Conheça o resultado do primeiro teste de cabos realizado pelo Hi-Fi Planet, cheio de surpresas e conclusões surpreendentes.
O tema “cabos” sempre foi motivo para longas discussões.
Alguns acham que cabos não apresentam qualquer diferença, outros investem pequenas (ou grandes) fortunas buscando os cabos ideais para o seu sistema.
Afinal, onde está a resposta para este mistério?
Inicialmente, posso afirmar que se você não tiver um bom sistema de áudio, e ouvidos em dia, certamente ficará do lado da corrente que afirma que cabos comuns são tão bons quanto quaisquer cabos, e tudo isso não passa de “voodoo”.
Mas, cabos fazem diferença, e afirmo isso na condição de quem não acreditava, recusava aceitar essa verdade, e ainda tentava provar o contrário.
Há muito tempo realizei uma brincadeira (séria) com um amigo, que fazia parte de um respeitado grupo de audiófilos de Brasília. Fabriquei um cabo utilizando componentes comuns e baratos do mercado, na verdade, conectores banhados com imitação de ouro, e um cabinho de antena de alguns poucos reais o metro, colocando uma marca de respeito impressa no cabo. Depois de uma “longa e cuidadosa” avaliação, o amigo me disse que o cabinho, que custou perto de 12 reais, havia superado cabos de mais de 500 dólares, e o “respeitado” grupo de audiófilos do qual participava estava muito interessado em substituir seus caros cabos por este de 12 reais. Quando contei a verdade (não me interesso em ganhar dinheiro desonesto ou teria ficado rico com esse cabinho) o colega surtou, chegando a ficar algum tempo sem falar comigo.
Mas, o fato levantou muitas dúvidas. Fez o mercado acordar na época, e causou incômodos de tal forma que até o debate foi “excluído” do site onde foi publicado.
Depois disso, minha curiosidade sobre cabos se tornou ainda maior. Descobri falhas graves nos testes de cabos, manipulação de resultados em cursos que deveriam ensinar e não confundir ou enganar, avaliações suspeitas e resultados ainda mais curiosos.
Mas, o que há por trás desse universo de cabos “hi-end“?
Automóveis tiveram um grande aumento de desempenho e conforto, mas nem por isso utilizou-se de “misteriosos” componentes nobres e caros em seu desenvolvimento. Um cabo de áudio mais “desenvolvido” é taxado de hi-end, e utiliza componentes “especiais” em sua fabricação, mas o fabricante normalmente não consegue explicar do que se trata.
Existem pesquisadores no mundo inteiro defendendo que conectores de cobre são superiores ao ouro, exigindo apenas uma manutenção maior (limpeza periódica).
Se o material não é tão crítico, o que afinal de contas tornam alguns cabos tão caros? Seria a “grife” e um mercado de sites e outras publicações totalmente voltadas a interesses “difusos”?
Não! Isso existe também, mas outros fatores devem ser considerados.
Cabos de baixa qualidade prejudicam o resultado sonoro, e hoje não tenho qualquer dúvida em relação a isso. Se meu cabo de R$ 12, 00 causou tanta confusão, e confundiu “experientes audiófilos”, outros fatores estiveram envolvidos na experiência. Alguns deles, em relação à forma de avaliar um cabo.
Depois de um tempo instalado num equipamento, contatos de terminais dos cabos começam a se deteriorar. Não existe uma fusão entre um conector macho de um cabo e o conector fêmea de um equipamento. O contato é feito mediante pressão. O projeto de “encaixe” é feito de tal forma para que haja uma força de união entre as duas partes. Mas, isso não impede que ocorra uma oxidação entre as duas partes com o tempo, prejudicando a perfeita condução do sinal elétrico. Sim, estamos falando em sinais elétricos, tão somente. Esqueça que cabos e conectores conduzem sinais de áudio com características “críticas” ou “especiais”. Computadores, sim, manipulam sinais elétricos bem mais complexos.
Me recordo quando tive um de meus primeiros computadores, um Apple II Plus, e frequentemente era obrigado a abrí-lo para limpar contato dos circuitos integrados e de placas, que com o tempo faziam o computador parar de funcionar.
O mesmo acontece com os nossos equipamentos de áudio. O tempo faz com que contatos elétricos percam eficiência, e prejudiquem a condução do sinal.
Assim, aqui deve ser observado um erro muito comum ao se avaliar o desempenho de novos cabos. Antes de qualquer coisa, limpe os contatos do seu velho cabo e de seu equipamento. Reaperte as conexões dos conectores, se for o caso. Faça primeiro uma revisão em seu cabo original.
Certa vez, fiz uma brincadeira com um amigo, ao realizar um comparativo de cabos.
Retirei o cabo antigo e instalei um cabo quase 10 vezes mais caro. O amigo ficou surpreso com o desempenho. Sem que ele percebesse, fiz uma limpeza no seu cabo antigo usando apenas álcool. Disse-lhe que apenas estava limpando-o para guardá-lo. Numa manobra simulada, troquei os cabos e continuamos os testes. Ele continuou insistindo na grande melhora da qualidade sonora depois da troca de cabos. Contei-lhe o que tinha feito, e reiniciamos os testes. Fiz desta vez uma limpeza bem mais cuidadosa, e ele não notou mais qualquer diferença entre os dois cabos. Eu percebi uma ligeira melhora com o segundo cabo, mas realmente quase imperceptível para ouvidos pouco treinados.
Aqui vai a primeira regra: faça uma boa limpeza no seu “velho” cabo, e reaperte as conexões entre cabo e conectores.
As vezes o simples ato de retirar um cabo e colocá-lo de volta já é o suficiente para promover um melhor contato, com a “raspagem” da superfície dos conectores.
Em nossa categoria “Espaço DIY” ensinamos como fazer uma correta limpeza de conexões.
Ainda, para maior validade de um teste, é importante que ele seja “cego”, ou seja, que o avaliador não saiba que cabo está sendo utilizado.
Certa vez, participando de uma apresentação sobre “percepção auditiva”, o palestrante esqueceu-se de que tinha voltado um cabo antigo, supostamente de baixa qualidade, e continuou tentando mostrar os ganhos com um cabo centenas de dólares mais caro. Descobri depois que seu objetivo era unicamente tentar provar a eficiência de sua metodologia de avaliação (que é o claro objetivo do curso – não atendido, na minha opinião).
O teste deve ser cego. Há quem jamais concorde com isso, oferecendo os argumentos mais absurdos possíveis. Mas, acredite, isso é necessário.
Dois pratos de comida, feitos da mesma forma, pode induzí-lo a encontrar melhor sabor em um deles se você souber que um foi feito pelo bar da esquina e o outro pela sua querida mãe.
Pode até haver alguma diferença, ou não, mas, subjetivamente, seu cérebro pode enganá-lo. E isso acontece com frequência.
Neste mesmo curso que fiz, o palestrante forçava a situação com observações do tipo: “vejam que parece que sumiu um véu que havia em frente às caixas”… “notem a maior velocidade das notas”… “observem como é possível acompanhar a mão direita do pianista”… verdadeiras tentativas de convencimento que não refletiam os fatos. E quem ousava contestar, era praticamente chamado de surdo pelo palestrante, que sequer percebeu seu engano com a troca de cabos mencionada acima.
Ao fazer qualquer experiência em seu sistema, peça que alguém faça a troca de cabos, e avalie sem saber qual deles está conectado naquele momento.
Cabos exigem amaciamento? A maioria não. Raramente percebi alguma diferença em função de “amaciamento”. Acho que a diferença está mais na acomodação dos contatos em si do que em mudanças físico-químicas da composição dos cabos. Tanto é verdade que os argumentos utilizados para isso são muito contestados pelos fabricantes especializados em cabos especiais para uso em equipamentos médicos, industriais e de informática, só para citar alguns exemplos onde se requer uma exigência maior.
É engraçado como tentam fazer o universo do áudio virar uma coisa do “outro mundo”. Mais interessante é saber que ninguém comprova nada cientificamente, sempre elegando que nosso cérebro é “cheio de surpresas”, acho que cheios são os bolsos daqueles que tentam vender fantasias por preço de ouro…
Afinal, qual a conclusão que podemos tirar disso tudo?
Cabos de melhor qualidade fazem diferença. Isso eu já não discuto mais como fazia antes de entender melhor esta questão. Agora, se estas diferenças são para melhor ou pior, isso não é possível afirmar.
Quando vejo uma publicação dizer que determinado cabo é maravilhoso, fico bastante irritado. Afinal, inúmeros outros fatores interferem no desempenho de cabos, como comprimento, características do sistema onde são instalados, sensibilidade e outras particularidades auditivas do avaliador, etc.
Cabos possuem capacitância, indutância, resistência elétrica e outras características elétricas que podem afetar o som. E estas não estão ligadas exclusivamente à qualidade de material empregado. A forma de construir um cabo, trançando seus fios ou mantendo-os lineares, já pode causar modificações nestas características.
O comprimento do cabo pode fazer com que um exemplar de 1m tenha um resultado bem diferente de outro de 2m. Assim como o “casamento” entre os componentes do sistema também influenciam os resultados. Dependendo ainda do indivíduo, e de sua capacidade auditiva, ele pode não notar qualquer diferença entre um cabo ruim e outro de ótima qualidade (falo em desempenho, não em preço).
Mais uma vez, “reviews” perdem a confiabilidade neste ponto. Eles devem ser vistos de forma orientativa, mas jamais conclusiva.
Dito isto, vamos ao resultado de um teste “cego” que realizei com alguns amigos há algumas semanas. Também participei da avaliação, mais não me identificarei para evitar qualquer influência nos resultados.
Estamos reunindo alguns membros do “Clube do Audiófilo” para uma nova experiência em breve, e isso será importante para enriquecermos ainda mais nossas conclusões.
Importante ressaltar que não recebemos cabos para teste de fabricantes ou revendas. Todos foram emprestados sem que o fornecedor soubesse de sua finalidade, e muitos faziam parte do arsenal de cabos que os amigos dispunham. Através de uma foto que fiz, apresentada neste artigo, é possível ver a variedade de cabos que já possuo.
Estávamos um cinco avaliadores acima de qualquer suspeita. Durante as fases do teste foi possível fazer uma avaliação sem qualquer idéia do cabo avaliado.
Todos os cabos foram limpos e suas conexões reapertadas.
Para simplificar, sem ficar utilizando metodologias “bizarras” que mais confundem do que explicam, adotamos o critério de dar uma nota de 1 a 5 em cada faixa de operação do cabo, baixas frequências (graves), médias frequências (médios) e altas frequências (agudos), conforme o comportamento do cabo. O objetivo era avaliar o quanto o cabo era preciso na reprodução de cada faixa.
Para reprodução de cada faixa, utilizamos discos de testes (inclusive de músicas) com gravações de baixos, bateria, vozes, violino, e outros instrumentos que representavam cada faixa. Realizamos, ainda, testes com instrumentos reais, para comparação (se bem que, novamente, isto não é um recurso absoluto).
Posteriormente, alguns discos bem gravados era reproduzidos, para uma avaliação geral.
Não houve um critério rígido, já que a opinião geral foi unânime ao confirmar que não existem diferenças “gigantescas” entre um cabo e outro, mas tão somente variações sutis entre os bons cabos.
Alguns tentam nos convencer que tiveram que ouvir todos os seus discos “tal o salto de qualidade observado”. Isto é uma bobagem. Desafio estes cidadãos a realizar um teste como este, e serem tão precisos assim (ninguém no mundo todo gosta dessa idéia),
Houve uma diferença perceptível entre cabos de baixíssima qualidade de fabricação com outros melhores fabricados, só isso. Em contrapartida, a diferença de preços não provou absolutamente nada, já que cabos mais baratos superaram caríssimas “grifes“. Mas, novamente, sempre de forma sutil, presente, mas não exagerada. Não existe essa bobagem que uma troca de cabos pode evitar um “upgrade“.
Desta forma, uma nota 5 significa que determinado resultado foi superior à um de nota 1, mas sem querer atribuir equivalências do tipo: 1-péssimo; 2-apenas ruim; … 5-Excelente. Todos cumpriram suas funções. Alguns foram um pouco melhores em alguns aspectos, mas a maioria dos equipamentos e ouvidos sequer são capazes de perceber isso com tanta precisão.
As planilhas abaixo apresentam um resumo dos testes, e ao final apresentamos a planilha completa, com cada nota atribuída por cada avaliador.
Um dos cabos de força, que montei para testes, apresentou um ótimo resultado, e a “receita” de como fabricá-lo em casa, de forma econômica, será apresentada posteriormente, “inteiramente grátis aos nossos leitores”. Depois disso, esqueçam os caros cabos de grife. Atualizaremos este artigo em breve para essa finalidade e outros comentários.
Clique sobre as planilhas para ampliá-las.
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Resultados dos testes
(clique para ampliar)
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Planilha Geral
(Clique para visualizar melhor)
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Fotos de alguns cabos próprios usados no teste (alguns recentemente adquiridos):
Um cabo com com interior em “óleo”. Coisas estranhas do hi-end.
Cabo da ConnexAudio em prata pura, muito recomendável. Ganhou lugar definitivo em meu sistema.
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Atualização em 11.07.2011:
Equipamentos de áudio utilizados no teste:
Amplificação:
A amplificação ficou por conta da dupla 840E/840W da Cambridge. O bom, confiável e velho (porém atualizado) Creek 5053SE foi também utilizado em determinado momento. O Editor da Stereophile me comentou que até hoje o velho Creek é usado para tirar qualquer dúvida nos testes, por ser uma referência bastante confiável.
Porém, a dupla da Cambridge acabou se mostrando melhor para o teste.
Fontes:
A reprodução do disco de teste e de outros para comparação ficou a cargo do player Marantz SA8001, ainda hoje considerado por muitos o mais preciso de toda a série que o sucedeu. Mesmo assim, seu uso se dá apenas como player de SACD e como transporte de CD. Na reprodução de CD ele fornece o sinal digital para ser processado pelo DAC Musical Fidelity M1DAC.
Caixas Acústicas
As caixas principais do teste, aprovadas sem restrições pelo grupo, foram as principais do sistema estéreo (vide Projeto “A Caixa” na categoria DIY). Estas caixas estão criteriosamente e cuidadosamente ajustadas ao sistema.
Chegamos a comparar com as velhas B&W 7NT, que hoje fazem parte do sistema de HT, e que também foram recentemente atualizadas. Mas, as novas caixas se mostraram novamente muito mais precisas, dado todo o cuidado empregado em seu projeto. Afinal, ela substituiu com grande vantagem uma já maravilhosa Wilson Audio.
Sistema Elétrico e Acústico
A sala é tratada acusticamente, e toda a instalação elétrica foi especialmente desenvolvida para a sala, passando por um Powerline Audiófilo (atualizado). Todo o sistema é aterrado e livre de vibrações.
Os equipamentos ficam numa sala anexa, e por conta do controle remoto com retransmissão de sinal, é impossível perceber qualquer movimentação de troca de cabos ou sequer ver o equipamento com a porta da estante (de alvenaria) fechada. Mesmo os equipamentos foram desligados e ligados de dentro desta sala, operação facilitada pelos interruptores traseiros existentes no conjunto da Cambridge.
O único que teve conhecimento dos cabos em uso fui eu, razão pela qual preferi não identificar a minha participação.
Disco de Testes
O disco principal utilizado nos testes é uma compilação que fiz, com todo rigor técnico, de faixas selecionadas ao longo de anos para realização precisa de testes em todas as faixas de frequências audíveis. Foi um trabalho criterioso e demorado, mas funciona melhor do que ficar trocando discos e esperando que cada um deles tenha o mesmo desempenho. As gravações estão do formato CD, mas para um teste final, utilizamos alguns SACDs.
Observações quanto ao teste:
Significado das notas atribuídas
É importante deixar muito claro que a conclusão que tiramos é que mesmo o pior cabo é capaz de proporcionar um som de nível hi-end. Ou seja, a nota “1” não significou um resultado ruim. As notas foram atribuídas referencialmente, depois de identificado o melhor e o pior cabo de cada grupo. Mas, mesmo os cabos originais dos equipamentos foram capazes de resultados bastante satisfatórios. Os cabos que conseguiram melhor nota apresentaram um desempenho melhor, uma afinação maior da reprodução.
Quando digo que as variações foram sutis, quero transmitir a idéia de que, ao contrário do que o mercado propaga ao consumidor, as diferenças entre os cabos não são tão evidentes como a troca de caixas acústicas, por exemplo.
A lição mais importante deste teste está justamente na desvinculação do preço em relação ao resultado obtido, algo já percebido pelo mercado europeu.
Depois dos testes, vários cabos circularam entre os equipamentos dos participantes, e os resultados não foram tão diferentes, mas ocorreram, demonstrando que existem alguns comportamentos que se alteram de sistema para sistema.
Novas atualizações em breve…
Sensacional!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Eu já tinha lhe enviado um e-mail com resultados semelhantes de um teste que fizemos aqui em São Paulo. Na época o Sr. achou bem estranho, e agora confirmou também que preço não significa superioridade sempre.
Achei interessante o formato de avaliação, mas como se deu a pontuação, por média ou referência?
o Sr. pode declinar os equipamentos utilizados no teste?
Esqueci de algo. Se eu lhe enviar o teste que fizemos (com gente bastante séria como certamente foi o seu) o Sr. publicaria o teste?
Pergunto porque na época meu teste foi considerado “INCONVENIENTE” para publicação.
Obrigado.
Meu caro Renam,
É uma grande satisfação a sua participação.
1. Você está correto! Fizemos a pontuação por referência, ou para ser mais preciso, balizada pelo melhor e pior componente de cada grupo. É demorado e chato, mas de uma precisão melhor. Os colegas podiam debater algumas observações entre eles, chamando a atenção para um ou outro detalhe, mas a avaliação era pessoal. Por isso algumas linhas de opinião convergiram, enquanto outras foram divergentes, mas normalmente numa direção parecida.
2. O balizamento, como lhe disse, é mais complicado e demorado (o teste durou no total mais de 16 horas !!! Viva o feriado !!! E mesmo assim foi corrido e cansativo). Precisamos sempre rever as referências, para não perdê-las da memória. Algumas edições inglesas usam este método, porém, pela referência da média, o que também é muito válido.
3. O artigo ainda está incompleto (a falta de tempo me obriga a atualizar os artigos aos poucos), mas incluirei mais detalhes do formato da avaliação e a relação dos equipamentos utilizados.
Importante mencionar, como cito no artigo, que os resultados dependem do “casamento” com os aparelhos e outros fatores, mas não deve mudar muito de sistema para sistema. Alguns colegas levaram alguns cabos do teste para repetir os ensaios em seus sistemas, e não houveram mudanças significativas nos resultados.
4. O que percebemos é que mesmo o pior dos cabos proporciona um bom resultado. Tanto que a maioria dos fabricantes de equipamentos sofisticados não enviam junto nenhum cabo “esotérico”. Cabos melhores conseguem agregar algumas qualidades ao sistema, mas as diferenças não são tão “gigantes e assustadoras”, como dizem alguns avaliadores.
A questão é, pode-se comprar um bom carro “comum” por 30 mil dólares, ou uma Ferrari por 600 mil dólares, 20 vezes mais. E pode-se comprar um bom cabo de 50 dólares, ou outro de resultados discutíveis, por 3.000 dólares, 60 vezes mais, ou mais de 400 vezes dependendo do cabo. Será que eles têm tanta engenharia e diferenças de fabricação como uma Ferrari? Hora de acordar…
5. Por favor, nos envie a sua colaboração. Aqui não existem “inconveniências”.
Forte abraço
Eduardo
Eduardo, você pode informar também os discos utilizados no teste?
Excelente teste.
Muita coragem. Se prepare para os irritadinhos por expor algumas verdades. O que vai aparecer de vendedor de cabos para reclamar.
Seu site está bombando em nossa comunidade. Continue assim.
Paz e saúde.
Caro Renam,
Vou incluir no texto.
Na verdade, foi apenas um disco. Utilizo sempre ele para testes, e é uma coletânia de vários discos que fui selecionando para isso. A faixa de testes, que junta trechos para avaliação de graves, médios e agudos, e depois uma música mais complexa, tem perto de 4 minutos apenas, mas mostra tudo o que se pode imaginar. Se houver interesse, posso disponibilizar aqui para download.
Algumas vezes colocamos alguns discos para comparar um ou outro cabo, ou mesmo repetimos a faixa para tirar algumas dúvidas.
Um grande erro que vi certa vez num curso de percepção foi justamente a troca constante de discos para mostrar uma única faixa. Perde-se facilmente a referência, principalmente porque o apresentador do curso cometeu o erro de começar com volumes altos e sons fortes (graves intensos), isso prejudica a sensibilidade do ouvido para o detalhamento.
Somente em alguns casos mais polêmicos (até para nós), houve uma seleção um pouco maior de faixas. Mas, o tempo foi curto, e não dava para estender muito os testes.
No dia seguinte ainda fizemos algumas experiências, mas com o grupo menor.
Caro Emílio,
Sabe o quanto me importo com aqueles que se incomodam com a verdade? Nada !!!
Abraço,
Eduardo
Eduardo
Parabéns.
Muito bom e bastante ousado.
Este espaço era o que faltava para mudar o rumo do hi-end, desta vez na direção certa.
Abraço
Grande Edu!
Que saudades rapaz. Que época em que aquele forum era frequentado por figuras sensacionais como voce, o inesquecível Martins e suas longas e divertidas discussões. Uma pena que voce deixou o espaço por razões que todos já sabem e sentem vergonha disso. Jamais deveriamos ter aceitado sua ‘ demissão ‘ e sim o apoiado quando de sua decepção. É uma pena que a quantidade tomou conta da qualidade. Mas a verdade aparece a cada dia e o destino é dono de todos nós.
Quem não se lembra do primeiro chacoalhão (é assim mesmo que se escreve???) que voce deu em todos com um cabinho de 12 reais que os grandes audiófilos de Brasilia queriam te pagar 500 dólares? Aquilo foi histórico, inesquecivel, e foi uma pena e uma grande perda também se o tempo apagou, pois deixou os exibidos hi-endistas com seus cabos de muitas verdinhas roxos de raiva e vermelhos de vergonha.
Nos meus longos anos de audiofilia séria passei por situações parecidas. Seu review de cabos aqui publicado só confirma o que muita gente já sabia. Existe muito mito em cima do ‘ só é bom o que é caro ‘. Mas o comercio não é bobo, sabe da fraqueza e da falta de conhecimento da maioria dos audiófilos e abusa mesmo. É uma máfia.
Também passei por essa fase ingenua, achando que cabos tinham que ser absurdamente caros, que se deveria gastar 20% do equipamento em cabos… mas quem inventou isso? Os ‘ consultores ‘ de plantão e seus cursos de lavagem cerebral?
Meu equipamento não é nada modesto, mas não vou exibi-lo aqui porque não preciso disso como alguns que vivem de ‘ status ‘. Já fiz testes com todos os tipos de cabo, e minha conclusão é que tem cabo ruim (normalmente barato mas nem sempre), cabo bom (com preço honesto e resultados reais) e cabos carissimos que vivem de suas grifes e propagandas de paginas e paginas nas revistas especializadas (ou seria anunciantes?), mas que alguns na pratica são placebos da pior qualidade.
Gastei muito até aprender isso e por isso tambem alimentei essa pilantragem. Mas aprendi, e ainda aprendo sempre com pessoas como voce.
Meus sinceros parabéns pelo seu site. Está melhor e mais genial a cada dia. Virei fã e leitor assiduo.
Um grande abraço a voce e a toda equipe que mantem este site maravilhoso.
Rinaldo P. Galdino
Grande Rinaldo !!!
A saudade é recíproca.
Agradeço a sua participação e fico contente que tenha se identificado com o texto.
Como você disse, “audiófilos sérios”, estão sempre aprendendo, e quando se aprende, se erra menos, por mais que tentem nos confundir.
Forte abraço e participe sempre.
Eduardo
Eduardo
Este teste é hilário. Como você chegou a esta conclusão?
Que mundo você vive? Como tem coragem de publicar um teste destes?
Aprenda com o Mestre agora.
Você diz que cabos comuns originais oferecem desempenho hi end em equipamentos? Então não são equipamentos hi end. Os cabos originais estão a anos luz de uma cabo hi end. Eles acabam com a qualidade do sistema tornando-o um mero hi fi. Nenhum audiófilo que se preze teria coragem de usar um cabo original. No mínimo usaria um destes de 77,54 dólares que você mesmo reconhece a qualidade.
Há 4 anos num encontro de verdadeiros experimentadores em Campinas, numa apresentação sobre cabos, um grande número de presentes constatou a qualidade do Nordost Heindall. E para sua infeliz coincidência, ele foi comparado entre outros com esse QEDizinho Signature Audio que um dos presentes levou, que apesar do nome pompozo, levou um banho do Heindall. Ontem lembrava o fato com alguns amigos, e todos se recordam da superioridade do Heindall sobre esse QED que só é bonitinho, mas ordinário.
Você quer sempre polemizar. Porque então saiu do fórum que participava? Porque aqui ninguém te contesta? Sei que você não vcai publicar esse comentário. Faça-o se tiver coragem.
Você saiu da comunidade porque não queria ouvir um belo não para o que dizia. O caso do cabinho de 12 dólares foi uma piada de mau gosto. Quem testou aquele cabinho e o comparou com cabos de 500 dólares devia ser tão ruim quanto o cabo.
Tecnologia custa caro. Antes você ouvia seus radinhos AM de pilha, hoje o mundo ouve MP3 em sofisticados tocadores digitais. O mundo evolui, e nada é de graça.
Pra mim essa foto é uma montagem. Nunca ouvi falar desse cabo da Connexaudio e também nada achei na Internet. Você fabricou e quer ganhar em cima? Como fez com o cabinho de 12 dólares? Tá na cara que a intenção é essa.
Não vou mais perder meu tempo lendo o que você chama de artigos. Quem te paga para publicá-los? Venda o que você quiser, mas não desmereça o que os outros vendem.
O Mestre termina aqui com mais uma lição.
Aprenda primeiro e depois escreva.
Seja bem-vindo Mestre !
Quanta honra ter alguém cheio de conhecimentos para enriquecer este espaço. Mas, o colega cometeu alguns enganos… digamos… todos.
Eu afirmei, e volto a afirmar, que cabos originais são capazes de proporcionar qualidade hi-end. Cabos melhores, evidentemente, conseguem extrair mais do equipamento. Não é isso que está escrito aí logo acima? A diferença entre cabos não é este salto gigantesco que afirmam existir alguns avaliadores e “interessados indiretos”. Saiba que a maioria dos testes de equipamentos publicados pelo mundo mais “evoluído” do áudio hi-end utilizam os cabos originais do equipamento. A substituição de cabos é sempre por conta e risco do usuário, pois inúmeros fatores influenciam no resultado.
Porém, o mais curioso, é que você cita o preço de um cabo testado aqui e com valor em reais, em dólares, e depois do cabinho que serviu de experiência em Brasília também em dólares. Parece que você tem bastante afinidade com a utilização de dólares nos produtos que utiliza (ou revende?).
Sobre o fato de você citar que um outro cabo, testado por você e alguns outros participantes há quatro anos, foi superior ao QED Signature, só posso afirmar que é bastante curioso. Explico de forma bem simples: o QED Signature foi lançado em 2009, ou seja, há apenas 2 anos, portanto não poderia existir na época de seu teste. Isso me faz acreditar que além de mestre, você é um mago, pois criou algo que não existia na época, e que só surgiu no mercado 2 anos depois !!!
Precisa disso?
Entendeu agora porque não participo mais de certos espaços? Onde há o vínculo comercial se perde a imparcialidade, e aí surgem absurdos como este acima. Desisti de continuar naquele ou em qualquer outro espaço porque vivenciei coisas que você talvez saiba muito bem. O áudio para mim é um hobby, não participo de discussões onde alguns tenham interesses de ordem comercial pesando na balança. Como pode ver, publiquei seu comentário, não pelo seu desafio, mas porque o achei “exemplar”. Mas, dispensarei outros na mesma linha, pois não há espaço aqui para este tipo de participação manipulada.
Sim, o mundo evoluiu. O radinho de pilha AM foi substituído por sofisticados players digitais, que usam minúsculos processadores internos com milhares de transistores e outros componentes, com painéis digitais no lugar das frequências impressas num disquinho plástico, com faixa de resposta de frequência muito mais ampla que o AM, menor distorção e muito mais fidelidade… e… que… podem ser encontrados por até 60 reais no mercado eletrônico. Não custam 1.500,00 reais por conta de toda essa tecnologia e sofisticação…
Mas, caro Mestre, gostaria de poder ensiná-lo a usar melhor o sistema de busca da Internet, mas não disponho de tanto tempo para isso.
Os cabos da ConnexAudio que o Sr. sugere que são de minha fabricação, podem ser adquiridos no próprio site do fabricante, na INGLATERRA, em http://www.connexaudio.com e também no e-bay.
O cabinho de 12 reais da época, e isso encontra-se registrado, foi doado para o amigo que o testou, Sequer os 12 reais lhe foi cobrado, e nenhum outro foi montado. Como pode ver, fiquei rico com aquela brincadeira. Reforçando, o cabinho era de 12 reais, e não 12 dólares como sua falta de atenção ou familiaridade em trabalhar com essa moeda o faz sempre confundir.
Quem me paga para publicar estes testes? Vamos lá… no primeiro teste a Siltech, no segundo a Connex Audio, no terceiro a Monster, no quarto a Shunyata e no último a QED. Não foi fácil negociar com todos eles… só rindo mesmo. Não fui eu quem defendeu apenas uma marca aqui.
Não me prendo a marcas nem a fornecedores. Aliás, se observar melhor, indico lojas estrangeiras para comprar os cabos, principalmente o e-bay. Comprar lá fora e ainda recolher os devidos impostos (como faço questão de fazer) ainda costuma ser a opção mais econômica.
Não vendo nem indico lojas aqui.
Não tenho vínculos com fornecedores ou fabricantes. E nem quero.
Atuo na área industrial de equipamentos de produção e também como advogado. Tudo a ver com áudio, não?
Aliás, seu comentário aqui: “Venda o que você quiser, mas não desmereça o que os outros vendem.” foi bastante revelador. Que deslize, hein Mestre?
Obrigado pela lição. Estamos sempre aprendendo. Você está certo numa coisa: “Aprenda primeiro e depois escreva.”
P.S. Por favor, me convide para o próximo teste com produtos que não foram lançados ainda. Tenho muita curiosidade em ver como o Mestre realiza esta proeza.
Sem mágoas (não tenho mais idade para isso), lhe deixo um abraço.
Eduardo
Eduardo,
E eu te avisei.
Lamentável a participação do “Mestre das Atrapalhadas”.
Gostaria de lhe sugerir que não aprove mais esse tipo de comentário. Se você quer manter a imparcialidade e a linha de conduta séria deste site, não admita este tipo de comportamento aqui.
Que cidadão maluco. As intenções estão bem claras na atrapalhada que ele fez.
Voltemos ao tema que mais nos interessa aqui CABOS.
Saudações.
Coincidentemente estou aqui, na minha frente, com a edição de Julho deste ano da conceituada publicação inglesa What Hi-Fi.
Não querendo desmerecer qualquer marca de cabos, afinal, concluímos que todas são boas, com pequenas vantagens para uma ou outra, mas, usando a mesma séria e conceituada marca que o “Mestre” citou, a What Hi-Fi publica a avaliação com um cabo Nordost, The Badur de 399 libras, que levou 4 estrelas, enquanto o van den Hul The Wave, de apenas 100 libras conquistou 5 estrelas, ambos RCA.
Mais adiante, novo exemplo, o Blue Heaven R.2 de 632 libras também levou apenas 4 estrelas, enquanto o QED Revelation de 15 libras levou 5 estrelas. Sobre o Blue Heaven, afirma a revista: “Um cabo muito bom, mas não fez o suficiente para conseguir as 5 estrelas”
Claro que outras opiniões podem ser diferentes, e isso deve ser respeitado. Afinal, as diferenças entre bons cabos é muito pequena, e os resultados também dependem do sistema.
Por exemplo, para um sistema bem equilibrado, um cabo que evidencia mais os agudos pode ser um problema ao desequilibrá-lo. Mas, o mesmo cabo utilizado em outro sistema com falta de agudos, pode ser considerado o “Cabo do Ano Escolha do Editor Referência Dinamite Pura”.
Mais uma vez, considerem testes ou “reviews” como mais um elemento de ponderação, nunca de forma conclusiva. Não existem testes perfeitos, definitivos ou conclusivos, nem este que fizemos aqui.
Eduardo
Caro Emílio,
Você tem razão. É melhor deixar um comentário de fora quando feito da forma como foi este.
Abraço,
Eduardo
Caro Eduardo,
Como a vida seria mais simples e econômica se existissem pessoas como você Eduardo, Com recursos e conhecimentos técnicos na área de áudio, pesquisando com o objetivo de alertar aos amigos para as armadilhas do caríssimo e enganador mercado Hi-End. Continue assim amigo, que você vai nos ajudar a descobrir o nosso sistema de áudio de ótima qualidade por um custo honesto. É o que precisamos. Parabéns Eduardo.
Eduardo, muito legal esse testes de cabo sem interesses comerciais por tras. Realmente cabos fazem diferenças na qualidade sonora de um equipamento,mas acho que tudo é mais uma questão de compatibilidade entre seu equipamento e o cabo que voce coloca nele. Um cabo de alguns milhares de dolares pode não soar tão bem em meu aparelho como os cabos de 150 dolares que uso neles. Até admito que esses cabos , tipo da purist audio, que chegam a custar 9, 10 mil dolares sejam melhores que que meu cabo de 150, mas sera que essa melhor qualidade valem essa diferença absurda no preço? Tenho uma aparelhagem em que gastei cerca de US$ 5.000 que acho extremamente musical ,bem balanceada, que me permite desfrutar de cerca de 2000 titulos entre cds e lps. Quando convido um amigo audiofilo para vir a minha casa é para desfrutarmos do prazer de ouvirmos musica de uma forma prazeirosa, não para tripudiar em cima de um colega que talvez tenha uma aparelhagem inferior( aqui sinonimo de mais barata) a minha como fazem muitos audiofilos. Esses devem ter algum problema sexual porque acham que quanto mais grosso e mais caro o cabo melhor ele é. Quanto a esse mestre( quanta prepotencia se auto denominar assim) acho que voce deve publicar sim seus comentários.É bom para as pessoas verem como eles são ridiculos e estão desesperados porque cada vez mais as pessoas que reamente gostam de musica bem reproduzidas não estão mais sendo enganadas por interesses comerciais.
Olá Cabrini,
Obrigado pela sua participação.
Nem me preocupo com comentários “contaminados” de outros interesses como o do colega acima.
Recebo alguns e-mails com ameaças, críticas e algumas ofensas em relação a algumas coisas que publico. Gostaria apenas que cumprissem, pois aí eu saberia quem é e daria a devida publicidade de como alguns espertinhos se incomodam tanto com certas verdades.
Mas, o anonimato faz parte das “qualidades” destes críticos.
Minha vantagem sobre eles é que não preciso preservar qualquer interesse comercial. Não tenho lojas, não dependo de anunciantes e não vivo de qualquer centavo deste hobby, que para mim é isso mesmo, uma atividade de lazer, onde procuro compartilhar idéias e experiências, e afastar alguns mitos e “pilantragens” deste universo “hi-end”.
Tenho certeza que o que faço aqui ajuda as pessoas de bem, e se atrapalha alguém, são justamente aqueles que perdem com a verdade que insistem em esconder.
Abraços
Eduardo
Eu gostei imensamente do teste, já havia chegado a conclusão semelhante de que cabos caros não são necessariamente os melhores, existem cabos modestos que “encostam” nos mais caros, aliás, nenhuma surpresa a Siltech, QED, Chord, Monster e etc… serem bem qualificadas, afinal são empresas grandes e famosas. A Siltech, por exemplo, produz cabos de valores astronômicos, por que sua tecnologia, na minha opinião, está bem à frente de qualquer outra marca. A ConnexAudio é bem fácil de achar na internet, basta colocar no Google, já conhecia este fabricante através do e-Bay e fiquei curioso de experimentar seus cabos, que parecem muito bem acabados, e agora com o teste do Hi Fi Planet fiquei mais seguro em adquirir um. Parabéns!
parabéns pelo teste
Recentemente vi um teste feito por um grupo de audiófilos europeus também sem ligação com fabricantes, e o resultado foi assustador.
Eles criaram uma faixa de avaliação de “sensato” até “estúpido”, e o que se viu foram cabos caríssimos recomendados para “otários”.
A avaliação foi bastante parecida com essa aqui. A waht hi-fi também mete a bronca nestas cabos famosos.
Como funcionou esses critérios em cada faixa, e o que é o geral? Não me parece ser a média.
Muito bom, vai deixar muita gente irritada, mas a verdade vai aparecendo. já tem forum metendo bronca mas sabemos que vendem algumas destas marcas.
Enfim um site verdadeiro que não se prende a ninguem.
Sucesso
Caro Alexandre,
Por isso resolvi fazer esse teste. Querer convencer alguém que cabos de dezenas de milhares de reais são os melhores é fácil, afinal o lucro é maravilhoso. Mas, na prática, as coisas mudam um pouco.
Vi esse teste que você comentou, e novamente comprovou que muitos cabos caros não valem o que pedem.
Esse é o falso mundo hi-end, onde se inventam reviews aos interesses próprios e de terceiros interessados, se cria usuários falsos em sites para contestar testes como este ou elogiar determinadas marcas.
Por isso não aceito qualquer anunciante, patrocinador ou outro vínculo com quem quer que seja. Não ganho um centavo deste mercado, e não vivo dele, trabalhando em áreas completamente diferentes.
Quando critiquei um player híbrido da LG na revista que colaborava, contrariando na época um review de outra publicação que o considerou “referência”, fui bastante criticado. Deixei a revista e criei meu próprio espaço. Em poucos meses o aparelho saiu de produção com críticas duras em publicações no mundo inteiro, que chegou a não recomendar a compra do aparelho por sequer cumprir o que prometia. A revista daqui elogiou até um recurso dele que estava desativado. Basta pesquisar. Está tudo aqui no blog.
“Geral” não é uma média, é uma nota livre, onde cada um poderia, desvinculando-se das demais notas, fazer uma avaliação do quanto aquele cabo lhe agradou, considerando fatores como construção, qualidade dos componentes, manuseio, custo/benefício, e outros que julgasse importantes. O campo “Total” sim, este é uma média de todas as notas.
O critério foi avaliar o comportamento do cabo em cada faixa de áudio, aqui divididas nas três principais, “graves”, “médios” e “agudos”. Vou complementar o texto depois (a falta de tempo não ajuda).
Estas três faixas são importantes. Graves são difíceis de reproduzir, e interferem bastante no resultado final do sistema. Se mal reproduzidos, torna o som incômodo e irritante. Nos médios temos, principalmente, as vozes, e as faixas de testes exploraram isso. As vozes são importantes numa avaliação. Sua naturalidade diz muito sobre um sistema. Os agudos também foi avaliado em sua naturalidade, extensão, conforto auditivo e outros pontos.
Não se trata de um teste “técnico”, mas sim de uma avaliação livre. Em cada faixa buscou-se avaliar alguns quesitos como extensão, velocidade, dinâmica, naturalidade, foco, colaboração na formação do palco sonoro, conforto auditivo, comparação com referências reais e outros que cabiam na faixa. Fujimos daquelas avaliações que utilizam metodologias estranhas e adjetivos bizarros para “forçar” uma conclusão ainda mais questionável.
Não me importo com quem não goste dos resultados, se incomodem com ele e fiquem irritados.
Já estamos cansados de saber porque isso ocorre.
Diriam alguns: “como um cabo de 30 mil pode ser pior que um de 300?”. Por aí já vemos a confusão que criaram no universo do áudio hi-end.
A referência de qualidade para muitos é o preço. Se um cabo é barato, provavelmente não presta. Mas, eles nem sabem a diferença entre um e outro, composição, material utilizado, nada, mas acha que deve haver “algo muito especial”, “mágico” e “sublime”, que ninguém, de forma bastante conveniente, explica de fato.
Se um carro é mais caro, deve ter melhor acabamento, um motor mais potente, bancos de couro com ajustes, ar-condicionado, vidros elétricos, GPS, melhor estabilidade, etc… isso deve ser óbvio, e por isso ele custa 3 vezes mais do que outro.. Não deve existir nada subjetivo e nenhum milagre para isso. Que provem os fabricantes de cabos que seus cabos possuem algo tão especial que os façam custar mil vezes mais que outro.
Sim, a maioria manipula mensagens com objetivos de atender interesses comerciais do espaço. Isso já é muito antigo, e novamente fazem o leitor de bobo.
Está na hora dos audiófilos acordarem. Perceberem que o comportamento muda conforme a conveniência. Num momento um player de 400 dólares da Oppo é muito melhor que um dedicado player de áudio de 8.000 dólares. No outro momento é um absurdo imaginar que um cabo de 400 dólares possa ser melhor que outro de 5.000.
Existe muita manipulação. Existem interesses comerciais e particulares de todo o tipo. E existe ainda a vaidade, pois alguns jamais admitirão que seus produtos caros e de grife podem ser piores que outros mais baratos. Isso é mais triste ainda.
ESTÁ NA HORA DE DESVINCULAR O PREÇO DA QUALIDADE NO ÁUDIO HI-END
Isto é uma farsa que ganhou enormes proporções, mas que está sendo desbancada aos poucos por publicações sérias no mundo inteiro. Nem sempre a relação é verdadeira. Quase nunca, diga-se.
Tenho a consciência tranquila que neste espaço só participam amigos. Não temos anunciantes ou comerciantes.
Eventuais amigos que possuo e que até fabricam ou vendem alguns cabos aqui testados não se incomodaram com a honestidade e imparcialidade do teste, que acabou colocando seu produto em posições não tão privilegiadas.
O consumidor hi-end vai acordando aos poucos, e percebendo algumas pilantragens.
Um fórum americano já se prejudicou com o “gordo” número de membros, obviamente produzido artificialmente para atrair anunciantes. Mas num encontro que realizou apareceram um pouco mais de uma centena de membros.
Alguém questionou isso. Tentaram abafar, mas não conseguiram. E isso se repete todos os dias. Todo mundo quer ganhar o dinheiro fácil deste mercado milionário e mal informado.
Infelizmente nosso mundo é assim. Faço a minha parte, e cada um age da forma que sua consciência lhe permite.
Não vamos parar aqui. Existem muitas coisas que ainda mostraremos neste espaço, e sempre com base em fatos comprovados aqui e no restante do mundo, por aqueles que também tem um mínimo de seriedade com este hobby.
Aguarde. Temos muitas surpresas ainda pelo caminho.
Um abraço
Eduardo
Isso não é só com cabos, meu caro.
Quando vemos lá fora um oppo de 499 dolares bater um tocador de cd dedicado de 12.000 dólares, quando vemos um m1dac da MF de 1.300 reais bater um electrocompaniet de mais de 3.000 reais, o cd 5400 da sony de 1.500 dolares batendo um Simaudio Moon de 15.000 dolares, ou um integrado Exposure 2010s de 1.250 dolares brigando de igual com um dartzeel 8550 de 20.300 dolares, já dá para desconfiar que tem algo de podre no reino da dinamarca, da inglaterra, dos eua, e por aí vai…
Que tem muita safadeza todo mundo sabe, mas ninguem quer ou pode admitir pelas mais diversas razões.
Gostaria de ver outros comparativos como este, doendo a quem doer.
Caro Abelan,
Obrigado por participar deste espaço.
O Hi-End vai mudar, quando o consumidor mudar também.
Abraço
Eduardo
E por que os cabos de áudio de metal (cobre, prata, ouro…) não são substituídos pela fibra ótica, acabando com essa discussão??????? Há muito tempo diziam que a FO seria a solução para as interferências e perdas de sinal a grandes distâncias, além de ser 100% segura, mas por que não deu certo, isso não acabaria que essa eterna discussão de qual o melhor cabo? Lembro que esse mercado vive de falácia, quando inventaram o cabo de vídeo-componente afirmaram que era a melhor solução porque não misturava os sinais, cada um seguia em seu próprio condutor, sendo que o áudio transitava em cabos à parte, também sem contato e interferência, mas agora, com o advento do padrão hdmi, todos os sinais, áudio e vídeo, se misturam e caminham lado a lado torcidos e emaranhados dentro de um mesmo duto, então não existe mais problema? Daqui a pouco inventarão um novo padrão e teremos que trocar nossos players, TVs e etc…
Parabéns pelo teste e, sobretudo, pela coragem que quebrar paradigmas. O texto foi extremamente elucidadtivo e claro. Forte abraço e continue, POR FAVOR, nos fazendo refletir sobre nossas práticas e hábitos no mundo áudio.
Abração
Dakir Larara
Dakir,
Obrigado pela sua participação.
Forte abraço
Eduardo
Muito legal. É claro que as revendas hi-end podem vender seus cabos miraculosos a qualquer preço afinal estamos em uma econômia de mercado livre. Só fica muito “sem ética” velar a busca pelo ganho estratosférico por meio de algumas argumentações técnicas descabidas ou, ainda pior, por meio de referências dos “ouvidos dourados” que pretendem apontar para o melhor cabo, amplificador, etc. Pena que tal indicação só dura até a próxima edição !!! Quando o ciclo começa novamente.
Abraço,
Milton
Parabéns por ter publicado a carta do tal “Mestre”.
Melhor ainda foi sua sutileza e cavalheirismo na resposta.
O Mestre nos deixou aqui o exemplo exato, a personificacao do tipo de visao que combatemos.
Eu tinha interesse e curiosidade em saber que tipo de pessoas se debatiam com voce por conta de suas ideáis e opinioes nao-comerciais. Matei a curiosidade e rí bastante.
Abraco
Olá caro amigo Eduardo!
Venho levantar uma questão que julgo importante na hora de escolher um cabo para caixa acústica.
Levando em consideração apenas a qualidade e integridade do sinal de áudio e não a praticidade ou estética ou grife, o que o Sr diria a quem fosse comprar cabos para caixas:
CABO TERMINAÇÃO BANANA? CABO TERMINAÇÃO SPADE? ou CABO DESENCAPADO MESMO?
se puder cite exemplos!
abraço!!!
Caro Eduardo,
Queria sua opinião honesta como sempre em relação a cabos de força!
Com relação a sua experiencia, vc acha que cabos de força influenciam na qualidade do som a ponto de compra-los para colocar no lugar dos cabos que vem com os aparelhos?
Se sim, o correto é usar os cabos de força melhores do condicionador para os equipo e não da tomada pro condicionador certo??
Bom dia nobre Eduardo: Estava a pesquisar sobre cabos de audio no google, quando tive a grata surpresa de me deparar com seu blog, e como bom leigo que sou neste mundo audiófilo; não parei mais de explora-lo devido as novidades e tanta riqueza de detalhes e informações; achei seu blog muito na vanguarda e ao mesmo tempo revolucionário e reacionário: Revolucionário no sentido de tomar a iniciativa e prestar este grande serviço a sociedade amante do audio e video; reacionário no sentido de ficarmos surpresos positivamente com a dismificação de grandes marcas e ao mesmo tempo devido a conflitos de interesses de mercado acabou criando desafetos, pois neste mundo do audio rola grandes somas de $$$ e fere com certeza o interesse de muita gente. Parabéns pela coragem de se expor e prestar este grande serviço com coerência, transparência e imparciabilidade a todos nós abonados ou não. Um grande abraço no coração. (Romildo José Nicolini)
Nicolini,
Obrigado pelas palavras gentis e motivadoras.
Um grande abraço,
Eduardo
Eduardo,
Gostaria de parabenizá-lo pela iniciativa e coragem de colocar um comparativo como esses. Realmente, é de grande valia uma avaliação imparcial como essa para se fazer as melhores decisões. Gostaria de perguntar a sua opinião sobre os cabos da Transparent. Não sei se você tem experiência com eles, mas gostaria de ter uma avaliação fora das citadas pela marca…
Abraços,
Renato
Olá, Renato, desculpe, mas infelizmente não tive contato com essa marca tempo suficiente e nem condições adequadas para emitir qualquer opinião de valor sobre ela.
Rsrsrs…
Olá, meu caro Eduardo!! Também me lembro da peça que você pregou com aquele seu cabo, como é mesmo a marca… Madrigal!! Não foi isso?? Kkkk, deu o que falar…
Lembra-se de mim??
Sou o Flat! Conversamos algumas vezes diretamente por telefone, depois que vazaram conversas daqueles caras (nem precisa dizer os nomes) escarnecendo ingênuos membros do famigerado fórum. Na época, eles ficaram preocupadíssimos se eu poderia gerar algum tipo de prejuízo financeiro ao negócio recém iniciado, se divulgasse tais informações. E você foi então o nomeado a me demover dessa idéia.
Depois que hackearam meu computador e “detonaram” com meu HD, apagando todas as evidências (coisa de bandidos, não é?), então puderam confortavelmente me banir do fórum. Melhor asim, o meu interesse já havia terminado, eu havia descoberto não se tratar de um lugar sério.
Agora é um prazer ver o quanto a audiofilia (o nome não soa bem, né..) é forte dentro de você, a ponto de criar um espaço para que seja discutida e desenvolvida, pelo que vejo, com isenção.
Se me aceitar neste espaço (e também no Clube do Audiófilo), será um prazer discutir novamente, com aquelas pessoas de grande nível intelectual e/ou moral (como havia no fórum) sobre os mais diversos assuntos deste tema tão amplo e às vezes (sempre…) tão controverso.
Um grande abraço, com saudades de nossas conversas,
Marcelo
Caro Eduardo, depois de muita economia, resolvi entrar no mundo do áudio estéreo com meu primeiro e modesto sistema.
Utilizei muito as referências do seu blog.
A espinha dorsal do sistema será o integrado Advance Acoustic map 305 e MA rx8.
Como todos sabem, e foi comentado por você no teste do power da AA, o cabos de força é o ponto fraco da marca.
Nesse comparativo me chamou a atenção o PANGEA AC-14, pelo preço e desempenho.
Ocorre que no site recomendado existem várias opções de pangea ac-14 como cabo de força e não consigo identificar qual exatamente foi utilizado no teste. Inclusive o primeiro do link que vou postar abaixo não me parece recomendado para integrados: “Pangea Audio’s AC-14 power cable is specifically designed for source components, which do not require the same large amounts of current as receivers and amps.”
Link: http://home-audio.audioadvisor.com/search?w=pangea+ac-14
O senhor pode me ajudar a escolher um cabo para meu Advance Acoustic nessa perspectiva de custo benefício? Meu orçamento está estourado e o preço dos Pangea é a minha salvação.
Abraço!
Olá Tiago,
Parabéns pelo sistema!
O cabo da Pangea mais adequado para amplificação de potência é o AC-9: http://www.audioadvisor.com/prodinfo.asp?number=PGAC9#
Certamente este cabo é bem acessível e, acredite, igual ou até melhor que muitos e muitos cabos famosos e muito caros que estão aí pelo mercado.
Um abraço
Obrigado pela pronta resposta, Eduardo.
Vinda do sr., tenho absoluta convicção que é uma recomendação séria e valiosa.
Esse cabo vai para minha lista de prioridades.
Bom, se a memória não me trai, o sr. não é expert em uso de pc/notebook como fonte, é?
Preciso de umas recomendações nesse sentido, já que meu note será minha fonte.
Estou em dúvida se uso a Halide Bridge (que liga a porta USB do note à entrada do DAC do integrado), muitíssimo elogiada no htforum: http://www.halidedesign.com/bridge/
Essa bridge prescinde de qualquer outro cabo, liga direto no dac do integrado.
Ou se uso a HRT Music Streamer II (http://www.amazon.co.uk/Music-Streamer-II-HRT/dp/B0038O4UFQ), que precisa de um bom cabo usb para ligar na porta usb do note (me recomendaram o Supra USB Cable) mais conectivos rca (usarei Chord Company Crimson Plus, testado e aprovado nesse blog), que seriam ligados na entrada de áudio do integrado.
A halide sai uns 200 reais mais cara que a segunda opção (mesmo com os 2 cabos), o que daria para comprar folgado esse cabo de força pelo senhor recomendado.
Estou em dúvida entre essas duas opções, até porque o meu sistema não é lá algo de referência e não sei se a diferença final de resultado seria tão notável entre essas escolhas.
O sr. teria algum conhecimento técnico ou recomendação sobre isso?
Desde ja agradeço a atenção e desculpe se infringi alguma regra do blog postando esses links e citando o forum.
Caro, Eduardo, por favor desconsidere meu comentário anterior, pois já sanei a dúvida sobre o assunto, a publicação só vai poluir esse estimado blog.
Tenho outra dúvida de maior relevância: o cabo de caixa que ficou em 4º lugar no seu comparativo (QED Silver Anniversary XT Bi Wire Speaker Cable) é exatamente esse aqui?
http://www.audioaffair.co.uk/index.php?act=viewProd&dropCart=1&productId=2190
O sr. sabe informar se ele cairia bem entre a RX8 e o Advance Acoustic Map 308?
Também sabe informar se essa loja do link é confiável?
Abraço.
Olá Tiago,
Desculpe a demora, mas estou numa correria de final de ano aqui no trabalho e o tempo anda curto.
Sim, o cabo é este mesmo. Infelizmente, sem representação no Brasil (que muitas vezes nem vale a pena). É um ótimo cabo que o mercado ignora em benefício de outros modelos mais “lucrativos” para o comércio, mais caros e muitas vezes com desempenho inferior.
Acredito que você vai gostar muito desse cabo neste sistema mencionado.
Não conheço esta loja. Mas estas lojas de lá costumam ser bastante confiáveis.
Abraços
Grato mais uma vez, Eduardo. O sr. pode fornecer email para poder tirar algumas dúvidas?? Vou acabar poluindo o blog com dúvidas de iniciante.
A dúvida da vez é sobre a necessidade de plug para conectar o cabo ao integrado e às caixas.
O plug é imprescindível ou pode ser com o cabo desencapado mesmo?
Faz diferença no desempenho?
Tive primeiro contacto com este site há muito pouco tempo, Admiro qualidade dos artigos e posição contra oportunismo de marketing abusivo. O meu grande gosto pela música obriga-me a estar atento à qualidade da sua reprodução doméstica e interesse pelos equipamentos.
Acho sinceramente que podemos disfrutar de muita qualidade a preços muito honestos e razoáveis.Compreendendo que o responsável pelo site tenha coisas mais necessárias (como trabalhar) e utéis (como ouvir música) para fazer, gostaria que tivesse uma actualização mais frequente e com mais artigos. Por favor continue, comigo pode contar. Um forte abraço
Carlos Costa
Prezado Carlos,
Muito obrigado pelas palavras.
Realmente esta época do ano é complicada para mim, mas em breve publicarei alguns novos artigos. Aguarde.
Também tivemos um problema com o funcionamento do site, mas já foi corrigido, porém muitas mensagens enviada foram perdidas, mas consigo resgatá-las através dos emails de aviso de novas mensagens e aos poucos atualizo tudo.
Peço desculpas a quem escreveu para nós, mas logo todas as mensagens estarão atualizadas.
Um abração,
Eduardo
Grande Edu, tudo na paz contigo ? Faz tempo que não nos falamos e todas as nossas tentativas mais recentes de visita acabaram não se concretizando. Ainda peço aquele prato maluco que você me apresentou em nosso último almoço juntos. Life changing 🙂
Quanto aos testes de cabos, se me permitir, gostaria de fazer um adendo.
Eu sou contra o teste cego de cabos, EM SISTEMAS QUE VOCÊ NÂO CONHECE MUITO BEM.
Pelo simples fato de que você não conhece a resposta do sistema e sua óbvia interação com o ambiente, o que dificulta a percepção de nuances importantes, como você mesmo bem pontuou.
Se forem executados NO SEU SISTEMA, sem problemas.
Me lembro de um teste de cabos de força que realizei há alguns anos com um grupo de amigos em que o melhor votado foi um montado com plugs pial (ou qq coisa equivalente) e cabo flexivel 4 vias.
E qual foi o motivo dessa votação maciça nele ?
Exatamente o fato de que ele nivelou toda a gama de frequencia, escondendo a microdinâmica, o decaimento das notas, MAS deixou a impressão do som estar mais encorpado, estilo anos 70 em que tínhamos um “paredão” de som.
O uso do linguajar corriqueiro do grave, medio e agudo também é um complicador pois limita bastante a expressão das mudanças que são percebidas.
Não endosso o uso de uma ou outra metodologia de testes, mas a aplicação de ALGUMA metodologia que ofereça termos mais abrangentes e disseminada entre todos os participantes é bem interessante, pois a grande diferença que o cabo certo no lugar certo promove é justamente em itens como profundidade, largura e altura do palco sonoro, decaimento das notas, microdinâmica e foco, que te permite, por exemplo, notar que o prato da bateria está sendo tocado com uma “vassourinha” de metal e poucas cerdas ou se são leves, médias ou pesadas ou ainda se o cantor estava em uma cabine ou junto dos músicos na hora da captação.
Tudo isso fica encoberto pelo uso de cabos ruins, ou melhor ainda, inadequados para o sistema em questão.
Eu comprei há alguns anos uma vitrola Telefunken Dominante dos idos de 71-73, a primeira e última solid state da linha e fiz algumas modificações como recap, troca de cabos internos e instalação de um conector IEC.
Mesmo nela é bem perceptível a troca de alguns cabos, notadamente os de força.
Em um teste bem peculiar, comparei 3 cabos de força, um na faixa de R$ 600, outros de seus R$ 1500 e um terceiro de mais de R$ 10k.
Interessante que o de 10K destruiu completamente toda a coerencia da musica, deixando o som “sem vida”.
O de 600 se saiu bem e o de 1500 casou como uma luva, fazendo que a velha senhora tocasse música de maneira deliciosa.
Enfim, tudo isso só pra pontuar que o cabo certo, no lugar certo faz sim uma grande diferença na reprodução musical e que o “melhor” e mais caro cabo muitas vezes não será a melhor escolha “per se”, muito menos em diferentes sistemas e ainda mesmo no mesmo sistema, mas em salas diferentes.
Um forte abraço pra ti, parabéns pelos 10 anos do HifiPlanet e veja se conseguimos sincronizar as agendas para que eu lhe faça uma visita e reveja a cachorrada.
MAU
Grande Maurício,
Que enorme satisfação encontrá-lo neste humilde espaço.
Ganhei o meu dia hoje em reencontrá-lo por aqui.
Não faltará oportunidade para conversarmos, aliás, sinta-se convidado para o próximo encontro que faremos em breve.
Obrigado por compartilhar as suas experiências com cabos.
São participações como esta sua que enriquecem este importante debate.
Eu teria muito pra falar sobre cabos de força aqui, e as experiências que realizei com eles.
Para resumir, não sou contra o uso de cabos melhores, mas também não concordo com a forma como eles recebem uma importância maior que o bom tratamento do sistema elétrico.
Uma instalação bem feita do sistema elétrico reduz muito a dependência de cabos.
Quanto aos preços, concordo totalmente com você, eles pouco dizem sobre os resultados.
Fiz recentemente algumas experiências justamente com cabos de força, e notei que alguns “deformam” o sinal elétrico (60Hz). Nenhum deles melhorou nada, mas muitos deformaram a senóide de uma forma que me pareceu proposital.
Isso provocou alterações no som, mas nada que não pudesse ser alterado de outra forma muito mais econômica.
Devo entrar em mais detalhes em breve, pois é algo muito longo para abordar por aqui.
Obrigado pela participação, e me encaminhe um e-mail para conversarmos melhor.
Meu celular continua o mesmo, aliás, sempre foi o mesmo…
Forte abração, meu caro.
Eduardo
Opa, terei um grande prazer em encontra-lo e bater um bom papo, rever a bicharada e se ainda pudermos ouvir música e testar algum brinquedo, será o nirvana.
Eu venho pensando em fazer testes com o osciloscópio, justamente pra entender como um cabo de força influencia a energia, mas ainda não atinei com um teste que faça sentido amplo, além de apenas comparar a senoide dos 60 hz sem carga no cabo. Podemos conversar sobre isso e ver como você bolou esse teste.
Concordo totalmente quanto à importância dos cabos no conjunto da obra da reprodução. Elétrica e acústica são componentes bem mais importantes, além da escolha de equipamentos.
Mas, de novo, o cabo certo, no lugar certo faz sim uma diferença bem significativa, à despeito de preço.
Me passe as coordenadas, dia e hora da próxima brincadeira e sendo humanamente possível estarei lá.
Forte e sincero abraço.
MAU