Quando Algumas Publicações Irão Evoluir?

Apesar do contínuo amadurecimento e da conscientização da comunidade audiófila, principalmente no exterior, algumas publicações ainda apostam na ingenuidade de alguns consumidores.

Lamentavelmente o mercado de publicações ainda conta com alguns péssimos exemplos para o universo audiófilo. Parecem acreditar que seus leitores não possuem inteligência para perceber o que se esconde por trás de suas páginas, e suas verdadeiras intenções.

Já é difícil conviver com publicações que mais parecem um catálogo de produtos, que usam seção de cartas para valorizar serviços (assessoria, cursos e enaltecimento de marcas, entre outros) prestados pelos seus próprios editores e articulistas, escondem propagandas sob o fundo de “apresentação de novidades do mercado”, e conduz avaliações de equipamentos ao bel prazer de seus interesses pessoais ou profissionais.

Apenas pela minha responsabilidade de escrever com conhecimento de causa e não cometer qualquer leviandade contra quem quer que seja, ainda leio estas publicações para constatar o que todos já sabem.

É duro ainda ver que páginas são consumidas com fotos gigantes, que especificações técnicas erradas são publicadas com espaçamento exagerado com a óbvia intenção de consumir espaço, assim como as inconsistentes e absurdas listas de mídias e equipamentos utilizados em testes.
Depois encontramos editoriais, artigos e cartas sempre valorizando os serviços oferecidos pelos mantenedores e colaboradores da publicação. Suspeitas seções de vendas e trocas com equipamentos testados pela publicação, e vendidos por quem dos testes participou. Coincidência?
Será que ainda existe um leitor ingênuo capaz de acreditar nas “intenções sinceras” destas publicações?

Páginas vão diminuindo, artigos vão perdendo a confiabilidade, interesses comerciais começam a se tornar descarados demais, testes vão adquirindo grande superficialidade e inconsistências absurdas, e reformulações administrativas beiram o desespero de quem já se perdeu em sua proposta inicial.

O pior de tudo isso é que, além da falta de profundidade nos testes, seus textos ainda são invadidos com manifestações deslocadas e indesejadas, com intenções até bem duvidosas. Longas considerações totalmente desconexas do teste, parecendo querer aproveitar o espaço para defender ideias que estão sendo discutidas hoje com muito mais maturidade pelo mercado.

Há algum tempo, depois de fazer um longo estudo sobre a percepção auditiva e as condições acústicas de uma sala de conserto, escrevi um texto onde comentava que o som ao vivo não era uma referência absoluta. Um dos motivos era muito óbvio: confirmei que todos nós ouvíamos diferente, e na maioria das vezes com deficiências em determinadas faixas do espectro de frequências audíveis. Parece óbvia a minha conclusão que, se ouvimos com restrições, ou seja, com mutilações sonoras, ou com variações significativas, vamos acabar buscando o mesmo resultado em nossos sistemas residenciais, e aí incorremos num grande erro de novamente reproduzirmos os mesmos problemas. Ou seja, para uma pessoa que tem uma perda nas altas frequências, um sistema de som que intensifique estas frequências vai lhe proporcionar um som mais real do que aquele que ele ouviu ao vivo, ou seja: som real é diferente de som ao vivo, dependendo de cada pessoa. Essa é uma conclusão simples, lógica, e que me foi confirmada por vários amigos médicos especialistas em audição.
O caso é tão sério, que algumas pessoas podem mesmo sequer ouvir alguns instrumentos ou notas musicais, ouví-las com intensidades completamente diferentes, até mesmo com o dobro ou triplo de sua intensidade verdadeira.
Experiências realizadas com alguns amigos em casa comprovaram isso.
O que mais me chamou a atenção quando pesquisei o assunto, é que descobri que essa variação não é rara, e sim bastante comum. Recentemente, tive a oportunidade de conhecer inúmeros testes audiométricos de um grande universo de indivíduos, e percebi que a audição se parece com uma impressão digital, cada uma tem a sua. Ou seja, cada um ouve de forma diferente.
Portanto, tomar um som ao vivo como referência para ajustar o seu sistema, pode levar ao seus sistema as mesmas limitações que você pode possuir na percepção ao vivo. Neste caso, um som “equalizado”, simplificadamente dizendo, pode lhe proporcionar um som como ele realmente deveria ser ouvido, mais correto, portanto.
Discorro, ainda naquele texto, sobre outros problemas relacionados à acústica, instrumentos, afinações, modos de tocá-los, etc. Mas, a percepção auditiva exerce um papel muito importante nisso tudo.
Por isso aquele velho refrão do “confie nos seus ouvidos” já está superado. É um conselho perigoso e bastante equivocado.

Meu conselho é: “não confie nos seus ouvidos, conheça-os melhor”. Desta forma, você poderá entender melhor as suas necessidades.
Se for para confiar em seus ouvidos para simples satisfação de seu gosto pessoal, muito bem. Isso deve ser respeitado. Mas, neste caso, a motivação é outra, de ordem puramente pessoal.
Por essa razão vemos, frequentemente, avaliadores e até “consultores” de áudio se equivocando em suas análises, pois ainda estão presos a conceitos por demais vencidos. Aceitar uma avaliação de um equipamento através de notas, estrelas ou outra forma de valor é um erro tão grande que muitas publicações estão revendo este formato, como eu mesmo já fiz aqui no Hi-Fi Planet. Você não pode confiar na avaliação de alguém que julga um equipamento baseado somente em seus próprios ouvidos, ou de alguns poucos colaboradores, em sua própria sala e em seu próprio sistema. Este é outro erro que não devemos mais aceitar. Por isso é comum vermos uma avaliador criticar a falta de agudos de uma caixa acústica, e o outro dizer que ela é perfeitamente balanceada, ou ainda outro avaliador dizer que os agudos são excessivos.

Pois bem, voltando às publicações que tratam de áudio hoje de acordo com as suas conveniências pessoais e comerciais…

É inadmissível que um avaliador, consumindo o escasso espaço destinado ao texto de sua avaliação, tente justificar que “andam afirmando lá fora que som ao vivo não é uma referência”.
Não, esta afirmação não nasceu lá fora, e sim aqui, no Brasil, e com muito orgulho aqui mesmo no Hi-Fi Planet, e escrita por mim. Foi traduzida para o inglês e enviada a três publicações, a Stereophile, Absolute Sound e What Hi-Fi (condensada), que receberam o texto com bastante aceitação e interesse, chegando até a comentá-lo em suas páginas. Essas manifestações se espalharam em fóruns, outras publicações, e até em alguns artigos escritos aqui mesmo no Brasil.
Mas, o “avaliador” (acho que ele não merece esse título) é bastante esperto, e tenta desmerecer esta ideia ao distorcê-la. Afinal, em nenhum momento ele complementa a expressão com o adjetivo “absoluta”. Sempre afirmei que o som ao vivo não é uma referência absoluta.

Vejamos o significado de absoluto:

adj. Independente, ilimitado, soberano: monarca, poder absoluto.
Sem restrição, completo: necessidade absoluta.
Imperioso, que não padece de contradição: caráter absoluto.
S.m. Aquilo que existe independentemente de qualquer condição: a metafísica procura o absoluto.

Ou seja, afirmo que o som ao vivo não é uma referência ilimitada, sem restrição, soberana, etc….

Óbvio que a referência ao vivo é importante, mas não pode ser considerada perfeita, incontestável e ilimitada.

Mas, o ardiloso “avaliador” faz entender que quem não ouve um violino ao vivo não pode saber como ele deverá soar em seu sistema. Ou, quem não come uma maçã não pode dizer se ela tem o gosto de uma banana ou de um abacaxi.
Seria ele tão ingênuo ou simplesmente estaria tentando confundir o leitor para que não desse crédito à minha afirmação?

Acho que um audiófilo já passou da fase de não conseguir identificar a diferença entre o som de um piano e de um violão. O audiófilo que busca ajustar o seu sistema está agora vivendo outra fase, a de tentar extrair o som real dos instrumentos em seu equipamento.
E os nossos amigos “consultores” de áudio ainda não perceberam este detalhe: o som real não é o som ao vivo, e nem aquele que eles ouvem, mas depende da percepção auditiva de cada indivíduo. Por essa razão coloco “em xeque” a real capacidade de alguns consultores de colaborar na criação de um sistema verdadeiramente hi-end voltado ao audiófilo.
Parece que seus compromissos como representantes de marcas e formadores de opinião (aos seus interesses) ultrapassam essa compreensão.

Um editor das revistas mencionadas disse que o meu texto causou uma reflexão tão profunda na redação, entre os seus colaboradores, que houve uma grande confusão sobre alguns conceitos que tinham até aquele momento e aqueles que agora começavam a visualizar, e que isso começou a explicar uma série de coisas “estranhas” e nunca compreendidas no universo hi-end.

Não quero ser um “filósofo” do áudio hi-end de uma nova geração. Longe disso está a minha capacidade.
Mas, não vou admitir que “falsos consultores ou avaliadores” tentem alimentar a fantasia e o mistério que insistem haver em nosso hobby.
Vou continuar divulgando informações que acabem de vez com essa “velha palhaçada” que se criou em torno do áudio hi-end, com objetivos que se nem todos ainda perceberam, estão muito perto disso.
“Velha Palhaçada” porque no começo ainda nos fazia rir um pouco, mas agora não tem mais graça.
O consumidor precisa ser respeitado.
Está na hora de certos “dinossauros” do áudio abrirem espaço para a evolução da compreensão dos fenômenos científicos, e pararem de fantasiar bobagens apenas para satisfação de seus interesses pessoais.

Frequentemente vejo fóruns, sites e revistas tentando confundir seus leitores, e só posso lamentar posturas infelizes como estas.
Cursos são criados e manipulados segundo estes mesmos interesses, e até seus palestrantes se equivocam no momento de tentarem criar essa ilusão em massa.
Mas, o mercado hoje está mais maduro, e basta folhear as páginas destes “veículos de desinformação” para encontrar os indícios de que estão voltadas a outros interesses, valorizando seus negócios, de forma já até descarada algumas vezes, e deixando em segundo (ou terceiro… ou quarto…) plano o interesse dos seus leitores.

São comportamentos revoltantes, que me causam profunda indignação, o suficiente para que eu me manifeste de forma mais dura, com total liberdade aos meus sentimentos, e pronuncie aqui estas palavras: “senhores, tenham vergonha na cara! parem com isso e respeitem seus leitores! pilantragem tem limites, e vocês estão deixando de ser engraçados para se tornarem responsáveis por essa bagunça em que se transformou nosso hobby”.

Qualquer semelhança com alguma publicação nacional é mera coincidência…

10 Comentários

  1. Mais uma excelente abordagem do Hifi planet.
    Parabéns Eduardo !!!

    Sou prova desta interessante descoberta. Depois que parei de buscar o sistema “FLAT” ou “neutro”, ou ainda “equilibrado” como preferem alguns, consegui ter uma reprodução sonora que jamais havia me empolgado tanto. É o sistema “PERSONALIZADO” de que trata o Eduardo, feito para os meus ouvidos, para a minha sala e com uma ampla reprodução de todos os sons que antes se mostravam bastante desagradáveis com essas mutilações e variações que comenta o Eduardo.
    Foram muitos emails trocados com ele até eu conseguir entender perfeitamente o que deveria ser feito. Ainda não consegui atingir o estágio que ele conseguiu, com suas caixas acústicas “PERSONALIZADAS” apesar das modificações que realizei nas minhas.
    Sou testemunha de tudo o que ele afirma. A possibilidade de se conseguir um bom sistema hi-end com os “PADRÕES AUDIÓFILOS” do mercado é quase zero, e aí muitos acabam gastando verdadeiras fortunas em cabos e outros acessórios para “EQUALIZAR” o som para perto do que ele imagina ser o correto.
    Quando comecei a “REFORMA” de meu sistema, o primeiro conselho que ouvi do Eduardo, e que achei muito estranho na época, foi: “FAÇA UM BOM TESTE AUDIOMÉTRICO”, e eu o fiz. Foi muito difícil encontrar quem o fizesse dentro das condições que ele sugeria, pois os testes padrões são realmente bem limitados.
    Hoje, tenho a convicção que é impossível montar um bom sistema de som hi-end se você não se conhecer primeiro, e concordo com ele que as orientações profissionais do mercado ou destes articulistas que se acham profissionais no assunto já começam erradas por não ter essa profundidade de conhecimento.
    Perdi mais de 11 anos de minha vida tentando montar um sistema de som de qualidade, gastando uma pequena fortuna e tendo como base material publicado em revistas, sites e até cursos de percepção auditiva. Na verdade, nada disso funciona. Tudo não passa de fonte de renda para seus criadores sem qualquer utilidade prática.

    Esse universo de fantasia e mistério que cita o Eduardo é real. Ele é alimentado por pessoas que buscam apenas confundir o mercado para os mais diversos objetivos.
    Para muitos o áudio hi-end é algo cheio de efeitos inexplicáveis, com fenômenos incompreensíveis e longe da razão científica. Na verdade ele é muito mais simples, porém tem que começar a trajetória da forma certa ou vamos sempre tomar a estrada errrada.
    Para quem quiser montar um sistema hi-end recomendo prestar muita atenção nas sugestões aqui do Eduardo. Não tem como errar. Você acerta na primeira, com um sistema perfeito, confiável e barato segundo os padrões do mercado de oportunismo, como cita o texto.
    E o começo é esse mesmo. Inicie conhecendo o que e como você ouve. Hoje sei que a chave para abrir a porta certa está neste importante passo.

    Quanto a esta questão do mercado de publicações “ESPECIALIZADAS” nem há mais o que comentar. Como corretamente se afirmou neste texto, não passam de catálogos para direcionar o leitor aos negócios de interesses econômicos de seus donos, cursos inúteis, consultorias desnecessária e equivocadas, divulgação de produtos revendidos, etc.
    O amigo Eduardo ainda perde tempo em ler tudo isso, e até entendo seus motivos pois busca um norte para criar seus artigos e tentar colocar o bonde novamente nos trilhos, em sua busca de levar informação correta ao mercado. Eu, ainda bem, nem perco mais tempo com essas publicações. Estou feliz com o meu sistema e não pretendo fazer qualquer alteração por hora.

    Meu caro Eduardo, agradeço publicamente pelo que você me ensinou e por ter hoje um sistema que custa bem menos que os sistemas de referência de muitas publicações, e toca muitas vezes melhor.
    Desejo vida longa ao Hifi planet e que continue sendo esta referência que é hoje. Quando reúno os amigos audiófilos aqui em casa, percebo o quanto o Hifi planet se tornou importante para o nosso mercado.

    Um abraço à você e aos leitores deste site.

    José Antônio

  2. Eduardo,

    Você mostra com clareza, em seu texto, o que acontece atualmente no mundo do audio e vídeo. Eu concordo plenamente com o que foi colocado. Gostaria de mais profissionalismo e conhecimento técnico daqueles envolvidos com essa área para atender melhor os clientes. O maior problema é que não são só as revistas que deixam a desejar. Os representantes das grandes marcas são, na grande maioria, simples vendedores. Muitos falam sobre produtos de audio sem nunca ter escutado. Cobram preços exorbitantes e oferecem pouco ou nenhum suporte. É uma triste realidade…
    Agradeço por sua iniciativa e espero que você possa disponibilizar outros textos como este em breve.

    Abraços,

    Renato

  3. Meu caro amigo,
    Continuo aplaudindo seus textos e sua ousadia. Coragem também… sim também… risos… pois deve deixar muitos “amigos” de cabelos em pé.
    Mas o que vc diz tem muita lógica e serve de crítica construtiva para quem entender desta forma, mas, particularmente, não acredito nisso. Você não vai mudar a cabeça deste pessoal que fatura em cima da ignorância de alguns, mas certamente vai tirar muitos compradores de verdadeiras armadilhas.
    Depois de ver nesta edição até anúncio de monitor de computador… o que é isso meu caro?
    Pior é ver o único teste de vídeo feito de forma tão porca como aquela. Uma página só com a foto do equipamento, que é repetida em mais meia página no mesmo ângulo, aliás, repare, não é o mesmo equipamento… Que Gafe !!! (é por isso que nos perguntamos tanto se estes testes realmente são feitos). Ainda mais decepcionante é ver a avaliação de vídeo tomar apenas um pouquinho mais de 2 linhas, enquanto a lista de mídias e equipamentos utilizados no teste (aliás absurda por sinal) ganhar 38 linhas em espaço mais generoso…
    Tanto a avaliação de áudio como de vídeo beiram o ridículo. Foi um dos piores testes (???) que vi até hoje. A cada dia que passa conseguem se superar.
    Porque não escrevem logo “Artigo Publicitário”?
    Quanto ao articulador citado… o que dizer? Já faz tempo que deveria ter se despedido da revista e procurar outra coisa para fazer… além de chato demais em seus textos, esta definitivamente não é a sua praia.
    Um grande abraço e parabéns pelos seus textos. Muitos agradecem…
    Abraços
    Emílio

  4. Renato,

    Obrigado pelas suas palavras. É desta motivação que preciso para continuar escrevendo, sabendo que posso estar ajudando alguém neste selvagem e predatório hobby.
    Grande abraço

    Emílio,

    Mais uma vez agradeço a sua participação bastante oportuna. Não tinha reparado nesta falha.
    Realmente o modelo que aparece na primeira foto é o HT-E6750W, já na segunda vemos o HT-E5550WK/ZD.
    Pois é… depois ficamos desconfiados e não entendem porque. Mais uma vez cometem esse erro.
    Abraços

    Eduardo

  5. Esta revista é podre.

    Nesta mesma edição de número 182 numa rápida folheada encontrei mais dois erros graves.

    No teste deste mesmo conjunto de home o total de pontuação é apresentada como 76, quando o correto é 81. E agora, que categoria é o produto?
    A metodologia é toda furada. Já vi soma errada de produto que ganhou ouro e era diamante e vice e versa. Como fica essa bagunça? Como acreditar numa metodologia destas?
    Na edição 180 aconteceu a mesma coisa, um produto soma 76 pts, mas são apenas 74.
    Agora, com 74 ele ganhou diamante, e esse de cima que ganhou 81 levou ouro recomendado.
    Isso desanima qualquer leitor.

    Na página 40 onde se acham as especificaçõesdo produto testado, vemos que no item Consumo de Energia é informado “240 V / 50 Hz” Isso é um absurdo.
    Consumo de energia é apresentado na forma de potência, e estes dados se referem a tensão de alimentação e frequência de rede e deveriam assim estar no item Alimentação.
    É incrível que uma revista que quer ser informativa cometa erros tão básicos. Os produtores da revista deveriam ter uma melhor formação técnica antes de se prestarem a publicar coisas assim.

    Além disso, muitas cartas deveriam ser respondidas pela revista diretamente aos seus leitores. É um saco enorme ter que ler uma longa consulta e no final a resposta ser dada em duas, linhas pedindo o gosto do leitor para que a consulta possa ser respondida. Ou ainda aguentar perguntas de cursos e outras que nada acrescentam de informação ao leitor.
    A revista está abarrotada de anúncios, até as reportagens são anúncios indiretos, então coloque mais um indicando os cursos. O que querem? Mostrar interesse do público nos produtos da revista? Nada a ver.

    Parabéns ao HiFi Planet pela nível do blog. Parabéns ao Eduardo pelo trabalho que faz aqui, figura essa que conheci pessoalmente e é de uma personalidade sem igual.
    Meu caro porque você não idealiza um curso sério de percepção auditiva? Mas não para vender idéias e produtos, e sim para ensinar um pouco de áudio aos que querem conhecxer mais. Poderia se chamar de Curso de Áudio mesmo.
    Eu seria um dos primeiros participantes. Quanto custaria um curso destes? Mesmo que um pouco mais caro que algumas opções que temos hoje eu topava, pois sei que teria a qualidade que já conhecemos de você.

    Um forte abraço, companheiro, e muito sucesso e vida longa para este seu blog.

    Obrigado.

  6. Caro Geraldo,

    Obrigado pela participação.

    Por favor, arrume um local e forneço o curso.
    O custo? Nada.
    Não preciso cobrar por isso, e faria com muita satisfação.

    Um abraço,

    Eduardo

  7. Meu mentor Eduardo, brilhante como sempre!!!

    Sou assinante de uma publicação nacional (posso dizer qual é?) e é exatamente o que esta acontecendo, conteudo que é bom nada! só “noticias” de novas tendencias e lançamentos de produtos cuja as marcas são patrocinadoras de tal publicação! NADA DE PROFUNDO E PROVEITOSO é posto na revista, eles tambem estão vendendo um curso para “se especializar” no assunto!

    Lamentavel !!!
    quando acabar a assinatura TCHAUZINHO PARA ELA !!!

    Esse site é amplamente divulgado por mim entre os amigos, considero ele uma especie de LUZ NO FIM DO TÚNEL neste mundo de escuridão e incertezas que é o HI END!

    Obrigado Eduardo, em nome de todos que se deleita em frequentar o hifiplanet.

  8. Muito bacana o seu blog Eduardo.
    Trabalho com produção musical e leio tudo a respeito de áudio, principalmente deste mundo high-end, e foi neste seu blog que mais me identifiquei por razão de sua visão e idéias claras sobre os temas tratados.
    Concordo totalmente com você, e entendo perfeitamente o que você tenta transmitir nesta comparação à reprodução ao vivo, e você está totalmente certo. Não se trata de referência absoluta, pois a percepção ao vivo varia enormemente de indivíduo para indivíduo, e esse é um grande problema dos engenheiros de som. O ideal seria mesmo que cada pessoa pudesse ter seu som personalizado às suas necessidades individuais, jamais tomando o som ao vivo como uma referência totalmente confiável.
    Mas a revista em questão é contraditória, e no seu lugar não me preocuparia muito com isso.
    Basta ler os testes para perceber os furos naquilo que chamam de metodologia, com as avaliações muito mais para o lado subjetivo do que para uma referência de fato, o que acaba provocando grandes distorções de outros testes realizados pelas demais publicações internacionais.
    Você pode perceber esta contradição quando o Sr. Ricardo (que pena que ele saiu – era um dos poucos acertos da revista) comenta numa edição que: a distância entre aquilo que o músico toca e o resultado das gravações tem sido tão abismal que acabou por fazer parecer natural se abandonar o som real dos instrumentos como referência.
    É uma outra abordagem quase correta sobre o mesmo problema.
    Outro problema que noto é que em determinado teste na edição 155 o Fernando comenta que era a primeira vez que ele recebera um produto para avaliação de uma revenda e não do importador, e que na Europa é muito comum as revistas de áudio recorrerem às revendas e não aos importadores e fabricantes para conseguirem seus produtos para teste.
    Fernando, aqui vai uma informação que então você desconhece: eles recorrem às lojas pelo simples fato de poder ter acesso aos produtos comerciais, ou seja, aquelas unidades que já estão no comércio comum para revenda.
    Eles fazem isso porque era muito comum fabricante e importador selecionar o melhor componente de um lote ou mesmo dar uma “afinadinha” num produto que seria usado para teste, como costumam fazer nos produtos de mostruários e feiras.
    Por isso, tome cuidado, pois você está incorrendo sim num grande erro que o mercado internacional já há muitos anos percebeu e mudou de postura.
    Esteja certo que muitos produtos que você já testou podem ter sido unidades preparadas para o teste, e por isso diferente daquela enviada ao mercado em geral.
    Seria importante a revista parar de receber produtos de fabricantes e importadores, assim como evitar aceitar os produtos como “presente” depois dos testes.
    As publicações mais sérias no mundo compram seus produtos em lojas comuns, por isso muitas vezes criticam duramente produtos que sua revista elogia. Claro, sabemos que os elogios podem ser motivados por outra razão, já que vocês revendem o produto.
    Eu não confio nos reviews nacionais e na maior parte do que se publica em sites, mas no Hi-Fi Planet encontrei opiniões honestas e imparciais nos artigos e também dos leitores que se manifestam em seus comentários. É possível perceber que até os leitores do blog são de outro nível.
    Parabéns pelo blog, e não se chateie com estas bobagens que escrevem por aí. Não vale a pena.
    bjs.
    Ellen

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