Recebi uma pergunta interessante de um leitor, consciente da importância da escolha de um cabo em função dos argumentos do vendedor.
Gostaria de compartilhar isso aqui na forma de um artigo.
Trata-se de uma consulta do nosso querido leitor, Jorge Alvariza.
É um tema sempre recorrente, e recebo muitas consultas bem parecidas a esta.
Como a sua pergunta foi bastante detalhada, tomei a liberdade de transformá-la num artigo, enquanto não consigo finalizar os artigos que estão na fila para publicação.
Segue a consulta realizada:
“Fios condutores de eletricidade
Ilustríssimo Sr. Eduardo Martins. Estou plenamente de acordo. Nos cabos RCA, XLR e de força, os fios devem conduzir a eletricidade de forma neutra. A eletricidade deve passar por eles sem sofrer qualquer alteração. E os cabos também devem ter o menor comprimento possível.
Mas veja. No website da Wikipedia consta que:
“Na temperatura ambiente, no planeta Terra, o material melhor condutor elétrico ainda é a prata. Relativamente, a prata tem condutividade elétrica de 108%; o cobre 100%; o ouro 70%; o alumínio 60% e o titânio apenas 1%. A base de comparação é o cobre. O ouro, em qualquer comparação, seja no mesmo volume, ou na mesma massa, sempre perde em condutividade elétrica ou térmica para o cobre. Entretanto, para conexões elétricas, em que a corrente elétrica deve passar de uma superfície para outra, o ouro leva muita vantagem sobre os demais materiais, pois sua oxidação ao ar livre é extremamente baixa, resultando numa elevada durabilidade na manutenção do bom contato elétrico. Entre os citados, o alumínio seria o pior material para as conexões elétricas, devido à facilidade de oxidação e à baixa condutividade elétrica da superfície oxidada. Assim, um cabo condutor de cobre com os plugues de contatos dourados levam vantagens sobre outros metais. Uma conexão entre superfícies de cobre, soldada com prata constitui a melhor combinação para a condução da eletricidade ou do calor entre condutores distintos”.
Um vendedor do ebay oferece: Pair occ copper silver plated audio Interconnects cable with WBT-0144 RCA plug por US$ 24.oo.
A foto do produto mostra o que eu acredito ser: um cabo feito com fios Litz.
O que é um fio Litz? Segundo este website https://www.netinbag.com/pt/manufacturing/what-is-a-litz-wire.html
“Os fios Litz são cabos de energia compostos por vários fios isolados individualmente. Esse tipo de fio foi projetado especificamente para uso com corrente alternada (CA), a fim de reduzir os efeitos indesejados de dois fenômenos diferentes. Esses fenômenos, conhecidos como efeitos de proximidade e pele, podem resultar em uma diminuição da eficiência na energia CA de frequência mais alta. A maneira como um fio litz lida com o efeito de pele é fornecendo um perfil de seção transversal menor em cada fio individual. Como cada fio do componente também pode ser torcido, também é possível minimizar o efeito de proximidade.
Um dos principais problemas com o uso de corrente alternada de alta frequência é um fenômeno conhecido como efeito da pele. No caso de frequências de corrente alternada muito altas, esse efeito resulta na maior parte da eletricidade sendo conduzida perto da superfície de um fio, em vez de ser distribuída uniformemente por toda parte. A parte do fio que realmente carrega a corrente é conhecida como profundidade da pele. Como a maior parte do fio não é utilizada para transferência de corrente, essa é uma situação desperdiçadora que também pode resultar em uma redução de eficiência. Uma maneira de lidar com o fenômeno do efeito de pele é escavar o fio para que a parte não utilizada não esteja mais lá, mas o fio litz pode ser uma solução mais compacta.
Para lidar com o efeito de pele, cada fio litz é composto de muitos fios menores. Cada um desses fios tem um diâmetro com cerca de uma profundidade de pele, para que todo o material possa ser usado para conduzir eletricidade. Os fios individuais podem ser agrupados e, em alguns casos, vários pacotes serão transformados em um único fio. As frequências mais altas exigem fios individuais mais finos, portanto, pode ser importante conhecer as características da corrente alternada em uma aplicação específica para escolher o fio litz correto.
Outra questão com a qual o fio litz pode lidar é o efeito de proximidade. Esse é um fenômeno que resulta em uma resistência geral mais alta quando vários fios transportam eletricidade muito próximos um do outro. A corrente pode ser restringida a uma área menor que o normal, resultando em uma situação conhecida como aglomeração atual. Para lidar com esse problema, cada fio do componente pode ser torcido. Muitos tipos diferentes de isoladores podem ser usados, embora o poliuretano seja frequentemente escolhido porque não precisa ser removido antes de soldar o fio”.
Cabos RCA, XLR e de força, feitos com fios Litz são melhores?
Por que OCC? (Segundo um vendedor de cabos RCA de US$ 120 do ebay):
“Usados na indústria de áudio de ponta, os cabos OCC (Ohno Continuous Cast) são equipados com cobre e prata de qualidade superior, a melhor possível hoje.
OCC é o nome dado ao processo de fundição desenvolvido para ajudar a superar os problemas de recozimento e virtualmente eliminar todos os limites de grão em cobre ou prata com um processo patenteado exclusivo. O método de fundição OCC usa moldes aquecidos especializados para desenhar um único cristal de até 125 metros de comprimento. Com apenas um único cristal de comprimentos muito longos, há um caminho livre desimpedido para a melhor transferência de sinal possível. Junto com esta estrutura de cristal único longo superior, OCC fornece cobre e prata com o mínimo possível de óxidos e outras impurezas.
Em alto contraste com o OCC, existem outros cobres de grau inferior, como ETP e OFC, com uma infinidade de contornos de grão e outras impurezas. ETP (Electrolytic Tough Pitch), também conhecido como. TPC (Tought Pitch), também conhecido como. Na verdade, o CDA110 tem cerca de 1400 limites de cristal por pé, com conteúdo de oxigênio em torno de 235 ppm. ETP é o cobre mais comum disponível hoje (conhecido simplesmente como grau elétrico). OFC (Oxygen Free Copper) tem cerca de 400 cristais por pé e, apesar do nome, tem um teor de oxigênio de cerca de 10 ppm. Tendo menos conteúdo de oxigênio e menos impurezas gerais em comparação com o ETP, o OFC é popular em cabos de áudio de nível médio. Independentemente disso, tanto o ETP quanto o OFC têm uma infinidade de limites de grãos por metro que o sinal deve rotear e passar. O OCC oferece a solução que elimina todos esses problemas que envolvem os condutores de cobre baseados em ETP e OFC.
OCC litz cable
A questão, em última análise, se resume ao seguinte: Você prefere que o seu sinal flua em um caminho com muitas rachaduras, solavancos e obstáculos no caminho (OFC / ETP) ou flua ao longo de um caminho livre completamente desimpedido com o mínimo de impurezas possíveis (OCC). Do nosso ponto de vista, a escolha é simples, e o resultado final é que a maioria dos projetos de cabos de topo utilizam OCC, pois oferece a plataforma de base mais pura para chegar muito mais perto da verdadeira transparência absoluta.
Cryo OCC: O cobre e a prata mais puros do planeta Terra.
Litz: O melhor design para eliminar a pele e o efeito de proximidade. O design de condutor mais forte e durável. O melhor design para eliminar qualquer degradação por oxidação
Cryo OCC + complexo de cadeia fina Litz
O cabo mais dominante e sonoramente o mais transparente”.
Isto é verdade?
Afinal, qual é o melhor tipo de fio que pode ser empregado em um cabo RCA?
E em um cabo XLR?
E em um cabo de força?
Desde já lhe parabenizo pelas explicações bem detalhadas que encontrei em seu website. A respeito das minhas perguntas devo lhe dizer que não encontrei, até agora, alguém que possa explica-las com clareza, principalmente para os que pouco entendem deste assunto, como eu. Conto com a sua inestimável ajuda. Muito obrigado mesmo.
Jorge Alvariza.
Minha resposta:
“Caro Jorge, obrigado por prestigiar este humilde espaço.
Sua pergunta merecia um artigo, pois oferece um longo espaço para comentários e abordagens técnicas, mas vou tentar reduzir a minha resposta de uma forma mais didática e objetiva.
Se formos entrar na questão do efeito de “pele”, ou efeito peculiar ou skin, como é mais conhecido, essa é uma característica de condução elétrica já bastante conhecida e presente em inúmeras situações, não só em áudio. Mas, suas implicações na faixa de áudio (até 20kHz nominalmente) são tão pouco importantes que mesmo em aplicações muito, mas muito mais exigentes em computação, transmissão de vídeo, etc… onde as frequências atingem os MHz ou GHz não existe toda essa preocupação exagerada, e estas aplicações funcionam perfeitamente com cabinhos maciços de baixa pureza. Em áudio, teve fabricante que inventou cabos de caixas acústicas bicablados com fios “ocos” para a faixa de alta-frequência (agudos) em função deste efeito.
Importante salientar que a divisão de baixa, média e alta frequência tem um objetivo apenas de “organização” em áudio para efeitos de projetos de divisores de frequência e seleção de drivers. Mas, na prática, os agudos não estão numa faixa real de altas frequências com a atual evolução. Imagine que os 20.000 Hz de “altas frequências do áudio” está muito longe dos mais de 3.600.000.000 Hz da velocidade de clock de um computador ou dos 5.000.000.000 Hz do seu roteador de internet, e eles funcionam muito bem sem essas “frescuras”, e transportam sinais muito mais complexos e precisos.
Esse ponto do você preferir “que o seu sinal flua em um caminho com muitas rachaduras, solavancos e obstáculos no caminho (OFC / ETP) ou flua ao longo de um caminho livre completamente desimpedido com o mínimo de impurezas possíveis (OCC)” é algo que fez a alegria de muitos fabricantes de cabos que venderam produtos caríssimos com esse tipo de argumento.
A impressão que se sugere é que a corrente elétrica corre pelos cabos e quando encontra um “cristal” de cobre ela passa por ele como um “fantasma”, mas se tiver uma partícula de alumínio no caminho ela vai tropeçar e cair de boca…. kkkk…
Isso não existe.
Quanto a condutividade dos materiais, acredite, no caso do áudio não faz a menor diferença. Se estivéssemos falando de dezenas ou centenas de metros de cabo, poderíamos até ter esse parâmetro em maior atenção, mas não interferindo no sinal elétrico da forma como sugerem os fabricantes de cabos.
Em relação à oxidação, é o que eu comentei num artigo recente: não é o material de fabricação do conector que mudará o sinal elétrico que passa por ele, mas o estado dessa conexão. O ouro oxida menos com o tempo, o cobre oxida mais, mas o cobre limpo ou polido periodicamente (pelo menos a cada um ano ou seis meses dependendo das características do ambiente) oferece EXATAMENTE o mesmo resultado.
É impressionante como os audiófilos valorizam características como estas que praticamente nenhuma diferença provoca e não controlam a umidade do ambiente, não substituem o ferrofluído de seus tweeters ou adequam o sistemas para os seus parâmetros de audição (que aliás a maioria desconhece).
Existe aí aquela coisa de pagar caro num cabo e ter o prazer de ver aqueles cabinhos bonitos, com conectores dourados cheio de detalhes que mais lembram uma joia, dentro daquela caixinha de mogno forrada com veludo e revestida com dez camadas de verniz polidas uma a uma… Isso acabou se tornando um “fetiche” para os audiófilos.
Cabo bom é cabo bom, e não um cabo exotérico cheio de frescuras estéticas.
Vamos agora numa outra direção…
Se realmente o fabricante desse cabo tivesse razão, e a prata fosse o melhor condutor, o ouro o melhor revestimento de contato e a configuração Litz aquela perfeita para o áudio, não teríamos então todos os cabos com essas características construtivas? Todos os cabos seriam iguais, mudando apenas a cor, um conector maior ou menor, um fio mais grosso ou mais fino, etc…
Mas, não é isso o que acontece. Cada fabricante adota uma tecnologia diferente, chegando a extremos de um fabricante usar esse tipo de “recurso” e outro defender que o cabo simples de cobre com conector de cobre é o ideal pelas suas características “simplistas”.
Eu desafio qualquer fabricante de cabos a me mostrar que essas características realmente provocam mudanças na corrente que circula pelo cabo. Um cabo de cobre comum sólido, que nem tenha uma “pureza” elevada, com um simples conector “cromado” conduz a corrente elétrica do mesmo jeito, e é isso que interessa para o alto-falante que vai transformar essa corrente elétrica em campo magnético, e que vai movimentar os cones. Simples assim. Os alto-falantes não vão enxergar questões “místicas” num cabo. E acredite, as distorções provocadas pelos alto-falantes são muito, mas muito maiores do que aquela “muitas vezes supostamente” provocada por um cabo que usa cobre absolutamente puro em relação à outro que usa cobre comum.
Seria algo como você pingar uma gota de tinta vermelha em meio copo de água, ou pingá-la numa piscina olímpica. A diferença de cor nessa piscina será totalmente desprezível, e nem colorímetros de altíssima precisão vão detectar a influência dessa gota em um milhão e novecentos mil litros de água. Mas, se for alguém como um “audiófilo”, ele vai notar diferença. Ele pode ser incapaz de notar dois graus de diferença de temperatura da água, mas vai notar essa diferença de cor. Quando você lhe sugere um teste cego, ele foge com os mais diversos argumentos porque sabe que nem ele mesmo tem certeza da subjetividade de suas impressões.
99,9% dos argumentos utilizados pelos fabricantes de cabos são puramente comerciais (pelo menos tem algo “puro” nessa história… rsrsrs…). São criados para dar um diferencial fantasioso ao seu produto. E aí você acrescenta a participação de vendedores e revistas “especializadas” em áudio que faturam com vendas e anúncios, e temos a receita pronta para o “cabo inovador”, “o lançamento do ano”, “a surpresa revolucionária”, o “diamante lapidado” e todos aqueles adjetivos utilizados há tantas décadas que teriam feito o cabo de hoje ter uma “diferença sonora” tão grande de um cabo produzido há 30 anos que ninguém passaria vergonha num teste comparativo de cabos, como já cansei de ver acontecer (até com editor e avaliador de publicações do ramo).
Recentemente vi uma foto de um sistema de áudio em um dos grupos de whatsapp que participo, onde uma caixinha bookshelf era conectada com um cabo que mais parecia uma mangueira de incêndio !!! O que era aquilo? Quando o audiófilo vai evoluir na mesma velocidade em que eles acreditam que os cabos evoluem?
E o dono do sistema se orgulha de ter um sistema “neutro”. Nem os nossos ouvidos são neutros, aliás, nenhum é, mas ele não se preocupa com isso. Nunca fez um teste de audiometria e insiste, de forma equivocada e ultrapassada, em ajustar o seu sistema pela curva de audição “ao vivo”, cometendo o maior erro que um audiófilo pode cometer hoje.
A culpa dessa confusão criada no mercado, e que faz o audiófilo pagar fortunas por coisas que não valem, é desses fabricantes inescrupulosos, destas revistinhas tendenciosas, de revendedores gananciosos e manipuladores, sempre com raras ressalvas (cada vez mais difícil de lembrar de alguma), mas, principalmente, culpa do audiófilo que se acha “experimentado” e consegue identificar diferenças sempre “subjetivas” que sequer existem em cabos, fusíveis, “elevadores de cabos” ou acessórios bizarros que desaparecem na mesma velocidade que surgem.
Mas, quando você lembra que os alto-falantes reagem magneticamente de acordo com a corrente recebida, e sugere medir ou analisar a “tal diferença” que teria ocorrido com essa corrente, então chovem argumentos de que instrumentos não são precisos, não conseguem captar com a mesma sensibilidade de nossos ouvidos, sofrem interferências “cósmicas”, etc… O que interessa para eles é alimentar o fetiche, e, novamente, desprezando características importantes que realmente fazem diferenças sensíveis, objetivas e identificáveis por um instrumento até bem vagabundo. Mas, aqui eles não percebem essas diferenças, porque a manutenção de contatos, o ajuste de adequação do sistema aos ouvidos, a simples substituição de um tweeter que perdeu as suas características ao longo do tempo não chegam numa caixinha de mogno forrada com veludo ou seda.
Desde que ingressei no hobby de áudio, há quase 45 anos, eu uso meus conhecimentos em engenharia elétrica e especialização em eletrônica, junto com minhas práticas em montagens de cabos, de amplificadores, toca-discos, etc. para entender melhor o áudio de alta-fidelidade. E eu te digo uma coisa: é uma bagunça e uma total falta de informação.
Até fotos manipuladas de salas com caixas remontadas digitalmente eu já identifiquei e até mostrei aqui no Hi-Fi Planet.
Fiz muitas amizades com técnicos e fabricantes de componentes “Hi-End” do mundo todo que, para a minha pouca surpresa, me mostraram um mundo de manipulações e mentiras que se aproveita da ingenuidade de muitos audiófilos. É algo que dá nojo.
Eu sou muito crítico para escolher um chocolate, uma cerveja, um vinho e até um celular novo, mas no áudio as diferenças são alimentadas de formas artificiais.
Você percebe nitidamente a diferença de uma cerveja feita de puro malte e uma de “suco de milho”, mas, no áudio, tudo é simplesmente subjetivo, e na grande maioria das vezes com percepções totalmente equivocadas.
Desculpe o longo texto para lhe resumir que: “cada fabricante vai inventar argumentos dos mais fantasiosos para destacar o seu produto da concorrência”.
Então, se o cabo é bem feito e tem qualidade, pode comprar, mas tão somente se ele tiver um preço justo, não o preço de uma joia.
E, parabéns pelo cuidado que você demonstra no entendimento desse hobby. Tenha muito sucesso com as suas mudanças no seu sistema e aproveite a vida.
Abraço
Eduardo”
Edu, quando você explica as coisas elas parecem tão óbvias depois… kkkk
Parabéns pela clareza de suas explicações, e quem te acompanha há algum tempo sabe que você dá um show de informação honesta e precisa sobre o som hi end.
Seu sistema deveria participar de uma feira ou uma demonstração aberta para o pessoal entender o resultado do seu trabalho. Cara, ele pra mim é uma referência mundial a ser batida. Já vi ssistemas de feiras, exposições de todo tipo, de salas de laboratório, etc mas seu sistema pra mim é o que toca de forma mais realista. Todo mundo que diz que os músicos se materializam na sala deveria entender o verdadeiro significado disso ouvindo o seu sistema.
Achei legal esse formato de resposta em artigo, mas estou curioso sobre os seus artigos que estão prontos porque sei que vem coisa boa pra nós aí, e muita polêmica também kkkk
Um abraço desse seu amigo fã e admirador.
Maurício
Eduardo, bom dia !
Entrei aqui para fazer um comentário e me deparo com mais esse excelente artigo. Você tem a didática e o dominio de mestre na sua forma de abordar estes temas.
Só não entende quem não quer. É impressionante como você consegue antecipar as coisas, e foi por isso que entrei aqui agora.
Participo de um grupo de whatsapp que você também parece participar ou já saiu já que não vejo mais mensagens suas por lá.
O grupo, que prefiro não identificar as pessoas, tem um administrador que é insuportavelmente defensor do vinil e que já foi motivo de discussão também no Clube Hiend pelas suas contradições.
Ele sempre faz comparações de vinil com CD, apesar de sabermos que o CD nem é hoje a referência tecnológica do digital que hoje temos mídias e arquivos muito mais precisos, mas ele insiste em nivelar pelo CD quando fala de digital, de forma até tendenciosa.
Pois bem, depois de fazer muitas comparações neste sentido, não é que o dono da sala de testes que é considerada laboratorio de testes, e que tem o “super player de CD de referencia”, de uma marca e modelo que está muito longe de ser mesmo um representante de alto nível hiend ou médio pelo menos, publica hoje uma experiencia que fez mudando o player de fase de tomada e disse que ocorreu uma surpresa enorme, que mudou substancialmente o som para melhor?
Ao pedir a opinião do colega defensor do CD que participou da “experiência”, o mesmo faz um relato dizendo que o player de CD apresentou resultado “chocante”, com mais arejamento sonoro, melhor palco e naturalidade, mais presença física, mais organicidade e naturalidade alem de outros adjetivos empolgados… características que ele sempre criticou nas suas comparações com o vinil… NESTE MESMO SISTEMA !!!
Eu lembro, Eduardo, quantas vezes você já comentou aqui que o sistema digitall tem que estar bem “afinado” para mostrar as suas verdadeiras qualidades, quantas vezes você comentou que as experiencias tem que ser bem feitas para não apresentar conclusões equivocadas e influenciar opiniões de forma errada, que isso é um dos maiores problemas do hiend, a formação de opiniões equivocadas.
E agora, como fica ? Ele vai apagar todos os artigos que escreveu comparando os formatos e dizendo que no cd faltava arejamento, organicidade, presença fisica, detalhamento, naturalidade, etc? Vai pedir desculpas e se retratar das conclusões equivocadas feita num equipamento mal ajustado? Como vai ficar agora ?
Lembro de um debate que fizemos no Clube hiend sobre isso, e me veio na cabeça tudo o que você diz aqui há anos… e achei legal compartilhar isso caso você não participe mais daquele grupo.
Como são as coisas… nada como o tempo para aprender. Mas, se aqueles “especialistas” com seu “laboratório de referencia” tivesse lido os seus artigos antes não precisavam passar por essa vergonha.
É Eduardo, cada vez mais admiro o seu trabalho , pois de tudo o que leio por aí é o que mais chega perto da realidade hoje.
Eu imagino se eles fizessem agora
o ajuste que você propõe de equalização da sala para o som interpretado pelos nossos ouvidos o que não iriam mais descobrir
Se você me autorizar eu dou nome aos bois, pois acho que esse dia deveria entrar na história do áudio hiend, pois há muito tempo somos bombardeados com conclusoes equivocadas e apaixonadas que só prejudicam o nosso hobby.
Parabéns meu caro, mais uma vez voce prova que o Hifiplanet não está para brincadeira e merece o reconhecimento que tem. Eu se fosse você escrevia um artigo sobre isso e se quiser te envios os prints para você.
Aliás, em outuibro do ano passado você me respondeu exatamente isso em outro coment ario que fiz no artigo M1DAC aprimorado, onde você justamente antecipou exatamente o que aconteceu hoje.
Um grande abraço e vida longa para o Hifiplanet que é o que pouco nos resta de informação segura e confiavel hoje.
Desculpe os erros de escrita mas estou num celular e é uma merda digitar aqui.
Edú !!! Arrebentando como sempre !!! Muito bom !!
Eu também aguardo ansiosamente pelos artigos que estão em espera. Até sei o motivo da precaução, mas sei que serão esclarecedores como tudo o que você publica.
Maurício, as caixas do Edú são de outro mundo. Pode pagar 200 mil reais num par de caixas “diamante lapidado” que vai passar vergonha do lado delas. Às vezes acho que o Edú esconde uma parte do jogo para ninguém copiar as suas caixas kkkk..
Mas não é só isso, o acerto que ele fez na sala é algo impressionante. Essa coisa de customização pra mim é o “pulo do gato” que faltava no áudio. Esse conceito vale ouro para quem quiser conhecê-lo.
Hoje eu enxergo bem o quanto eu estava equivocado com reprodução “flat” e mais próxima “do som ao vivo”. Nada a ver.
Márcio, até aqui no Rio rolou um fuxico sobre isso no nosso grupo (que o Edú é muito orgulhoso para participar kkk estou brincando meu amigo). Esse pessoal é meio sem noção.
O cara fica uma vida criticando uma coisa, aí numa troca de tomada tudo muda.
E mais uma vez é como o Edú costuma dizer, “o audiófilo se preocupa demais com o que não importa e ignora o que realmente é importante” ou algo assim. E o pior é que tem quem paga para ir ver a “tal diferença que não existe” e sai de lá dizendo que “aprendeu muito”.
Edú, um forte abraço.
Excelente artigo.
Assino embaixo como testemunha de tudo o que disse.
Há muito tempo somos enganados, não é de hoje.
Eduardo, boa tarde !
Vi a sua intervenção no grupo de whatsapp que também participo.
Está insuportável aquilo não? Que fanatismo de vinil doentio. Os velhotes não escrevem duas mensagens se uma não for criticando o digital e endeusando o vinil.
Essa do “sinal frio” do digital se aproximar do phono foi de doer. O que mais falta inventar.
Impressionante. Parece coisa doentia. E ainda fazem comparações em sistemas porcos, que só trocando de tomada aparece tudo o que eles passaram anos dizendo que não existia.
Chega a ser patético.
Um grande abraço
kkkkk….. agora caiu a ficha dos velhotes kkkkkkk
Você falando uma coisa e eles entendendo outra sem ter percebido o que o outro colega tinha escrito.
Esse pessoal parou no tempo. Tem um pessoal bom de digital no grupo, mas cada vez que tentam trocar uma ideia vem pedradas dos velhotes do vinil. Eles não admitem. Puro fanatismo.
Essa do sinal elétrico frio foi patético. Até onde inventam para desmerecer o digital.
Uma pena, estão estragando o grupo. Deveria se chamar Grupo do Vinil, porque para eles não existe audiofilia no mundo digital.
Ou Família Dinossauro também cairia bem….kkkkkk
Caro Eduardo,
Conheci esse espaço agora e gostei muito do seu conhecimento e de sua abordagem. Parabéns.
Meu conhecimento é muito limitado e por isso peço sua ajuda.
Gosto de eu mesmo construir meus cabos, mas como moro numa cidade pequena do interior, sempre comprei cabos e conectores numa oficina de consertos de eletrônicos.
Quero fazer cabos novos, com novos conectores. Acho que você nem vai querer indicar marcas de fios ou de conectores, mas há 3 ou 4 dias que estou pesquisando na internet e não chego a nenhuma conclusão. Não quero gastar muito, e diante de suas explicações tenho certeza que seu eu escolher materiais de boa qualidade os cabos ficarão adequados, até porque meu sistema é bem simples e minhas caixas eu mesmo construí.
Assim se você puder me ajudar a escolher os fios e conectores ficarei muito grato.
Olá Fauzi
Que cabos você pretende montar? XLR, RCA, força…? O que você tem disponível em sua região?
Eu costumo comprar muita coisa no ebay. Lá tem conectores e bons cabos que custam um preço justo, muitos que são vendidos aqui depois por preços de “joias”…
Você tem facilidade de comprar lá?
Posso te recomendar alguns cabos prontos nacionais também.
Se preferir, me passe um e-mail.
Abraço