Insanidade ou Desrespeito?

Para alimentar o “exótico” universo dos cabos hi-end,vale até o desrespeito à vida da fauna marítima?

Tem coisas que leio que seria melhor não ter lido, pois só me causam mais indignação e tristeza para com essa loucura que vem se instalando no nosso hobby. Muitas vezes coloco até em xeque o significado da evolução humana, ou, para ser mais justo, a evolução de alguns humanos.

Parece que o áudio hi-end é uma ciência completamente estranha a todas aquelas aplicadas na produção de sistemas de vídeo, de modernos smartphones, de naves espaciais, de satélites, de modernos automóveis, de críticos e precisos equipamentos hospitalares, computadores, etc. A ciência funciona muito bem para tudo isso, mas quando entramos no áudio “hi-end“, parece que o “místico” toma conta, associado à fantasia e ao mistério do “mundo oculto e inexplicável”.

Não bastasse a insistência de alguns em supervalorizar cabos elétricos, cuja função é simplesmente conduzir a “misteriosa” corrente elétrica, que parece ser algo de outro mundo e totalmente desconhecida quando circula em equipamentos de áudio (afinal os projetistas de equipamentos eletrônicos não devem ser técnicos ou engenheiros, mas talvez “bruxos” que criam suas “mágicas” em seus caldeirões dentro de seus tenebrosos castelos), agora assistimos a situações realmente bizarras, e tudo isso alimentado pelas fantasiosas afirmações de alguns de que estes cabos modificam o sinal (eles não conseguem comprar um mero osciloscópio para confirmar isso antes de afirmarem que um cabo aumenta as alta frequências, controla as baixas frequências, etc…?) baseados em suas avaliações meramente subjetivas, e nos seus próprios ouvidos com características ainda mais pessoais e que talvez até eles desconheçam.
Aonde querem chegar estes “entendidos” de áudio?

Comento agora de um cabo objeto de uma avaliação (não recente) realizada pela Six Moons, o Nanotec Nano 3, que mais uma vez vem cheio de explicações curiosas de seu fabricante para tentar convencer a todos de que seu cabo é “especial, diferente e definitivo”. Parece que todo novo produto lançado é apresentado como aquele “imperdível” para o consumidor, o que o faz continuar gastando em novidades “definitivas” e sem chegar a lugar algum.

O referido cabo é, pasmem, produzido com cobre e revestido com mais uma das famosas “fórmulas especiais”, desta vez feita com óleo de tubarão impregnado com partículas de prata e ouro numa proporção muito precisa, segundo seu fabricante, para um resultado satisfatório em aplicação “audiófila”.
O óleo, extraído do fígado de tubarões que vivem nas profundezas dos oceanos é utilizado em algumas aplicações medicinais, havendo, porém, pesquisas (de profissionais capacitados e sérios) que mostram resultados negativos em relação aos benefícios amplamente divulgados pelos “vendedores de pílulas mágicas”.

O fato é que, em busca da preservação do equilíbrio da natureza e da proteção da espécie, a pesca destes tubarões vem sendo proibida ou controlada para evitar abusos que são cometidos pelo mundo todo.
Mas, agora estamos assistindo a uma nova razão para a continuidade da matança destes animais, a aplicação de seu óleo no “misterioso” e “mágico” universo hi-end.

Respeito as opiniões diferentes, mas a minha continua a mesma. É preciso acabar com estes exageros antes que eles acabem com o hobby. Dizer que o cabo acabou com a estridência de algumas gravações… esperem um pouco… será que os caríssimos sistemas de referências destes avaliadores ainda tinham problemas básicos de estridências e desequilíbrio tonal? Por favor !!!

Acho que tudo tem um limite, e a ética, o respeito à vida e a natureza fazem parte deste limite. Será que tudo agora é válido para satisfazer a interminável (ou repetitiva e inócua) busca pelo som perfeito?
Não estamos falando em matança de animais para a cura de doenças humanas, mas para alimentar este misticismo criado em torno do áudio hi-end. Um misticismo que vem criando exageros e verdadeiras situações absurdas em torno da fabricação de um simples cabo elétrico.

Basta lermos as avaliações realizadas nos últimos anos sobre cabos de áudio “hi-end” para encontramos as mais absurdas contradições, as mais óbvias fantasias mantidas sob a conveniente “bandeira do subjetivismo”, sempre em favor de fabricantes que querem justificar seus preços absurdos para um nicho de mercado que muitas vezes paga qualquer coisa em nome do exótico, do status ou da mera ilusão. O pior é que essa situação é ainda alimentada por inúmeros “especialistas” e “veículos de informação” que enaltecem esse tipo de absurdo, muitas vezes com claros interesses pessoais e comerciais envolvidos.
Aliás, a página do teste em questão traz uma observação muito sugestiva em seu começo: “This review page is supported in part by the sponsors whose ad banners are displayed below”, traduzindo: “Esta página de avaliação é mantida em parte pelos patrocinadores cujos banners de anúncios são exibidos abaixo”… é preciso dizer mais?

Até onde iremos com isso? Acho que já basta, não? Ou querem mais?

shark_finning

 

36 Comentários

  1. Se tivesse lido esta noticia em outro lugar, a consideraria como trote, piada, mas na hifiplanet?. O que significa isto? Perderam totalmente a razão ?, o senso do ridiculo? Infelizmente esta noticia, se for verdade , sepulta o universio do tal do hi end.

  2. Se isso for uma piada de primeiro de abril, acho que uma revista nacional também caiu na pegadinha. risos…

  3. Como eu já te disse uma vez, trabalho numa empresa de tecnologia de ponta, que fabrica entre outras coisas produtos de som e vídeo.
    Um dia vamos nos conhecer pessoalmente, eu desejo. E nesta oportunidade vou te contar como funciona esse “mercado hi-end” e seus bastidores. É algo muito triste e repugnante.

    Sobre este mais novo e lamentável fato, só posso dizer que não há qualquer embasamento para o uso de óleo de tubarão no revestimento deste cabo. A intenção do fabricante é inútil com a solução adotada, e além disso outras soluções muito mais simples, eficazes e mais econômicas poderiam ser utilizadas em seu objetivo, com resultado bem superior. Mas, é como você disse, como ele poderia supervalorizar um produto que por si só não tem qualquer mistério?

    Saudações

    Igor

  4. Eduardo,
    Seu site deveria ser traduzido em todos os idiomas (posso ajudar em 3… rsrsrs) e ser divulgado no mundo inteiro. Você é cheio de surpresas, e possui uma visão única de nosso hobby e de tudo que o cerca, com críticas precisas e ensinamentos que certamente ficarão na memória de todos aqueles que acompanham os seus artigos e colocam em prática as suas sugestões.

    Realmente revistas, sites, fóruns e entusiastas (alguns que até se acham audiófilos experientes) estão passando dos limites.
    Eu me identifiquei muito com um trecho do seu artigo, onde você afirma que …A ciência funciona muito bem para tudo isso, mas quando entramos no áudio “hi-end“, parece que o “místico” toma conta, associado à fantasia e ao mistério do “mundo oculto e inexplicável”.
    Sua observação é irretocável.
    Eu acompanhava uma publicação de áudio e vídeo (você já me disse que não gosta que cite nomes… rsrsrs) e também desisti tamanha a contradição e incoerência que o pessoal escreve. Se você reler edições anteriores e for mais detalhista verá que eles se perdem no que dizem e acabam desmentindo tudo algumas edições depois. Em alguns casos até em páginas seguintes da mesma edição.
    Cada novo cabo testado é um novo milagres cheio de esquisitices das mais bizarras para justificar sua compra.
    Parece que o mercado virou isso mesmo, um terreno cheio de armadilhas para fazer o consumidor gastar tudo o que tem em ilusões que não acabam nunca.
    Você não vê um único fabricante sério de cabos elétricos no mundo inteiro, seja qual a aplicação mais rigorosa de utilização, vir com soluções tão absurdas como esta. O pior é que até a própria justificativa dada pelo fabricante é incoerente, pois não tem qualquer fundamento que justifique sua tese, que acaba caindo em contradição contra seu próprio argumento.
    Além disso, temos a questão da proteção a fauna como você bem lembrou. Será que eles não sentem vergonha disso?

    A cada 10 amigos audiófilos que converso hoje, 3 compram revistas de áudio, e 8 preferem o seu site. Dois 3 que compram a revista, 3 ficam insatisfeitos, e dos 8 que acompanham o seu site, 8 comentam seus artigos com profunda reflexão e muita aprovação.
    Revistas hoje se tornaram meros catálogos.

    O mercado está mudando sim, e vai mudar ainda mais.
    Parabéns.

  5. Há uma frase atribuída a Einstein que cai aqui como uma luva: “Existem apenas duas coisas infinitas – o Universo e a estupidez humana. E não tenho tanta certeza quanto ao Universo”.

  6. Caro Eduardo,

    Obrigado por manter este espaço, principalmente de forma descompromissada com os marqueteiros, disfarçados ou não, que existem aos montes em nosso mercado.

    O cabo aqui mencionado por você também foi testado pela Audio e Video aqui no Brasil, mas acho que você já sabia disso. Outra que entrou nessa furada.
    Além da grave questão que é hoje a falta de respeito à natureza e, principalmente, o desprezo com a vida de um animal apenas para manter, como você corretamente disse, o misticismo em torno de algo muito simples, não podemos mais aceitar a forma como o som de alta-fidelidade é tratado, colocando-se um emblema de “hi-end” em tudo, criando reviews fantasiosos e sem qualquer critério, e chutando o balde no que se refere aos preços de cada componente.
    Paga-se pelo luxo e pela fantasia criada, e não mais pelo produto.

    Trabalho com som há muitos anos. Trabalhei e já prestei consultoria na área digital voltado à este segmento, e afirmo com todas as letras que o audiófilo não precisa gastar uma fortuna para ter um som de altíssima fidelidade em sua casa, que cabos viraram uma p… frescura para sustentar esse mercado aproveitador, que a ciência foi jogada no lixo em nome de um bem conveniente e fantasioso “método subjetivo”, e que como você muito bem abordou aqui, cada ouvido é uma sentença, e não há uma resposta definitiva para tudo.

    O que falta para estes “articulistas especializados” é um pouco de conhecimento teórico para poder fazer as suas afirmações com um pouco menos de ignorância.

    Nesta edição da revista que saiu o “teste” do cabo mencionado, mais uma vez confirmamos a falta de mais de conhecimento por alguns que escrevem os textos que serão lidos por muitos incautos leitores que também pouco conhecimento têm do assunto.

    Há uma sessão chamada sugestivamente de Opinião, que de opinião não tem nada, já que tenta ditar as próprias verdades de quem pouco conhece do tema tratado. As “opiniões” do autor são bem recheadas de críticas a quem pensa diferente dele, ou seja, que também tem as suas próprias opiniões, e desculpe-me o autor, mais precisas que a dele própria.
    Expressões como “balela” de aficionados, “puristas” utilizada de forma claramente pejorativa, “asneira” quando se refere à opinião até de gente séria e de profissionais capacitados, que é onde me incluo, apenas contribuem para a antipatia e a falta de credibilidade do autor ao tentar estabelecer a sua verdade como única, prestando um grande desserviço ao fazer isso com argumentos equivocados.
    Esta é uma das razões porque o mercado de áudio de alta-fidelidade no Brasil encontra-se tão perdido em uma confusão de informações que criam conflitos diários entre os seus consumidores.

    Não é admissível que se avalie, por exemplo, um produto como o dac e pré testado colocando-o num patamar de “diamante”, como um excepcional produto “hi-end”. Em minhas experiências com o aparelho, eu afirmo com toda a precisão que ele é bom, atende a inúmeras aplicações, mas não é um exemplo de produto de altíssima fidelidade como sugere a sua avaliação. Pelo contrário, tivesse o autor pesquisado um pouco mais, principalmente no exterior, e teria conhecido mais sobre as limitações do produto para atender a um sistema mais exigente de nível audiófilo.

    O autor, que pouco tem contribuído com alguma informação mais séria para aquela publicação, também comete inúmeros deslizes ao tentar estabelecer suas “opiniões que são verdades” sobre os arquivos digitais de alta resolução. O texto confuso, mal articulado, incoerente e cheio de absurdos acaba jogando no lixo algo que demorou anos para evoluir e se mostrar como uma solução viável e muito mais perto da perfeição procurada na reprodução do áudio de alta-fidelidade.
    Se ele assume que não tem mais a visão de um garoto de 20 anos para perceber as virtudes de uma imagem de alta-resolução, deveria assumir que também não tem mais os ouvidos perfeitos para identificar as vantagens dos arquivos de alta-resolução, e, assim, deveria ter um pouco mais de cautela quando escrever sobre as suas “verdades pessoais”.
    Se ele não é capaz de perceber estas diferenças, melhor então se limitar a escrever sobre aquilo que ainda pode discernir.

    A gravação digital evoluiu muito, e alta resolução nada mais é que “detalhar” ainda mais uma imagem ou o som para que a sua precisão seja mais preservada, e possa ser melhor aproveitada por quem ainda consegue percebê-la, e também para melhorar características importantes para quem já tem algumas limitações auditivas.
    As comparações feitas pelo autor são absurdas, as analogias feitas em relação às gravações de fita master, sobre a qualidade do digital na transposição digital e outras infelizes colocações demonstram sua falta de conhecimento no assunto.

    Quando comentou a respeito das “asneiras” ditas por quem defende a utilização de buffers maiores na reprodução eletrônica digital, deveria ter estudado um pouco mais o assunto, ou pelo menos ter feito um ajuste ou uma atualização do seu sistema antes de querer colocar a sua experiência ou condição própria como uma regra definitiva.
    O problema não está no buffer, mas no equipamento e nos ajustes que os usuários costumam fazer, justamente por falta de informação séria sobre o assunto nas publicações que se auto intitulam como “especializadas”. Mas, este é um assunto longo demais para ser abordado aqui, pois exigiria a apresentação de muitas fórmulas, gráficos, exposições técnicas e teorias, que além de cansativas e extensas, é tudo que estes “entendidos” querem evitar, por falta de conhecimento, por falta de vontade de ter este conhecimento, e por ser conflitante com todas as suas teorias e afirmações mirabolantes construídas sobre os pilares do “subjetivismo”, que perdeu todo o seu sentido original quando tentaram mudar o significado de “subjetivo” para “preciso para mim e para você, e sem qualquer base comprobatória”.

    Isso virou algo comum. Hoje o articulista vive de mencionar a sua “experiência” e a sua “maturidade” em anos de testes de equipamentos, e em sua bagagem como “escutador” de sistemas de som que, supostamente, lhe daria credibilidade para as suas equivocadas afirmações.

    Como comparação mais fácil de entender, se um avaliador de carros, ao testar um modelo disser que, a sua sensação foi de que a 120km/h de velocidade o carro parecia estar a 80km/h, deve manter isso dentro de sua “sensação puramente subjetiva”, e não querer colocar isso como uma característica “real” do veículo, pois o mesmo estará a uma velocidade maior de fato, independente de qual seja a sua impressão. Aparelhos vão medir e comprovar isso, e por mais que este avaliador tenha uma impressão diferente, nada vai mudar o que fisicamente ocorre.
    O fato do veículo ser mais silencioso, ter mais estabilidade, precisar de menor esforço para andar naquela velocidade, não significa que a sua velocidade será de fato menor, pois um radar de velocidade vai medir o “fato” e não a “impressão” do motorista, multando-o e cassando a sua carteira de motorista ao ultrapassar a velocidade máxima permitida no local. Isso acontece porque o radar, ao contrário de nossas impressões subjetivas, mede o que é fato, assim como equipamentos específicos também são capazes de medir o nível de ruído no interior do veículo, a sua aceleração, potência, acelerações laterais (estabilidade), etc, definindo claramente o comportamento de fato do veículo, e explicando a “sensação” percebida pelo motorista, mas nunca mudando a realidade.

    Para não me estender mais e não querer monopolizar o uso deste espaço, só quero concluir dizendo que, ou o mercado editorial muda e se profissionaliza, apresentando mais precisão em suas informações, ou assume a sua condição de um catálogo de produtos à serviços de anunciantes, vendedores, importadores e até atividades comerciais próprias, que vão desde a venda de anúncios até a manutenção de comércio próprio.
    Não dá mais para ficar no meio do caminho.

    Um forte abraço, Eduardo, e receba o meu sincero reconhecimento pelo seu trabalho sério e responsável no amadurecimento do áudio de alta fidelidade (ou hi-end como alguns preferem) em nossa pobre terrinha carente de pessoas sérias e competentes.
    Fico à disposição para colaborar com o seu ótimo site onde meu conhecimento puder chegar, prometendo não divagar por onde não conheço, mas estudar e contribuir com a precisão necessária.

    Atenciosamente,

    Gerson Oliveira

  7. Obrigado pelas correções de português. Agora percebi que a pressa me fez cometer “alguns deslizes” rsrsrs
    Abraços

  8. O mais curioso é que eles criticam o objetivismo das medições, mas no passado defenderam a importância de medições, implantaram um sistema de análise objetiva, mas cairam no erro da maioria que não tem conhecimento suficiente do assunto: A questão não é medir, mas o que medir e quais os critérios para essas medições.
    Resultado, acabaram fracassando neste empreitada, abandonaram tudo e voltaram a defender a posição subjetiva.

    E mencionar a infeliz frase do Nelson Pass, que é conhecido pelas suas confusas declarações e constantes contradições, é algo também bastante inconveniente.
    O autor do texto citado ainda faz essa referência em clara contradição também, pois comparar algo que busca a fidelidade com uma referência real com vinhos, que não possui qualquer referência e é algo de puro gosto pessoal, é realmente usar o argumento mais absurdo para explicar um posição ainda mais absurda.
    No final, o autor ainda tenta demonstrar isso de forma também contraditória, ao citar exemplos do hamburger e do milk de morango, que precisam ter ou lembrar o sabor da carne e da fruta respectivamente.
    Então, qual a referência do sabor do vinho? A uva? Claro que não!
    A comparação é no mínimo ridícula.
    Além do hi-end buscar a reprodução eletrônica mais precisa possível do som original (e isso é uma referência e pode ser medido), ele ainda depende como o Eduardo já demonstrou aqui das condições auditivas de cada um.
    Ou seja, é uma confusão tão grande que eles mesmos acabam se perdendo em suas convicções não tão convictas na prática.
    Pronto ! Falei !

  9. Com certeza a foto é meramente ilustrativa, pois ampliando a mesma percebe-se que deve pertencer a um país da ásia, provavelmente Índia, pelo cara de roupa branca comprida e outro de turbante, mas alguns sites atribuem à China, que promeve caça aos tubarões com finalidade culinária e medicinal. O Japão é outro país que ainda caça baleia e tubarão, todavia, concordo plenamente com o texto que chegamos a um nível absurdo de cara de pau desses fabricantes para cobrar a preço de ouro um simples cabo de áudio. Um bom cabo deve conter apenas condutores de cobre oxigen free, não é nenhuma novidade que o cobre é o melhor condutor, conquanto a prata também o seja, mas um cabo deve usar principalmente condutor de cobre, o que esses abutres da indústria fazem é misturar componentes exóticos para aumentar a misticidade, chegando ao cúmulo do absurdo do exemplo citado na matéria. Os mais abastados compram e afirmam que sem ele o sistema não renderia tanto e uma revista nacional estimula essa barbárie. Nenhuma novidade, pois não.

  10. O nível dos colaboradores da revista está muito baixo.
    O articulista em questão é autor de muitos outros artigos contraditórios e absurdos,e agora passou a ofender todos aqueles que tem opiniões contrarias as suas, como se tudo o que ele dissesse agora tivesse virado lei.
    Tem algumas barbaridades que até desanima, e a revista também perdeu a razão de ser quando priorizou os interesses dos anunciantes e de sus próprios negócios no segmento, ao representar e vender os produtos que avalia.
    Está na hora também de acabar com esta fantasia sobre cabos, pois a seriedade e a credibilidade do hi-end está indo pro fundo do poço com toda esta forçada que dão em cima destes cabos.

  11. Prezado Gerson,

    É uma grande satisfação ter a sua participação aqui no HFP. Estou para testar um novo produto para aplicação em áudio via PC, e gostaria de convidá-lo para participar desta avaliação com a sua reconhecida experiência nesta área, já que não tenho muita afinidade com esta tecnologia.
    Vou te encaminhar um e-mail se me permitir.

    Obrigado

    Eduardo

  12. Marcos,

    Certamente a foto é meramente ilustrativa, apenas para mostrar o quanto o fato é desalentador.

    Abraços

    Eduardo

  13. Eu já caí fora dessa ilusão de acreditar em tudo.
    Na última edição desta revista que vocês comentam publicaram uma opinião sobre as qualidades de um “excelente” vinho. Quem escreveu a opinião foi a própria empresa. Dá pra engolir essa?
    Gosto de beber vinho quando ouço meu som ou assisto aos meus filmes, mas quando quiser conhecer algo sobre o assunto eu compro uma revista sobre… adivinhem… vinhos!!! e não de áudio.
    E jamais uma que coloca o próprio fabricante para avaliar os seus vinhos.

    Quanto a cabos hi-end, só uma pergunta para voces: acham que realmente a maioria dos micro fabricantes de cabos nacionais e extrangeiros fabricam seus cabos?
    Pergunto-lhes: Voces acham que estes caras tem realmente fundição para produzir a matéria prima do condutor para formular as suas ligas misteriosas? E eles tem máquinas de trefilação para produzir os fios? Possuem equipamentos para preparar a formulação dos isolantes e know how sequer para encapar estes fios? Vou mais longe: Voces acham que eles conseguem medir esses percentuais precisos dos componentes que estão no cabo e aferir com exatidão?
    Eu vou lhes responer com conhecimento de causa: poucas empresas no mundo tem essa capacidade, e garanto que a maioria dos fabricantes de cabos não conseguem terceirizar este tipo de atividade pela baixíssima quantidade de produção, já que estes fabricantes exigem uma quantidade mínima que está bem acima daquelas que os fabricantes de cabos (supostos) podem adquirir.

    Caiam na realidade. Isso é pura fantasia.

  14. Caro Navarro,

    Eu te respondo, também com “conhecimento de causa”, que a maioria não tem know-how, recursos e acesso aos meios para fazer sequer 10% do que alegam fazer.
    Aliás, estes cabos possuem certificação de qualidade e de origem? No Brasil, já passaram pela avaliação do Inmetro ou possuem alguma certificação técnica de suas especificações?

    Abraços

  15. E vejam que os argumentos destes “bruxos” (como foi bem dito aqui) e dos meios de propagação destas idiotices são são ridículos que ainda tem a cara de pau do c… de dizer que o revestimento protege contra a oxidação em exposição direta a água do mar !!!!!!!!

    Uma pergunta, quem em sua sã consciencia vai instalar um sistema de som no mar? E usemos um pouco a nossa inteligencia agora, qualquer sistema exposto a um nível de oxidação tão forte, o usuário terá muito mais para se preocupar do que com o revestimento do cabo de interconexão, pois conexões, chaves, e tudo mais irão pro saco muito antes.
    Além disso o problema só ocorreria se um cabo tivesse a sua capa isolante retirada, ou esta fosse de muita baixa qualidade.

    Bom, nunca se sabe quando alguém vai querer colocar sua super roupa hi-end de mergulho e curtir seu jazz no sossego do fundo de um oceano…kkkkkkk…..

  16. Mas, gente, tem quem acredita nisso ainda ?
    Meu pai conversou uma vez com um revendedor de equipamentos hi-end aqui do Rio e ele disse que o pessoal hoje está mais bem informado, e que não acredita mais nessas conversas de que cada novo produto lançado é uma revolução que vai mudar todo o resultado do som.
    Se você for na onda desse pessoal, todo mes vai trocar de equipamento.
    Nosso som aqui toca muito bem com cabos de boa qualidade e preços honestos, com a recomendação honesta do nosso mestre Eduardo.
    Obrigada.

  17. Hoje cada produto testado possui uma “magia inexplicável”, ou apresenta uma dinâmica jamais vista, ou provocou no sistema um relaxamento nunca antes conseguido, ou foi o “massacre da serra elétrica” (que nunca foi elétrica) neste ou naquele quesito, e por aí vai.

    Parece que tem sempre que existir um argumento (de venda?) para estimular o consumidor a fazer outro upgrade.
    Eu finalizei um novo teste com cabos, e cada vez me convenço mais que o misticismo e a fantasia que se criou sobre eles é algo absurdo, que tomou uma proporção perigosa e que precisa ser revista urgente, sob o risco do consumidor cair numa grande armadilha.

  18. Eduardo, estão brincando com nossa inteligência, só pode ser isso.
    Mas nesse mundo HI-END já li coisas inacreditáveis sobre energia elétrica que fiquei de cabelo em pé. Certa vez, quando fui comprar um condicionador de energia, vi uma análise de uma marca nacional (nada contra) que dizia coisas do tipo:
    “Melhora o silêncio de fundo.
    Graves mais articulados e definidos.
    Agudos limpos e excelente decaimento.
    No Vídeo :
    Tom de pele com melhor apresentação.
    Tonalidades vibrantes com maior contraste.
    Negro ganha maior sensação de profundidade – 3D.”

    Então pensei. Quando eu instalar essa maravilha, vou ouvir e ver coisas que me deixarão extasiado. Imaginei como ficaria o tom de pele da Bruna Marquezine.
    Comprei , instalei e não notei diferença nenhuma. Mas espero que pelo menos ele faça a proteção contra surtos de forma satisfatória.

    Outros dizem que trocaram o cabo de energia original do equipamento por outro super-hiper-ultra e o mundo se transformou. Mas os cabos da concessionária de energia também foram trocados? Não? Pois até chegar na sua tomada a energia percorre uma longo caminho, e não adiantaria trocar meio metro de cabo para resolver um problema que nem existia.

    Pela ótica desse pessoal, então, pergunto:
    O que os audiófilos estão ouvindo nos último 30 anos?
    Um som de péssima qualidade? Claro que não.

    Temos que ficar de olhos abertos e ouvidos limpos para não sermos enganados.

    Parabéns pelos teus artigos.

  19. Olá Emir,

    Realmente não faltam exageros nos adjetivos, principalmente por parte dos fabricantes e dos “avaliadores” de sites e revistas.
    É um mundo nojento, pois enganam descaradamente o pobre consumidor que muitas vezes, para conseguir uma mera diversão, gasta muita mais do que precisa e até o que não tem. O compromisso deste pessoal que explora o mercado com as suas fantasias é somente com o próprio bolso.

    Você citou um exemplo interessante, e perceba que poucos fazem essa pergunta, muito poucos reclamam da mentira, e ainda tem até aqueles que juram que perceberam mudanças. Falo isso em relação aos consumidores, pois os avaliadores e as publicações que ganham com propaganda e, muitas vezes, até com revenda e representação destes produtos o fazem dolosamente.
    É incrível ver como eles têm a cara de pau de a cada novo produto testado dizer que houve um salto “gigantesco” na qualidade, que foi o “massacre da serra elétrica”, que o obrigou a ouvir toda a sua coleção de discos novamente, que provocou um silêncio de fundo “sepulcral”, e por aí vai.
    As expressões beiram o ridículo, para não dizer a indecência. Afinal, ou o sistema do sujeito era um lixo cheio de tantos problemas, ou ele perdeu a noção do quanto exagera para estimular o consumidor a desejar o produto.

    Sei que insisto muito neste ponto, mas basta que o consumidor reflita apenas um pouquinho para perceber que há algo muito errado nesta história, e comece a reverter o rumo deste hobby que deveria ser um motivo de prazer, e não uma obsessão insana e prejudicial como tem sido.

    Abraço

    Eduardo

  20. Apenas complementando…

    O pior é que aquilo que eles deveriam mostrar, as soluções realmente efetivas e até acessíveis em termos de custo, eles não mostram.
    Há muito o que fazer num sistema, e de fácil implementação e menor custo do que upgrades desnecessários de componentes ou a troca de cabos para o “ajuste fino” ou a “correção” dos resultados (uma grande bobagem – cabos jamais devem ser utilizados para este fim).
    Mas, parece que sempre optam pelo que “rende” mais.

    Recebi outro email recentemente em tom bastante ameaçador, me criticando por mostrar as verdades deste mercado predador. Veio de algum infeliz sujeito que provavelmente não teve a capacidade e a competência de produzir algo realmente útil e honesto na vida, e prefere se aproveitar das pessoas com as oportunidades que cria, como muitos políticos, empresários desonestos, funcionários corruptos e tantos outros que mostram comportamentos pouco adequados para uma pessoa de bem.

  21. Eu tinha um chefe que costumava dizer que você precisa sempre combinar a mentira com o seu colega, senão dá merda.

    Acho que isso me remete ao artigo sobre arquivos digitais, quando o referido articulista diz que os audiófilos “puristas” em tom de claro desprezo, considera a gravação master digital como superior àquela feita da transcrição digital de uma fita master analógica.
    Ele precisava ter combinado isso melhor com seus colegas articulistas, pois há algumas edições atrás foi exatamente isso que a mesma publicação escreveu, assinado por seu colega.
    Eles não se entendem, quando não caem em contradição entre eles fazem pior e se contradizem a si próprio como já vi algumas vezes.

    Acho que quem escreve uma coisa deve antes respeitar opiniões diferentes, pois quando eles se referem a participantes de fóruns de internet, aos “audiófilos puristas” e tantos outros, devem se lembrar que no meio deles temos profissionais da área, entusiastas avançados e conhecedores sérios do assunto, talvez mais até do que eles próprios, até que o seus currículos provem o contrário.

    Ele, aliás, devia é tomar um pouco mais de cuidado antes de desmerecer opiniões alheias, porque as dele é que não se pode levar muito a sério tamanha as suas confusas idéias.

    Ele demonstra todo o seu equívoco ao colocar o TV HD como algo que provoca uma imagem “artificial” (palavra dele), por oferecer uma resolução maior do que aquela que ele consegue enxergar por conta da sua (sic) idade. Parece que alguém desconhece a invenção dos óculos…
    Acredito que então para ele o Full HD ou ainda o 4K lhe pareçam como um desenho animado dos anos 70 !!!

    Novamente, eles precisam combinar antes, porque um diz que a TV 4K é o auge da imagem perfeita (melhor que a imagem real… num dos reviews que fizeram… absurdo mas está lá escrito), e chega outro e diz que a imagem em alta resolução parece interessante em termos de engenharia, mas na prática parece artificial !!!
    Mais uma vez, como uma introdução para dizer que “TODOS AUDIÓFILOS SABEM”, em resumo, que o áudio não pode ser explicado somente na ciência, novamente tentando desmerecer a ciência e causar confusão ao alimentar a velha desculpa do subjetivismo como razão de tudo.

    Seria bom que ele pelo menos medisse as suas palavras, não usando o coletivo TODOS quando eu e muitos outros audiófilos que conheço não compartilham de sua opinião. Tentar impor o seu ponto-de-vista para toda a comunidade audiófila apenas para fazer o imaginário parecer algo já aceito, é no mínimo uma falta de respeito a inteligência dos seus leitores.
    Ele não tem direito de falar em nome de todos, muito menos de colocar palavras na boca dos outros.

    Aliás, a revista hoje peca pelo excesso de desrespeito aos leitores, às comunidades virtuais como facebook, fóruns, blogs e listas de discussão, e a toda comunidade audiófila de um modo geral cada vez que se refere a estes de forma depreciativa, insultuosa e provocativa.

    Parece que todos somos um bando de idiotas que não sabe de nada, amadores e estúpidos, e que eles “pós-graduados” na ciência do hi-end são os detentores de todo o conhecimento do universo sobre os assuntos tratados pela revista, e depois derrapam em seus erros, nas contradições publicadas e nos equivocados textos que escrevem.

    Se para um deles a imagem em HD ou Full-HD é um conceito equivocado de engenharia, eles deveriam então tentar explicar porque o “estúpido mercado de amadores e ignorantes” prefere as altas resoluções de imagem que os pobres engenheiros ignorantes muito estudaram e se esforçaram para desenvolver uma tecnologia para que fizesse com que isso chegasse até nós, e me incluo entre eles, pois faço parte deste trabalho.

    Será que somos todos tapados e com uma visão distorcida da realidade? Ou será que não é a nossa visão que está distorcida ao não perceber a evolução de uma imagem em alta-resolução.
    Talvez ele devesse começar a explicar a divergência extremista de opiniões de seus próprios colegas em suas participações na mesma revista. Será que não sentem vergonha disso?

    Talvez o autor da revista tivesse melhor localizado em seu universo pessoal com um home cinema composto de um televisor CRT (de tubo) de 20 polegadas com resolução de pouco mais de 500 linhas, ligado com um player de VHS. Ótimo para ele, mas não tente desmerecer a evolução sob o risco de se mostrar desatualizado, algo que não se aceita como premissa para quem quer ser articulista de revistas especializadas.

    “Tais puristas”, como ele se refere no texto, sabem sim que é possível digitalizar gravações dos anos 50 até 80 com um resultado satisfatório, mas sabe que isso traz sim todas as limitações das gravações da época e que muitas vezes são “disfarçadas” na produção.
    A atual gravação digital na origem tem sim uma qualidade que estes “puristas” sabem ser superior, até porque NUNCA se deteriora com o tempo, como acontece com a gravação magnética e em acetato.
    O sabido articulista deveria saber disso, ou pelo menos respeitar quem sabe.

    O artigo dele foi um dos mais infelizes que vi nos últimos tempos. Me causou muita decepção ver tantos ataques e poucos acertos da parte dele.

    Respeito não se impõe, se conquista. E a forma de melhor conquistar respeito é respeitando e mostrando sabedoria. Faltou os dois.
    A levar pela pouca quantidade de páginas úteis da revista (basta tirar os anúncios e propagandas, disfarçadas ou não) é possível perceber que eles estão tomando um caminho muito ruim.

    Parabéns pelo Hi-Fi Planet. Ainda bem que podemos contar com um espaço honesto e democrático para juntar as boas idéias dos homens de boa vontade.

    Um abraço a toda a equipe.

    Salvo

  22. Alguém lá em cima falou que os micro fabricantes não fabricam os próprios fios condutores, é verdade, existem poucas fábricas no mundo que produzem fios de cobre, talvez você conte com os dedos das mãos, o que esses micro fabricantes nacionais fazem é importar os fios (condutores) para confeccionar o cabo aqui, não tem milagre. Tenho um amigo que trabalhou numa grande fábrica de cabos, cuja matriz fica na Suécia, ele falou que aqui no Brasil não produzimos fios com a mesma qualidade do exterior, o mercado não exige isso, portanto, somente em alguns países existem condutores de cobre de alta qualidade para fazer cabos de áudio hi-end. Dito isso, quanto aos cabos hi-end com preços astronômicos, o fato é que muitos cabos esotéricos, que ou impedem que um sistema toque mal ou permitem que ele toque tudo que pode, levam em consideração um monte de variáveis, muitas delas de difícil compreensão, acho que a frase “nem tanto ao mar, nem tanto à terra” é a que mais se encaixa, nenhum de nós leitores do Eduardo usamos os cabos de força que vem na caixa do próprio equipamento (aqueles cabinhos de força de computador) e também não usamos cabos flamenguinhos nas nossas caixas acústicas. Sempre compramos cabos mais caros e melhores, o que não justifica o preço dos cabos de milhares de dólares que ultrapassam passam o nível da razoabilidade, devemos observar se o equipamento tem um cabo de força suficiente para suprir o consumo de potência deste aparelho, se o cabo for pesado demais poderá danificar os conectores do equipamento; muitos cabos de força podem destruir um amplificador, mas os que têm mais possibilidade de queimar um aparelho são os de caixas (por questão da baixíssima indutância ou muito capacitivos), causando oscilação no amplificador, por isso existem cabos de valores mais altos, o que não significa que são fraudes, o bom deste site do Eduardo, NMHO, é mostrar alternativas viáveis que não custam os olhos da cara, tem muita coisa boa custando poucas dezenas ou centenas de dólares, cabos muito além destes valores são feitos para equipamentos que realmente podem se beneficiar deles, o que eu acredito que nem todos tem.

  23. Vamos ver como um condutor de corrente eletrica se comporta perante um sinal de audio de 50 a 15000 Hz?

    Achei esta tese de mestrado , ( https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=10&cad=rja&uact=8&ved=0CEsQFjAJ&url=http%3A%2F%2Fwww.pipe.ufpr.br%2Fportal%2Fdefesas%2Fdissertacao%2F121.pdf&ei=-bp1VK6LDsmjNtmLgvAL&usg=AFQjCNELSlCydwYeS0mQ3GF_3n6AeknWzA&bvm=bv.80642063,d.eXY ) que explica quase tudo sobre condutores elétricos,desde a obtenção do metal,e conformação do fio.

    Os ensaios realizados foram feitos com frequencias a partir de 10000 Hz ate 1000000 Hz, pois nas frequencias abaixo de 10000 Hz não são sentidos efeitos apreciáveis.

    Agora eu pergunto : como um individuo, com seus ouvidos, consegue, usando uma musica qualquer, avaliar o desempenho de um fio, quanto a resposta de frequência, fase, atenuação,? O que tem nos ouvidos dessa pessoa, será que andou vendo filmes demais do homem bionico?
    Como todo bom fio, percorrido por uma corrente alternada, sofre o efeito da auto indução e da capacitancia o que são de valores muitos baixos, em torno de 1 micro Henrys e a capacitncia de 10 a 30 pico Farads, considerando um Cabo tipo PP de 2 X 1,5 mm e comprimento de 4 metros sem contar que a resistencia do mesmo é de 0,093 Omhs (Medidas feitas com uma ponte RLC TETTEX) , usando as menores faixas de medição da mesma, quase no erro residual. Não faço comentarios ao efeito pelicular (skin pros sabidos ) pois o mesmo, nas secções dos cabos usados, e frequencias, é insignificante, ainda mais que o cabo PP, é constituido por um grupo de fios finos, agrupado para dar a secção de 1,5 mm2.

    Nos modernos amplificadores, tem na saida, uma proteção para evitar interferencias de RF, que consiste em um indutor em serie com a saida interna do amplificador e o borne de saida para as caixas, geralmente no valor de 200 micro Henryes ( SÓ 200 vezes a indutancia do cabo) e um capacitor em torno de 10.000 pico farads. Para a proteção do estagio de saida, no emissores dos transitores de saida, são inseridos , em série, resistores de 0,22 a 0,47 Ohms. Isso só no amplificador, e tem gente que se preocupa com cabos, se souber fazer um pouquinho de contas, verá que o cabo, não influencia em nada o desempenho de um amplificador decente. (não quero dizer carissimo)

    Enfim, vou parar por aqui, pois o assunto é vasto. É só pesquisar na internet, atras de publicações cientificas vindas de fontes confiaveis, ter um conhecimento de matematica de segundo grau decente, e saber que nossos ouvidos não são aquela perfeição, (Os meu estão proximos da perfeição, da sola de sapato e isso por que tomava oleo de figado de bacalhau, se fosse de tubarão quem sabe?)

    Uma dica : quem puder visitar um estudio de gravação, não perca a oportunidade. Procure saber a marca dos cabos empregados na mesa, nos microfones, o tipo de microfone e marcas, o tipo de saida se digital (sample e codificacão ) . O seu conceito de qualidade mudará.

  24. Alfredo,

    Obrigado pela colaboração.
    É disso que precisamos, de pessoas que conhecem o assunto e de explicações técnicas, e não de achismos sem qualquer embasamento científico, de interesses diversos, comumente camuflado pelo tal do “subjetivismo”.

    Abraços

  25. Eduardo, boa tarde.
    Acompanho tanto o hifiplanet como o classaudio.com.br.
    Tenho tentado entrar no site classaudio, mas não consigo. Há algum problema com a sua manutenção ou algo mudou?

  26. Eduardo, aliás, como nos anos anteriores, a Linn está disponibilizando as faixas até o dia 24 de dezembro. Eu vi por acaso, ontem. Perdi os primeiros dias, mas consegui os downloads dos dias 8 e 9.

  27. Uma grande pena mesmo. Era um site muito bacana mantido pelo amigo Robinson, que criou comigo o Clube Hi-End.

  28. hahahah WTF !!

    sinceramente eu vejo o lado logico desse cabo e faz sentido.

    o oleo faz o trabalho de proteção do cabo contra a oxidação, mantem o cabo sempre protegido, e como é uma substancia viscosa sempre acaba renovando a pelicula de algum local mais deficiente.
    as particulas de prata e ouro são para renovar a superficie do cabo transformando o oleo isolante em condutivo…

    bem agora é claro vamos analizar…

    passou de ridiculo isso, não sei pq ainda não lançaram um cabo banhado em pó de estrelas dos cacos de meteoro que caiu na russia.

    sinceramente não vejo nenhuma logica em usar oleo de figado de tubarão, pois é caro (obvio né agregar valor ao cabo) de dificil obtenção legal
    (agrega mais valor né) é um produto naturalmente Bio-degradavel (ajuda a natureza né) e com pó de ouro e prata que não fazem nada ( a não ser sair no coco de quem come).

    é descaradamente o fim das justificativas pra vender um cabo mais caro.

    meus cabos eu mesmo fiz inclusive o RCA do Sub inspirado na sua Brincadeira Eduardo.
    e estou completamente satisfeito com eles

    vi hj nos classificados de um Forum de HT que vc frequentou um cabo da Purist de 3 metros sendo vendido a modicos R$18.000,00
    só não me indignei mais por não ter achado nenhum comentario logo abaixo dizendo. ” nossa tá uma pechincha não sei como ainda não vendeu ainda” “se eu tivesse dinheiro eu compraria na hora” “por esse preço, toca muito mais do que tá sendo cobrado”

    e no fim vejo que tem quem goste de ser enganado mesmo.
    é um nincho que qualquer um pode vir a enriquecer de forma licita pois depois de se fazer seu nome se paga o que vc pede.
    é claro que infelizmente devido ao grifismo é um mercado dificil de se conquistar um lugar ao sol.

    abraços

  29. Edson,

    Mas ainda há muita resistência de alguns consumidores para aceitar que boa parte de tudo isso que anunciam por aí não passa de pura bobagem, cuja finalidade é o lucro fácil.

    Vamos torcer para o mercado acordar deste pesadelo um dia.

    Abraço

    Eduardo

  30. Bom dia a todos,como amante da boa música e tecnologia,fico indignado com esta e outras lamentáveis notícias,sendo eu,técnico eletrônico,logo de cara vejo que não tem fundamento este tipo de procedimento,logo estarão usando partes de corpos humanos na composição destes acessórios,em nome da “aura do hi-end”.
    Tenha dó! acredito que,se um produto é vendido,é porque existe também um comprador,então esta passando da hora de darmos um basta nisso tudo,deixando de comprar equipamentos e acessórios que usem deste artifício ,que ao meu ver é pura enganação.
    Parabéns a todos pelos comentários sensatos dos verdadeiros amantes desse hobby.

  31. Isso é ridículo, uma vergonha e até nojento.
    Deveriam ter vergonha na cara e respeitarem um pouco uma natureza que já sofre demais pela exploração do bicho ignorante chamado homem.

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