A Arte do Exagero

Existe quase uma regra em algumas publicações em revistas e sites de valorizar exageradamente um produto lhe conferindo maior evidência, e algumas são facilmente percebidas numa leitura mais cuidadosa.
Conheça alguns destes exageros aqui.

Há uma nítida intenção de alguns avaliadores de equipamentos de áudio em promover a superioridade de alguns produtos com alguns exageros, empregando os mais diversos e curiosos termos para isso.
Chega a ser cômica a forma como este artifício se repete e conflita com ele próprio ao ser empregado indiscriminadamente.

Quando avaliamos objetivamente um produto, fica fácil determinar as suas qualidades e o seu desempenho em relação a outros já testados, mas no áudio parece não haver um real interesse em estabelecer critérios técnicos para isso, dependendo na maior parte das vezes das impressões pessoais do avaliador.
Por exemplo, ao avaliar um carro podemos facilmente medir a sua velocidade máxima, capacidade de aceleração de velocidade, consumo de combustível, torque, estabilidade (com a aceleração lateral), distância de frenagem, espaço interno, etc. Tudo isso vai nos apresentar as características reais do veículo, e colocar as suas qualidades de forma clara e objetiva, restando uma subjetividade apenas no gosto e nas sensações individuais. Neste caso, não vamos depender da “impressão” do avaliador.
Quantas vezes já não andamos num veículo novo e tivemos a impressão dele estar numa velocidade muito mais baixa que a real?
A impressão é subjetiva, mas a velocidade capturada pelo radar é bem objetiva na hora de aplicar uma multa ao condutor.

Essa subjetividade deixa um espaço muito grande para os exageros que acabam sendo utilizados de forma indiscriminada e confusa.

Separei aqui alguns exemplos que extraí de algumas publicações especializadas de áudio de diversos países, e que mostram claramente que os próprios avaliadores, mesmo com todas as suas metodologias de avaliação, mostram quer não conseguem dosar essa ânsia de apresentar qualidades supostamente “excepcionais” de cada novo produto testado.

O “Silêncio Sepulcral”

sepulcral

É comum vermos em alguns testes, principalmente de cabos de força, os avaliadores citarem que a redução de ruído de fundo do sistema foi “sepulcral”.
Na verdade, se fôssemos contar o número de vezes que cada avaliador já disse isso nos últimos 10, 15 ou 20 anos, teríamos a sensação de que o ruído de fundo de seus sistemas deveria ser parecido com o de uma turbina de avião.

Em meu sistema, o ruído de fundo foi uma das primeiras preocupações. Com a evolução tecnológica, nunca admiti conviver com ruídos indesejados do sistema interferindo na reprodução musical. Há muitos anos não sei o que é ruído de fundo, pois ele foi totalmente eliminado do meu sistema.

Como pode a cada avaliação de produto haver uma redução de fundo tão substancial? Só posso acreditar que o sistema utilizado nos testes tem algum tipo de “adubo” que favorece o “crescimento” de ruídos que devem ser “podados” periodicamente…

O “Massacre da Serra Elétrica”

serra1

Expressão utilizada com frequência para ilustrar o salto comparativo de uma ou mais qualidades de um produto.
Além da natural característica de mau gosto da expressão, ela também está sendo empregada incorretamente.

Emprestada de um violento e sangrento filme de 1973 inspirado em fatos reais, onde um assassino psicopata retalhava as suas vítimas numa verdadeira seção de carnificina, o título do filme em português apresenta um erro grave, já que a ferramenta utilizada no filma era na verdade uma serra com motor a combustão e que utilizava gasolina, e não eletricidade.

Apesar do mau gosto e do termo errôneo, a expressão nos incomoda algumas vezes quando utilizada em muitas avaliações de equipamentos de áudio, não só pela comparação infeliz, mas porque muitas vezes “força” uma idéia de que uma determinada característica de um produto superou de forma “grotesca” aquela apresentada por outro produto, o que é pouco real levando-se em conta que muitos destes produtos estão num patamar de qualidade bastante nivelado quando tratam-se de produtos genuinamente hi-end.

Eu já li um teste onde o avaliador mencionava que o “equilíbrio tonal” de um cabo RCA* (vide nota no rodapé), quando comparado ao cabo do “sistema de referência” da revista, era o “verdadeiro massacre da serra elétrica”.
Algumas edições depois o mesmo avaliador comentava que nenhum cabo que ele conhecia havia, até aquele momento, superado o equilíbrio tonal do cabo deste sistema. Mas, se a diferença foi tão grotesca assim, devo supor que tal fato não teria passado assim tão esquecido, ou então a diferença não foi tão substancial assim.

Certamente a imagem que esta expressão causa em nossas cabeças é bastante forte, e nos induz a pensar que houve uma melhora brutal no quesito avaliado. Qual a razão de tentar nos impor tão forte impressão?

A “Materialização do Acontecimento Musical”

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Esta é uma expressão mais “digerível” que as anteriores, pois tem uma idéia mais clara ao dizer que um determinado produto ou sistema conseguiu reproduzir numa sala as características de uma apresentação física dos músicos, denotando um certo “ar de realidade” (bastante discutível) da apresentação musical.

Mas, o curioso é que esta é outra expressão utilizada há muitos anos, onde por diversas vezes os avaliadores mencionaram que sofreram um “choque” ou “caíram em lágrimas” diante do sucesso em obter a materialização do acontecimento musical em suas salas, e no meu entender ela também se mostra irreal ou exagerada.
Penso assim porque não me parece razoável que o avaliador relate a sensação deste efeito em seu sistema e depois repita esta mesma observação dezenas ou centenas de vezes depois, durante o teste de outro produto.

Se a materialização já ocorreu, como pode ela ocorrer inúmeras outras vezes. Seria este “efeito” temporário? Será que a duração das qualidades do produto testado tem validade de alguns meses somente?
Seria algo como a dor de cabeça? Você toma um analgésico e a dor some, mas depois ela volta e você tem que tomar outro analgésico para fazê-la sumir novamente.
Isso não me parece muito lógico.
Se você obteve esta “materialização” uma vez, não haveria razão de se surpreender novamente com o mesmo efeito, e isso, se realmente aconteceu, seria algo que deveria provocar uma sensação de estranheza ao avaliador, ou não?

O “Salto Gigantesco”

jumper

“Foi um salto gigantesco na extensão da faixa das altas frequências”.
Essa foi uma expressão que li certa vez durante o teste de um cabo (porque quase sempre eles?).
Curiosamente, muitos avaliadores possuem mais de 50 anos e já reconheceram que a nossa capacidade de ouvir as altas frequências reduzem muito nesta faixa etária, mas, mesmo se isso não ocorresse, seria esta diferença entre dois cabos algo tão “gigantesco”?

Eu hoje posso afirmar que diferenças entre a sonoridade de dois cabos somente são razoavelmente perceptíveis se um dos cabos for de péssima qualidade e o outro de excepcional qualidade, ou um deles for fortemente manipulado para evidenciar artificialmente alguma característica.
Entre cabos de boa qualidade e com tecnologias “deste mundo”, as diferenças são sutis e não gigantescas.

E como pode haver um salto gigantesco na extensão das altas frequências se qualquer cabo de boa qualidade apresenta uma condução de sinais de altas frequências bem acima da faixa audível?
Se essa diferença não é medida pelo avaliador através de equipamentos apropriados, e os nossos ouvidos são humanos e, portanto, limitados, como alguém consegue determinar tamanho salto de uma característica tão singular como esta?

Gigantesco: adj. Muito grande, monstruoso, colossal. De proporções desmesuradas ou extraordinárias

Novamente, qual o interesse do avaliador em querer criar tão exagerada imagem em nossas cabeças? Fantasia ou realidade? Exagero ou persuasão?

Acho que estes e outros termos exagerados contribuem para alimentar o “mistério” do hi-end, como se determinados produtos fossem capazes de superar a lógica, a ciência e a realidade, produzindo efeitos “brutais” sobre o ouvinte.

Constantemente me deparo com testes onde o avaliador cita que determinado produto lhe causou alguns resultados, novamente, surpreendentes, mas que eu não comprovo tal afirmação na prática.
Relato a seguir algumas citações que não acabaram confirmadas por mim:

“O aumento do detalhamento foi tão evidente que pude ouvir a respiração do pianista…”

Tratava-se, novamente, de um teste de cabos elétricos.
Curiosamente, eu consegui ouvir esta mencionada respiração no CD player do meu carro e num velho e surrado system de uma amiga. Nenhum deles possuía nada de especial, muito menos o citado cabo “excepcional”.

“…consegui pela primeira vez perceber o espaço entre os dois instrumentos e a colocação da voz da cantora precisamente entre eles…”

Este comentário acima foi feito em relação a um amplificador cujo preço daria para comprar dois carros médios de luxo.
Porém, esta formação espacial nesta exata gravação eu já tinha no meu sistema há pelo menos dois anos, e com um amplificador que compraria no máximo um carro “popular ajeitadinho”.

“…o (cabo testado de alguns milhares de dólares) acabou com a aspereza que me incomodava nos agudos do meu sistema de referência.”

Estranho um sistema de referência possuir uma falha grave como esta. Nunca tive este problema em meu sistema de som.

A impressão que fica é de que há uma obrigação em mostrar que o novo produto avaliado é um upgrade obrigatório, que as suas qualidades vão levar um sistema de som hi-end a um patamar muito mais elevado ou perfeito, e tudo que existia até então acabou de ser superado por aquele novo produto.

Será essa a realidade que se esconde pelos exageros das avaliações de equipamentos de áudio hi-end?

Já dizia o poeta francês Jean de La Fontaine:

“Falar é bom, calar é melhor, mas ambos são desagradáveis quando levados ao exagero.”

exagero2

 

* Nota de Rodapé
Cabos não possuem “equilíbrio tonal”, “musicalidade”, etc. Cabos são condutores de corrente elétrica, contínua ou composta de variações de amplitude e frequência. As características mencionadas são efeitos provocados pelo tratamento destes sinais elétricos depois de passar por todo o sistema de som e interagir com a sala e com os nossos ouvidos. Cabos não possuem características sonoras, e sim elétricas.

 

 

17 Comentários

  1. Eduardo,
    Parabéns! Voce escreve muito bem, vai direto ao ponto com uma visão clara e certeira do tema que aborda.
    Sou fã deste blog, e pela primeira vez vejo alguém tratando destes assuntos com a seriedade que eles merecem, e livres de intenções comerciais que é exatamente o que mais observamos hoje no dito meio especializado.
    Continue assim.
    Um abraço deste admirador.
    Mogrvits

  2. Esse blog me faz rir, mas num sentido de respeito ao que é escrito aqui e pelo conteúdo sarcástico como ele expõe a realidade.
    Há muito tempo acompanho o que vocês escrevem e só posso lhes pedir uma coisa: NÃO PAREM !!!
    Esse contraponto que vocês fazem com essa fantasia anêmica que anda tomando conta da cabeça dos audiófilos é o que faz toda a diferença para quem busca um som hi-end, e não uma aparência de sistema hi-end.

    Gostaria de colaborar com os meus conhecimentos profissionais sobre alguns temas aqui tratados. Como posso fazê-lo?
    É uma contribuição gratuita, até como reconhecimento e retribuição pelo muito que já aprendi aqui.

    Fico à disposição.

    Drausio

  3. Meu caro Eduardo,

    Infelizmente não posso usar o meu nome porque já fui colaborador de um veículo de informação que você comenta, e minhas opiniões podem me colocar “no gelo”. Infelizmente é assim que as coisas funcionam neste meio.

    Admiro a sua ousadia, a sua coragem e determinação ao tratar o áudio high-end com um enfoque mais correto, mais honesto e realista.
    Há muito tempo precisávamos de alguém que reunisse qualidades para enfrentar a acomodação e a baderna que este segmento virou.

    O mercado é muito promíscuo, e os interesses envolvidos são muito complicados.
    Há muito anos, lá em 1999, quando se tentou implantar um sistema de avaliação de equipamentos mais “confiável”, houve uma rejeição muito grande por parte dos distribuidores de equipamentos. Isso não é nenhum segredo e foi até abertamente mencionado num artigo do grande amigo Holbein na edição de número 39 da revista Clube do Áudio, onde ele relatava a retaliação que estavam sofrendo.
    Chegou, o nobre amigo, a comentar que se a referida publicação atingisse a marca de 3.000 cópias vendidas, não precisaria mais abrigar e agradar anunciantes.

    Mas, a receita que os anúncios geram para uma publicação é muito grande. Poucos são aqueles que conseguem desprezar o ganho que isso proporciona. Posso citar algumas raras publicações nos mais diversos segmentos, inclusive de áudio.
    Na maioria dos casos os editores se rendem ao lucro proporcionado pelos anúncios, e atendem aos interesses dos anunciantes.
    Por essa razão você não vê produtos recebendo notas baixas, reprovados ou em testes comparativos, como ocorre em algumas publicações mais imparciais.
    Todo o cuidado é pouco para evitar que algum produto pareça ter um fraco desempenho aos olhos do mercado. Por isso você nota estes exageros nas avaliações, notas sempre elevadas e a impressão de que cada novo produto testado é uma “revolução” total de conceitos.

    Há muitos anos eu pensava: “Será que não vai aparecer ninguém para perceber isso?”
    Fico satisfeito em ver que você juntou a sua experiência de articulista que também foi (e que deixou a revista por não aceitar “vender” avaliação de produtos”, a sua experiência como engenheiro e empresário (pois é… acompanho seus textos com bastante atenção – principalmente no “Clube”), e a sua neutralidade e imparcialidade nesta guerra por não estar envolvido com este mercado, e apresentou uma nova visão aos consumidores.

    Muitos comerciantes sérios sofrem com isso. Você sabia disso?
    O mercado foi monopolizado por um pequeno grupo que praticamente escreveu as suas regras.
    Eu também estive em todos estes lados, e sei o quanto fui penalizado por ter as minhas opiniões.
    Quem não concorda com as regras, está fora.

    Diante disso o mercado foi se ajustando, e o objetivo foi o mesmo: todo mundo ganhar dinheiro.
    Todo mundo queria ter um comércio, e revistas e sites eram apenas um trampolim para isso. E mais uma vez um se liga ao outro para viabilizar o que? O lucro!!!
    O consumidor ficou em segundo plano. É apenas quem alimenta o mercado e por isso precisa ser sempre estimulado a comprar, comprar e comprar.

    É uma pena isso. Confesso que estou num deste polos hoje, mas tenho pelo menos mantido minha ética, perdendo terreno por querer ser honesto.
    Mas, ainda assim vale a pena, e é no que acredito.
    O Brasil poderia ser muito melhor se as pessoas fossem um pouco mais éticas e respeitassem as demais.

    Muitos sistemas caríssimos se sustentam hoje pelo marketing que criaram em cima do high-end, pois tocam igual ou menos a outros que custam a metade ou até muito menos.
    Você nunca verá um cabo de milhares de dólares receber uma nota ruim numa avaliação, e nunca verá também um cabo de dezenas de dólares receber pontuação elevada. Mas, acredite, isso existe, principalmente da direção do caro que é ordinário. Muitos cabos caros são meros placebos, mas se sustentam pela aparência e pela propaganda.
    Eu conheço pessoalmente um fabricante de cabos que fornecia alguns modelos desenvolvidos com as melhores técnicas possíveis de fabricação, mas os seus cabos não ganhavam pontuação elevada. Foi quando então ele resolveu colocar uma capa mais atraente, um conector mais bonito, multiplicou por 20 o preço de seus cabos, e passou a “colaborar” com o mercado de divulgação.
    Os mesmos cabos passaram a receber notas altíssimas e a serem elogiados com os já conhecidos exageros.

    Alguns fabricantes de amplificadores fizeram o mesmo, de toca-cds, de caixas acústicas, etc. Foi a explosão de preços no mercado.

    Quando eu fazia as minhas avaliações era comum o distribuidor me oferecer o equipamento testado por um preço muito abaixo de mercado, ou até como brinde. Era tentador. Isso dava para ganhar alguns trocados bem interessantes. Mas, eu tinha respeito próprio, e não caí em tentação.

    É uma pena uma realidade como essa.
    Porém, percebo que isso vem mudando aos poucos, e os consumidores tem sido mais cuidadosos em suas aquisições. E muito disso é parte do trabalho que você faz aqui, e que merece os nossos elogios.
    Pois, se alguém tem feito algo para mudar a situação triste em que se encontra o high-end no Brasil, e tem dado um novo panorama para que este hobby ganhe o respeito que merece, esse herói é você.

    Te desejo muito sucesso. Algum dia nos encontraremos, e acho que será em breve.

    Um grande abraço deste seu admirador e “puxa-saco”…. (risos)

  4. Olá, Eduardo.

    Conheci hoje o site e gostei muito. Já vi que vou ter muitas matérias para ler.

    Não faz muito tempo que entrei no mundo do som de qualidade (equipamento singelo, mas adoro escutar), e entrei num desses “clubes” de equipamentos que tem por aí em fóruns. Não resisti muito tempo… me dava angústia ler uma porção de coisas mirabolantes, simplesmente erradas. Percebi que nem valeria a pena tentar colocar algo diferente, uma vez que não tenho experiência nesse mercado.

    Como engenheiro eletricista, sempre fiquei impressionado como os caras conseguiam vender cabos de caixa tão caros e, o que é pior, os compradores escutavam essas diferenças BRUTAIS, GIGANTESCAS. Cabos de força, então… é o fim da picada.

    O grande problema é que eu tinha comprado apenas um receiver e um par de Silver 1 e já tinha gente recomendando cabos. Credo… mesmo que algum dia eu compre um cabo mais caro (pensando apenas em resistência física e estética, claro), isso vai ser uma das últimas compras, pois tem muita coisa significante pra mexer primeiro. Uma recomendação dessa só pode significar duas coisas: um usuário que jamais conseguirá acreditar que fez uma péssima compra, ou recomendação por interesse. Não deve ser fácil vender, mas quando conseguem, esses cabos devem dar um horror de lucro (mesmo os banhados no suor engarrafado de Mozart).

    Mas acho que isso reflete bastante o pensamento da sociedade, por isso não é exclusivo do mercado hi-end. Muitos querem pagar pelo status, pela diferenciação, não pela qualidade… querem “fazer inveja”. Mas, ainda assim, precisam justificar suas compras “tecnicamente” porque fica feio admitir o motivo da compra.

  5. “Puxa-Saco” (nem um pouco..)

    Agradeço muito as suas considerações.

    Acho que estamos indo no caminho certo.
    Por favor, me envie um e-mail. Sua identidade sempre será preservada com respeito.
    Tenho interesse em conversar alguns pontos com você.

    Abraços e obrigado pela participação.

  6. Olá Drausio,

    Toda colaboração é bem-vinda.
    Me envie por e-mail na página de contato.

    Obrigado,

    Abraços

  7. Olá Marcos,

    Muito obrigado pelas considerações. Espero que goste destas contribuições.

    Realmente você está certo. O mercado é cheio de armadilhas.
    Cada vez mais percebo uma conscientização geral de que luxo não é desempenho. O audiófilo precisa descobrir o que realmente deseja, se um sistema para mostrar para os amigos ou um sistema para tocar bem.
    Lógico que desempenho e beleza podem andar juntas, mas de forma honesta.

    Abraços

    Eduardo

  8. Olá caro Eduardo
    Começo por dizer que sou português vivendo em Portugal e que me interesso por Alta Fidelidade há muitos anos, práticamente desde que ouço musica, tendo eu já passado a barreira dos 50 anos de idade.
    Descobri o vosso site e fiquei fã imediatamente pelo facto óbvio da seriedade com que a alta fidelidade aqui é abordada.
    Desde sempre convivi com alguns dos melhores entusiastas do High End português ouvindo equipamentos de preços pornográficos. Sempre achei que muitos deles não valiam um décimo daquilo que custavam para os meus ouvidos claro está. Ao tomar conhecimento do vosso site e começando a ler os seus artigos de opinião fiquei feliz por constactar que as minhas impressões sobre esta matéria têm eco naquilo que o Eduardo pensa do High End, afinal não estou só nas minhas convicções.
    Irei seguir atentamente o vosso site e participar com os meus comentários construtivos para consigo aprender mais alguma coisa.
    Cumprimentos
    Bem Haja!

  9. Olá José,

    Agradeço muito a sua participação.
    Para mim é importante participações como a sua. Você sabe que este site não visa lucro e não aceita qualquer compensação financeira e, portanto, a satisfação do reconhecimento e a participação dos leitores é a principal motivação que encontro para continuar mantendo este espaço.

    É um prazer tê-lo conosco.

    Abraço,

    Eduardo

  10. Mas a Áudio e Vídeo está mesmo insuportável.
    Os testes estão pra la de absurdos. Toda hora uma produto revolucionário que vai criar a “terceira via sonora”. melhor eles contar direito porque já estão na vigésima via.
    Agora elogiam ao extremo os produtos que eles mesmos revendem e até com exclusividade.
    Aquela seção se cartas virou piada. Apenas 3 cartas e duas ainda respondidas com perguntas. Afinal, qual o interesse do leitor em ler aquilo?
    Respondam por email, pelo menos as que são respondidas com perguntas.
    Há anos atrás vejo a mesma coisa. Porque então afinal não colocam uma regrinha para as perguntas do tipo: Consultas técnicas devem conter os equipamentos, tamanho da sala, gosto musical, volume em que ouve, etc. Não é mais inteligente e produtivo?

    O mesmo sujeito que já criticou o vintage e a alta resolução, desta vez elogia as duas coisas. Tira o garoto de lá, por favor. Ele é muito chato.

    Outra coisa. os caras testam um cabo e publicam a foto de outro?
    Falam barbaridades de um cabo RCA mas a foto é de outro balanceado. O que é isso?
    Como perguntar não ofende… será que testaram o cabo certo?
    Outra coisa… falem do que sabem (o que parece bem pouco hoje) e não do que acham. Dizer que os cabos do mercado livre são falsificados por conta do baixo preço é demonstrar total falta de conhecimento do assunto.
    Só porque eles estão revendendo o cabo e não querem concorrentes não é preciso ficar inventando historinhas sobre o mercado livre.

    Eu já comprei muitos cabos no mercado livre e todos eram originais, principalmente da marca citada. Tem vendedores lá com reputação elevada, que atua há muitos anos no mercado livre justamente fornecendo cabos de qualidade de diversas marcas, e todos originais.
    Tem muitos vendedores que compram o cabo em rolos e fornecem na medida desejada, e qualquer um pode comprar estes cabos nos exterior, pagar as taxas de importação e vendê-los aqui quando bem entender.
    Então, não procede mais esta fantasia que estão tentando criar.
    Querem vender os cabos sozinhos?

    Dizer que o resultado do cabo beira a magia e bruxaria é ridículo também.
    Típico da publicação ao criar seus adjetivos exagerados como já foi citado aqui.
    Outra coisa, se é o cabo mais neutro que testaram, como ele consegue então amaciar excesso de agudos, graves pobres ganham qualidade, e ele consegue organizar até gravações ruins que o cara não ouvia há anos? Piada isso? Acordem e leiam pelo menos o que escrevem. Assim fica difícil acreditar nestas avaliações.

    Na especificação do cabo, ao contrário do que foi dito durante o teste, voltam a afirmar que ele é balanceado (o texto é bem claro: “ambos com terminação RCA”. Ou seja, o texto diz uma coisa, a foto outra, e a especificação outra.
    Difícil não? Um texto com evidentes exageros adjetivos, beirando o misticismo quando fala em magia e bruxaria, com informações contraditórias, e ainda um produto vendido com exclusividade por eles.
    Prefiro ficar com meus bons e velhos Audioquest que sempre me atenderam muito bem, e a levar em conta o que já ouvi daquele sistema nos shows de Hi-Fi, acho que meu sistema toca muito mais sem tantas bruxarias.

    Amigos, um conselho de graça. mudem a revista. contratem avaliadores capazes e menos arrogantes e não tão mal educados, equipem a sala com instrumentos de avaliação de verdade (estão baratos hoje), e levem mais a sério o que estão fazendo, ou a revista vai virar trimestral, semestral, anual e acabar de vez.
    O melhor mesmo seria vendê-la, para evitar esta relação muito próxima de interesses editoriais e comerciais.
    Vocês só vão ganhar com isso.

    Roger de Souza (Salvador – Bahia)

  11. Caro Eduardo, conheci hoje esse forum e estou estasiado com sua coragem em expor essa realidade, pois há tempos venho observando esses exageros em avaliações, colocando cabos como protagonistas no sistema.
    Admiro sua honestidade.

  12. Olá Moises,

    Agradeço o seu reconhecimento, o que me incentiva a continuar na luta para reverter esta situação de insanidade que se criou em torno do áudio hi-end.

    Um abraço

    Eduardo

  13. Muito bom.
    Pena que eles não se toquem. Na última edição pudemos ver outros exageros claros nos textos publicados.
    Cícero

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