Um DAC valvulado avaliado pela excelente publicação inglesa Hi-Fi Choice.
Mais conhecida pela sua ampla linha de pré-amplificadores, integrados e amplificadores de potência, a PrimaLuna também lançou alumas fontes digitais há alguns anos. Inicialmente, isso se baseava no CD, mas, mais recentemente, mudou para DACs para ajudar os fãs dos digitais a consumir música em todas os seus formatos atuais. O Evo 100 Tube DAC é teoricamente parte da série 100 de produtos da empresa, mas pode ser utilizado com sucesso com qualquer outro amplificador de sua extensa linha.
A categoria de “DACs valvulados” é um nicho, mas dentro dela há uma grande variação de dispositivos que são quase inteiramente de estado sólido com apenas uma singela válvula solitária localizada no estágio de saída, e também há aqueles que fazem uso de válvulas para grande parte de sua funcionalidade. Mesmo ao julgá-lo pelos padrões deste último, o PrimaLuna é um dispositivo muito incomum em que até uma válvula é aplicada na seção digital do DAC – algo que, por convenção, é geralmente feita somente em estado sólido.
Isso é o que a PrimaLuna chama de “SuperTubeClock”. Em vez de um oscilador de estado sólido comum como o usado na grande maioria dos produtos digitais, uma válvula triodo compacta é a opção usada para gerar o sinal. A válvula osciladora é montada lateralmente na placa principal, e a PrimaLuna diz que, graças às suas especificações militares, ela é confiável e deve ter uma longa vida útil. O conversor DAC em si é um Burr Brown PCM1792A com upsampler SRC4192 que suporta taxas de amostragem de até 24 bits/192kHz e DSD128.
Projetado com o conceito duplo mono, cada canal possui um conjunto de válvulas 12AX7, 12AU7 e 5AR4. A 5AR4 é de longe a maior, e atua como retificadora na fonte de alimentação. Projetada com os mesmos princípios encontrados em seus amplificadores, a fonte de alimentação combina transformadores toroidais de baixo ruído com retificadores valvulados, e é denominada de “AC Offset Killer” , que tem a função de reduzir o ruído de fundo. A montagem é “ponto a ponto” e componentes de alta qualidade são usados ??por toda parte.
Além da porta USB-B, há entradas óticas, coaxiais e digitais AES, e uma saída RCA analógica estéreo. A taxa de amostragem do DAC oferece suporte para a grande maioria dos arquivos de música disponíveis.
Esteticamente, ele pode ser um pouco estranho, mas mesmo assim é agradável. As duas telas separadas para indicar a taxa de amostragem e entrada utilizada não são as mais elegantes, mas o resultado é bom. O chassi também é bastante profundo, e você pode precisar avaliar o espaço disponível em seu rack. Ele é muito bem feito, em tudo, desde as conexões do painel traseiro até o pequeno controle remoto de metal, tudo parece cuidadosamente montado e bem pensado.
Qualidade do som
Ligado a um sistema formado por um Cambridge Audio Edge A e um Kudos Titan 505, e recebendo um sinal de um SOtM SMS-200 Neo (HFC 449), o PrimaLuna mostra uma característica de identidade sonora alinhada com o amplificador integrado Evo 200, que já conhecemos. Desde os primeiros momentos da reprodução de Fink’s Resurgam em 16/44,1, fica claro que este é um produto digital impressionante que usa válvulas, e não o contrário.
Isso é mostrado de forma elegante na uniformidade da resposta de frequência. Resurgam é um esforço longo e lento que surge de pouco mais do que um baixo e uma bateria. As batidas da bateria são claras, bem definidas e poderosas. Quando os vocais começam, o PrimaLuna faz um bom trabalho em situá-los ao palco central, dando-lhes o espaço de que precisam sem afetar sua interação com o restante dos instrumentos. Os vocais são ricos, detalhados e tonalmente naturais, mas sem qualquer sensação de ênfase exagerada.
Isso não é algo que só acontece com material acústico leve. Mudando para Axolotl by The Veils, vemos o PrimaLuna acompanhar esse monstro da música com considerável entusiasmo. A fórmula de compasso embaralhada e o baixo potente são lindamente reproduzidos, e sustentam os registros superiores que parecem totalmente convincentes. E o mais importante, não há sensação de que a extremidade superior está sendo podada ou comprimida. Esta é uma peça musical raivosa e irregular, e é apresentada como tal.
Mas, ele não é perfeito. Notas de baixo eletrônico, realmente profundas, como aquelas que sustentam a versão 24/96 de Aurora’s Gentle Earthquakes, não têm a mesma definição bem recortada que os meus (mais caros) Chord Hugo M Scaler e o TT 2 DAC oferecem. Certamente não há falta de graves, mas aquela última gota de definição e controle não está lá.
Se está começando a parecer que o Evo é um jeito um pouco mais elaborado e complexo de fazer um DAC completamente normal, não este é o caso. Se você der a ele o 24/48 Qobuz de Emily King’s Sides, a maneira como ele lida com a alegre Can’t Hold Me é algo além do digital “comum”. Não é uma mera reprodução, mas sim uma performance, e soa completa e inebriante, ajudado em grande parte pelo baixo nível de ruído que a PrimaLuna se esforça tanto para criar. Sem fazer nada para diminuir a dinâmica do que você está ouvindo, ele oferece um nível de envolvimento emocional com a música que é difícil de não gostar.
Conclusão
Assim, ele não é um DAC valvulado “tradicional”.
Ao criar um produto que adere aos mesmos princípios ‘all-in’ de seus amplificadores, a PrimaLuna criou um produto que briga de igual para igual com concorrentes mais convencionais, mas que também tem seus truques para oferecer uma emoção num nível acima, exceto aqueles rivais de estado sólido mais excepcionalmente realizados. Não é uma solução universal, mas o Evo 100 irá deliciar muitos ouvintes, e para uma boa parte deles, absolutamente nada mais será necessário.
DETALHES
Produto: Conversor Digital Analógico PrimaLuna Evo 100
Preço: US$ 2.990
Origem: Holanda / China
Tipo: DAC
Peso: 13,4 kg
Dimensões: (LxAxP) 280 x 191 x 404 mm
RECURSOS
? PCM de 24 bits / 192 kHz e DAC compatível com DSD128
? Entradas: 1x USB-B; 1x coaxial; 1x óptico; 1x AES
Publicado em: https://www.hifichoice.com/content/primaluna-evolution-100-tube-digital-analogue-converter
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