendo que muitos audiófilos estão perdendo um mundo de informações insistindo em sistemas feitos para serem precisos, planos, sem desvios, ao invés de oferecerem a música real, como deveria ser ouvida se não tivéssemos a variável das nossas limitações auditivas nesta equação.
Ajustei os médios, como esperado, de forma mais suave. É impressionante como depois de conhecer o som em sua plenitude, a facilidade de ajustar a curva de frequências se torna mais simples e intuitiva graças à essa nova referência que foi adquirida ao longo do tempo. É nítido como o som se torna “abafado”, sem vida e artificial sem estas correções.
É preciso lembrar que estes desvios também ocorrem na audição “ao vivo”, pois os ouvidos são os mesmos. Infelizmente não dispomos de um par de “óculos auditivos” para fazer a correção, e assim o som “ao vivo” mutilado nos parece ser a única referência correta. Grande engano de quem acredita nisso.
Os médio-graves eu deixei inalterados (sem atenuação ou reforço), e os graves mais baixos eu atenuei levemente, mais para reduzir um pouco a extensão de graves de minhas caixas, o que já é uma questão de gosto pessoal.
Mais uma vez, mesmo sem a referência dos níveis de atenuação e reforços aplicados, foi fácil se aproximar bastante do resultado obtido com o Anti-Mode.
Esse ajuste poderia ser feito com cabos? Se você fez essa pergunta, eu te repondo com a maior tranquilidade possível: Não ! Nunca ! Jamais !
Cabos não devem interferir na condução do sinal. Sua função é conduzir o sinal de sua entrada até a sua saída sem qualquer interferência neste. Parece que custa para alguns entenderem que essa é a função do cabo, ser neutro, e tão somente isso. E ainda temos uma vantagem, cabos neutros são muito baratos.
É uma grande ilusão querer ajustar um sistema por meio de cabos, e é por isso que fabricantes, revendas ou publicações remuneradas por aqueles riem tanto do consumidor. Você tem que ter controle preciso sobre as alterações que faz, ou vai passar o restante da sua vida substituindo cabos tentando obter o ajuste ideal, o que é impossível.
E a cada teste de um novo cabo por tendenciosas publicações cheias de sensacionalismo, você vai achar que é momento de adquirir o cabo do mês, aquele chamado de “A Transparência Absoluta” ou “O Excepcional Produto do Ano”. Pura ilusão.
Refiz a avaliação com outros discos, testando o resultado para outras gravações, e novamente o pequeno Mini+ passou com nota 10, cumprindo o seu papel com a dignidade de gente grande que sabe o que faz.
Apesar da lenda de que algumas distorções são “agradáveis” ao ouvidos, eu não admito distorções em meu sistema. Ele tem que me oferecer aquilo que está na gravação, sem distorções de qualquer espécie, e o Mini+ se saiu muito bem neste aspecto, sem qualquer sensação de distorção mesmo com algum exageros propositais no ajuste.
E, mesmo que ele tivesse uma pequena falha em algum aspecto, é certo que o ganho obtido com o seu uso superaria esta deficiência, pois poder ouvir o som em sua plenitude é algo muito compensador. Por isso sempre repito que os audiófilos se preocupam demais com pequenos detalhes e ignoram o que realmente faz a grande diferença.
Uma coisa que sempre me preocupa em qualquer acessório é o ruído de fundo introduzido por ele.
O meu sistema não apresenta nenhum ruído de fundo. Sim, o silêncio é total. Não tenho o problema de ter uma grande redução do ruído de fundo a cada teste de um produto novo, como acontece com alguns avaliadores que dizem haver uma “drástica” redução de ruído de fundo a cada teste feito com um novo equipamento. Imagino que o sistema desse cidadão deva ter o ruído de fundo de uma britadeira.
O Mini+ não acrescentou nenhum ruído de fundo perceptível durante a audição, lembrando que faixa de agudos reforçada, por exemplo, tende a evidenciar o tão desagradável chiado.
Um teste que sempre realizo é, sem disco no player, aumentar até o final o volume do amplificador (pré no meu caso), e tentar ouvir os ruídos reproduzidos pelas caixas.
Em meu sistema, não há qualquer sinal de ruído nestas condições, silêncio total, mesmo aproximando os ouvidos das caixas, principalmente dos tweeters, que são mais afetados pelos “chiados” de fundo.
Com o Mini+ em “by-pass“, o silêncio se manteve em zero. Com ele ligado e controles em reforço, um leve chiado foi ouvido no tweeter, muito sutil e com o ouvido colado neste. Afastando o ouvido 15 centímetros do tweeter o ruído não foi mais percebido, mesmo com a elevada potência de meus amplificadores de potência em modo bridge.
Mas, não me dou por vencido. Ainda vou repetir este teste, pois como o meu sistema é todo composto por conexões balanceadas, tive que conectar o Mini+ com cabos que não me agradaram, sendo um deles com comprimento de 1,5 metros e com uma blindagem muito precária em minha opinião, e o outro também muito comprido. Todos os cabos do meu sistema são redimensionados para serem os mais curtos possíveis, pois cabos longos realmente introduzem artefatos indesejados, principalmente o velho conhecido “chiado”.
Não vou mais estabelecer estrelinhas ou nomenclaturas para os equipamentos que avalio, pois isso é uma grande bobagem. Um teste subjetivo jamais deve estabelecer valores desta forma.
Vou me limitar a dizer que o Mini+ cumpre muito bem o seu papel, que é digno de fazer parte de um sistema high-end, do mais simples ao mais sofisticado, e que fornece um excelente desempenho.
Ele é sim uma alternativa interessante para um processo de “Customização de um Sistema de Som”, amplamente estudado e explorado por nós aqui em vários artigos.
Uma curiosidade de aplicação: Aqueles que gostam do som de alguns valvulados e de alguns sistemas de reprodução de vinil, onde existe mais “calor” nas vozes, descobrirá que o Mini+ é capaz de oferecer esse efeito com facilidade. O próprio fabricante comenta isso.
Perguntas e Respostas
Recomendo o uso do Schiit Mini+?
Sim, sem qualquer dúvida.
Ele vai me proporcionar um resultado melhor que sem ele?
Certamente ! Não tenha qualquer receio de experimentá-lo e descobrir um mundo novo de possibilidades, com uma apresentação musical mais rica, completa e realista (verá que isso não tem volta).
Seu investimento vale a pena?
Sim, até porque você sai definitivamente desta ciranda de troca de cabos que o mercado inventa para diminuir o seu saldo bancário de forma sensível.
Para quem ele é indicado? Para todo mundo que não quer ser mais enganado pelo mercado e entendeu, finalmente, que ajustar um sistema de som aos nossos ouvidos é o caminho óbvio a ser seguido (e não sou em quem afirma isso, mas a ciência).
Ele tem contraindicações?
Nenhuma.
Ele tem alguma falha ou alguma limitação?
Eu diria que, para o meu sistema, a falta de conexão balanceada foi bastante sentida. Também achei a luz do led de indicação ligado-desligado muito forte, mas no meu caso isso nem incomoda porque meus equipamentos ficam isolados da sala de audição.
Ele substitui o Anti-Mode?
O aparelho da DSPeaker consegue atuar mais pontualmente, com uma precisão maior, mas o Mini+ tem uma excelente transparência. Mesmo assim, o Mini+ é um grande salto para o objetivo aqui proposto. Eu diria que o DSpeaker consegue oferecer um resultado de, digamos, 95%, e o Mini+ um resultado de 70% em termos de precisão, se bem ajustado. Mas, sem ele, eu diria que o resultado do sistema cai para baixo dos 50% dependendo da curva auditiva do ouvinte. Portanto, qualquer um dos dois é bastante recomendado (necessários e obrigatórios eu diria), sendo o Mini+ muito mais simples de operar, mas depende mais de uma sensibilidade mais cuidadosa para expor o que falta sem passar do ponto. Exploramos isso melhor adiante.
Posso usar os dois juntos (DSPeaker e Mini+)?
Não. Isso não faz sentido pois o objetivo dos dois é o mesmo.
Posso usá-lo apenas para adequar o som ao meu gosto?
Sim, com toda a certeza.
Posso usá-lo para aumentar um pouco mais os agudos, pois prefiro o som com mais brilho?
Pode e deve, pois talvez essa sua sensação de som mais abafado nas altas frequências seja a prova de que há uma perda da sua sensibilidade nesta faixa. Algumas pessoas não precisam de teste para isso, pois elas conseguem perceber estas limitações, mas a maioria não, mesmo pessoas experimentadas.
Posso usar o Mini+ para substituir os “upgrades” de cabos no ajuste do sistema?
Deve !! Cabos não servem para ajustar a curva do sistema. Isso é uma fraude.
Meu sistema é muito caro e sofisticado, posso confiar que ele não vai prejudicá-lo em algum aspecto?
Esteja certo de que se você não tem um sistema ajustado aos seus ouvidos, o resultado já está prejudicado (muito), então ele só lhe trará benefícios.
Ele tem uma boa relação custo/benefício?
Sim, é muito barato pelo que oferece. Mas, infelizmente, a desvalorização da nossa moeda e os exorbitantes impostos que são aplicados aqui nos produtos importados acabam encarecendo mais o produto. Mesmo assim, ele lhe trará muitos mais benefícios do que as constantes trocas de cabos caros que não o levam a qualquer lugar de fato.
O aparelho é confiável e durável?
Ele é muito bem construído, com bastante qualidade e bons componentes, e possui garantia de dois anos. O fabricante é bastante sério e competente no que faz, mas não tem assistência técnica aqui.
O Mini+ pode ser uma opção para o ajuste do sistema à nossa curva de sensibilidade auditiva (customização de sistemas)?
Esta é a principal pergunta e que merece um destaque maior, pois foi, para mim, um dos objetivos principais dessa avaliação.
Quando falamos em customizar o sistema para a nossa curva auditiva, o ideal é partir de uma audiometria completa, identificando os pontos a serem ajustados e o nível de cada um desses ajustes.
Normalmente fazemos a correção tendo como parâmetros as variações de sensibilidade em dB (decibéis), e aplicamos essa correção em nossos sistema. Eu faço esse ajuste com um analisador de espectro sonoro sueco que importei da XTZ, o Room Analyzer 2 Pro. Com ele consigo avaliar com precisão o resultado dos ajustes realizados e, inclusive, a sua interação com a sala. É impossível afirmar que um sistema está “bem equilibrado” ou adequado aos nossos ouvidos sem uma avaliação objetiva como essa. Esqueça qualquer outra forma de fazer isso, seja subjetivamente ou baseado na ilusão de sua experiência com som “ao vivo” ou confiando em seus “ouvidos treinados”. Isso não existe.
O Mini+ não vai te dar um ajuste tão preciso por atuar de uma forma limitada em apenas 4 faixas de frequências, mas, certamente ele vai te proporcionar uma experiência de audição muito melhor, principalmente se pudermos dispor de alguma informação adicional da nossa curva de sensibilidade auditiva e de alguma forma de medir os resultados finais.
Um grande número de pessoas possui uma queda de sensibilidade nos extremos superiores do espectro de áudio, principalmente aqueles que já passaram de algumas décadas de vida. Isso é inevitável, é real e comprovado cientificamente, e somente os terraplanistas, ou aqueles que se recusam a aceitar isso porque pode ferir os seus interesses pessoais, contestam esse fato.
Nesse ponto, o Mini+ vai ampliar a experiência auditiva com um ajuste de reforço nesta faixa, proporcionando um mundo novo de experiências.
Os iludidos “puristas”, uma classe de audiófilos que vive de décadas passadas num século onde a tecnologia ainda engatinhava nesse segmento, estão sempre presos aos velhos conceitos daquelas épocas, e temem a evolução oferecendo os mais absurdos e incorretos argumentos para desmerecer o uso de um aparelho de correção de frequências em seus sistemas.
Um dos argumentos mais utilizados por eles é de que um equalizador no “caminho do sinal de áudio” (expressão incorreta que usam para designar o sinal elétrico) não é aceitável, pois pode causar perda da tal “pureza”.
Esses negacionistas são, normalmente, adeptos do uso do vinil e de outros tipos de reprodução analógica. Porém, ao questionar o uso de um equalizador ou um controle de tonalidade, eles ignoram totalmente que o seu adorado sistema de vinil já adota uma equalização muito mais intensa e prejudicial à reprodução.
O fato é que o pré-amplificador de fono magnético, usado em todos os sistemas de vinil, é, na verdade, um pré-amplificador equalizador. Sim, eles evitam usar essa nomenclatura, que é a correta. Sinto desapontá-los, mas ele não se trata de um simples pré-amplificador como o mercado nos pinta na hora de nos vender este dispositivo, mas trata-se, na verdade, de um amplificador de sinal com uma rede equalizadora interna, normalmente bastante falha, inclusive, já que a padronização desta rede e sua implementação é cheia de inconsistências conceituais e técnicas.
E, imagina ainda o purista audiófilo que a equalização está só aí. Outro grande engano !!!
Na transposição da gravação original para o vinil, esta já sofreu uma “equalização”, e o pré-equalizador fará a segunda tentando restaurar a gravação original, um processo que, por mais que não aceitem, não é perfeito e causa prejuízos à gravação. Um controle de tonalidade num sistema “purista” de vinil é o menor problema desse apreciador da ilusória simplicidade.
Esse processo chama-se “Equalização RIAA”, e não entraremos em detalhes aqui por não ser o objetivo deste artigo, e por haver inúmeros tratados muito competentes na internet.
Mas, é importante salientar que essas duas equalizações, que são naturais das gravações de vinil, exigem dois processos que atuam por aproximação e de forma bastante imprecisa, isso quando a curva adotada é realmente a padronizada. Os níveis de correção aqui aplicados são muito mais elevados, destrutíveis e capazes de provocar erros de fase do sinal, ou seja, uma condição muito pior a que sugerimos aqui. A imagem abaixo exemplifica isso.
Mas, o mercado parece ignorar isso, ou ocultar esse fato novamente por conveniências pessoais e comerciais.
Portanto, apesar de não oferecer um resultado tão preciso como num ajuste mais pontual, o Mini+ ainda poderá lhe oferecer um resultado bastante interessante e com perda insignificante de qualidade, infinitamente menor do que aquela causada pela falta de correção e pelas perdas já introduzidas pelas duas equalizações já existentes no caso do vinil (a gravação magnética sofre problemas semelhantes também).
Se a intenção é simplificar o processo de customização do sistema, o Mini+, apesar de não substituir um dispositivo mais preciso, ainda assim poderá oferecer um resultado que vai causar uma impressão muito positiva, e tudo isso sem cair nas velhas armadilhas das farsas dos “cabos de ajuste”.
Se eu tivesse que oferecer uma pontuação ao Mini +, pelo seu uso como um controle de tonalidade, qual seria essa classificação?
Site do fabricante
Visite o site do fabricante. Vale a pena conhecer a sua longa lista de produtos
https://www.schiit.com/products
Link para o manual do aparelho (em inglês)
https://www.schiit.com/public/upload/PDF/loki%20mini-plus%20manual.pdf
Custo do aparelho + importação
Preço no site do fabricante (na data de publicação deste artigo): US 149
Preço convertido em Reais (pela cotação da data de fechamento de importação deste aparelho 19.07.21): R$ 781,72
Custo de envio por FEDEX e impostos: R$ 1.028,63
Total pago: R$ 1.810,35
Textos do fabricante
Apresentação do Produto:
Sim, controle de tonalidade. Tipo, equalizador. E sim, sabemos que os controles de tonalidade meio que entraram em queda no mundo nas últimas décadas. Mas decidimos trazê-los de volta com o Loki Mini original. E agora, com o Loki Mini +, aumentamos o desempenho e ultrapassando ainda mais os limites de super alta fidelidade, com baixo ruído, estágio de ganho discreto único, filtragem por LC, e equalizadores facilmente acessíveis.
Fazendo gravações imperfeitas soarem … Muito melhor
Vamos encarar. Tudo o que você ouve está perfeitamente gravado? Claro que não. Algumas gravações não são modelos de pureza tonal. E seu sistema … vamos ser honestos. Alguns alto-falantes e fones de ouvido são um pouco brilhantes ou sem vida. O Loki Mini + permite que você se ajuste a essas imperfeições.
Não há problema em querer
Esqueça a correção de gravações ruins ou sistemas imperfeitos. Vá em frente e faça seu sistema soar exatamente da maneira que você deseja. Mais peso nas baixas? Certo. Altas frequências mais cristalinas? Absolutamente. Não gaste milhares em cabos e amplificadores valvulados, apenas gire um botão e faça seu sistema soar exatamente do jeito que você deseja.
O companheiro silencioso e transparente
O Loki Mini + transforma o seu sistema sem atrapalhar e de forma invisível. Esqueça os equalizadores barulhentos e de som ruim que você pode ter usado no passado. O Loki Mini + usa um único estágio discreto de ganho de retorno de corrente, acoplado a filtros LC passivos para 3 bandas, além de um ajuste para as baixas. Ele também usa potenciômetros Alps selados com faixas de ajuste racionais para permitir um controle preciso. Juntamente com uma configuração de bypass 100% passivo, o Loki Mini + oferece a transparência e a flexibilidade de que você precisa.
Projetado e construído na Califórnia
Por “projetado e construído na Califórnia” isso é o que queremos dizer: a grande maioria do custo total de produção do Loki Mini +, como chassis, placas, transformadores, montagem, etc., vai para empresas americanas que fabricam nos EUA. Nossos chassis são feitos há alguns minutos de nossa fábrica. Nossas PCBs são feitas logo acima de nós, ou feitas em NorCal. Sim, as fontes de parede são feitas na China, mas há alguns dar e receber em função do equilíbrio de preço.
Garantia de 2 anos e política de devolução de 15 dias
O Loki Mini + é coberto por uma garantia limitada que cobre peças e mão de obra por dois anos. Isso é 2 vezes a cobertura da maioria dos amplificadores nesta faixa de preço. E, se você não gostar do seu Loki, você ainda pode enviá-lo de volta para um reembolso, menos 15% de taxa de reabastecimento, em até 15 dias após o recebimento do produto.
Perguntas e Respostas (também extraídas do site do fabricante):
Espere um segundo. Equalização? Como controles de tonalidade? Sério? Por quê?
Uau, isso são 4 perguntas em uma.
Você sabe o que queremos dizer. Apenas responda.
Por que EQ? Porque vivemos em um mundo imperfeito e porque os indivíduos têm preferências individuais. Ninguém pode dizer que seus alto-falantes ou fones de ouvido são planos como uma régua. Ninguém pode dizer que todas as suas gravações são de qualidade audiófila. O Loki Mini + oferece uma maneira de se ajustar a sistemas e gravações imperfeitas.
Mas … buuuuttt … isso é verdade para a gravação original? É isso que o artista pretendia?
Se parece bom para você, quem se importa?
Aieeeee! Você está fazendo minha cabeça doer! Eu não gosto de opções!
Sem problemas. Então não compre um Loki Mini +. Ninguém está obrigando você a comprar.
Bem, se eu comprá-lo, ainda posso contorná-lo?
Sim. Há um interruptor na frente para ignorar completamente o estágio de controle de tonalidade, com um relé conecta a entrada e a saída diretamente, nenhum dispositivo ativo no caminho do sinal.
Uau, então acho que vocês realmente acreditam na sua transparência, já que é tão fácil fazer um “A-B” comparativo entre a entrada e a saída.
Sim, achamos que Loki é muito transparente.
Vamos falar de tecnologia. Que tipo de EQ é esse? Paramétrico?
Não. Tecnicamente, o Loki Mini + é um EQ ativo de estágio de ganho único com filtragem passiva de Q não constante. Em termos mais acessíveis, isso significa que cada banda varia de larga para mais estreita conforme seu ganho é aumentado, pequenas voltas dos botões resultam em mudanças amplas e superficiais, e voltas maiores resultam em mudanças de banda mais estreita.
Uau. Espere um segundo, você está dizendo que está nos dando um equalizador discreto, de estágio de ganho único, com filtro LC passivo, a abordagem mais purista para controles de tonalidade … por US $ 149? Você é louco?
Gostamos de preço alto, mas não somos loucos. Pelo menos não com um diagnóstico oficial.
E se eu quiser um equalizador de Q constante ou um equalizador paramétrico?
Isso é legal. Existem alguns deles por aí. Eles simplesmente não serão o Loki Mini +.
E quanto ao equalizador de software?
Se você preferir usar um equalizador de software (fornecido atualmente com muitos pacotes de software de reprodução), certamente é uma opção, e você provavelmente pode conseguir o seu equalizador paramétrico lá, se for o que deseja. No entanto, você pode preferir o Loki Mini + … e quando você se afastar de uma fonte de computador, um equalizador de hardware externo será necessário se você quiser um controle de tonalidade.
Então, não havia um Loki Mini, sem nenhum “Plus”, como você colocou há 5 minutos?
Sim, se 5 minutos realmente significa “mais de três anos atrás”. Decidimos que era hora de torná-lo ainda melhor – e manter o preço igual, como costumamos fazer. Trouxemos o Loki Mini original porque somos meio contrários. Os controles de tonalidade tornaram-se virtualmente proibidos nas últimas três décadas em áudio de ponta. Para aqueles de vocês que se lembram de algumas implementações de controle de tom e equalização de baixa qualidade, incluindo botões maçantes, velados e de som desagradável na frente dos receptores, e conjuntos ruidosos e realmente horríveis de 10 a 30 controles deslizantes (geralmente posicionados com um sorriso mortal) , você sabe que há um bom motivo pelo qual os controles de tonalidade foram desativados. Mas decidimos dar uma olhada nele e ver o que poderíamos fazer com um único estágio de ganho (em vez de 10 ou 30 amplificadores operacionais) e usando filtragem LC (indutor-capacitor) passiva sempre que possível. E descobrimos que poderíamos criar um equalizador extremamente transparente que permitisse algum controle muito bom sobre as características tonais, sem a desvantagem dos controles de tonalidade ou equalizadores tradicionais. Então decidimos fazer e ver se você também acha interessante.
Então, como esse é melhor do que o Loki Mini original?
De várias maneiras. O mais importante é um novo estágio de ganho com drivers antes da saída para aumentar a linearidade, bem como componentes casados por toda parte. Além disso, há uma nova fonte de alimentação que reduz drasticamente o ruído (já inaudível com -100dB), mas hei, vamos enlouquecer um pouco, certo? Além de alguns ajustes para reduzir o THD máximo, mesmo quando você está atuando os controles.
As medições são boas, mas isso realmente soa melhor?
Absolutamente. Ou pelo menos pensamos assim.
Vocês são espertinhos, hein?
Você nos pegou nessa!
Então, esse nome Loki Mini + … há outro Lokis vindo?
Pode ser. Mas quem sabe? Nós brincamos com muitas coisas, e muitas delas não vão a lugar nenhum. Então, talvez não. Mas para ser um pouco mais sério, sim, estamos abertos para expandir a linha. Só tem que fazer sentido. Entãããão … vamos ver!
E quanto ao nome?
Loki é o Deus trapaceiro da mitologia nórdica. E é um nome legal para um pequeno produto de manipulação, você não acha?
Imagens exclusivas do Hi-Fi Planet
(Aqui publicamos fotos exclusivas dos produtos testados por nós porque realmente os tivemos em mãos e realmente os testamos)
Imagens do fabricante
Que boa notícia Edu.
Uma opção interessante mesmo.
Gosto muito das suas avaliações, são muito bem feitas, ricas de conteúdo e com uma abordagem interessante.
Abraços
Sr, Eduardo, eu posso usar esse controle de tonalidade simplesmente para ajustar o meu sistema ao meu gosto? Eu gostaria que ele tivesse um pouco mais de conteúdo em altas frequências, mas não fiz nenhum exame de audição para confirmar uma eventual perda de sensibilidade nessa faixa.
A minha vontade é de adquirir um aparelho desse e ajustá-lo de meu agrado.
É errada esta ideia?
Obrigado pela sua ajuda.
Olá Ronaldo
Claro que pode, e deve!
A música tem que lhe agradar, não é esse o objetivo?
Além disso, acredite, estes sistemas caros e totalmente “flat” que criam por aí, e que em nada corresponde às características de audição de cada indivíduo, já distorcem o resultado ao oferecer um som mutilado ou distorcido.
Tenho recebido muitos e-mails de leitores que primeiro ajustaram o sistema ao seu gosto, e depois de lerem os artigos sobre o tema aqui, resolveram fazer uma avaliação auditiva e descobriram que a maioria dos ajustes que fizeram iam de encontro aos seus desvios. Então parece que, intuitivamente, percebemos algo estranho no som.
Não tenha receio de fazer experiências e de ajustar o seu sistema, por mais caro ou sofisticado que seja. Muitos já descobriram que é melhor ter um sistema de 10.000 reais ajustado aos seus ouvidos do que ter um de 100.000 reais “perfeito” na teoria mas infiel na prática.
Depois publique aqui os seus resultados para que possam ajudar outros leitores.
Abraço
Grande Eduardo,
Muito bom o review. Eu já estava interessado no Loki Mini+ e depois do seu review já comprei um para mim.
Só vou discordar do seu descontentamento quanto a ausência de entradas balanceadas. Aí fica mais caro e já foi lançado o Schiit Lokius. Este é o irmão maior do Loki Mini+, conta com 6 faixas de equalização e tem entradas balanceadas mas custa o dobro (USD 299.00). Nem tem ainda para pronta entrega, no site diz que o envio é entre 4 e 6 semanas.
Um grande abraço,
Helio
Meu caro Hélio, é sempre um prazer encontrá-lo aqui.
Muito obrigado pela informação. Essa é uma boa notícia.
Já vou providenciar um para teste.
Abração
Eduardo
Grande Eduardo,
Recebi o meu Loki Mini há alguns dias e posso dizer que você não exagerou no review.
É completamente diferente dos antigos equalizadores que já pude testar ou dos controles de tonalidade incorporados em alguns integrados, que geralmente são horríveis.
Apesar de serem apenas 4 bandas de ajuste, os controles são muito precisos e o Loki não gera aquele famoso chiado (ruído de fundo) comum em equalizadores.
Gostei muito. Um belo aparelho.
Um abraço,
Helio
Meu Caro Hélio
Agradeço por sempre participar deste humilde blog.
Fico contente que tenha experimentado a mesma boa impressão que eu tive do aparelho.
Se quiser, faça uma avaliação mais completa, com as suas opiniões e as suas observações, positivas ou negativas para termos mais uma opinião.
Abraço
Eduardo
Olá Eduardo, boa tarde!
Primeiro lugar quero deixar aqui registrado meu agradecimento pelo excelente artigo (como todos os outros que tiver o prazer de ler aqui) e também deixar meus parabéns pela ótima publicação, honestidade e dedicação ao áudio e a todos que se beneficiando com seus textos, dicas e testes. Muito obrigado!
Eu não conhecia essa marca e muito menos esse aparelho e após ler todo o artigo fiquei com uma dúvida: é possível usar o Mini+ junto ao toca discos, entre o pré ou power e o TD? Talvez seja até uma pergunta bobagem, até meio estúpida, mas, como estou aprendendo, resolvi perguntar.
Mais uma vez meus parabéns e obrigado!
Roberto
Olá Roberto.
Obrigado pelas palavras.
O Mini+ é um aparelho barato, muito bacana e de muita utilidade. Uma pena que as publicações no Brasil só se preocupam em vender cabos caros para ajustar o sistema, enquanto soluções como essa são muito mais efetivas e baratas.
Vamos lá…. o Mini+ pode ser ligado depois do pré de fono, entre o pré-amplificador e o amplificador de potência. Ele não substitui o pré de fono, então o sinal da cápsula deve ser corrigido (curva RIAA) e depois amplificado pelo pré de fono antes de ir para o Mini+.
Então se o TD tiver um pré de fono embutido, ou um externo, você pode ligar o Mini+ depois dele, antes de ir para o pré ou para o power. Se o pré de fono estiver embutido no pré-amplificador (uma entrada de toca-discos), então você pode ligar o Mini+ entre o pré-amplificador e o power, que seria a configuração ideal pois você pode ter o Mini+ atuando em todas as entradas do pré.
Espero ter te explicado com clareza, mas se não fui muito feliz na minha explicação ou restou alguma outra dúvida, fique à vontade para perguntar.
Abração
Eduardo