Recebi uma carta de um leitor para ser publicada como comentário em nosso site.
A carta é muito extensa, e seu conteúdo bastante interessante, e por essa razão resolvi publicá-la como artigo.
Agradeço ao leitor pela contribuição, e desde já me solidarizo com o teor da sua manifestação.
” Já faz tempo que venho lendo verdadeiros absurdos que são publicados numa revista que se “autodeclarou” especializada em som hi-end, mas o que me levou a escrever esta manifestação de repúdio foram os comentários que foram publicados na edição deste mês, onde um autor, já bem conhecido por ofender audiófilos, frequentadores de sites e fóruns, profissionais de áudio, internautas, técnicos e outros tantos que não pensam como ele, agora usou o espaço que tem na revista para atacar os profissionais de engenharia.
Desta vez ele coloca posicionamentos aos engenheiros que são desrespeitados com a expressão adjetiva de “cara-de-pau”, e desprezando o conhecimento destes profissionais ao afirmar que eles proferem “balela” ou “falácia com pseudo-propriedade”, chegando a colocar esta honrada profissão entre “aspas” num contexto com a clara intenção de ironizá-la e desmerecê-la.
Antes de qualquer coisa, gostaria de saber qual a especialização acadêmica de formação de um “revisor de áudio”? Ou seria talvez um “escutador de som”?
Responder esta pergunta é ainda mais importante neste caso, onde as contradições e erros técnicos de alguém que se julga melhor capacitado que um engenheiro já são bem conhecidos dos leitores da referida publicação.
Este crítico que agora desfere seus ataques aos respeitados profissionais de engenharia é autor de algumas contradições clássicas, e apenas para exemplificar, foi autor de comentários criticando a alta-resolução de gravações de áudio e imagem, dizendo que a alta resolução lhe parecia artificial, para mais tarde afirmar que a qualidade excepcional de um produto que avaliou estava claramente ligada à alta resolução de processamento do “sinal de áudio”.
Em outra oportunidade, o mesmo contraditório autor afirma que não entende o fascínio de alguns “audiófilos” (sempre se referindo àqueles que ele ataca com total desprezo) pelo vintage, para nesta última edição afirmar claramente que topa com equipamentos antigos que lhe dão um tremendo prazer em ouvir música.
Em outra oportunidade cita a grande capacidade de dinâmica de reprodução do vinil, que na opinião dele não se comparava ao digital, que por sua vez seria deficiente nesta característica. Em nova oportunidade, diz não ser possível negar que o digital supera o vinil em dinâmica.
Essas contradições não chegam aos pés da sua incômoda falta de conhecimento científico dos textos técnicos que ele publica, onde já foi capaz de informar incorretamente a amostragem de alta resolução do formato digital, atribuindo 19kHz como a evolução neste formato (um absurdo total), ou confundindo resistência com resistor, ou mencionando potência em V (volts), ou ainda comentando o balanceamento de um cabo RCA que na verdade era um cabo de conexão XLR.
Como ousa alguém que não possui o conhecimento científico necessário para desenvolver os seus artigos criticar aquele que ficou 5 ou 6 anos nas cadeiras de uma faculdade aprendendo ciência?
Saiba este senhor que a engenharia é a arte de aplicar o conhecimento científico no desenvolvimento de soluções, e que o engenheiro para isso absorve na sua formação acadêmica conhecimentos de cálculo avançado, geometria analítica, física, eletricidade, química, características dos materiais, entre outras que também pode incluir a mecânica quântica (sim, a matéria é elemento de estudo em vários cursos de engenharia – mas ele não deve saber disso também). E se a área de especialização é a elétrica ou a eletrônica, há uma abrangência muito maior no estudo do eletromagnetismo, na condução elétrica, no processamento da corrente elétrica e inúmeras outras matérias específicas.
Se ele não conhece a clara diferença entre o físico e o engenheiro, deveria aprender pelo menos isso.
Os físicos estudam os fenômenos, e os engenheiros desenvolvem e aplicam estes conhecimentos científicos em soluções tecnológicas, quando não assumem para si o próprio estudo dos fenômenos como vem acontecendo nas últimas décadas.
O senhor “sabe-tudo” que tanto gosta de criticar a todos, deveria se preocupar então em adquirir mais conhecimento antes de querer ensinar aos outros, e isso se faz com pesquisas e estudos. É preciso competência e conhecimento para ensinar, e se ele não percebeu ainda, uma revista também tem esse importante papel de informar, o que não ocorre neste caso.
Sua ironia, sua arrogância, seu desprezo pelas profissões e suas constantes críticas agressivas que se aproveitam de um espaço que lhe é dado para simplesmente dar a sua opinião sobre um produto de áudio, tem incomodado audiófilos, técnicos, engenheiros, médicos, frequentadores da internet que buscam e filtram informações que ampliem os seus conhecimentos, transformando estas pessoas num grupo de idiotas.
Não consigo entender como pode uma publicação que se diz especializada em áudio hi-end (há muitas controvérsias sobre isso) dar guarida a um colaborador que, além da falta de conhecimentos necessários para desenvolver os assuntos de que trata, ainda promove tanto mal-estar aos seus leitores.
Eu e mais um grupo de 4 amigos engenheiros estamos indignados com esta situação, e tenho certeza que o número de profissionais que sentem que tiveram suas honras ofendidas é bem maior. Eu ainda era o único ingênuo que comprava este periódico, mas a partir desta edição desisti definitivamente de adquiri-la, e conheço muita gente que está tomando a mesma decisão.
Não é a crise econômica, como uma pobre desculpa, que vai fazer com que alguém que gasta milhares de dólares em equipamentos de áudio como um hobby deixe de pagar míseros 18 reais por uma revista. É a falta de credibilidade alimentada pelas posturas que a revista vem adotando ao longo de seus anos de existência que vem tirando o interesse do comprador.
E isso é uma pena, pois a revista surgiu com uma proposta bem interessante, teve um papel importante no crescimento do áudio hi-end no Brasil, mas se perdeu em sua proposta ao tentar alimentar os incômodos “voodoos” que tomaram conta desde hobby, em prol dos interesses comerciais de muitos aproveitadores que querem se enriquecer injustamente com o dinheiro dos compradores destes produtos.
Tenho acompanhado os textos publicados no site Hi-Fi Planet, e mesmo com algumas ressalvas sobre um ou outro tema, tenho muito respeito pelo trabalho que o seu mentor tem feito, que retrata com muita fidelidade o que representa o verdadeiro hi-end. Muitas de suas sugestões me tiraram no escuro e iluminaram o meu caminho para, enfim, ter um sistema de som de altíssimo nível.
Estudos importantes como a diversidade auditiva, as suas consequências e soluções para ajustar o sistema de som aos nossos ouvidos não encontram nada similar nos textos de algumas revistas, que preferem sempre comentar os milagres de cabos, acessórios inúteis e equipamentos muitas vezes para lá de duvidosos.
As opiniões distorcidas com que o referido agressor interpreta a capacidade científica dos engenheiros é talvez uma prova de que há um conflito de interesses muito estranho, para ser mais sutil na escolha do adjetivo.
É muito curioso ver, por exemplo, os exageros dos resultados percebidos por outro avaliador num teste puramente subjetivo (não tentem mais nos convencer que se trata de uma avaliação objetiva, pois a distância entre as duas é muito grande), colocando um determinado cabo como uma inovação extraordinária, e logo depois sugerir num anúncio que o mesmo é vendido exclusivamente no Brasil por uma certa loja…
Ao senhor crítico eu digo que os engenheiros são responsáveis por fazer a luz de sua casa acender quando ele aciona um interruptor, a fazer chegar em sua casa as imagens de TV, por fazer o seu carro funcionar, e até pelo seu último exame de ressonância magnética.
São os engenheiros que desenvolvem os conhecimentos científicos adquiridos para que possam se adequar às necessidades da vida.
Se o médico consegue hoje através de um ultrasom diagnosticar uma doença, foi porque em algum momento engenheiros desenvolveram um equipamento para este fim. Ou seja, a modernidade da medicina encontra forte apoio da engenharia. O senhor acha que no áudio isso é diferente? Ou seria só diferente no áudio hi-end?
Será que os criadores de todos estes maravilhosos produtos tecnológicos que usamos hoje, como TV, celular, equipamentos medicinais, carros, computadores, e etc. são somente cientistas e físicos? Seriam críticos de equipamentos de áudio? Ou seriam bruxos, como bem questiona algumas vezes o Hi-Fi Planet? Não senhor, são profissionais com formação em tecnologia que utilizam a ciência desvendadas pelos brilhantes estudiosos e aplicam esse conhecimento na criação deste produtos.
Talvez o senhor ficasse impressionado em saber que boa parte das formulações esotéricas de muitos cabos são baseadas em tecnologias e avanços que a grande maioria dos seus fabricantes não têm e jamais conseguiriam ter acesso. Eu sei disso, porque conheço o assunto, porque tenho formação científica para diferencias a lenda do fato.
O senhor crítico revoltado sabe o que é o som?
Som é a propagação de uma frente de compressão mecânica ou uma onda longitudinal que se propaga em materiais com massa e elasticidade.
Nós conseguimos perceber os sons porque temos a capacidade de captar o movimento destas ondas sonoras.
O que cria estas ondas sonoras em nossa sala de som? Neste caso, onde a propagação ocorre pelo ar, as ondas sonoras surgem pela movimentação dos cones dos alto-falantes das caixas acústicas (a maioria feita de cones e fitas).
Ou seja, qualquer som somente ocorrerá se houver a vibração destes componentes. Para alguém que infelizmente se baseia somente no que é subjetivo e não acredita na engenharia, sugiro desligar as caixas acústicas e confirmar este fenômeno.
Talvez fique impressionado ao ver como o som desaparece quando as caixas acústicas são desligadas.
Os alto-falantes convencionais geram estas vibrações através de efeitos magnéticos, algo extensivamente estudado nos cursos de engenharia. Não é milagre, é ciência. É engenharia aplicada.
Uma bobina recebe uma corrente elétrica e cria um campo magnético que interage com o campo magnético fornecido por um imã.
Ou seja, cientificamente comprovado está o fato de que esta vibração ocorrerá proporcionalmente e em função da corrente que passa por esta bobina. Tão simples assim.
Pois é, não existe aquela “mágica” que muitos avaliadores de equipamentos gostam de se referir. Tudo está no campo real, não há feitiçaria nisso.
Diante disso, é fácil compreender que a mudança do som provocado pela movimentação do cone só poderá ocorrer se houver uma modificação do sinal elétrico.
Ou seja, se esta mudança ocorrer é fato que houve uma mudança da corrente elétrica, e isso é sempre mensurável e até visível em equipamentos de precisão.
Portanto, é uma grande besteira quando se diz que equipamentos não conseguem medir estas variações. Ora, se um dispositivo mecânico, no caso um alto-falante, muda de comportamento com a alteração da corrente elétrica, como isso não pode ser medido ou visto? É um resultado mecânico, uma mudança da movimentação do cone.
Mesmo que um equipamento de medição não pudesse medir esta variação de sinal elétrico, o que por si só é um total absurdo já que hoje até as mínimas variações possíveis na natureza podem ser medidas, o que dizer da medição de um componente mecânico?
Se ainda lhe resta alguma dúvida sobre isso, então faça um curso de engenharia para entender melhor este fenômeno, e vai descobrir como funciona este efeito.
A roda não é redonda por acaso. O fogo não é um efeito mágico. As chuvas não são coisas de feitiçaria. A transmissão de imagens pelo ar não é um efeito fantasmagórico.
São aplicações da ciência, muito claras hoje, que parece não ser de aplicação desejável quando se fala em som hi-end.
Um cabo elétrico conduz corrente elétrica e não áudio, como absurdamente dizem alguns… nenhum cabo transporta som e sim corrente elétrica. Por isso muitos se revoltam quando alguém diz que “ouviu um cabo…”.
Qualquer pessoa com um número normal de neurônios sabe que não ouvimos cabos, por mais que estes avaliadores cheios de razão tentem defender o contrário até pela falta de conhecimento técnico.
O que ouvimos, na verdade, é a alteração dos movimentos do cone de um alto-falante pela variação mensurável e visível de um sinal elétrico, e muitas variáveis existem nesse caminho, e todas elas conhecidas e explicadas pela ciência mais convencional (não é preciso apelar para a física quântica para entender o funcionamento destes fenômenos).
Como um cabo elétrico pode alterar este sinal elétrico?
Cabos elétricos possuem características elétricas tais como a capacitância, impedância e indutância.
Alterando estas características pela forma construtiva do cabo e de seus elementos, é possível alterar estas características e fazer com que ele interaja com o equipamento modificando o sinal. E como isso é feito? Mágica? Não !!! de forma simples e bastante conhecida por quem estudou o assunto.
O sinal fica mais “limpo” com a pureza de 99,99999% de um material condutor? Meça isso, ou observe este sinal na tela de um osciloscópio digital para descobrir que o sinal que entra num fio elétrico curto é exatamente o mesmo que sai dele.
Qualquer hobbista ou técnico em eletricidade ou eletrônica sabe disso. Não é preciso ser engenheiro e nem “escutador experiente de som”.
Eu já testei inúmeros cabos, fiz ensaios de toda a espécie, e tenho a certeza absoluta de que muitos ficariam surpresos com os resultados que eu obtive.
Os comentários “subjetivos” feitos por autointitulados avaliadores de áudio com os seus “ouvidos de ouro” não se comprovam na prática. A constituição destes cabos não se confirma nas análises químicas de laboratório. As características elétricas defendidas por muitos fabricantes não encontram amparo de fato.
Não adianta agora os senhores avaliadores tentarem impor uma imagem de que seus testes são fundamentados em suas “sofisticadas e infalíveis” metodologias e por isso são na realidade resultados objetivos, como tentaram já sugerir em outras oportunidades.
Basta pegarmos as edições mais antigas da revista para vermos que as avaliações sempre foram consideradas pela própria revista como subjetivas.
Adivinhar não é o mesmo que constatar. E como já provou nosso amigo Eduardo, em seus brilhantes estudos “científicos” da audição humana, não podemos confiar nos ouvidos dos outros, pois eles ouvem diferente do que os demais ouvem, e nenhum deles ouvem o certo na verdade.
E é assim que se faz. Devemos estudar, conhecer os resultados das pesquisas científicas, ouvir profissionais especializados, ler livros científicos e conhecer o tema antes de formar uma opinião.
Desde da fabricação de um amplificador, da gravação de um CD, passando pela construção de caixas acústicas e chegando ao projeto acústico de uma sala, a engenharia é aplicada.
Qualquer que seja o fenômeno, a engenharia tem o seu domínio hoje, e pode controlá-lo da forma desejada.
Dentro de um amplificador encontramos circuitos integrados, transistores, capacitores, resistores, transformadores, indutores, etc. Não existe nada esotérico ali dentro. Nenhuma “caixinha preta” contendo um pó mágico que faz o sinal elétrico se comportar de uma forma inexplicável que só a física quântica poderá explicar um dia no futuro.
Decepcionados, senhores?
Decepcionados por descobrirem que não há nada ali dentro que não seja projetado por técnicos ou engenheiros, que seja construído com componentes e técnicas já conhecidas há décadas?
Cabe a cada projetista escolher seus componentes, arranjá-los de forma a obter os resultados práticos desejados, e criar seus produtos.
Não são bruxos, escutadores de equipamentos, revendedores ou editores que projetam estes produtos. Por outro lado, temos hobbistas que já nos brindaram com produtos de muita qualidade, depois de lerem livros, estudarem tecnologia e aplicarem conceitos técnicos para seus projetos.
Até um autodidata pode criar um produto, mas terá que estudar para fazer isso. E, para tanto, fará uso de amplas bibliotecas sobre o assunto.
Não sou escritor ou professor de português (que estudaram o idioma português). Sou formado na área técnica, e peço desculpas pelos meus erros de texto e de idéias que talvez não tenham ficado bem claras.
Peço desculpas também pela longa carta.
Mas, seja esta carta for publicada ou não, e espero que seja, mesmo que resumida, gostaria aqui de registrar a minha decepção com este fato discutido acima, e dizer que para sermos respeitados precisamos conhecer o que fazemos, e também respeitar aqueles que conhecem ainda mais.
Agradeço a oportunidade e externo o meu respeito e consideração pelo Hi-Fi Planet e pelo Eduardo, que vem claramente lutando duramente para tentar colocar um pouco de luz sobre anos de escuridão que a falta de conhecimento e os interesses econômicos tem levado de prejuízo ao nosso hobby.
Um grande abraço a todos, muita paz e saúde.
Paulo de Souza “
Prezado Sr. Paulo,
Seu texto foi publicado na íntegra.
Tenho recebido inúmeras manifestações semelhantes sobre situações parecidas com esta, e lamento que isso ocorra.
Acho que o que acontece hoje em nosso hobby não é um privilégio somente dele, mas uma cultura que vem se espalhando em todo o nosso país, o que tem nos levado à esta situação em que nos encontramos hoje.
A falta de ética, de conhecimento e de respeito, o desejo de lucrar a qualquer custo e de obter poder e prestígio passando por cima de tudo e de todos têm me causado profunda decepção com este País, não pelo que ele é, mas pelo que estão fazendo com ele.
Obrigado pela sua participação.
Eduardo
Caro Colega Paulo,
Disse tudo o que eu queria dizer e com muita propriedade.
Fiquei igualmente indignado com a deselegância do autor daquelas agressões gratuitas, e serei mais um a não comprar mais esta publicação.
Parabéns pela sua manifestação bastante oportuna.
Eduardo, tentei contato sem sucesso. Me ligue quando puder, por favor.
Um abraço a todos.
José Cordeiro (RJ)
ENGENHEIRO COM MUITO ORGULHO
AUDIÓFILO COM CONHECIMENTO CIENTÍFICO DO HOBBY
Acho que para fazer uma crítica desta você tem que conhecer os dois lados, como os engenheiros audiófilos podem conhecer muito bem.
Já no caso deles, tenho certeza que não conhecem o suficiente de engenharia para fazer uma crítica tão leviana como aquela.
Esse escritor está com data vencida. Sua participação é patética.
A postura adotada pela publicação só está colaborando para o seu definhamento.
Eles querem ditar as regras do mercado, só o que eles acham que é certo é o que vale para todos, e quem não concorda com eles é sumariamente ridicularizado. É um absurdo o que estão fazendo, uma total falta de respeito com os leitores que pelo jeito estão cansados da “ditadura” criada por eles em torno de seus próprios interesses.
Porque o temos uma Hi-Fi Planet Magazine? Pensem nisso !!!
Jonas (Objetive)
Ofensas não serão publicadas.
Todo e qualquer relato deve ser acompanhado de comprovação do fato.
Caro Eduardo, sou consumidor de equipamentos de áudio há 15 anos e conheci seu blog há pouco tempo. A única coisa que consigo falar é parabéns pelo seu esforço. Mesmo com todos esses anos preciso aprender muito aqui no blog. No geral suas matérias coincidem com tudo que já passei e venho observando. Se você não se importar gostaria de dar algumas sugestões no blog “eu pessoalmente sinto falta”: você já pensou fazer umas publicações com perguntas comuns e respostas diretas? Também já pensou em publicar sugestões de equipamentos dentro de uma faixa de valor; por exemplo; 1000 reais; 2000 reais e assim por diante. Acho que assim poderíamos entender seus conselhos por outro ângulo.
Deixando os elogios e sugestão de lado de lado no momento gostaria de falar sobre minhas conclusões; duvidas e saber das suas opiniões e conselhos. Eu tenho uma sala 4,5 X 3,5 que uso somente para musica. Já escutei diversos equipamentos; tanto de compra como emprestado de amigos e de diversos valores e cheguei à seguinte conclusão: quando você usa equipamentos bons o resultado final fica cada vez mais difícil de observar e por isso muitas vezes não vale gastar fortunas em upgrades (pode ser que eu esteja errado me desculpe)
Duvidas:
1º amplificadores chineses classe t “tripath” qual sua opnião? Porque ninguém fala deles?
2º classe de amplificação vale mais que a marca?
3º qual a relação que tem entre o tamanho do falante e tamanho da sala?
4º com pouco dinheiro você sugere um B&w Zeppelin ou stereo no mesmo valor?
Deviam todos os profissionais abandonar a compra desta revista e deixá-la só para os leigos que não sabem nada, e que parece ser o tipo de público leitor que eles querem.
Uma vergonha.
Esse país vai de mau a pior.
Quando eu li o referido comentário, também o achei muito estranho e desnecessariamente depreciador, mas achei que fosse impressão minha somente. Pelo visto muita gente não gostou e com razão.
Merecida bronca.
Faz tempo que deixei de comprar essa revista, cujos textos não convencem. Tive até vontade de comprá-la para ver o artigo citado, que tenta desmerecer uma profissão tão importante, com profissionais que pesquisam, projetam e produzem equipamentos dos mais simples aos mais sofisticados. Mas, como já tomei há bastante tempo a decisão de não mais comprá-la, vou deixar a vontade passar e continuar a deixá-la na prateleira da banca.
Se vocês fizerem uma simples conta, vão verificar que 70% do conteúdo da revista são propagandas de equipamentos, muitos deles analisados na edição do mês. O setor de e-mail dos leitores é uma piada, com respostas sem qualquer nexo.
Paulo, eu me solidarizo com você e seus colegas na indignação apresentada. Totalmente coerente.
Luiz Carlos.
Grande Eduardo,
Você que tanto nos ajudou e ajuda com essa colaboração magistral , que é meu colega de profissão, só poderia receber mais uma vez os meus parabéns por mais essa colaboração.
Lamentavelmente neste país a falta de conhecimento e a ignorância estão chegando a um ponto tal que nos faz ter cada vez mais adeptos de um total tsunami de mediocridades.
Mas a concavidade desta triste curva há de mudar em direção ao fim do obscurantismo.
Excelente depoimento do colega Paulo de Souza.
Grande abraço,
Gilberto
Eu estou achando os textos da audio e video lamentaveis e provocativos, com forte dose de provocações e agressões.
Eu achei que só eu tinha sentido um mal estar com o comentário acima, mas vejo que não estou sozinho.
Pra que fazer isso? Será que precisam desta apelação agora? A coisa tá tão feia assim?
Falta concorrencia, por isso que fazem o que querem.
Em tempo, está na hora de rever os colaboradores. Já que não dá para trocar o próprio editor pelo menos tem um que já encheu as paciências de todos. O cara é ruim demais.
Que chato tudo isso.
Logo vamos ter uma revista de medicina criticando os médicos, baseada em subjetivistas que vendem remédios na própria revista, todos testados por eles próprios e todos diamante recomendados…. kkkkkk
Eduardo,
Estive num distribuidor esta semana para pegar uma encomenda do meu novo projetor (inclusive recomendado por você).
O dono do estabelecimento comentou muito positivamente do Hi-Fi Planet. Ele disse que o blog está conseguindo colocar um pouco de ordem nesta terra sem lei que virou o hi-end, e que muitos clientes dele que leem o blog estão muito mais conscientes de suas escolhas.
Ele comentou que o HFP também está colocando o audiófilo numa posição de maior repeito, mais bem tratado e bem visto na comunidade.
Disse que até as revendas para as quais ele fornece estão acompanhando o HFP com mais cuidado, pois ele está direcionando o mercado hoje e qualquer deslize os consumidores estão mais espertos.
Será que o mercado está acordando finalmente? Será que um dia vamos ver o audiófilo fazendo escolhas corretas e filtrando as bobagens que ele lê por aí.
Ele me comentou o teste de um fone Grado que foi publicado recentemente, onde várias limitações foram apontadas mas no final ele recebeu nota máxima. (??????)
Dois audiófilos que estavam no estabelecimento discutiam (no bom sentido) sobre a qualidade do fone. Um deles disse que ganhou nota máxima e que portanto ele era um modelo top e verdadeiramente hi-end.
O outro comentou ao primeiro que ele deveria ler um pouco mais o HFP para “aprender a entender os testes”, pegou a revista que estava sobre a minha mesa e fez uma “interpretação de texto” do teste, apontando inúmeras contradições até nos comentários de crítica de fóruns, nas avaliações “subjetivas” do modelo e na metodologia discutível que a publicação utilizava.
O outro rapaz ficou muito sem graça e comentou que realmente o artigo era contraditório, confuso e tendencioso (advinha quem fez o teste).
Parabéns, Eduardo, acho que seu objetivo está sendo cumprido.
O audiófilo hoje é um consumidor mais maduro e consciente.
Abração meu querido.
Olá Amigos,
Como Engenheiro também fiquei desapontado com a postura da revista, que ultimamente tem adotado a linha do “só nós temos razão e até os que estudaram e se formaram doutores nos temas que abordamos são ignorantes sobre isso”. Essa é a verdade. Agora eles são especialistas em condução de corrente elétrica, semicondutores, física quântica, vibrações, audição, percepção musical e tudo mais que eu duvido que eles tenham uma formação maior do que o próprio achismo.
Mas, na última edição que tive acesso, cedida por um amigo (já não compro mais porque vejo opções muito melhores e mais baratas no exterior), notei uma pequena mas significativa mudança na linha editorial, o que já havia passado da hora.
Será que começaram a ler os sentimentos manifestados aqui pelo brilhante Dr. Eduardo e seus fiéis (e cada vez em maior número) leitores?
O Hi-Fi Planet é referência, termômetro e leitura imperdível para quem quer entender do universo hi-end. Parabéns pelo ótimo trabalho que você fazem aqui.
Eu recomendo o site até para os meus alunos que escolhem o áudio como especialização científica.
A edição a que me refiro é a de número 212.
Os escritores da revista parecem ter caído na real, e percebido que as críticas, as ofensas e a arrogância peculiar que há muito tempo adotavam cansou o seu público, passou dos limites e não tem qualquer base de sustentação. Isso é bom, porque já diminuíram o tamanho da revista, cortaram os discos que vinham em cortesia, acabaram com a revista (na verdade um anexo) sobre música (que segundo eles tinha disparado o número de vendas da publicação – estranho isso não?), e ainda diminuíram a periodicidade da revista.
Se isso não são sinais de que as coisas não andam bem, não sei o que pode ser então.
Crise? Conversa fiada. Eu assino 4 publicações internacionais e meus amigos idem. Esta nacional que está sendo riscada da nossa lista.
Sabemos que neste mercado hi-end não é 18 contos que vai mudar a vida do seu público fiel.
Apesar de eu ter notado uma clara mudança de comportamento dos escritores da revista para melhor, ainda há muita coisa que precisa ser mudada. Como eu adoto em minha vida a filosofia de que toda crítica é uma forma positiva de construção, gostaria de deixar aqui algumas sugestões para que a editora consiga aprimorar a revista e sair desse buraco onde se meteu, para que possamos voltar a ter uma alternativa de leitura nacional, que acho ser o desejo de todos.
Primeiro, ponto a favor da contenção da arrogância e das ofensas para com aqueles que não concordam com alguns posicionamentos da revista. Afinal a ciência é muito ampla e tão diversificada que hoje temos inúmeras especializações acadêmicas para formar profissionais que possam dominar cada uma de suas áreas de estudo.
Não podemos desprezar um engenheiro que estudou 6 anos numa universidade, fez inúmeros cursos de aprimoramento, fez pós-graduação e doutorado, atuou em desenvolvimentos e pesquisas, e tentar impor uma opinião leiga de alguém formado em publicidade, por exemplo, que apenas confia cegamente (ou surdamente rsrss…) em seus ouvidos, mesmo sabendo que eles são muito imprecisos.
A única ressalva que faço aqui é sobre a cutucada sobre as impressões individuais sobre cabos, onde o escritor compara este componente no mesmo nível de comparação entre um carro de mil cilindradas com uma BMW. Comentário bastante infeliz, impreciso e tendencioso (lógico).
Não há qualquer lógica nesta comparação quando entendemos a função de um cabo elétrico e a de um automóvel.
Esse tipo de tentativa de justificar uma OPINIÃO PURAMENTE PESSOAL é algo que também precisa acabar. Se o escritor ler com bastante atenção os excelentes artigos publicados aqui no Hi-Fi Planet vai compreender melhor a questão. É preciso humildade para termos uma visão mais precisa das coisas, e não ignorar as razões que contrapõem as nossas.
São pequenas provocações como esta que afastam os leitores hoje da revista, pois atualmente temos mais informações, mais acesso a excelentes artigos, a audições em vários sistemas e uma internet que funciona como uma grande janela aberta de conhecimento para o mundo.
Os fóruns hoje conseguem nos ensinar muito, abrir espaço para uma diversidade muito grande de opiniões e situações, estas baseadas em experiências individuais que precisam ser respeitadas.
Há algum tempo li um teste onde o escritor desta revista falava maravilhas sobre a extensão de agudos de um pré de phono. Um amigo nosso teve acesso a este pré que foi testado pela revista, e notou que havia sim um exagero na amplitude dos agudos, e não em sua extensão propriamente dita. Como técnico especializado e com acesso a um amplo arsenal de equipamentos, ele levou o componente para bancada e ali constatou um desequilíbrio muito grande no extremo superior da faixa de frequências reproduzíveis pelo aparelho.
Inconformado, ele abriu o pré e constatou a falta de uma solda num terminal de um componente de montagem SMD, uma falha de fabricação que provocava o efeito percebido (aliás… uma péssima qualidade de construção). Feita a correção, o balanço de frequências foi restaurado. E aí, como se explica isso?
Vamos respeitar as opiniões, principalmente do pessoal mais técnico, porque não sabemos tudo.
Continuando as minhas observações para colaborar com críticas construtivas para o aprimoramento da publicação aqui comentada, recomendo uma revisão mais cuidadosa de seus textos. É muito chato chamar uma empresa pelo nome de MAGIC Audio quando o correto é MAGIS Audio. Nome de pessoas e de empresas devem ter um tratamento de respeito, e erros assim são chatos.
Outra sugestão, por favor, eu imploro e peço de joelhos, acabem com aquela seção de cartas de consultorias inúteis ao leitor. Você perde muito tempo lendo uma longa carta de consulta, cria uma expectativa quanto a solução, e o que lê em seguida são perguntas como respostas (que depois não são respondidas). Duas perguntas nesta edição, e as duas sem respostas. Isso já foi muitas vezes comentado aqui no Hi-Fi Planet.
Enviem as perguntas a quem consulta diretamente por e-mail, ou criem um roteiro com as informações que devem acompanhar cada dúvida. Isso acaba parecendo encheção de linguiça para consumir páginas.
É chato e cansativo para qualquer leitor ver sempre a mesma coisa acontecendo.
Continuando… já ficou patente a grande intenção da revista em valorizar os produtos da Samsung. Não exagerem. Parece que somente ela sabe fazer televisores.
Temos ainda uma loja Mundo Hi-End que precisa tomar mais cuidado com os anúncios que publica. Aparentemente o responsável pela loja tem pouca afinidade com os produtos que vende, e as descrições que vem apresentando nos anúncios pode até configurar crime contra o consumidor por propaganda enganosa.
São vários exemplos que foram publicados, mas este último de uma cabo van den hul ter um encapamento feito de OURO… é de chorar…
Há também uma clara valorização desta marca pela revista, mas ela deveria ter o cuidado de revisar os anúncios de seus fornecedores que não conhecem exatamente os produtos que estão vendendo.
Este cabo possui um revestimento isolante de Hulliflex na cor dourada (amarelo escuro na verdade), e jamais em ouro, o que sabemos não ser isolante, pelo contrário, é um excelente condutor. Um erro gravíssimo.
Por isso que devemos sempre escutar os profissionais de cada área de especialização, para que erros absurdos como este não sejam cometidos.
Lamentável que uma loja não conheça o que vende.
E, por último, antes de divulgar qualquer novidade científica, como o caso da partícula Fermion, é preciso conhecer as reais possibilidades da descoberta, não associando-a a outros conceitos ou acreditando que ela fará milagres em relação ao tema que nos interessa aqui, o áudio.
É importante saber que a tecnologia a nível quântico que dispomos hoje é mais do que suficiente para construir eficientes equipamentos eletrônicos de áudio. Nossos gargalos são outros, e eu começaria pelos excelentes textos do Sr. Eduardo sobre a importância tão desprezada do nosso sistema auditivo.
A customização de sistemas proposta pelo Dr. Eduardo, aqui mesmo neste site, acessível a todos, tem sido sim um grande passo para mudar a história do áudio hi-end, mas não tem recebido a mesma importância pelas publicações especializadas, talvez porque obviamente contrarie a deficiente linha editorial destas publicações, que muito mais vantagens lhe traz.
A customização de sistema hoje tem sido discutida até em sala de aula, onde eu forneço referência para os artigos aqui publicados, e já está sendo usada como base até para um trabalho de formatura que deverá estar concluído no final do ano, e que estará à disposição do Hi-Fi Planet para publicação. É um tema extremamente importante para a reprodução musical artificial de qualidade.
No mais, ficam aqui meus elogios para a publicação que, pelo menos nesta edição, corrigiu alguns de seus principais pecados, e desejo que logo ela encontre o caminho que deixou para trás há muitos anos quando eu era fã da revista e reconquiste o espaço perdido.
Deixo aqui meus parabéns ao trabalho que o Dr. Eduardo realiza no Hi-Fi Planet, e agradeço as suas colaborações oferecidas gratuitamente a todos nós.
Seus artigos são realmente fascinantes, e trouxe para nós amantes da boa música bem reproduzida uma nova visão deste fabuloso planeta da alta fidelidade (do Hi-Fi Planet).
Abraços a todos,
Luiz Felipe