APRESENTAÇÃO E TESTES
O Marantz DV6001 foi comprado para substituir um Oppo 981HD, que até então era o DVD player principal do meu sistema de HT.
O Oppo 981 (teste será publicado aqui em breve) não faz feio, mas alguns de seus defeitos o coloca em uma posição de defasagem em relação ao resto do sistema. Pelo preço praticado por esse player no exterior, ele é uma boa opção, mas, algumas de suas limitações, principalmente ao que se refere à sua qualidade de construção, sempre me causaram algum incômodo.
O Marantz DV6001 segue o padrão Marantz de qualidade. Robusto, pesado e com uma construção digna de um aparelho feito para durar.
Seu painel frontal é feito a partir de uma espessa placa de alumínio, e todo o conjunto é metálico, usando chapas também de grande espessura. É um bloco rígido, o que ajuda muito a conter qualquer vibração do conjunto.
Em termos de design é muito bonito, com detalhes de muito bom gosto.
Já antecipando a sua construção, o aparelho foi aberto e avaliado quanto ao seu projeto interno.
Sempre faço questão de abrir os aparelhos, pois acho que a construção interna diz muito à respeito do cuidado que a fábrica dispensou no projeto.
Esse é um ponto que o DV6001 só merece elogios. A construção é bem feita, com cabos bem fixados, placas com distribuição dos componentes limpa e bem organizada, e o emprego de componentes de ótima qualidade. Aqui o contraste com o Oppo já é grande, quando lembramos a desorganização interna peculiar do Oppo, fitas adesivas prendendo fios (ou tentando), partes oxidadas e o emprego de componentes de baixa qualidade.
Mesmo sendo produzido na China, o Marantz faz extenso uso de componentes japoneses e europeus, com marcas conhecidas como Philips, Mitsumi, Analog Devices, MediaTek, etc.
O que muito me impressiona sempre é a qualidade de soldagem dos componentes dos Marantz, e o emprego de conexões de excelente qualidade.
A gaveta é muito bem construída, robusta e bastante precisa. Assim como o Oppo, também usa uma gaveta slim (estreita), porém bem diferente daquele. O conjunto mecânico é sólido, que nem de perto apresenta a vibração que chega a fazer o Oppo tremer. A gaveta, apesar de estreita, não flexiona como a do Oppo, quando lhe é aplicada pressão vertical, e é fabricada com material visivelmente bem mais resistente. A colocação e retirada do disco não exigem o malabarismo do 981HD, e é uma operação bem simples. Uma ressalva apenas quanto a profundidade do local onde é colocado o disco. Assim como o Oppo, é preciso atenção para o disco não ficar mal posicionado.
As saídas são banhadas à ouro, diferentemente do Oppo que utiliza algum composto dourado que…oxida !!!
O cabo de força é destacável, e recomendo que o original seja substituído por outro de melhor qualidade..
O player utiliza processamento de vídeo Faroudja, o que melhora sensivelmente a imagem sob certos aspectos.
Possui saída HDMI com escalonamento de imagem até 1080p. Oferece ainda saídas de vídeo-componente (uma ausência no Oppo), vídeo-composto, s-video, digitais óptica e coaxial, analógicas 5.1, saídas estéreo mixadas, RS-232, IR Input, D-Bus remote, conexão i.Link, ou seja, apresenta uma versatilidade impressionante de conexões.
O controle remoto segue a qualidade geral do conjunto, mas não é iluminado, o que pode ser uma limitação dependendo do uso. Por outro lado, algumas teclas principais possuem capacidade de serem vistas no escuro, depois de algum tempo expostas à luz, o que já é alguma coisa.
Em funcionamento para avaliação de vídeo, o aparelho brilha, mostrando suas verdadeiras qualidades. A imagem é precisa, com cores corretas e uma excelente definição, mesmo quando utilizado em uma projeção de 106″. Em uma TV de plasma de 42″ apresentou uma imagem um pouco mais nítida e agradável que o Oppo, quando escalonado para 1080p. Em projeção, me pareceu menos artificial que o Oppo, sem aquela aparência de “excesso de nitidez” que incomoda alguns usuários do Oppo em certas gravações. O Marantz pareceu mais “tolerante” com gravações de menor qualidade. Em todas as situações, inclusive pelas saídas video-componente, a imagem proporcionada pelo DV6001 se mostrou sempre bastante agradável e natural.
Foram utilizados vários discos no testes, e mesmo aqueles já danificados foram reproduzidos sem qualquer problema pelo Marantz. O DVD do grupo Roxette “Ballad & Pop Hits”, que apresenta um desbalanceamento, em minha observação por conta da face impressa do disco, e que fazia o Oppo vibrar tanto a ponto de apresentar falhas de leitura, passou com facilidade pelo Marantz, talvez por conta de seu peso maior (4Kg contra 2,4Kg do Oppo), e pelo excelente conjunto mecânico.
Em áudio, o DV-6001 mantêm a fama dos Marantz de proporcionar um som bastante agradável e preciso. Essa característica foi notada em todas as saídas, tanto na reprodução de trilhas sonoras de DVDs, como para áudio estéreo e multicanal em CD, SACD ou DVD-A. Estas saídas são discretas, e não utilizam integrados, o que favorece esta observação.
O som é rico em detalhes, com uma extensão de frequências correta, bom impacto para filmes, e bastante detalhado e suave para música, uma característica dos Marantz.
O SACD continua sendo a minha preferência, e é reproduzido de forma bastante competente por este player, mas ainda distante dos players dedicados.
Como transporte, usando um DAC MSB (Modificado), o DV6001 saiu-se muito bem para reprodução de CD.
Este player também faz up-sampling de áudio CD, com um resultado bastante curioso. Há um aparente melhor detalhamento do som, mas não se compara ainda à utilização do DAC externo.
Além das características já comentadas, o DV6001 apresenta ainda outros recursos e características:
-Reproduz DVD-V, DVD-A, SACD-Multicanal, SACD-estéreo, DVD-R/RW, DVD+R/RW, SVCD, VCD, CD, CD-R/CD-RW, MP3, WMA, JPEG HD and DivX
-DAC de áudio de 192KHz/24-Bit
-DAC de vídeo de 216MHz/12-Bit
-CD Texto
-Decodificadores Dolby Pro Logic II e DTS
-CD Up-Sampling
-Sistemas PAL/NTSC
-Saída de áudio discreta
-Consumo 25 Watts
-Preço US$ 499,00 ~ 549,90 (tabela nos EUA) – R$ 1.250,00 no Mercado Livre e importadores independentes
CONCLUSÃO
O Marantz DV-6001 é um aparelho que está numa classe superior ao Oppo, usado como referência nesse teste. Mas, é preciso dizer que ele custa mais que o Oppo no exterior, porém, a diferença cai muito quando comparado ao mercado independente no Brasil.
Essa diferença de preço é compensada, porém, pelas excelentes qualidades do Marantz, que vai de sua construção bem cuidadosa ao ótimo desempenho apresentado tanto em vídeo como em áudio.
É um player feito para durar, com um funcionamento bastante preciso e honesto.
Tem por trás uma marca de peso, um know-how de um fabricante conhecido pela alta qualidade de seus produtos.
Pode ser um player definitivo enquanto aguardamos a definição do novo formato de alta resolução, e a queda de preço destes novos players.
Vai agradar quem procura um player bem construído e com uma tecnologia bastante atual, gosta de variedade de recursos, e aprecia uma boa imagem com um som à altura.
Pode funcionar também como um bom player de música, seja CD, SACD ou DVD-A, mas não substitui um bom player dedicado.
Merecia um controle remoto iluminado, mas os fabricantes ainda não se interessaram em fornecer isso como padrão para os seus equipamentos. Me recordo da época que o controle remoto era ainda um opcional na maioria dos equipamentos (inclusive TVs), e espero que o controle iluminado também seja um item comum um dia. Mas, as teclas principais ainda podem ser reconhecidas no escuro, por conta de um sistema que retém a luz por algum tempo onde o controle ficar exposto. Aliás, há de se mencionar o bom tamanho das teclas e a facilidade de leitura.
Testado em Agosto/2007
Dimensões (LxAxP): 44 x 6 x 31,9cm
Peso: 4,0 Kg
Fabricante: Marantz
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