Interferências das Lâmpadas Compactas – Quais as opções?

As lâmpadas fluorescentes compactas, ou econômicas, como também são chamadas, podem provocar interferências indesejadas no sistema de som, deteriorando a qualidade de áudio.

Costumo dizer que há muito exagero no que se refere ao áudio Hi-End, onde se criou um mundo de mitos que são constantemente alimentados por aqueles que faturam com a venda de acessórios inúteis.
Mesmo um equipamento sério pode conter alguns artifícios que nenhum valor agregam ao resultado final, e funcionam apenas como instrumento de marketing, influenciando o consumidor com vantagens que não existem de fato.

Se por um lado o áudio Hi-End convive com estes exageros, por outro lado vemos pouca preocupação com aspectos que influenciam diretamente e comprovadamente no desempenho de um sistema de som.
Basta ver a pouca preocupação que os audiófilos dão aos seus ouvidos (tema já discutido em vários artigos que publicamos aqui), ou à acústica da sala, ou ainda às vibrações dos componentes encontrados na sala de audição, entre outros.
Alguns pontos são desprezados por mero desconhecimento técnico, ou, como já tratamos em nossa série de artigos “Rumo à Customização”, entre outros que abordaram as nossas diferenças auditivas, por causarem sérios incômodos para quem sempre achou que possuía “ouvidos de ouro”, ou “treinados”, e sabe que assumir a realidade da diversidade auditiva pode colocar em xeque o próprio trabalho que realiza, baseado em análises subjetivas que comprometem as suas conclusões.

Nossa abordagem de hoje vai justamente de encontro a outro tema bastante desprezado pelo audiófilo, mas que comprovadamente afeta o resultado sonoro final de um sistema de som: a interferência causada pelas lâmpadas fluorescentes.

Se observarmos com atenção, veremos que as lâmpadas fluorescentes compactas, amplamente utilizadas hoje, trazem em suas embalagens um aviso importante e de texto idêntico que diz:

Esta lâmpada pode causar interferências em equipamentos eletro-eletrônicos.

interflamps

Em recente ida à um hipermercado, percebi que todas as marcas de lâmpadas compactas traziam esta informação, variando apenas o destaque dado a tão importante característica.

A razão não é muito simples, mas não entraremos em enfadonhas explicações técnicas, gráficos e fórmulas matemáticas para explicar como estas “inocentes” lâmpadas são capazes de gerar toda espécie de interferência elétrica, como distorção harmônica na rede elétrica, indução de ruídos também pela rede e até geração de RFI (interferência de rádio frequência), entre outras.
Ou seja, as interferências criadas por este tipo de lâmpada podem chegar em nossos sistemas pela rede elétrica ou pelo ar.

Muitos fabricantes desenvolvem tecnologias para tentar eliminar ou atenuar estas interferências, mas sabemos que a implementação de qualquer recurso para esta finalidade representa um custo, algo que os fabricantes querem reduzir para tornar os seus produtos mais competitivos.
Infelizmente, o nosso mercado brasileiro está infestado de produtos asiáticos de qualidade bem duvidosa, principalmente… de lâmpadas econômicas.
A maioria das lâmpadas vendidas hoje na maioria dos estabelecimentos comerciais são desenvolvidas e produzidas sem muita qualidade.
Alguma vez, por curiosidade, você já confirmou se elas realmente duram as 6.000 horas informadas? Tenho certeza que muitos ficariam decepcionados com a pouca durabilidade da maioria destas lâmpadas que muitas vezes não chegam nem na metade deste tempo prometido.

Existem exceções. Algumas lâmpadas produzidas por marcas tradicionais e reconhecidas pela qualidade de seus produtos costumam apresentar maior durabilidade e reduzida interferência, mas não espere demais.

Há aproximadamente 8 anos eu identifiquei uma distorção no meu sistema de som, e passei a pesquisar a causa. Depois de muitos testes, acabei identificando duas lâmpadas compactas instaladas na sala de audição e outra na saleta dos equipamentos como causadoras do problema.
Substituí as lâmpadas por lâmpadas incandescentes comuns, e o problema foi eliminado.
Depois que estas lâmpadas queimaram, acabei comprando novas lâmpadas fluorescentes compactas, e o problema voltou, me obrigando a refazer a opção.

As lâmpadas econômicas provocam, comprovadamente, ruídos diversos que se misturam à música. Em alguns casos induzem distorções harmônicas, contaminando principalmente as altas frequências (agudos), que se tornam mais estridentes, mais “ásperos”.
Lembrando sempre que estas interferências podem vir pela rede (Emissão Conduzida – CE) ou pelo ar (Emissão Radiada – RE).

Quando a interferência vem pela rede elétrica, a utilização de filtros pode ajudar, mas muitas vezes não são suficientes para eliminar os danos causados. Além disso, bons filtros custam caro, e são limitados naquilo que podem fazer.
Pelo ar, pouca coisa pode ser feita, já que interferências eletromagnéticas são bastante chatas de serem eliminadas.
A melhor solução é mesmo trocar as lâmpadas por modelos que não provocam estas consequências.

Lâmpadas de LED seria a solução? Não ! Já está comprovado que as lâmpadas de LED também provocam efeitos indesejados na rede elétrica.

É preciso muito cuidado quando se contrata um profissional para fazer o projeto de nossas casas ou para desenvolver especificamente a instalação elétrica, pois eles adoram usar lâmpadas fluorescentes e de LED, principalmente aquelas que criam efeitos cativantes ao olhar das pessoas.
Mas, normalmente, eles não estão preocupados ou até desconhecem os problemas provocados por estas opções.

E o que fazer então já que as lâmpadas incandescentes estão sendo retiradas do mercado?
Lamentavelmente os nossos legisladores não estão muito preocupados com isso, e cabe a nós a tarefa de buscar algumas soluções para tentar resolver o problema:

Solução 1 – Adquirir estoque de lâmpadas incandescentes

As lâmpadas com potência de 60, 100 ou mais Watts já estão proibidas para comercialização. As de 25 e 40W já tiveram a fabricação proibida a partir de 30.06.2015, mas ainda podem ser comercializadas até junho de 2016, ou seja, a partir de junho deste ano as lâmpadas incandescentes comuns estarão definitivamente banidas do mercado.
Mas, ainda é possível encontrar as lâmpadas de 25 e 40W, e com um arranjo certo pode-se associar várias lâmpadas para se obter iluminação equivalente a lâmpadas mais potentes.
A dica é comprar estas lâmpadas, que custam muito menos que uma lâmpada compacta fluorescente, e estocá-las.
Elas não irão provocar interferências em seu sistema de som.

Solução 2 – Optar por lâmpadas Halógenas

Recentemente algumas lojas e supermercados começaram a vender vários modelos de lâmpadas Halógenas.
O mais irônico é que estas lâmpadas também pertencem ao grupo das lâmpadas incandescentes, e funcionam de forma semelhante àquela.
A diferença em relação à lâmpada incandescente fica por conta  do filamento de tungstênio contido num pequeno invólucro de quartzo, que por sua vez contém um gás halógeno como o iodo ou o bromo, o que torna a lâmpada halógena em torno de 30% mais econômica que a incandescente comum.
Ela se parece com uma lâmpada incandescente tradicional, mas com outra pequena lâmpada dentro dela.
Esta lâmpada também não gera interferências prejudiciais ao equipamentos de som e, dependendo da marca, custa menos da metade do modelo fluorescente compacta equivalente.
Outra boa opção.

Solução 3 – Utilizar lâmpadas fluorescentes compactas de boa qualidade com filtragem

Esta é a solução a ser evitada, se possível, devendo ser considerada somente se as opções anteriores, por alguma razão, forem descartadas.
Lâmpadas fluorescentes eletrônicas de marcas confiáveis costumam apresentar interferências menores, e associadas a filtros de linha de qualidade, blindagens e aterramentos adequados dos equipamentos, podem atenuar significativamente as interferências indesejadas.
De todas as lâmpadas que já testei, e não foram poucas, os modelos da Philips sempre se mostraram melhores no quesito baixa emissão de interferências, além de serem mais robustas (não queimam fácil com surtos elétricos) e com durabilidade sempre maior que as demais.
Tive uma destas lâmpadas da Philips num portão de casa que durou 6 anos, acesa todas as noites, e suportou muitas tempestades com descargas elétricas. Outras marcas duravam alguns meses apenas, ou queimavam com o primeiro raio que viesse a cair.

tiposdelampadas

 

Importante salientar que as lâmpadas fluorescentes não são prejudiciais somente para a qualidade de áudio, mas também provocam interferências em equipamentos de vídeo e mau funcionamento em equipamentos eletroeletrônicos de um modo geral (inclusive controles remotos).

Finalmente, antes de comprar cabos caríssimos para obter o tal do “silêncio sepulcral”, ou para tentar melhorar o desempenho do seu sistema de som, experimente desligar (o melhor é retirar do soquete) todas as lâmpadas da casa (ou pelo menos da sala de audição) e ver como o seu sistema se comporta.
A solução pode estar aí.

18 Comentários

  1. Mais um artigo bastante interessante e esclarecedor.
    Vou fazer o teste sugerido e depois posto as minhas impressões aqui.
    Obrigado por compartilhar conosco mais essa experiência. Aprendo muito aqui.
    E saber que ainda tem gente que critica. No fórum que participo já desmereceram o seu teste do M1DAC, um sujeitinho arrogante e de intenções bem duvidosas. Só o que ele tem e faz é que presta.
    Jamais desanime com comentários levianos deste tipo, Eduardo.
    Muita gente aprende com você, e você tem muitos fãs.
    Paz e saúde.

    José Gregório (Gringo)

  2. Olá Gringo,

    Meu caro, eu não escrevo para “torcidas” do favor ou contra ao que penso.
    Minha proposta é levar uma opinião honesta, imparcial e o mais embasada possível sobre os diversos temas da audiofilia, tão bombardeada por inúmeras bobagens por muitos anos.

    Sei que isso causa algum melindre para quem sempre acreditou e defendeu tudo o que lia e o que ouvia, de fontes normalmente condicionadas aos seus interesses comerciais.
    Para estes consumidores tem muitos espaços virtuais e periódicos impressos que publicam o só que eles querem ouvir, e que aos poucos estão sucumbindo diante dos mitos e das fantasias que eles próprios criaram.
    Esta semana mesmo recebi um pedido de desculpas de um conhecido articulista de uma não menos conhecida publicação, por ter duvidado e criticado algo que eu publiquei (sobre o fato de ouvirmos diferente). Segundo ele, no último final de semana ele viveu uma experiência muito esclarecedora sobre essa questão, que o fez finalmente enxergar os fatos como eles realmente são.

    Fique tranquilo que este tipo de reação não me desanima. Pelo contrário, me dá mais forças e ânimo para tentar mudar essa triste realidade que tomou conta de nosso hobby.

    Abração

    Eduardo

  3. Concordo com você, sempre coerente e sensato em seus comentários, e fico satisfeito de saber que isso não te incomoda.
    Uma dúvida: o tal do crítico de plantão disse que o amplificador de pré do upgrade do Luis é OPA327 de uma sonoridade quente, mas apenas uma postagem depois ele diz que é o OPA627 que o Luis utiliza com uma sonoridade mais natural. Além de eu ficar pasmo (como ele diz) com tanta contradição, eu gostaria de saber de você se souber me responder, se você percebeu essa diferença de calor.
    Te agradeço mais uma vez pela ajuda, aliás se me permitir eu gostaria de contribuir com o Hi-Fi Planet com uma tabela resumo que fiz das cápsulas de TD e características existentes no mercado hoje, o que ajudará muita gente na seleção e ajuste. Já te falei sobre isso uma vez.
    Muito obrigado.
    Muita paz e saúde para você.

    José Gregório (Gringo)

  4. Caro Gringo,

    É impressionante como tem “doutores” neste hobby que, travestidos de “técnicos especialistas em tudo” conseguem dizer coisas sem sentido e sem qualquer embasamento técnico.

    O OPA627 é o Amplificador Operacional utilizado pelo Luis Flugge em seu upgrade. Esta é a informação correta, te garanto.

    Quanto à sonoridade “quente”, gostaria que alguém me explicasse o que é isso. Se for o “calor” que muitos se referem em relação às médias frequências mais destacadas de um amplificador valvulado, por exemplo, isso nada tem a ver com o fato do circuito utilizar o OPA627, mas da topologia de projeto onde ele é inserido, onde o projetista consegue “ajustar” a sonoridade ao seu gosto, se assim o desejar.

    A Rega, um fabricante inglês de equipamentos de áudio, costumava fazer uso deste artifício no passado, o que levava muitos usuários a afirmar que o som dos integrados transistorizados da Rega se aproximavam muito do som “quente” das válvulas.

    Mas, gostaria que os comentários ficassem no âmbito dos textos aqui publicados, e não fossem importados de discussões de outros espaços. Cada um pode dizer o que quiser e como achar melhor. Realmente isso não me importa.

    Seria interessante, também, que questões relativas ao upgrade do M1DAC fossem dirigidas para o referido artigo, já que aqui estamos abordando um tema diferente, das lâmpadas fluorescentes compactas e os danos que elas causam a um sistema de som.

    Fique à vontade para enviar a sua colaboração que terei muita satisfação em publicá-la aqui. Você já tinha me comentado sobre este trabalho e achei ele bem interessante.

    Abração

    Eduardo

  5. Muito interessante este artigo, pois já tive um problema com estas lâmpadas vagabundas vendidas aqui.
    Depois que troquei uma lâmpada do quarto ao lado da sala notei que meu CD player da Meridian começou a travar, e não era pouco chegando a apresentar várias falhas num único disco.
    Quando eu ligava a lâmpada do quarto e uma TV plasma Samsung que tenho nele, aparecia uma faixa fina que ficava correndo horizontalmente na tela.
    Troquei a lâmpada por outra da Osram e o problema da TV sumiu, e coincidentemente do player também. Só podia ser ela.

    Tem muito palpiteiro nesse segmento hi-end.
    Os caras criticam tudo, viciados nas besteiras que lhes ensinaram ao longo de anos.
    Sou fã deste blog e aprendi muito aqui.
    O maior exemplo foi justamente com cabos, onde se concentra a maioria das críticas que vejo de um ou outro que falam mal.
    Gastei muito até entender como funcionavam esses voodoos de cabos, e hoje tenho um sistema afinado com cabos justos e honestos.

    Vamos em frente.

  6. Olá amigo Eduardo. Excelente artigo!!! Parabéns mais uma vez.
    É incrível como as lâmpadas evoluíram no quesito economia mas retrocederam na qualidade. Aliás, como quase tudo que é produzido em larga escala atualmente. E não é só na questão de durabilidade e interferência mas também no tipo de iluminação produzida. Hoje temos opções como fluor e led para iluminar mas nota-se, claramente (pelo menos quem tem um pouco mais de exigência como eu), que a luz é sempre muito branca e fria, quase azulada, criando um ambiente hospitalar. Em bares ou restaurantes é normal deparar-se com atmosferas impessoais e frias, incompatíveis com um ambiente que espera-se aconchegante que se pretende em locais de descanso e confraternização. Em casa é a mesma coisa. Além disso tudo, ainda há a questão das interferências, como muito bem posto por sua parte. Aqui eu preferi usar as halógenas por sua iluminação mais quente, durabilidade e economia relativamente boas e pela garantia de não interferência nos equipamentos da casa. Infelizmente, não pode-se contar com essa questão quanto aos vizinhos…

    Abraços

  7. Olá Flintstone,

    Obrigado pelo incentivo. É isso aí… vamos em frente.

    Abraço

    Eduardo

  8. Olá Fábio,

    Obrigado.
    Pois é… os usuários concentram demais as suas atenções em equipamentos de áudio, e esquecem outros fatores que influenciam diretamente o desempenho de seus sistemas.

    Agradeço as suas considerações sobre este tema.

    Abraço

    Eduardo

  9. Olá, Eduardo.
    Parabéns por mais um bom artigo. Só fiquei em dúvida se ao se referir às lâmpadas halógenas você inclui as que operam com dimmer ou não. E em relação a estes, tem algum tipo ou marca melhor que outro(a)?

    Por fim, em relação às interferências RFI das fluorescentes, você chegou a testar a que distância do sistema de som a influência dessas lâmpadas seria desprezível? Só uma ideia.

    Abraço.

  10. Olá Jomal,

    Acho que você já estava desistindo de ver alguma resposta aqui… rsrsrsss. desculpe a demora, mas a correria com o trabalho me deixa pouco tempo para alguma coisa.

    Obrigado pelas considerações.

    Eu tenho encontrado poucas opções de lâmpadas halógenas onde resido. A maioria é Philips, e funcionam muito bem. Recomendo.

    Não cheguei a calcular a distância, mas elas geram “sujeira” na rede também, e não é pouca.

    Abraços

    Eduardo

  11. Primeiro gostaria de parabenizar pelo blog, bem imparcial e crítico nos pontos importantes, como esse das lâmpadas.

    Sou projetista e trabalho com elétrica, eletrônica e áudio há 20 anos (desde os 12), há 11 numa indústria de grande porte. Desde que eu iniciei nessa área, aprendi que fonte chaveada introduz harmônicos na rede e que o transformador introduz transientes eletromagnéticos que também sujam a rede em volta dele. Aí, com esse advento da lâmpada fluorescente compacta, simplesmente estamos introduzindo 10, 15, 20 ou mais pontos de “sujeira” em nossas redes domésticas e que não melhora com a adoção de leds porque o grande problema não é o tipo de lâmpada, e sim a fonte que está aclopada em cada uma. Além de sujar a rede elétrica, também temos o problema de gerar um lixo eletrônico valioso.
    Uma melhoria que poderia solucionar de vez o problema da interferência seria a adoção de iluminação 12 volts em corrente contínua. Esse tipo de iluminação é utilizada diariamente na indústria e é a mais segura para áreas classificadas (atmosfera explosiva), onde uma simples fagulha pode provocar um acidente de grandes proporções.
    Como vantagem, temos que só necessitaria de apenas UMA fonte 12VCC numa residência média, que poderia estar no painel de distribuição, uma fonte de boa qualidade custa muito pouco, a fiação poderia ser reduzida para fios mais finos, devido à maior eficiência e baixo consumo do LED, a própria lâmpada led ficaria mais barata por não precisar ter uma fonte em cada lâmpada, além de ser mais seguro trabalhar com 12vcc do que com 127/220VCA. Também fica muito simples adotar sistema de emergência em caso de queda de energia, bastando adicionar uma bateria ao painel. A outra vantagem seria a valorização dos profissionais qualificados da área elétrica, não teria como “pagar ao pedreiro” para fazer parte elétrica numa residência simples, quanto mais numa sala de vídeo Hi-Fi. As vantagens são inúmeras.

    Nesse contexto, a mesma legislação que definiu a extinção da lâmpada de filamento deveria ter introduzido a obrigatoriedade de eletricistas aprenderem o básico de iluminação VCC a fim de preparar o terreno para uma mudança futura (5 anos seria um prazo justo), pois todo profissional da área é obrigado a fazer reciclagem de NR-10 anualmente. Mas como você mesmo tenta alertar sobre os interesses por trás de certas publicações “especializadas”, também existem interesses por trás de legislações que vão muito além do que o bem-estar público.

  12. Olá Roberotto,

    Muito interessantes as suas observações.
    Obrigado por contribuir com este espaço.

    Abraço

    Eduardo

  13. Isso é o que temos, um Brasil depravado, desinformado e com uma péssima reputação.

    Mas como nós brasileiros somos os que mais sabem dar um jeitinho, mesmo os profissional alertando não resolvem (os políticos que fazem as legislações).

    As vezes desanima, mas é o que nos da força para mostrarmos que juntos conseguimos.

  14. BOA TARDE.

    Sempre que posso dou uma olhada nesse nobre grupo. À alguns dias me “filiei” oficialmente e espero poder também colaborar no que puder.
    Sou absolutamente contra os Sites e grupos viciados em falar de coisas muiiito caras e extravagantes e também como engenheiro eletrônico não suporto fanfarrices e mitologias.
    enfim espero poder auxiliar.

    Em tempo, o “Som quente” atribuído a alguns equipamentos valvulares (os que são bem projetados e construídos com esmero), é devido ao modo como as válvulas amplificam (tensão e/ou corrente). a curva de transferência (ligada à transcondutância do dispositivo), de uma válvula amplificadora de tensão (um tríodo geralmente), provoca uma certa distorção sutil mas presente, que torna o atraso de grupo acentuado em algumas frequência. do ponto de vista apenas de resposta de frequência é quase uma filtragem passa banda (corte de graves e agudos), mas do ponto de vista de resposta de fase (a qual o nosso ouvido é até mais sensível), é menos danosos que um filtro BP. a audição nos apresenta um som mais aveludado (as válvulas literalmente arredondam as arestas de sinais abruptos (literalmente quadrados ), mas não de forma linear e dependente de vários fatores que tornão o efeito de certa forma aleatório oque o torna menos repetitivo e portanto com menor contaminação harmônica. um dos fatores que influenciam esse efeito é o ganho do estágio (fácil de ajustar), outro é a temperatura do filamento e da nuvem eletrônica (mais difícil de controlar, mas não impossível), o terceiro é intrínseco ao componente e sua construção e não há quase nada a fazer.
    Em suma existe uma infidelidade harmônica em um dispositivo valvular que acaba criando impressão subjetiva de um Som Quente (como muito bem dito em um de seus artigos sobre influencia de cabos).
    lembramos que para se conseguir uma resposta adequada de um sistema valvular os cuidados no projeto e principalmente na execução do mesmo são muito mais críticos que em projetos com estado sólido. além do fato que não esta nada fácil conseguir válvulas que prestem.

  15. É necessário muito mais que filtragem nos circuitos interferentes e interferidos para fugir da IEM (EMI e RFI em inglês). O uso de CC pode minimizar mas não eliminará (a própria fonte pode ser outra fonte de EMI. são dois (três na verdade, mas dois são os principais), modos de EMI;
    1 – condução direta
    2 – irradiação

    No primeiro caso existe o compartilhamento de um mesmo circuito. nesse caso o uso de filtros de EMI aliado a uma separação física dos circuitos faz uma boa redução na maioria dos casos.

    No segundo caso é necessário o uso de blindagens em cabos e equipamentos, além do dispositivo emissor de RFI.

    o pior é que os LED são até piores que as fluorescentes PL e LFC.

  16. Olá Álvaro,

    Obrigado pelas suas contribuições.
    Se quiser escrever um artigo sobre este tema, que já percebi que você domina, será um prazer publicá-lo aqui.

    Abraços

    Eduardo

  17. Olá Eduardo, muito bom o artigo, e em ótimo momento, comecei a construir a minha sala dedicada e vou usar lâmpadas halógenas. Você recomenda tirar do soquete lâmpadas led que já estejam instaladas na sala, mesmo desligadas elas podem gerar interferência?

    Grato pelas informações!

    Saulo

  18. Olá Saulo

    Desligadas elas não provocam interferências, fique tranquilo.
    O problema maior são as fluorescentes, as de LED você pode até fazer um teste com boas marcas. Recomendo as da Philips. As da Osram era boas, mas estão me decepcionando ultimamente. As marcas chinesas e algumas populares de supermercado, melhor evitar…

    Abraço

    Eduardo

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