Artigo da revista VideoSom explora as qualidades do formato Blu-ray Audio.
A Revista VideoSom deste mês, nº 159, da Editora Europa, traz um ótimo artigo assinado pelo colaborador Diego Meneghetti sobre o Blu-ray Audio, um formato novo de gravação que explora as qualidades do padrão Blu-ray para produzir discos de música com qualidade audiófila.
A evolução tecnológica tem aprimorado equipamentos e formatos de gravação para proporcionar a melhor fidelidade possível na reprodução musical, buscando aproximar a reprodução eletrônica o mais próximo possível da real.
Nesta direção, tivemos o aprimoramento do CD (HDCD, XRCD, etc.), o lançamento do SACD e do DVD Audio, o renascimento do vinil e outras tentativas que visaram satisfazer o nível exigente de qualidade audiófila.
O Blu-ray Audio é a mais nova e bem sucedida experiência com este objetivo.
Sem querer se aprofundar no tema, que já tratamos neste espaço em outras oportunidades e também foi muito bem explorado, em detalhes, pelo artigo do Diego na VideoSom, podemos dizer que os resultados obtidos pelo novo padrão é capaz de surpreender aos mais exigentes apreciadores da música reproduzida com qualidade.
Não pretendo defender este ou aquele formato, mas, pessoalmente, vejo o Blu-ray Audio como a melhor opção do mercado atualmente, apesar de poucos títulos ainda lançados, o que é normal para um formato tão recente.
O Blu-ray Audio, pelas comparações que realizamos, pode ser a solução para aqueles que ainda consideram o vinil como uma das melhores opções, mas que precisam gastar uma pequena fortuna para ter um sistema capaz de extrair todas as qualidades do velho (e sempre atual) “bolachão”.
Em nossos testes, o Blu-ray Audio superou o SACD e o vinil em todos os aspectos, e se mostrou a grande revelação do segmento audiófilo.
A vantagem é que não é necessário investir fortunas num bom tocador, ou player, como muitos preferem chamar.
Muitas publicações, usuários e até alguns “especialistas” costumam dizer que o som digital não é capaz de superar o analógico, pois nosso ouvido é “naturalmente analógico”.
Este é um velho refrão de um mercado que fatura muito mais com o vinil, mas que não representa a realidade dos fatos.
Nenhum padrão digital, seja o CD, o SACD ou mesmo o Blu-ray Audio faz com que os ouvidos recebam “sons digitais”. Todo player de mídia digital possui um conversor interno, chamado de “DAC”, que transforma os sinais digitais em analógicos, buscando restaurar o sinal original. A qualidade das gravações e dos equipamentos reflete no sucesso desta conversão.
Portanto, não ouvimos qualquer som digital, e também não existe o que alguns chamam de “digitalite” dos sons reproduzidos.
Nos sistemas digitais, os sinais analógicos são convertidos em códigos digitais e depois reconvertidos novamente em sinais analógicos quando reproduzidos nos players.
Esta conversão, em teoria, seria suficiente para reproduzir fielmente o sinal original. Efeito semelhante pudemos notar nas gravações de vídeo. Mesmo os defensores de sistemas analógicos terão que concordar que os atuais padrões digitais de reprodução de vídeo, seja o DVD ou o Blu-ray, representaram um passo gigantesco diante do velho videocassete e suas limitações. Imagens reais e precisas são obtidas hoje através de sistemas digitais.
Na fotografia ocorreu um fenômeno semelhante.
No áudio, a preocupação do mercado foi sempre a “portabilidade”, economia e simplicidade, o que fez o sucesso de formatos como o MP3, muito mais popular do que qualquer outro.
Para mercado audiófilo acabou restando o vinil, o CD e o SACD, entre outras poucas opções.
Mas, a melhor reprodução de uma gravação digital está diretamente relacionada com a resolução do sinal gravado. Quanto maior a amostragem do sinal, tanto melhor o resultado final. Fato semelhante ocorreu no vídeo, com a evolução da imagem HD para a Full HD.
Com o Blu-ray Audio a qualidade da gravação digital teve um grande salto, e por mais que o ganancioso mercado de equipamentos audiófilos ainda queira preservar uma irreal sofisticação de produtos, a verdade é que a simplicidade e a versatilidade de sistemas digitais, agora com o Blu-ray Audio deverão tornar o acesso ao áudio hi-end muito mais fácil e barato.
Hoje, comparativamente, podemos obter uma qualidade de imagem muito melhor que o DVD e infinitamente melhor que o VHS (do videocassete) com reprodutores de Blu-ray, já custando menos de R$ 300,00 em algumas promoções.
O artigo da revista VideoSom, que contou com uma humilde colaboração deste que aqui escreve, foi muito bem elaborado pelo Diego Meneguetti, que se aprofundou em detalhes técnicos e comparações com outros formatos, numa reportagem inovadora, como não se viu até agora sequer em “especializadas” publicações de áudio hi-end.
Recomendo a leitura deste excelente artigo a todos os apaixonados pela reprodução musical com qualidade, e que já estão cansados das mesmices e do “tendencionalismo” comercial de algumas publicações.
O Blu-ray Audio tem tudo para revolucionar o mercado, e isso não poderá ficar em segredo por muito tempo.
Parabéns ao Diego pelo seu ótimo artigo, e à Editora Europa por abrir espaço em sua revista para um tema tão específico, e ao mesmo tempo inovador e atual.
Eduardo,bom dia,muito bom o texto.Faça a experiência de gravar vários CDs em uma mídia blu-ray,usando o progama Okoker Blu-Ray DVD Burner. 3.0,naturalmente ainda não é o blu-ray audio autêntico,eu sei, mas já da uma ideia do que vem por aí.