Claro que não sou um vidente, e tentar adivinhar o futuro não é algo que está ao meu alcance, ainda mais quando se trata de tecnologia, algo que sempre nos brinda com novidades surpreendentes.
Para respondermos à essa pergunta, teríamos que ter acesso aos laboratórios de desenvolvimento mais secretos das indústrias de tecnologia. Não importa qual, já que muitas vezes uma novidade criada para uma finalidade acaba encontrando uma aplicação também no áudio. Foi assim com o CD, que nasceu com a intenção de servir como um dispositivo de armazenamento de dados, e não música. Foi a história do DVD, concebido inicialmente para melhorar a reprodução de vídeos, e que acabou encontrando aplicação em áudio com o DVD-A.
E tudo isso acontece com o bom e velho vinil, heroicamente dividindo espaço no mercado audiófilo.
Qualquer palpite sobre o futuro do áudio de qualidade será mera especulação, e devemos lembrar que o futuro não é um objetivo final, mas, apenas mais uma transição para algo ainda mais surpreendente.
Há muitos anos, quando participava de um fórum de áudio, havia uma discussão de qual seria o futuro do som automobilístico. Alguns apostavam na padronização do SACD, outros na grande capacidade do DVD, e tinha quem achava que o CD ainda seria a opção mais viável.
Naquela oportunidade, comentei que achava que o futuro do áudio no carro não teria espaço para discos digitais, com mecanismos de precisão para movimentar os discos ou leitores que “cansavam” com o tempo. Em minha opinião a tecnologia do futuro abandonaria o velho motorzinho. Meu palpite foi na direção da memória digital. Lembro que muitos acharam isso uma loucura, pois na época o dispositivo móvel de maior capacidade era um pen drive de 256Mb. Ainda guardo um destes, comprado numa Fnac da França como novidade, pois no Brasil encontrávamos unidades de, no máximo, 64Mb.
O que se dizia no mercado era que o pen drive já estava chegando ao seu limite de capacidade, ainda pouca para armazenamento de música.
Mas, a indústria tecnológica é surpreendente, e hoje já encontramos pen drives e cartões de memória de altíssima capacidade, com até 1 Tb de espaço, como o modelo da Kingston apresentado este ano na CES de Las Vegas.
Por sorte, o mercado seguiu na direção sugerida, e é comum hoje encontrarmos players automotivos que nunca viram um CD, reproduzindo pen drives de 32 ou 64 Gb, que são os tamanhos mais comuns hoje.
Recentemente, um amigo me lembrou deste comentário no fórum, e me disse que realmente a tendência mostrava ser mesmo essa. Eu lhe disse então que não achava mais isso, que acreditava que até o dispositivo móvel de memória teria os seus dias contados, podendo ser substituídos por sistemas sem fios onde seria possível selecionar seus álbuns no computador ou no seu sistema de som da sala, e transmití-los para o player do carro lá na garagem, de forma simples e fácil. Coincidentemente, tomei conhecimento esta semana que a Sony está desenvolvendo algo neste sentido, onde um único módulo contendo as gravações (até mesmo um computador) ficaria encarregado de alimentar todos os demais dispositivos de som da casa e do carro. O sistema já está pronto, e o mais difícil nem foi a tecnologia para conseguir esse feito, mas as proteções necessárias anti-pirataria.
No mundo audiófilo
Quando o CD foi lançado, achei aquele “disquinho” fantástico. Comparado com o vinil e o cassete, ele era pequeno, não tinha desgastes, nada “plocs” e “clics”… o futuro…
O CD evoluiu muito, e chegou ao universo audiófilo depois de algumas modificações que deixaram seu som mais próximo desta realidade mais exigente.
O tempo passou e vieram o HDCD, o XRCD e outros aperfeiçoamentos do disquinho prateado (e também dourado). Mas o mercado brasileiro de alta-fidelidade nunca se importou muito com estes formatos. Meu primeiro XRCD comprei numa loja nos EUA, e quase ninguém conhecia esta opção por aqui (até hoje…).
Com o SACD a situação se repetiu. Apesar de sua superioridade, o formato não teve destaque por aqui. Encontrar SACDs à venda no Brasil é tarefa difícil, enquanto que inúmeros títulos são lançados todos os meses, principalmente nos mercados europeu e americano.
O DVD-A também despertou pouco interesse, e acabou quase abandonado.
A grande vantagem destes novos formatos está na sua capacidade de armazenamento. É possível guardar muito mais informações de uma música do que conseguiríamos num CD, o que implica na sua resolução.
Mas, não podemos nos enganar. Muitos títulos são lançados a partir de gravações que não possuíam a qualidade necessária, e os formatos de alta resolução conseguem preservar com mais precisão a gravação original, mas não recompor informações de forma precisa e natural.
Para se aproveitar ao máximo as qualidades de um formato de alta resolução é importante que a gravação original já tenha sido bem feita, se possível, já no formato em questão.
Muitos, ainda hoje, acreditam que o SACD não é melhor que o CD, mas isso não é verdade. Se compararmos os dois formatos gerados a partir de uma gravação em alta resolução, perceberemos nitidamente a vantagem do SACD.
Por essa razão, a minha preferência no momento da compra de um novo título, até então, era sempre pelo SACD, que já representa boa parte de minha coleção de discos.
O “BD-Audio”
Em setembro de 2010 eu publicava Aqui no Hi-Fi Planet uma experiência nova com a aquisição de um disco de áudio gravado no formato Blu-ray, e que somente um ano depois seria motivo de uma Reportagem na revista Video Som. Esta seria a primeira gravação híbrida de SACD e BD do mercado, exclusiva para música.
Depois do SACD, finalmente, surgia um formato de áudio novo, aproveitando a alta capacidade de armazenagem do padrão BD. A partir daí comecei a adquirir discos neste formato e notei que, apesar da qualidade ser superior ao SACD, novamente havia uma variação de qualidade. Na época entrei em contato com a gravadora 2L e comentei sobre os resultados que eu estava tendo com o novo formato. Sempre achei importante darmos esse retorno ao fabricante, até porque as impressões do consumidor são importantes para quem desenvolve um produto.
Um engenheiro de som da 2L me disse que era um experimento novo, ainda em evolução, e que a tendência era que as gravações ficassem num nível de qualidade ainda mais elevado, e foi o que realmente constatei nos novos discos que vieram.
Mas, novamente, o formato teve pouca (ou quase nenhuma) divulgação por aqui no meio audiófilo. Mesmo revistas especializadas não deram a devida atenção e continuam ainda vivendo no mundo do velho CD.
Confesso que ouvindo uma boa gravação atual no formato BD, fica difícil acreditar que algo ainda possa ser melhorado, senão a gravação original em si e a atualização de alguns equipamentos para extrair o melhor desempenho destes discos, como um bom player de BD dedicado para áudio e de nível realmente audiófilo. Tenho certeza que depois disso muitos vão abandonar os demais formatos.
O futuro
Seria então o BD-Audio (como costumo chamar o novo formato) o futuro da reprodução audiófila?
Minha resposta seria um Não.
Óbvio que a tecnologia está sempre evoluindo, e novos formatos ainda podem surgir.
Mas, há outro formato que muitos já estão aderindo e com resultados bem interessantes: os arquivos digitais.
Não acredito que o futuro das gravações esteja em discos, mas sim em arquivos digitais armazenados em memórias.
Na edição de novembro de 2012 a revista Stereophile realizou um teste digitalizando um disco de vinil, e concluiu que o arquivo gerado em 192 khz não permitia mais distinguir a gravação digital do disco original em vinil (controvérsias à parte). E sabemos que esse limite de arquivo é mais comum por razões práticas do que por limitações da tecnologia.
Também a What Hi-Fi, uma séria publicação inglesa, mostrou em um artigo que inúmeros audiófilos tradicionais europeus estavam digitalizando suas coleções de títulos, inicialmente para preservá-las contra danos e desgastes dos discos, mas depois perceberam que não havia distinção entre as gravações, e a praticidade do arquivo digital era muito grande. O audiófilo europeu começava então a buscar equipamentos hi-end para uma reprodução ainda melhor destes arquivos.
A revista cita ainda que inúmeros fabricantes de equipamentos hi-end já começam a desenvolver produtos específicos para este segmento, e alguns até já anunciam o fim próximo de investimentos nos demais formatos.
A praticidade do arquivo digital é muito grande.
Ele pode ser encaminhado ao sistema de som principal sem fios, através de um computador ou baixado diretamente de sites que oferecem gravações de alta resolução de nível audiófilo.
Pode ser transportado com facilidade em memórias móveis, e com o rápido aumento da capacidade das memórias de estado sólido, em breve será possível ter centenas ou milhares de títulos em altíssima resolução gravados em um dispositivo que cabe na palma da mão, e pode ser reproduzido no carro, na sala, no escritório ou em qualquer outro lugar.
Sempre tive um pé atrás com arquivos digitais, mas, recentemente, ouvi uma gravação em arquivo FLAC no sistema de um amigo, e que me deixou positivamente surpreso. Estou começando a rever alguns conceitos, e iniciando algumas aventuras nesta direção.
Novamente, o que precisamos é somente de gravações originais bem feitas e equipamentos dedicados, que já começam a chegar no mercado vindos de tradicionais fabricantes de equipamentos hi-end.
A facilidade de trocar gravações com os amigos também será um fator de peso, e também de preocupação para a indústria de música.
Sinto que em breve o SACD e o BD-Audio vão virar coisas do passado. Players com motorzinhos, gavetas e leitores de luz logo parecerão obsoletos (para mim sempre pareceram), e vão para o museu junto com o meu pen drive de 128 Mb.
Estou, definitivamente, abrindo as portas para os arquivos digitais, e já começo a direcionar o meu sistema para esta opção.
Grande Eduardo…
O que mais gosto em seus artigos é a forma articulada de seus textos que vai te levando para uma conclusão que ao final parece óbvia demais, e você fica imaginando Como não pensei nisso antes? E todo isso com um texto fácil de ler e entender, sem preciosismos técnicos e tratados em ingles (que não entendo nada) que enchem linguiça e no final não dizem nada.
Matei a minha curiosidade do fórum e achei super interessante esta exposição. É realmente o que está acontecendo a nossa volta e não enxergamos com tanta facilidade.
Caramba! em 2010 você já tinha falado do Bd de áudio e já tinha um artigo em 2011? Como deixei passar isso? Quando li no fórum achei que isso era uma novidade.
Vou ter que ler seus posts antigos que pelo jeito são bem atuais rsrsrs
Parabéns por mais esta contribuição.
Como sempre nos ensinando muito.
Abraços
Renan
Caro Renan,
Eu não ensino nada. São apenas opiniões pessoais baseadas no que vejo e leio (o que não é pouco), mas podem haver interpretações diferentes. Nada na tecnologia é definitivo.
Eu acompanho de perto o mercado e tenho muitos amigos que me informam das novidades.
Esse BD que citei apareceu na Elusivedisc.com, e um amigo de lá me informou da novidade. Comprei logo que saiu, e ele me disse que o meu foi o primeiro que ele vendeu, e estava curioso para saber a minha opinião.
Um ano depois o artigo despertou a curiosidade do grande Diego Meneguetti da VideoSom, que também colabora com outros trabalhos importantes para a revista Fotografe Melhor, e que me procurou para colaborar com uma reportagem que estava fazendo sobre o formato.
Achei sensacional na época que alguém tivesse a visão de tratar sobre um assunto que até algumas publicações que se dizem especializadas não haviam dado a devida importância.
Mas, não vejo muitas chances do formato pegar aqui, pois falta informação e disponibilidade de títulos, graças a falta de competência de nossos veículos de informação.
Um abraço e obrigado por acompanhar de perto o nosso blog.
Eduardo
Trabalho junto com empresas de tecnologia do Japão e Korea, mais na área de equipamentos fotográficos, mas um amigo que trabalha na Sony japonese na área de som me disse que a tendência é mesmo essa que vocês citaram. Ele me comentou que todos estes formatos vão morrer em breve e que o que deve sobreviver serão os arquivos de computador reproduzidos em equipamentos de alto nível dedicados. Havia comentado com ele de ir trocando minha coleção de vinil e cds por sacds e blu, e os filmes em dvd para blu, mas ele me disse que é bobagem, que o ideal seria digitalizar tudo em alta resolução e guardar os arquivos em hds grandes, de preferencia em dois para evitar perdas, que em breve vamos ter recursos interessantes para reproduzir estes arquivos com o mais alto nível hi-end..
Para audio analógico eu preferia o vinil do que o cd, mas hoje também não percebo mais diferenças de bons arquivos digitais gravados em 192 ou mesmo 96 khz, e o pior é que meus sistema de vinil é de altíssimo nível, mas os arquivos reproduzo num simples oppo com cabinhos de segunda. A performance é idêntica e com bons equipamentos acredito que possa ter mais um improvement.
Parabéns pelo site. É muito interessante e bem conduzido.
Um abraço a toda equipe,
Francisco Cavalcante
Sobre os arquivos digitais de 192 ou 96kHz que o Francis citou: onde você arranja esse tipo de arquivo?
Saudações Eduardo:
Não me lembro se cheguei a comentar com você minha idéia sobre music files.
Vejo que a diponibilidade de musica e filmes gratuítos e pagos na internet é tão grande q fica desnecessário gastar com software leitor/armazenador e hard disks c/vários teras de espaço p/armazenar musicas e ainda ter q pagar pelos arquivos nos sites das gravadoras.
Após este investimento grande ainda corre-se o risco de perder o disco inteiro em uma chuva como aconteceu comigo.
Posso estar errado mas sinto que no futuro as pessoas não vão querer pagar para comprar musica, apenas irão ouvir musicas ou ver filmes em sites gratuítos como You Tube, Vimeo etc, e a qualidade será um detalhe não importante já q o serviço é gratuíto.
O pessoal que desejar pagar por qualidade poderá fazê-lo nos serviços de streaming das gravadoras como Naxos sem armazenar nada nem gastar em espaço em disco adicional.
O único arquivo de musica que gostaria de ter são os DSD 128 (5.6Mhz) da OPUS3, mas 5,6 milhões de bits por segundo é demais para mim.
Abração
Caro Eduardo,
Acredito realmente que o futuro das mídias de audio seja o formato digital. Tenho como experiência o meu conjunto.
Posso reproduzir tais midias de duas maneiras:
1) através do meu computador, ligado no Dac (DAC magicplus da cambridge audio);
2) e por meio do NAS ao meu receiver
Explico:
Em um primeiro momento, eu utilizei meu computador (com o software foobar2000), ligado ao DAC magicplus da cambridge audio. O único problema era que todas as vezes que eu queria ouvir musica tinha todo o trabalho de ligar o computador, o programa e escolher a música. Mas estava muito satisfeito com os resultados.
Entretanto, movido pela experiência de amigo versado em informática, adquiri um NAS (Network-Attached Storage – nada mais que um servidor de informática, como daqueles usados em empresa, mas para uso doméstico e com grande capacidade de memória) aonde guardo os meus arquivos de audio – todos em flac (alguns obtidos no site da 2L – inclusive com formato 24BIT/192kHz, outros advindos do site da B&W, assim como tenho aqueles convertidos a partir de CDs) Hoje tenho mais de 500gigas armazenados – o que não corresponde a um número exagerado de músicas, já que quanto maior a qualidade de audio, mais pesado é o arquivo: ex; um arquivo de musica de 9:30 minutos, gravado no formato flac de 24bit/192khz ocupa em torno 332 megabit.
O NAS é ligado diretamente ao meu roteador (internet), o qual pelo cabo de rede envia os arquivos digitalmente ao meu receiver (o qual possui um Dac de excelente qualidade). Este arranjo superou minhas expectativas, seja pela qualidade de audio, como pelo modo de operar e capacidade armazenamento, já que não preciso desligar o NAS (constantemente ligado), e posso controlar tudo pelo receiver. Logo, abandonei meu DAC magicplus da cambridge audio, assim como meu cd player.
Obs, existe a possibilidade de acessar os meus arquivos de audio, armazenados no NAS, em qualquer lugar que possua internet, basta digitar a senha e ter um player compatível com a leitura de flac.
Olá FullRange,
Obrigado por participar deste tema.
Realmente as coisas estão evoluindo muito rápido, e talvez um dia não tenhamos mais nada sequer armazenado em nossos equipamentos.
Só espero que nossas conexões acompanhem esta evolução…
Um abração
Martro,
Obrigado por contribuir com as suas experiências no assunto.
Realmente uma solução bem interessante.
um abraço,
Olá Eduardo.
Já tive a oportunidade de manifestar em seu blog há um tempo atrás a respeito desse novo formato musical.
Manifestei a respeito do mp3 que está aí para ficar por enquanto.
Na ocasião, eu disse que com a disponibilidade de discos existentes na rede e a maioria com uma qualidade satisfatória de gravação, eu poderia investir mais em aparelhagem para equilibrar a audição.
Foi o que eu fiz e mudei também meu conceito de som.
Investi atualmente em caixas ativas e mesa de som. Com um custo razoavelmente baixo, comparado com os high ends da vida, consegui ter um som com 800 wats RMS, coisa que na linha dos high end, não conseguiria com esse valor.
Portanto, concordo plenamente quando você diz que existe a possibilidade de com baixo custo, montar um bom som.
Uma dica, coloque o seu blog no facebook, para que toda a vez que você postar algo aparecer na rede e ter mais usuário, se for de seu interesse, claro.
Forte abraço e sucesso.
Olá Luis,
Obrigado pelo seu depoimento, a sua participação e também a sua dica sobre o facebook.
Na verdade, sou um ignorante em redes sociais e não entendo nada disso.
Vou ver como funciona o facebook com mais carinho, e se isto ajudar a divulgar as informações do blog, seguirei a sua orientação.
Um abraço,
Eduardo
Caro Eduardo, antes de mais nada gostaria de dizer que não o conheço, mas desde já o tomarei como um AMIGO, pois só os amigos são capazes de tamanha generosidade em dividir conhecimento e informação com honestidade e competência como o vejo fazer nesse espaço.
Só me resta aplaudir, pois tenho visto você traduzir em palavras claras e objetivas o que incomoda a muitos (eu, inclusive) em termos de políticas de mercado, desvios, favorecimentos, jabás etc. Por óbvio virei acompanhante contumaz desse blog, um dos melhores que tenho visto.
Especificamente sobre o tópico em questão, fico feliz em ver que apenas um ano atrás, quando resolvi voltar a me envolver com música (depois de anos e anos afastado) acabei por tomar decisões que se mostraram acertadas, e que agora vejo confirmadas nesse teu artigo. Tenho adotado soluções semelhantes às que o “martro” referiu logo acima, mas com variações.
No meu caso, optei por (em vez de um NAS) reciclar um netbook Asus S101 (fraquinho, mas de baixo consumo de energia) que deixo ligado direto e nele colocar um enorme HD USB, e hospedar nesse HD todas as minhas músicas em formato FLAC de no máximo 24/96 (e mesmo alguns MP3).
E as acesso via DLNA através do receiver Marantz SR6006, tocando em caixas KEF Q300 (já migrando para Monitor Audio RX2, a caminho) na Zona1, ou em básicas Monitor Audio BX2 na Zona2 (quarto, em outro andar).
E tudo isso sob o controle do iPad, usando o ótimo app DeRemote de US$ 8, o que é de uma funcionalidade sensacional.
Só o que posso dizer é que com apenas um ano de experiência, e adquirindo alguns poucos equipamentos (receiver e caixas) e integrando com a rede de informática que já tinha os resultados foram sensacionais.
E agora te peço uma opinião: tendo te mostrado minha solução, penso em talvez possa melhorá-la adquirindo um integrado (Harman Kardon HK 990 ou Cambridge 851a) e usar a saída pré out do receiver (continuando a tocar os FLAC por ele) em bypass para amplificar no integrado e tocar nas MA RX2 (e talvez alguma GX ou PL no futuro). O que você pensa dessa solução? Teria ganho real em usar a amplificação de melhor qualidade do integrado sobre a pré-amplificação já feita pelo receiver em cima dos arquivos FLAC? Simplesmente não sei se teria ganho real nessa ampliação do sistema, ou se simplesmente teria o mesmo que já tenho com o receiver, só com mais forte amplificação. Alguma sugestão?
Agradeço, com um abraço, e continue esse brilhante trabalho companheiro.
Caros amigos: as soluções para Music center estão ampliando-se todos os dias. Comprei da buyspry um HD lacie cloud com 4 TB. Faz a função de um NAS. Vejam no site. Para o iPad especificamente comprei um seagate wirelessw pois 1 TB. Com esses dois, posso ouvir músicas e ver vídeos de qualquer lugar. No caso do wirelessw plausível não é necessário internet. Desta forma, seu iPad fica com capacidade acima de 1 TB e o dispositivo possui bateria para até 10 Horas. Tem app para iPad e iPhone. Feliz dia dos pais!
Desculpem-me pelas incorreções introduzidas pela digitação no iPad. O correto é wireless plus e não plausível ou pois. Complementando, compro regularmente na buyspry ( http://www.buyspry.com) e nunca tive problemas, mesmo quando um HD sumiu nos Correios.
Nesse momento estou ouvindo música no Deezer e imaginando se esse tipo de serviço também não faz parte do futuro (presente?) do mercado musical.
PS: não sou dessa empresa, nem estou ganhando nada pra citá-la aqui.
Tenho um pergunta boba: pra ouvir músicas em 192kHz/24bit é preciso ter um DAC ou um software que entenda esse formato?
Eduardo, sou eu de novo.
Er… tava andando pelo teu blog, e acabei depois me deparando com esse artigo aqui.
Escute. Vc me disse uma vez que as lembranças do passado que temos envolvendo a música, surgem dela mesma, não da forma da qual é reproduzida. É isso, certo?
Sobre o lance do futuro da mídia, seria algo receoso pra mim os discos (LPs, CDs) sumirem e serem extintos, pois tem pessoas que nunca se desfazem deles.
O que eu deveria fazer num momento desses? E o que essas pessoas deveriam fazer também?
Eu também tenho uns MP3s dos meus CDs ripados no computador, pra poupar a mídia original. E de vez em quando ouço CDs no computador, pois meu aparelho de som ainda está em manutençao.
E me dê uma opinião sua sobre o seguinte: se desaparecer LP e CD (ou até livros), e quanto aos nichos reservados especialmente pra audiofilos e colecionadores? O que será desses nichos especiais de coleção?
Matheus.
Esqueci um detalhe Eduardo. Eu disse que tenho MP3s dos meus CDs ripados no computador, pois meu aparelho de som ainda está em manutenção.
Esqueci de dizer que quanto a meus vinis, ainda não têm como ripar.
Att. Matheus.
Olá Matheus,
Sim, os momentos mais marcantes de nossa vida, bons ou ruins, que foram associados à uma música, são capazes de estimular as nossas emoções, sejam tocadas num MP3 ou no mais sofisticado sistema hi-end.
Quantas vezes não ouvimos uma música no rádio do carro e não nos emocionamos com as lembranças daquele amor do passado?
Há muitos anos (melhor… nem tanto… senão vou parecer muito velho… rsrss…) eu passava em frente uma loja de discos em São Caetano (Merci discos… nem sei se existe ainda) quando ouvi o tema do filme Em Algum Lugar do Passado sendo tocado numa precária caixa acústica.
Eu tinha visto o filme, e me emocionei muito com a história.
Ao ouvir a música e recordar aquelas emoções, imediatamente fui levado a comprar o disco.
Mesmo reproduzida de forma precária, reconheci imediatamente a música e as sensações experimentadas na época.
É uma associação automática. Não precisamos ouvir com perfeição para vivermos estas sensações.
Quanto ao futuro da mídia musical, os números falam por si.
A venda de mídias digitais tem caído muito, principalmente em razão dos downloads disponíveis em grande quantidade na internet.
Isso tem feito o vinil se destacar em alguns nichos, assim como o SACD ou o Blu-Ray Audio também são consumidos em pequena quantidade, apesar da evolução tecnológica.
Não se preocupe com isso, invista nas mídias disponíveis e tente conseguir uma versatilidade em seu sistema para poder reproduzir estes formatos. É o que estou fazendo hoje ao novamente incluir um reprodutor de vinil em meu sistema. Não sou um grande fã do vinil, mas quero ter a possibilidade de reproduzir este formato quando houver esta oportunidade.
Abraços