Mais uma carta enviada por um de nossos leitores.
Que fique bem claro tratar-se de uma crítica construtiva, pois também apóio o crescimento e a maturidade do mercado de áudio Hi-End de forma honesta e saudável.
Caro Amigo Eduardo,
Depois de ler a carta que lhe foi enviada pelo leitor Samuel, e após ler a edição deste mês da citada publicação (não sei porque o nome da publicação é omitido – afinal críticas deveriam ser vistas com bons olhos), gostaria de deixar aqui também minhas opiniões sobre este assunto, que também são feitas de forma a contribuir para abrir os olhos dos responsáveis pela publicação para que ela não se perca no triste caminho que vem tomando.
A revista, que acompanho desde seu surgimento, teve uma proposta fantástica, elogiável e que merecia todo o nosso respeito, mas acabou desviando-se de seu curso, nitidamente porque atraiu comerciantes e com isso anúncios que certamente lhe rendem um bom dinheiro. Mas, foi além disso ao também se tornar indiretamente representante das marcas avaliadas pela revista, o que aí já demonstra uma possibilidade de conflito bastante grave de interesses.
Ninguém é contra qualquer publicação de faturar com anúncios, pois sabemos que isso é algo normal e compõe a renda da editora. Mas quando uma publicação é formadora de opiniões, avalia produtos dos seus anunciante e se propõe a ser uma indicadora ou manter uma assessoria do mercado que atua, a imparcialidade acaba corrompida sob qualquer ponto de vista.
Neste mês, tive mais uma decepção com a revista ao ler uma carta de um leitor, aparentemente bastante oportuna para o momento que a revista passa, tanto que a carta foi respondida duas vezes, uma na própria seção de cartas e outra num artigo a parte.
Em sua carta, numa defesa aberta e bastante insistente, o leitor fala em críticas ao modelo ou metodologia que a revista utiliza para avaliar os produtos testados.
Por favor, que esta metodologia já está por demais ultrapassada e comprometida a maioria dos habituais leitores da revista já está cansada de saber.
Muitas publicações pelo mundo já se convenceram disso e abandonaram o método de avaliação por classes ou pontos, ou então realizaram uma ampla reformulação do método, como acontece com a revista Stereophile.
Esta publicação americana para não cometer o mesmo erro desta nacional, adaptou sua apresentação de resultados para algo que ainda considero em amadurecimento, mas numa direção mais louvável.
Criando classes de avaliação para os seus equipamentos, a Stereophile faz algo bem interessante ao manter a listagem de equipamentos avaliados periodicamente atualizada, ou seja, equipamentos podem migrar de classes ou mesmo sair da listagem se a avaliação se tornar obsoleta ou mesmo o equipamento perder a consistência para aquela categoria, como sabemos ocorrer continuamente.
Já a publicação nacional mantém e parece insistir nisso de forma a não reconhecer suas limitações, uma metodologia falha o que é facilmente notada em suas edições.
A maior prova disso é que a maior parte dos equipamentos recebe classificação elevada, ou seja, não existe o melhor ou o pior dentro da faixa. Por isso só, fica demonstrado o envelhecimento da metodologia, que acabou perdendo a dinâmica de criar classificações seguras que acompanhassem a evolução dos equipamentos. Não é comum vermos a nota máxima que era 10 ser ultrapassada de forma confusa, enquanto que mantém a classificação original, o que já explica o porque de todos os equipamentos parecerem iguais.
Além disso, como bem já abordou o HiFi Planet em vários artigos bem elaborados, a avaliação com critérios de notas se perde quando relacionamos vários fatores que interferem no correto entendimento das qualidades reais dos aparelhos, principalmente quando os ouvidos de um único avaliador é levado em conta, e sabemos que a audição humana é bastante irregular, que não existem ouvidos de ouro ou precisos suficiente para avaliar, por exemplo, o equilíbrio tonal de um equipamento, como bem gosta de mencionar o editor/dono/representante/avaliador da revista.
Nem mesmo testes coletivos escapam da influência destes e de outros fatores.
A Stereophile (e várias outras publicações) têm comparado os resultados subjetivos com medições objetiva, feitas com equipamentos específicos e calibrados para medir alguns parâmetros importantes do equipamento.
Curiosamente, em um destes testes, foi notado um problema que o avaliador (muito experiente) não percebeu, mas numa nova audição, sabendo do problema, focou a falha, e realmente depois de muitos discos constatou o problema.
Chega a ser irônico quando a revista diz que sua avaliação é apenas um norte, que o leitor deve testar e decidir pelos seus próprios ouvidos, de acordo com suas escolhas “sejam elas corretas ou não”. Muita pretensão do autor desta frase, como se suas impressões, subjetivas ou não, fossem as mais corretas.
A metodologia da revista já morreu, se tornou obsoleta, e isso é incontestável, por mais que a defenda.
Eu participei do famoso curso de percepção onde, tentando convencer os ouvintes de que dois cabos de força tinham resultados bem diferentes, e que todos os “surdos” presentes não conseguiam perceber, o palestrante acabou se confundindo em relação ao cabo que estava instalado, justamente o “cabinho vagabundo” como ele se referiu, e enalteceu as qualidades do mesmo, chegando a dizer que era impossível ninguém perceber as qualidades que o cabo estava mostrando ali. Somente depois do teste é que foi notado que o cabo tão elogiado era justamente o “cabinho vagabundo” que o fabricante do amplificador de mais de 25 mil havia escolhido para acompanhar seu equipamento… e aí? Como se explica isso? Acho que nosso bom amigo já explicou de forma bastante detalhada e até didática em seus vários artigos.
Essa é uma falha inaceitável de quem defende uma metodologia, usa um curso para quase exclusivamente realizar esta mesma defesa, pois em termos de desenvolvimento de percepção ficou provado que este não era o melhor caminho, e pior do que isso não admite o erro.
Para uma publicação que já manipulou fotos e avaliou recursos de aparelhos que não os possuía, o que se pode esperar?
Mais grave do que isso é o fato do editor da revista, avaliadores e outros componentes da equipe estarem diretamente envolvido com lojas, distribuidores e importadores e até representando as marcas que hoje recheiam a revista do brilho dos diamantes.
Nada contra quem escreveu a carta defendendo a revista, mas confundir o Clube do Audio com o Clube dos Audiófilos, um site de nome similar mantido pelo HiFi Planet e o editor não fazer a correção, é bem estranho, o Sr. não acha?
Mais infeliz ainda foi a colocação de quem quer criticar que faça melhor com sua própria revista. Um desafio bastante ingênuo, e superado pelas revistas “eletrônicas” que encontramos na internet e que vem gradativamente substituindo as impressas. Acho que muitos que fazem severas críticas ao formato daquela publicação já mantém algo superior na grande rede de conhecimento que é a Internet.
O maior problema não é nem a metodologia superada, mas os interesses compreensivelmente envolvidos (compreensíveis mas inaceitáveis).
No teste de um rack apresentado nesta edição, o avaliador comenta que “Quando o aparelho sai da prateleira fixa para a isoladora, algo de surpreendente ocorre, principalmente em termos de equilíbrio tonal..” (grifo meu) e depois de exatas 7 linhas (não é conta de mentiroso) o mesmo avaliador comenta sobre o mesmo rack no mesmo teste que “Outra salutar observação foi que o rack F1, em nenhuma situação, diminuiu o corpo dos instrumentos ou alterou seu equilíbrio tonal.” (grifos meus).
Oras, afinal, como quer a publicação ser respeitada diante de uma situação contraditória como esta?
Vejamos outro ponto. Cita o mesmo avaliador no mesmo teste que mais de 50% dos acessórios que já testou não passaram do mais puro placebo, e depois afirma que já testou mais de 470 acessórios !!! Pois bem, seguindo esta lógica, mais de 235 produtos que ele avaliou não serviam para nada, ou seja, eram uma péssima compra para os consumidores.
Baseando-me exatamente no que ele disse, sem qualquer interpretação “subjetiva” ele deixou de informar em suas revistas mais de 235 produtos que o consumidor não deveria comprar !!!
O objetivo da revista não é informar? E porque não cumpriu o seu papel informativo de evitar que o consumidor fosse enganado numa destas armadilhas.
Muitas publicações no exterior avaliam equipamentos e são muito honestas e prestativas ao dizer que determinados produtos não cumprem o que prometem, que são péssimas escolhas, independente de seus fabricantes anunciarem ou não na revista. É isso que eu falo. Compromisso com o leitor, maturidade, imparcialidade e conhecimento do que faz são as bases para uma revista melhor.
Já de forma bastante ofensiva, a resposta da carta diz que “O que muitos dos nossos críticos esquecem é que não basta ter um par de orelhas para escolher um sistema hi-end.” Oras! E do que ele se utiliza afinal? Suas “orelhas” são melhores que a dos outros? Pois bem, é preciso dizer para ele que mesmo um surdo pode ter orelhas… e que sua frase, além de agressiva, arrogante e incorreta se perde em seus próprios atos.
Suas “orelhas” lhe ajudaram a diferenciar o cabinho de força “vagabundo” de um “diamante”? Vimos que não. Suas “orelhas” privilegiadas não sofrem qualquer influência daqueles que mantêm a revista? Dificil dizer que não depois de virar representante das marcas que testa. Isso não é novidade, pois no passado algumas marcas já foram representadas por quem diz conseguir manter a imparcialidade dos testes.
Mas, como ele diz, suas avaliações funcionam apenas como um “norte”, uma “bússola” para o comprador “desinformado”. É importante lembrá-lo que esse é um instrumento preciso e nada subjetivo. Quando ele menciona “barganha do ano”, “imbatível”, “o melhor que já ouvi até hoje”, “seu comprador não vai se arrepender”, e outros tantos comentários bastante objetivos, não me parece que ele está apenas oferecendo uma opção de caminho.
Podemos observar que entre tanta subjetividade, o que mais falta é objetividade. Os testes são uma confusão de informações e ausência daquelas verdadeiramente úteis, com alguns apresentando especificações técnicas do equipamento e outros que não mencionam nem o tamanho do mesmo. Se eu tiver um espaço limitado em meu móvel, vou ter que recorrer à internet para ter uma informação tão básica quanto esta.
A revista se perdeu quando deixou de ser o “clube” para ser só mais uma revista “patrocinada”. Entraram os equipamentos de vídeo (muitos de má categoria e que também já brilharam com os diamantes”) e até máquinas fotográficas, passando ainda por computadores e monitores, e quem sabe em breve, torradeiras e calçados.
Quando qualquer publicação aceita anunciantes, seja ela impressa ou virtual, é muito difícil manter a mesma linha de imparcialidade e conduta que tinha antes. Sabemos disso. Ninguém é tão ingênuo (bem, alguns parecem e saem em defesa). Negócios são negócios.
Se alguém entra numa loja que vende perú da Sadia, vai perguntar para o dono ou vendedor se a marca é boa. Neste caso sabemos que é, mas e quando não soubermos? Qual a resposta que você poderia esperar?
Ao assumir o papel de revendedores, a equipe da revista se colocou numa condição duvidosa de credibilidade, e muito natural. O que não é aceitável é negar isso. Assumir o óbvio seria uma postura mais adequada.
Aceitar que a metodologia não funciona mais, que os testes são fortemente subjetivos e contaminados de interesses outros, que a revista hoje segue uma nova linha de conduta, etc.
Que mal há nisso? Pior é negar.
Mas, não vamos só criticar e sim colaborar.
Acredito que a revista deveria se tornar apenas informativa. Sim, porque não?
Apresente os produtos, comente suas qualidades sob a visão do fabricante, informe dados realmente relevantes de cada produto, mostre fotos, história de seu desenvolvimento,etc., não mais emitindo opiniões de valor, e assim ficando à vontade para fazer suas representações, consultorias, etc. Este é um papel mais bonito e certamente mais desejado de seus leitores.
EU COMPRARIA SATISFEITO uma revista assim. O que não dá para aguentar é o cinismo de dizer que “revendemos, ganhamos com as vendas, com os anúncios, com as assessorias, mas nossas avaliações são totalmente imparciais, e quando o peru é bom, dizemos que é, quando não é… bem… hummm… entende?”
Ter a coragem de mostrar o que é bom e o que não é, enfrentando quem paga as suas contas, não é para qualquer um. Mas, muitas publicações lá fora sobrevivem com essa ousadia. Basta querer.
Ao editor da revista só tenho que dizer que guardo muito respeito pela sua pessoa, pelo seu conhecimento e pela sua contribuição ao longo destes anos de dedicação, e por outros excelentes trabalhos na área de produção musical, mas lamento muito pelo perfil que a revista assumiu atrás de uma máscara que não tem nada da sua cara.
Everton M. de Lima
(Publicação autorizada)
Eu poderia demonstrar alguma satisfação em receber uma manifestação assim? Vejamos:
– Se eu ganhasse algum tipo de prestígio para meu blog – mas todos sabem que este site é um hobby e tem caráter apenas informativo.
– Se eu lucrasse com marcas diferentes da representada pela “tal” revista – mas não sou deste ramo e nem me interessa ganhar dinheiro nesta área.
– Se eu quisesse disputar um trabalho de assessoria com eles – mal tenho tempo de cuidar de minhas atividades profissionais atuais.
– Se eu quisesse prejudicá-los por alguma razão pessoal – pelo contrário, acompanhei e admirei por muito tempo o trabalho deles antes de perderem o rumo
Isso só me causa tristeza. Gostaria de ver publicações sérias tratando de nosso hobby com bastante carinho e respeito, como existem em outros países.
É uma pena. Não fico nem um pouco contente com essa situação.
Ninguém nasce sabendo avaliar equipamentos de áudio. Trata-se de uma atividade técnica bastante específica, e de alguma complexidade, que exige um certo conhecimento anterior de fisiologia e psicologia da audição, de técnicas e métodos científicos de analise aplicáveis a esse campo do conhecimento humano, de aspectos e detalhes relativos às espécies e ao funcionamento de aparelhos eletrônicos de áudio etc.. Enfim, a pessoa interessada em fazer isso profissionalmente deve ter razoável bagagem técnica e teórica dos aspectos envolvidos, de forma a poder entender a verdadeira natureza dos fenômenos com que lida.
Além disso, exige suficiente vivência com equipamentos similares ou superiores àqueles que se deseja analisar. O motivo é óbvio: é necessário dispor de registros mentais e referências pessoais que permitam entender aquilo que se vai analisar, assim como de uma sensibilidade refinada, que lhe permita distinguir os aspectos efetivamente significativos para a análise daquele nível e tipo de equipamento.
Sobretudo, exige o domínio de métodos, conceitos e de um instrumental de análise que lhe permitam definir com clareza as grandezas envolvidas e as características significativas para se definir com relativa precisão os graus relativos de desempenho. Precisão relativa, pois nesse campo as grandezas numéricas apenas expressam avaliações mentais, relativamente precisas porque baseadas em métodos e critérios suficientemente seguros e objetivos, mas que como toda avaliação subjetiva expressa a opinião e o ponto de vista de quem avalia.
O problema é misturar as avaliações com necessidades comerciais e pessoais ($$$$$$$) escusas. Muitos equipamentos e cabos nacionais receberam (e ainda recebem) avaliações bem generosas da revista, um “empurrãozinho” para alavancar as vendas, esse é o problema. Poderiam custar metade do valor, mas com a forcinha da revista, as vendas aumentam muito e eles lucram horrores às custa dos ingênuos. Os fabricantes nacionais colocam seus preços baseados nos equipamentos importados e não no custo de produção, e com uma ajudinha amiga da revista, os preços são essa vergonha que vemos todos os dias, pagamos o dobro ou triplo por um equipamento equivalente que um americano ou europeu possui na terra deles.
Começo, meio e fim…
A CAVI foi criada como um Clube, através de um grupo de rapazes que buscava unir os amantes da boa música para que pudessem trocar experiências sobre bons equipamentos para a melhor experiência auditiva possível. Idéia maravilhosa.
Mas se perdeu de forma bastante triste.
O começo foi a possibilidade que viram de ganhar dinheiro num mercado em que se paga por um cabinho o preço de um automóvel tecnologicamente avançado e completo.
O meio foi a revista, as feiras e a confiança que seus produtores adquiriram ao longo do tempo em que ainda eram “confiáveis”.
O fim é o que estamos vendo agora. Uma revista assumidamente veiculadora de anúncios disfarçados de reviews, onde tudo é diamante ou Estado de Arte. Parece que todos os fabricantes se igualaram, e a escolha é só por preço, portanto.
A revista poderia muito bem ser substituida hoje por um catálogo, para promover equipamentos e assessoria (bastante suspeita – diga-se). Mas, é claro que perceberam que ainda é possível ganhar alguns trocados a mais vendendo este catálogo como uma revista.
Nesta última edição de número 179 podemos reforçar tudo o que foi dito acima, mais uma vez.
Que edição lamentável. Que coisa triste. O fim.
A seção de cartas é totalmente inútil. Isso quando não perdemos tempo lendo todo o relato do leitor sobre seus equipamentos, sala e inúmeras linhas das mais inúteis bobagens, para ao final pedir a recomendação de um cabo, e aí vermos uma resposta do tipo: “Para melhor ajudá-lo, me informe o seu gênero musical perferido”. O que é isso, gente? Somos idiotas ou não existe criatividade para ocupar os espaços da revista?
Aí vem… propagandas mais propagandas… disfarçadas de novidades, lançamentos, etc. Sempre uma cutucada sobre os cursos de percepção que nada mais são do que a continuação de propagandas e representação de marcas em forma de inúteis demonstrações e teorias de “metodologias” de avaliação completamente equivocadas.
Os reviews de áudio perderam todo o sentido. Avaliar equipamentos que são representados por eles? Parece uma contradição das mais absurdas. Desculpem, não parece… é !!!
Nesta edição temos um “review de vídeo”. Coisa que nem o mais ingênuo leitor poderia aceitar como um verdadeiro teste. Trata-se de uma mera apresentação comercial… ops… técnica das características do equipamento. Depois vem o “grandioso teste”, em exatas 7 linhas da mais pura superficialidade de opinião. Totalmente inútil e claramente tendenciosa. A conclusão é maior que a avaliação em si, são 9 linhas. Não, não tem nada invertido aqui.
Depois, mais uma lista de equipamentos usados no teste e mais especificações do equipamento, chegando a usar espaço duplo entre as linhas, numa vergonhosa tentativa de “engordar” a reportagem (ou o anúncio).
É até ridícula a lista de equipamentos utilizados. 3 condicionadores de energia, 7 conjuntos de caixas para testar um equipamento que já vem com caixas. E ainda usaram caixas hi-end para testar um sistema in a box da LG? Alguém entende isso? Até fones de ouvido entraram na história (???). 3 projetores… para valiar o que?
Do maior absurdo ainda não falei: da lista de equipamentos utilizados no teste ainda contam osciloscópio, analizador de espectro, colorímetro, decibelímetro, multiteste (???), microfone e um “digital illuminance meter” (????). Faltou só o supertester “tabajara”…
Para que tudo isso? Será que somos tão estúpidos assim como imaginam?
E para finalizar, a criação do clube “Luluzinha”. Afinal, a mulher também precisa cair na rede.
Tudo isso é triste. E agora eu afirmo aqui algo que nunca pensei que fosse dizer, apesar de toda esta decepção não ser de hoje: ESTA REVISTA NÃO ENTRA MAIS EM MINHA CASA !!!
Em respeito à minha inteligência e ao meu bolso. Com o valor da revista compro 3 bombons “hi-end”, muito mais fáceis de engolir e de melhor sabor.
Senhores produtores da revista, os senhores acabaram com ela. Demoraram um pouco, mas conseguiram com um resultado inquestionável.
Meus pêsames.
Dráusio Silva (ex antigo leitor da revista que um dia me serviu para alguma coisa)
Excelente discussão e comentários bastante oportunos.
Eu compro todas as revistas de áudio e vídeo, nacionais ou estrangeiras, gostando ou não, mas assim posso estar sempre acompanhando tudo o que acontece no nosso mercado, até mesmo as coisas erradas.
Sou funcionário de uma empresa de telecomunicações há 19 anos. Engenheiro na área de eletrônica, convivo diariamente com questões relacionadas à transmissão de dados, física ou através de ondas eletromagnéticas.
Já realizei inúmeros testes para checar e melhorar a confiabilidade da transmissão de sinais, digitais ou analógicos, elétricos ou óticos.
Quando vejo algumas discussões sobre subjetivismo ou objetivismo (que chamo de psicológico x ciência) chego a ficar arrepiado com tantas bobagens que leio. Há um grande complô no universo do áudio hi-end para justificar preços de acessórios num patamar irreal, absurdo e até criminoso, pois se criam idéias falsas na cabeça do consumidor desta modalidade de produtos levando-o ao erro.
É vergonhoso aqueles que se auto intitulam de “assessores” participar desta confusão de informações absurdas e fortalecer esse mercado predatório e consumista.
Já li todo o tipo de bobagens nesta revista, que até já chegou a colocar o engenheiro como uma figura desconhecedora deste segmento (um verdadeiro ignorante), onde as impressões daqueles que sim, não têm qualquer formação nem para prestarem qualquer serviço de assessoria mais técnica, acabam prevalecendo sobre a ciência. Oras, quem produzem cabos e equipamentos para o mercado hi-end? Magos, feiticeiros, ETs, forças do além…? Por favor, são na maioria pessoas com alguma formação técnica, e muitos oportunistas que enrolam dois pedaços de fios e dizem que descobriram o “milagre audiófilo”. Seria ótimo se estes irresponsáveis parassem de criticar a ciência e começassem a conhecê-la e a usá-la de forma mais inteligente e madura, como tudo que a tecnologia hoje foi capaz de nos fornecer. Computadores, celulares, TVs de alta definição, foguetes, satélites… é a ciência, e não o inexplicável que faz com que tudo isso funcione.
Como engenheiro, sou experimentador e pesquisador por força de profissão, e na busca de soluções para as nossas aplicações já cheguei a estudar e testar os “cabos que fazem milagres”. Sabem qual foi a conclusão que nossa equipe chegou? A maioria das afirmações que fazem sobre os resultados de cabos e conectores não passam de fantasia audiófila, provavelmente para vender um alfinete banhado à outro por milhares de vezes o seu preço, depois de colocado numa caixinha de jacarandá forrada de veludo preto ou vinho, dentro de um saquinho de couro de antílope marciano.
Não estou aqui criticando os audiófilos, por quem mantenho bastante respeito, mas sim a ingenuidade destes diante das bobagens que acabamos lendo em publicações, não só nacionais.
Sou um apaixonado pelo áudio e vídeo, razão de participar tanto do que acontece neste mercado, mas não sou tolo. Desculpem se ofendi alguém, mas estou sendo sincero, tanto quanto o médico que diz que se você continuar fumando vai morrer.
Se você, audiófilo que acredita em tudo, continuar a aceitar todas as bobagens que lê vai acabar enganado.
Nesta última edição citada, para justificar um cabo de caixas que custa o preço de um sofisticadíssimo equipamento de telecomunicações que usamos aqui diariamente, este sim com contatos banhados à ouro e cristais especiais para sincronização precisa de frequências (mais importante do que aquela utilizada em equipamentos de áudio), o “avaliador”, ou como ele se intitula, afirma que o diferencial deste cabo, segundo o fabricante, é sua capacidade de transmitir sinais de onda quadrada com total perfeição.
O mais curioso é que a revista costuma em seus testes dizer que possui um amplo aparato para realizar medições, desde osciloscópios até analisadores de espectro de frequências. Mas, nunca vimos qualquer medição ou especificações aferidas com estes equipamentos, como por exemplo faz o revista Stereophile, outra publicação bastante suspeita, mas com algum conteúdo científico, que por vezes se mostra bastante útil.
Afirmo aqui que a informação de que aquele cabo possui como diferencial a transmissão perfeita de uma onda quadrada é uma grande bobagem. A razão é simples: 99% dos cabos que já testamos aqui são capazes disso, principalmente nas distâncias utilizadas em áudio, ridiculamente curtas para que qualquer perda ocorresse. Portanto, mesmo uma cabinho de R$ 1,00 o metro pode transmitir com qualidades as pouco complexas frequências de áudio.
Aqui na empresa trabalhamos sim com sinais muitas e muitas vezes mais complexos, em frequências elevadíssimas e com um grande número de informações, Os cabos são de qualidade muito superior, compatível até com aqueles utilizados em aplicações militares, espaciais e aeronáuticas, e que não custam os valores que o mercado audiófilo está acostumado a ver, e muito menos com as explicações fajutas dadas para justificar esses preços exorbitantes.
É lamentável que alguém com tanta responsabilidade neste mercado reforce uma informação como esta de que este cabo é capaz de transferir uma onda quadrada perfeita em diferentes impedâncias e em variadas aplicações. Isso é a obrigação de qualquer cabinho safado numa aplicação tão simples.
Se houver interesse do Hi-Fi Planet, posso enviar os gráficos de vários cabos testados por nós, e que certamente vai provocar uma revolução nos conceitos de mercado. Só não o faço aqui com alguns exemplos pois não consegui encontrar a forma de fazê-lo. Se me permitirem enviar um artigo com todas as imagens disponíveis aqui, poderei ser bastante esclarecedor sobre esta questão.
As diferenças entre cabos podem ser resumidas, cientificamente e praticamente (sem as subjetivas divagações de alguns), nos seguintes fatores:
1. Modificações propositais em algumas características dos cabos, substituindo seu comportamento neutro por um resultado fantasioso. (isso é fácil de implementar com alguns centavos)
2. A simples retirada do cabo e a colocação de outro que favorece uma “limpeza” dos contatos.
3. O interesse em ressaltar qualidades de um cabo por motivos comerciais.
4. Defeito nos cabos. (aí entram aquele 1% que faltou acima)
5. Outros ainda menos admissíveis
Antes de fazer afirmações, cabe a quem o faz ter competência técnica para isso além de conhecimento científico e comprovação através de medições em equipamentos confiáveis, calibrados e certificados. Ou, tudo não passará de especulação, e aí acabamos lendo estas bobagens.
O curioso é que querem fazer com que nossos imperfeitos ouvidos sejam mais confiáveis do que aquilo que comprovamos cientificamente.
Por conta disso, temos disparidades como algumas já até citadas aqui, onde num curso de percepção auditiva (incrível o que inventam) o próprio “instrutor” não soube perceber a diferença de um cabo barato de um outro milhares de vezes mais caros, e acabou elogiando e tentando mostrar as virtudes do cabo que, segundo ele, não as possuia. Muita gente presenciou isso. É fato.
Outro exemplo foi de um leitor da Stereophile, que fabricou um cabo de caixas com fios usados de de um aspirador de pó, colocou uma capa bonita e uma marca nobre, e fez com que um avaliador da revista classificasse o cabo com a mais alta recomendação da revista, o que acabou sendo descoberto antes da publicação em um contato do fabricante da marca, e a reportagem que poderia ser a “bomba” do século não foi publicada.
Temos mais exemplos, como um teste cego realizado por uma sociedade audiófila inglesa, um pequeno grupo de “especialistas” que foram enganados num teste cego com um equipamento comum de mercado, enquanto imaginavam estarem ouvindo um amplificador de 80 mil libras.
E o teste do rapaz de Campinas com o Cd player da CCE?
E o teste feito pelo próprio respeitado e mantenedor deste blog, o Eduardo, com o cabinho “hi-end” que foi aprovado em Brasília por “exigentes audiófilos”.
E o teste que um grupo de colegas fizeram no Rio, onde foram utilizados equipamentos e que comprovaram adulteração do sinal de áudio de um equipamento, mas que por soar diferente, acreditaram alguns que era uma “revolução” audiófila.
Que conversa é essa de “extensão dos agudos”, “graves articulados”, “palco sonoro mais amplo”, etc? Um cabinho barato de de pouca qualidade é capaz de transportar com toda a folga qualquer frequência de áudio, que são até bastante gentis em termos de complexidade. Aí o pessoal vem com a histórias de harmônicos, alinhamento de cristais, cobre puro ou condutores especiais, capas de teflon, PVC, etc, e outras tantas explicações absurdas para tentar defender o indefensável.
E isso de amaciamento de cabos? Estão loucos? O que ocorre quando se usa um cabo modificado propositalmente de forma alegórica é no máximo fazer com que um altofalante de uma caixa acústica se adapte à alguma nova exigência, este sim um componente mecânico de movimento. Mas, isto seria um caso raro, e nossos ouvidos dificilmente perceberiam isso nas condições habituais de uma instalação, por mais “especial” que fosse.
Ouvir para crer? Não! Medir para crer. Aí provo tudo o que estou dizendo. É fácil provar que um cabo foi criado para provocar um resultado artificial diferente de sua neutralidade, que cabos são capazes de transportar ondas quadradas com perfeição (se isso não acontecer é problema dos equipamentos e não do cabo), que cabos não limitam “extremos” das frequências de áudio ou melhoram a articulação dos graves por conduzir melhor as baixas frequências, uma das mais fáceis de serem transmitidas, ou que não interferem nas harmônicas de qualquer sinal, e tantas outras comprovações que só cientificamente são provadas. Enquanto isso, muitos vão acreditando que, apenas por ouvido, alguém consegue medir tudo isso.
Parabéns ao Hi-Fi Planet por abrir espaço para um novo mundo para aqueles audiófilos sérios e conscientes, o que só poderia ser obtido pelo seu total desprendimento comercial do assunto, o que não acontece com muitas publicações e sites, blogs e fóruns que conhecemos por aí.
Vocês têm meu apoio e minha total colaboração para ajudá-los nesta difícil empreitada de mostrar fatos e derrubar ilusões. Quero ajudar e participar.
E se alguém tiver algo que conteste isso, que apresente, mas sem os velhos argumentos “subjetivos” de quem testa produtos que vende, ou que quer complicar algo tão simples para vender serviços. Vá á uma autorizada de automóveis qualquer e pergunte, desde o vendedor até o diretor da loja qual a melhor marca de carro. Cada um vai defender sua marca e apresentar os mais curiosos argumentos para esta defesa.
Desejo que o Hi-Fi Planet continue sendo o que é, e que jamais acabe, pois se um dia isso acontecer nem sei o que será do mercado. Estou com vocês neste desafio de acordar o mercado e gostaria de colaborar.
Certo de que meu comentário será acolhido por este blog, agradeço pela oportunidade e peço desculpas pelo longo texto.
um forte abraço ao Eduardo e aos seus eventuais colaboradores.
Atenciosamente,
Anderson
Voces acharam estranho o teste de vídeo, e curiosa a relação de equipamentos utilizados no teste. Sem considerar no mínimo bizarro a utilização daquele monte de caixas, projetores, filtros, tudo sem qualquer sentido, considerem ainda um fato ainda mais cômico, se achavam que nada mais era possível: Consta na lista ainda um par de fones de ouvido ds Beyerdinamic usado no teste do equipamento, porém, o equipamento da LG não tem saídas para fones de ouvido !!!!!!!!!!!!
Vocês acham que fizeram mesmo algum teste? Foi só propaganda e muito descarada e cheia de absurdos ainda.
Mais uma que vai para a relação de representadas pelo “Esquadrão Hi End de Consultoria Tabajara”
(risos)
coisas que só lemos aqui no hifi planet…
obrigado Eduardo por nos proporcionar esta chance de enxergarmos as coisas como elas realmente são
um abraço
Carioca RJ
Não sei porque tantas criticas.
Só um tolo não sabe que se ttrata de um negocio como outro qualquer. Feito para ganhar dinehiro e sustentar as pessoas que trabalham lá. É óbvio que eles não vão falar mal de produtos os anunciantes. Site e fórus é a mesma coisa tambem tem que sobreviver.
Quem tanto crítica que poderia tentar fazer algo melhor.
Concordo com todas as opiniões e críticas muito bem elaboradas e justificadas.
Tenho apenas uma contribuição a dar, além de informar minha desistência de comprar a tal publicação já desde o ano passado: quem não estuda, quem não se informa ou não se atualiza, busca meios “alternativos” para compensar suas fraquezas. Os tais meios alternativos são: experiência, treinamento, capacidades físicas privilegiadas e poder econômico, entre muitos outros.
A experiência sempre é bem-vinda, mas me arrepio ao pensar em um torturador experiente…
O treinamento aprimora, mas vale o arrepio já citado…
Alegar ter ouvidos privilegiados chega a ser ridículo, pois quem garante que o que ouve é igual ao que outro cidadão ouve? Como alguém pode dizer que um equipamento soa melhor do que outro se as curvas de audição não são iguais e outra pessoa pode achar exatamente o oposto?
Agora, poder econômico, esse sim, tem influência na qualidade… Afinal, se eu tenho dinheiro para comprar um equipo de 50.000 dólares, posso dizer que os outros não sabem do que estão falando, meu estéreo é melhor, o palco sai pelas paredes afora, os timbres dos stradivarius são exatos e as palhetas dos trompetes vibram melhor à medida que a saliva se acumula sobre elas… Quero ver quem me contradiz! Quem se apresenta?
Quando alguém conseguir comprar o mesmo equipo e me mandar uma carta dizendo que não percebeu diferença na influência do verniz no som dos stradivarius, respondo dizendo que tal equipo já está obsoleto, agora o categoria paládio é o “must”…
Proponho, então, a criação da análise técnica paranormal de equipamentos hi-end.
Proponho a criação da Revista Paranormal do Audiota, com categorias de qualificação do tipo:
Nível Beta, Alfa, Telepático, Telecinético, Poltergeist, Hoggart, Padre Quevedo (para os que não acreditam em nada), Zé do Caixão (para os HT in a box) e uma quantidade ilimitada de categorias, já que a literatura esotérica é abundante.
Prezado Sr. Santi,
Com todo o respeito, o que o Sr. considera normal é algo bastante perigoso. Quando usamos qualquer meio de comunicação para divulgar uma informação, estamos influenciando pessoas e seus comportamentos, e isto pode lhes trazer benefícios e prejuízos. Temos que ter responsabilidade quando agimos publicamente e formamos opiniões.
E quanto a esse velho e batido discurso de que se não gosta que faça melhor, convenhamos, é algo totalmente descartável.
Eu não gosto de como conduzem a política econômica européia, mas nem por isso tenho que ser um Ministro da Economia ou presidente de um país para fazer melhor, mas tenho todo o direito de ter uma opinião e criticar.
Eu também não gosto do carro que comprei no ano passado e que só apresentou defeitos, mas também não vou começar a aprender agora a construir um carro e abrir uma fábrica para fazer carros melhores.
Tenho o meu papel na cadeia de produção, e procuro fazer com que mensagens como a sua chegue até este blog, que seu celular consiga realizar ou receber chamadas, ou que serviços públicos de grande importância possam confiar na tecnologia de suporte. Procuro fazer o melhor porque é uma obrigação minha, profissional, ética e moral, e se não o fizer, serei avaliado, criticado, julgado e posso até perder o meu emprego.
Cada um na sua profissão deve fazer o melhor, e esperar ser cobrado por isso. E se possível, fazer as coisas de forma honesta, independentemente de ganhar mais ou menos com isso.
Atenciosamente,
Anderson
Caro Anderson, você disse:
“Que conversa é essa de “extensão dos agudos”, “graves articulados”, “palco sonoro mais amplo”, etc? Um cabinho barato de de pouca qualidade é capaz de transportar com toda a folga qualquer frequência de áudio, que são até bastante gentis em termos de complexidade. Aí o pessoal vem com a histórias de harmônicos, alinhamento de cristais, cobre puro ou condutores especiais, capas de teflon, PVC, etc, e outras tantas explicações absurdas para tentar defender o indefensável.
E isso de amaciamento de cabos? Estão loucos? O que ocorre quando se usa um cabo modificado propositalmente de forma alegórica é no máximo fazer com que um altofalante de uma caixa acústica se adapte à alguma nova exigência, este sim um componente mecânico de movimento. Mas, isto seria um caso raro, e nossos ouvidos dificilmente perceberiam isso nas condições habituais de uma instalação, por mais “especial” que fosse.”
Desculpe, meu caro, mas aí você não sabe do que está falando.
1º: A CADA DIA a ciência descobre fatos inusitados, comportamentos físicos de substâncias e elementos, dados como anteriormente “impossíveis”. Leia algo sobre física quântica. Para ilustrar: você sabia, que EM NÍVEL MOLECULAR, já foi COMPROVADO CIENTIFICAMENTE que é possível um corpo estar em dois lugares ao mesmo tempo?
2º: É impossível, apesar de sua formação de engenheiro, dominar e conhecer todas as variáveis que envolvem o áudio. Assim, essa sua afirmação acima é baseada na limitação de seu conhecimento, na porção limitada da verdade que você consegue enxergar. Para exemplificar: o conceituado engenheiro DE ÁUDIO Dênio Costa, (ele faz simplesmente o som da Ana Carolina), achava uma baboseira (e inexistentes) todas essas “nuances” do hiend. Até participar de um daqueles Cursos de Percepção Musical daquela revista. Saiu embasbacado e revendo seus conceitos. Inclusive deu uma entrevista à revista sobre este novo aprendizado. Eu o conheço pessoalmente.
3º: Se (ou quando) estiver em BH, lhe mostro a diferença audível apenas entre três cabos de caixas diferentes. Vai do nobre e suave ao insuportável. Para você ter uma idéia, até minha ex-mulher apontou a diferença (rs). Se você não ouvir, aí é questão de audiometria.
Desculpe ser tão direto, mas você também o foi, enquanto defendendo suas posições exatas de engenheiro.
Abraços.
Prezado Sr. Marcelo,
Agradeço por me chamar de ignorante e surdo. Primeiro não sei o que estou falando, depois sofro de um problema de audiometria (aliás, a expressão correta nem seria esta).
Sr. Marcelo, percebo inúmeras participações suspeitas em colunas de cartas de revistas, fóruns, sites e etc. Periodicamente aparecem defensores de conceitos que por si só estão mortos há tempos. Acredito que estas participações irresponsáveis tenham o mesmo objetivo: alimentar as falsas idéias que circulam no mundo hi-end com o intuito de levar vantagens econômicas a alguém.
Claramente o seu interesse aqui foi desmerecer tudo o que foi escrito aqui, não tendo o menor cuidado com uma mais cuidadosa interpretação.
Se voltar a ler novamente o que escrevi, verá que não disse que estas diferenças não existem, mas que são manipuladas. Ponto. Este é o resumo de fato do que escrevi. Mas, para o Sr. Vou explicar melhor.
Donos de revistas, fóruns e sites do mercado são também importadores, representantes e donos de lojas. Sejamos honestos: é possível haver imparcialidade numa condição destas?
Tomemos a edição de Agosto da referida publicação: um total de 64 páginas, com apenas 16 páginas de textos bem espaçados, que não chegariam a 8 páginas em uma publicação normal. Do que trata o restante da revista? De anúncios e propaganda indireta de produtos e fornecedores, como se os textos já não tivessem isso o suficiente.
Uma seção de cartas que parece uma piada. Longas consultas com respostas muitas vezes totalmente evasivas, ou a desnecessária (para nós) consulta sobre serviços oferecidos pelos seus diretores.
Há também uma errata comprometedora, corrigindo o preço de um equipamento testado em outra edição, onde justamente o avaliador faz referência ao seu preço para emitir sua opinião de valor. Ou seja, o próprio resultado do teste restou comprometido.
Oras, a própria publicação assume que seus avaliadores e diretores representam 70 marcas !!!!! do mercado, oferecendo serviços dos mais diversos.
Lhe pergunto: Quem em sã consciência poderia admitir que equipamentos pudessem ser avaliados pelos seus próprios vendedores?
Entre numa loja Ford e pergunte ao vendedor qual o melhor carro entre Fiesta, Gol, Corsa e Palio. O Sr. seria capaz de advinhar a resposta?
Oras, Sr. Marcelo, um curso de percepção só é realmente válido quando não existem interesses escondidos em seus objetivos.
Já vimos aqui que contradições graves mostram que não é o caso.
Como o Sr. pode citar um curso como referência quando quem produz e ministra o curso revende os produtos no mercado, e o que mais deseja é que este mercado consuma estes produtos?
Como o Sr, pode acreditar que o instrutor do curso realmente acredite ele próprio no que está dizendo quando neste mesmo curso elogia o cabo errado, ou tenta demonstrar uma melhoria após troca de cabos com uma caixa sem funcionar?
Existe o poder da sugestão, do direcionamento de idéias, e é fácil fazer com que alguém tenha a certeza de um fato que na verdade não existe, ou seja, só é fato em sua cabeça.
Não quero conhecer seu sistema nem comprovar as diferenças entre cabos. Pois se tivesse mais cuidado ao ler a minha carta, e fosse menos afoito em sair na defesa de idéias que já estão envelhecendo no mundo inteiro (infelizmente no Brasil o poder da propaganda ainda é muito maior que da conscientização), já teria entendido que confirmo estas diferenças, mas como um resultado “forçado” com o objetivo de fazer o consumidor gastar muito mais e desnecessariamente. Cabos baratos são suficientes para conduzir plenamente não só o sinal de áudio, mas também outros de muito maior complexidade, e equipamentos muito mais sofisticados de navegação, suporte à vida, industrial e tantos outros funcionam muito bem com estes cabos.
Aqui não existe o que o Sr. acredita ser um “fato inusitado”, mas sim de ciência. Nós engenheiros não trabalhamos com o “impossível e inexplicável”, pelo contrário, aplicamos apenas os conhecimentos científicos para levar ao mundo produtos que funcionam perfeitamente, a sua TV, a sua geladeira, o seu computador, seu amplificador, seu toca-discos, a lâmpada que ilumina sua sala, seu sofá, e tudo mais que o cerca. Aí, aparecem os espertinhos querendo ganhar dinheiro fácil, e criam um mundo “paralelo” fantasioso, para venderem acessórios que criam ilusões contraditórias, e que custam mais do que todos estes produtos juntos.
Por favor, não queira discutir sobre cabos comigo. Tenho anos de estudos e experiência com eles.
Não queira discutir com alguém que desenvolva geladeiras que existe um efeito mágico na produção artificial de baixas temperaturas.
O Sr. é mais un dos dernoteados que o mercado criou para consumir produtos que não valem um milésimo (quando isso) do que custam, e que para isso criou esse universo paralelo e “fantástico” que aproveita-se da falta de conhecimento do leigo.
Quanto mais conheço esse mercado, mais decepcionado fico. O Sr. não é culpado disso, mas apenas outra vítima. Os culpados estão travestidos de “conhecedores com ouvidos de ouro” que possuem as ferramentas para manipular a informação, e assim criam esta comunidade desinformada e, lamentavelmente, que os sustentem.
Não se ofenda com as minhas palavras, apenas reflita, abra os olhos, e verá um novo mundo em sua frente. Um mundo verdadeiro e não fantasioso. Um mundo científico formado por estudiosos, conhecedores e profissionais do assunto, e depois pergunte à aqueles “especialistas de áudio” que formação tiveram, senão a de subjetividade envolta pelo mais puro interesse comercial.
Sr. Marcelo, boa sorte com as suas convicções. Muitos lhe agradecem por isso.
Parabéns ao Hi-Fi Planet por nos brindar com exte excelente espaço, onde a verdade é dita de forma nua e crua.
Atenciosamente,
Eng. Anderson
Sr.Anderson. Matou a cobra(ou seria o cabo) e mostrou o pau!!!!!!!!!!!!!.Santista.
Eduardo.
Acabei de pedir cabos da Connex Audio XLR Standard, para substituir
o Monster M 100i e Rega. Estou na expectativa, porque quando ele chegar, so terei cabo de conexões ( xlr ) e de força, produtos como
Blue Jeans(1), Connexaudio(2), Pangea(4) e Shuniata Venon(1) no meu sistema. Uso o Kimber 12tc nas Pl200. Quando fizer o teste te informo.
Poucas pessoas tem a franqueza de mostrar que não é necessário gastar rios de dinheiro para ter produtos excepcionais.
Abraços,
Andre