E as bobagens continuam

Insatisfeito com a grande indignação injusta que causou ao mercado audiófilo, parece que o diretor de uma publicação nacional, que se diz voltada ao mercado Hi-End, não desiste de suas argumentações vagas para atacar as qualidades de um equipamento nacional.

Tropeçando em contradições, o “diretor” da revista parece mesmo determinado a denegrir as qualidade do Powerline, um acessório de verdadeira utilidade e com qualidades para proporcionar reais vantagens a um sistema de áudio hi-end.

Novamente, e desnecessariamente, ele volta ao ataque ao citado equipamento em sua edição deste mês. Claro que, ao mesmo tempo em que critica as qualidades do equipamento, não deixa de divulgar a marca concorrente, que misteriosamente é citada na coluna de cartas sempre com uma frequência bastante “curiosa”.

Depois de tentar justificar que um equipamento com mais de cinco anos já está ultrapassado (caso das caixas acústicas que ele utiliza como referência em seus “reviews”), sem saber que o equipamento em questão sofreu melhorias contínuas no projeto preservando apenas a sua identidade visual, agora, depois de perceber seu erro, vem com uma nova argumentação ainda pior do que aquela.

Justifica agora dizendo que, mesmo tendo o equipamento sofrido melhorias contínuas no projeto e nos componentes, trata-se “de um produto com quase 20 anos de vida”, afirmando ainda que “upgrades de componentes” … “não podem manter o produto no mesmo patamar, principalmente quando todos os outros componentes de um sistema de áudio como amplificadores integrados, prés, powers e CD players evoluiram tanto.”  Para completar o absurdo, afirma ainda que “qualquer fabricante tentará negar este fato, mas ele é a mais pura realidade.”

Não sei em que mundo este “especialista” de equipamentos de áudio vive, mas certamente só deve existir em seus sonhos. Vejamos o porquê sob dois aspectos:

1. Ele afirma que mudanças nos componentes são suficientes apenas para dar sobrevida a um produto. Esta é uma grande bobagem. Tomemos por exemplo um amplificador integrado, como citado por ele. Um modelo de estado sólido, com mais de 20 anos, qualificado por ele como ultrapassado, utilizava em sua contrução: transformadores, transistores, resistores, capacitores, dissipadores de calor, placas de circuito impresso, solda e outras partes. Um amplificador atual, como ele qualifica um equipamento de “melhor nível”, utiliza em sua fabricação: transformadores, transistores, resistores, capacitores, dissipadores de calor, placas de circuito impresso, solda e outras partes. Alguma semelhança?

Vamos a um CD player… que há 10 anos utilizava em sua fabricação: transformadores, resistores, capacitores, circuitos integrados, transporte mecânico, etc. Um CD player “atual” também possuirá os mesmos dispositivos.

Qual a diferença?  O UPGRADE DOS COMPONENTES !!!

Se considerarmos os alto falantes, e os tweeters de domo de seda de uma caixa acústica ultrapassados, já que são componentes desenvolvidos há muitas décadas, então podemos considerar as caixas acústicas “de referência” do editor como “obsoletas” (mesmo porque também já têm mais de 5 anos).

Os componentes, por si só,  evoluem, e isso faz diferença sim. O “especialista” em áudio deveria saber disso.

2. Digamos que, por equívoco (que parecem ser bem comuns nas páginas de suas revistas), o diretor quisesse dizer que as novas tecnologias superam as antigas, mas não pela simples melhoria de antigos componentes.

Aí defrontamos com outra grande bobagem. Vejamos: o que podemos dizer de uma tecnologia criada nos anos 50, que viu nascer inúmeros projetos utilizando conceitos avançadíssimos de laser e tecnologia digital? Estamos falando do “velho” vinil. Um sistema de tocador de discos que utilizava um prato giratório, um braço, uma cápsula e uma agulha de leitura.

Qual a semelhança com os atuais tocadores que são citados pelo mesmo diretor como “referência sonora”? Bem, estes também usam um prato giratório, um braço, uma cápsula e uma agulha de leitura.

Estes equipamentos ainda necessitam de retirada do pó do disco, ajustes constantes de mecânica, de levantar da poltrona para trocar de faixa e outras coisas, literalmente, do passado.

Pois bem, depois do nascimento do CD, da evolução HDCD, XRCD, Super Audio CD, DVD Audio, e agora gravações de áudio em altíssima resolução em blu-ray, o crítico diretor menciona em sua edição do mês retrasado que “volto a afirmar que se for dada a essas novas gerações a oportunidade de escutar um pré de phono como o (…) (valvulado) e o toca-discos (…) (de vinil), eles certamente mudarão de idéia, sendo capazes de finalmente compreender que existe algo de errado com a reprodução digital.”, e ainda complementa que “Meu filho de apenas 12 anos, quando escuta suas bandas de rock em LP, já consegue ficar indignado ao ouvir o mesmo disco em versão CD”.

Ou, como foi publicado nesta última edição: “Na minha opinião eles (os toca-discos de vinil) são imbatíveis em termos de qualidade sonora apesar da tremenda evolução que sofreram os CD players de última geração.”

Que tal ainda essa? “Como pode uma tecnologia tão antiga ainda superar os mais novos discos em formatos de alta resolução reproduzidos pelo que de melhor a tecnologia atual pode oferecer?”

Essa é fácil…. é que apesar de continuar sendo um disco giratório que reproduz som pelo passar de uma agulha nos sulcos de um disco plástico, os componentes evoluíram. Simples não?

Está na hora daquele diretor se preocupar mais com a qualidade de sua revista, e não em tentar encontrar argumentos (cada vez mais contraditórios) para difamar gratuitamente um equipamento como o Powerline, que se não atende as necessidades das caixas obsoletas dele (com mais de 5 anos), seus amplificadores transistorizados ou valvulados (aliás, a válvula foi inventada no século passado), ou seu inovador toca-discos de vinil, melhor trocar de sistema. No meu sistema, este sim considerado referência por várias publicações do exterior (e com menos de 5 anos de lançamento), ele funciona maravilhosamente bem, e está à disposição para confirmação.

2 Comentários

  1. O melhor som que já ouví foi;:?!!!O MEU,equipamento bronze referência,mas o som é hi-end,que belezura.

  2. Veja, esqueça essa bobagem de bronze, ouro, diamante, criptonita ou o que quer que seja.
    Se você observar com cuidado a metodologia que se usa para classificar equipamentos, e a forma como as avaliações são realizadas de fato, encontrará inúmeras falhas absurdas.

    ESSA QUALIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS POR NOTAS JÁ MORREU HÁ MUITO TEMPO.

    Esteja certo que seu sistema, pelo resultado que proporciona, só é bronze referência na cabeça de quem inventa essas metodologias ridículas.
    Já comentei muito sobre a inconsistência dessas classificações. Encontrei os maiores absurdos nestas avaliações.
    Acredite, elas são muito falhas e muitas vezes manipuladas.

    Obrigado pela sua participação.

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