Subwoofers

Conheça mais sobre este importante componente de um sistema.

Autor: Eduardo Martins

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O subwoofer tornou-se um componente tão importante num sistema de HT que muitos acreditam que ele é o verdadeiro significado do próprio conceito de “Home-Theater”, o que é um exagero.
A importância do subwoofer se dá pelo fato de trazer para dentro de casa um som com um impacto mais próximo daquele obtido numa sala de cinema.
Durante muito tempo convivemos com o limitado som de nossos televisores, que por mais elaborado que fosse, não conseguia reproduzir aqueles sons fortes que ouvíamos no cinema. Esses sons, formado por baixas frequências, são aqueles presentes em explosões, trovões, terremotos e tantos outros sons que fazem nossa sala tremer, e alimentam ainda mais as emoções de um filme.
Em um sistema multicanal, 5.1, 6.1 ou 7.1, o “.1” que segue o número de canais, é justamente a designação do subwoofer. Assim, num sistema 5.1, temos cinco canais de áudio (central, frontal esquerdo, frontal direito, traseiro esquerdo e traseiro direito) e um canal (.1) específico para o subwoofer.

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A função do subwoofer é reproduzir sons de baixas frequências, ou graves, como são também chamados. Para isso, normalmente é necessária a utilização de alto-falantes de maiores dimensões do que aqueles empregados para reproduzir as médias e altas frequências. A caixa também precisa de um volume interno maior, para melhor desempenho dos alto-falantes.

Existem dois tipos de subwoofers, o passivo e o ativo (mais recomendado). O tipo passivo não possui amplificação própria, e por isso requer um amplificador ou um sistema com a saída de sons graves (o chamado canal LFE – Low Frequency Effect) amplificada. Já o subwoofer ativo possui um amplificador próprio, e por isso necessita ser ligado à rede elétrica.

É possível montar um sistema sem subwoofer. Os receiver, processadores e DVDs com processador interno permitem que os sons que deveriam seguir para um subwoofer sejam redirecionados para outras caixas. Evidente que se estas caixas não tiverem capacidade de reproduzir sons graves com bastante extensão, esse recurso não trará muitos benefícios. Normalmente algumas caixas do tipo torre podem se prestar a essa função.

Como escolher um Subwoofer

O mercado dispõe de diversos modelos de subwoofer, dos mais simples aos mais sofisticados. O preço varia com o grau de sofisticação, que inclui precisão na reprodução do som, extensão da faixa de frequência, recursos, etc. Alguns modelos fazem uso até de um microfone próprio para avaliar as condições acústicas da sala e se ajustar automaticamente a elas.

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Em relação à potência, quanto maior a sala, maior deve ser esta, para proporcionar uma pressão sonora suficiente em todo o ambiente.
Como regra, podemos estabelecer que um subwoofer de 200W (comum no mercado) é capaz de atender bem uma sala com 25 ou 30m2. Mas, isso também vai depender muito das condições acústicas da sala e um pouco do gosto individual.
É importante sempre observar se a potência é indicada em Watts RMS, pois alguns fabricantes ainda insistem em utilizar outros padrões de indicação de potência capazes de “engordar” esse número, fazendo com que subwoofers de 1.000W na realidade tenham a mesma potência que outro de 250W RMS.
Os subwoofers podem ser encontrados seguindo duas soluções construtivas, o do tipo Bass-Reflex e o de Suspensão Acústica.
O tipo Bass-Reflex possui um duto que fica alojado numa abertura da caixa, geralmente na parte frontal ou traseira. Normalmente esse tipo de subwoofer apresenta graves mais extensos, velozes e com baixa distorção, ideal para quem gosta de graves bem fortes.
Já o sistema de Suspensão Acústica possui sua caixa totalmente lacrada, não permitindo qualquer entrada ou saída de ar, e possui uma reprodução mais precisa dos graves.
Subwoofers de marcas conceituadas costumam ser uma escolha mais segura, pois apresentam melhor desempenho, menor ruído de fundo e uma construção mais robusta (o que evita que a caixa vibre demais ou, em casos extremos, “passeie” pela sala). Dentre os diversos fabricantes, podemos recomendar os subwoofers da B&W, Boston, Klipsch, Definitive Technology, Cabasse, Jamo, M&K, Paradigm, Phase Technology, Velodyne, PSB, Polk Audio e da brasileira Lando.
Uma loja competente e com vendedores qualificados é capaz de indicar a melhor solução para cada caso, evitando que se adquira um subwoofer incompatível com o sistema onde fará parte, o que pode representar um custo desnecessário, ou um desempenho abaixo do aceitável.

Posicionamento do Subwoofer

Os sons graves são os mais difíceis de serem ajustados numa sala. O ideal é que a sala fosse bastante grande para reproduzir esses sons com toda a eficiência. Mas, normalmente, as salas não possuem as dimensões ideais ou um tratamento acústico adequado para permitir a boa reprodução dos sons.
Assim, o posicionamento do subwoofer é bastante crítico. Próximo aos cantos das paredes os graves tendem a ser reforçados, o que pode ser uma vantagem ou desvantagem, dependendo o caso.
Como os sons graves não são direcionalmente percebidos pelos ouvidos, ou seja, não conseguimos facilmente identificar a origem deles, como acontece com as frequências de vozes, por exemplo, o subwoofer pode ser localizado mais livremente numa sala, não havendo uma posição rígida para sua instalação, como acontece com as demais caixas do sistema.
A sugestão mais habitual é ir posicionando o sub em vários locais da sala, até encontrar aquele que apresenta o melhor resultado. Para isso, recomenda-se usar um cabo de ligação bem longo para permitir essa movimentação, e depois reduzí-lo ao tamanho necessário.
O sub deve ser ainda colocado diretamente no piso, pois instalado em racks ou estantes pode ter seu rendimento comprometido, além de causar problemas com vibrações.
Uma leitura cuidadosa ao manual da caixa é de grande ajuda para facilitar seu posicionamento e ajustes.
Sobre ajustes, é bom saber que muitos subs permitem diversos ajustes, capazes de otimizar o seu funcionamento e melhor integrá-lo ao sistema. Como já foi dito, alguns modelos permitem um ajuste automático, avaliando o resultado sonoro e ajustando-se para melhor adequá-lo às condições da sala.

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Um bom subwoofer, bem instalado, é capaz de elevar a qualidade sonora de um sistema de HT, proporcionando efeitos bem interessantes, e aumentando a emoção de assistir aos nossos filmes favoritos.

2 Comentários

  1. Olá Eduardo, boa noite.
    Antes, quero agradecer por tantas boas e preciosas informações, dicas e aulas através dos seus artigos!

    Gostaria da sua opinião quanto ao posicionamento do sub: não tenho opção de deixá-lo livre no ambiente da sala, restando como local um nicho com piso frio e paredes por todos os lados. Deve sobrar apenas uns 15 cm para um dos lados do sub e 30 cm na altura. Não fiz o tste pq não comprei ainda o cabo, e esta é a razão desta consulta. Caso este nicho seja inapropriado, obrigatoriamente terei de adquirir um cabo mais longo…

    Desde já agradeço por sua atenção, pois sei que sua disponibilidade é escassa para este canal, apesar do farto material já publicado!

    Cordialmente,
    Carlos Bernardes

  2. Olá Carlos

    Esse nicho que você comenta com paredes ao lado, seria uma estante, um canto em alvenaria…?
    Eu não consegui visualizar o local. Você pode me enviar uma foto por email? De quantas polegadas é o seu sub? Qual o tamanho da sala?
    Posicionamento de sub em cantos podem reforçar os graves em demasia, mas dependendo do tamanho do sub e da sala, isso acabe até ajudando.
    Conheço até quem goste deste tipo de grave mais profundo.
    Eu faria um teste antes de qualquer coisa, pois já vi subs instalados em lugares totalmente inadequados e mesmo assim eles oferecerem um bom resultado, derrubando todas as regras convencionadas para este tipo de instalação.

    Abraço

    Eduardo

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