“Hi-End” … Estamos Mesmo na Direção Certa?

Gostaria de compartilhar com os nossos leitores um e-mail que recebi de um respeitado audiófilo e editor de uma das mais importantes publicações do mundo sobre o assunto.
Neste momento, percebo que estamos convergindo, infelizmente muito lentamente, para um entendimento melhor sobre a reprodução de áudio em alta-fidelidade.

Há alguns anos, numa viagem aos Estados Unidos, tive a satisfação de conhecer pessoalmente o editor de uma conhecida publicação de áudio hi-end, com quem já mantinha algum contato por e-mail.
A amizade se estreitou, e passamos a cenversar muito sobre diversos temas relacionados ao hobby em comum. Depois que escrevi um artigo sobre o erro de utilizarmos o “som ao vivo” como referência absoluta, começamos um debate muito interessante sobre o tema, que inclusive foi citado em sua revista.

Acredito que todos sabem de quem estou falando, mas como não tenho autorização para publicar “oficialmente” seu texto, prefiro não citar seu nome ou sua revista aqui.

Depois que publiquei o recente teste comparativo de cabos, recebi o longo e-mail, e alguns trechos bastante interessantes  transcrevo aqui, com a devida tradução.

“Caro Eduardo

É com muita satisfação que li o seu novo artigo abordando o desempenho de diversos cabos em um teste comparativo. Motivo este que me fez refletir um pouco sobre alguns pontos que já conversamos, diante da coincidência de suas conclusões com as minhas.

Cabos acabaram se tornando um ponto controvertido demais, mas uma coisa é certa, estamos errando em algum lugar.
Com o seu teste aqui na minha frente, fico imaginando o quanto podemos somar quando compartilhamos opiniões maduras, conscientes e imparciais.
Há muito tempo defendo uma idéia bastante parecida com a sua, onde cabos teriam a qualidade de modificar a onda elétrica do sinal sonoro, mais ou menos na direção que você comentou certa vez do “equalizador passivo”.
Estive numa fábrica de cabos recentemente, especializada em aplicações especiais aeronáuticas e digitais.
Lá tivemos a oportunidade de realizar inúmeros testes em relação à condução elétrica dos sinais de áudio, e o comportamento de diversos cabos diante disso.
O resultado me surpreendeu
bastante, pois um bom cabo de cobre comum foi capaz de preservar plenamente toas as característica do sinal dentro das frequências de áudio. Curiosamente, numa direção oposta, cabos hi-end específicos para áudio, em diversas faixas de preço, provocaram sutis interferências na condução destes mesmos sinais.
Aqueles cabos baratos oferecidos pelo mercado por alguns poucos dólares realmente se mostraram problemáticos, principalmente na blindagem contra interferências e na qualidade dos condutores. Mas, cabos bem fabricados, de algumas dezenas de dólares, mostraram-se plenamente capazes de apresentar um desempenho correto para aplicação em áudio, e até nos melhor dos sistemas.

Dito isto, a conclusão que cheguei foi bastante parecida com a sua, os compradores estão usando cabos para modificar o desempenho de seus sistemas, seja para corrigir alguma deficiência ou para adequá-lo simplesmente ao seu gosto.
Veja que é algo bem parecido com aquela questão que magistralmente você levantou sobre o som ao vivo, que causou enorme impacto aqui na redação e entre nossos leitores, pois nunca paramos para pensar sobre isso, apenas aceitamos o legado que nos deixaram.
Depois de refletir muito sobre aquilo, acrescentei um novo problema na referência ao vivo: a posição dos microfones.
Quando ouvimos uma música ao vivo numa casa de apresentação, estamos a muitos metros de um piano, por exemplo. Mas, muitas gravadoras audiófilas posicionam o microfone junto ao instrumento com o objetivo de captar detalhes que façam a gravação parecer mais “precisa” e, ainda mais “hi-end“.
Se você ouvir o disco deste mesmo show em casa, poderá achar o som um pouco “agressivo” e sem “ambiência”, o que é normal em função da posição do microfone. Na tentativa de reconstruir o palco sonoro, o engenheiro de som ainda acrescentará outras “deformações” à gravação. Diante disso, sua reação natural será tentar ajustar seu sistema para corrigir o que você pensa ser um problema do seu sistema, e poderá utilizar-se de cabos nesta tentativa. Dependendo do cabo, ele poderá mesmo modificar o sinal trazendo o resultado mais perto do que você esperava. Veja que ao ajustar o som pelo que o usuário acha correto, ele vai estar prejudicando inúmeras outras gravações “mais corretas”.
Isso me leva a perceber porque muitas vezes troco o cabo do meu sistema por outro que havia já descartado, e ele parece melhorar.

Tenho uma quantidade realmente impressionante de cabos de áudio em casa, e depois de muitos testes ao longo de toda a minha vida, posso afirmar que preço realmente não tem qualquer ligação com o desempenho.
Em alguns momentos, prefiro cabos de poucos dólares, em outros, alguns muito caros.
Esta noite estava tentando entender o porque isso acontece, e cheguei a algumas conclusões que gostaria de compartilhar com você.

Se eu fosse começar todo o meu trabalho editorial hoje, o faria de forma completamente diferente.
Me lembro que uma vez você sugeriu acabar com a avaliação por classes de desempenho, e acredito que você naquela época já percebia o que sinto hoje.
Apesar da “paixão” que os audiófilos tem por testes
(reviews), eu não seguiria mais este atual formato. Você novamente está certo quando diz que esse formato de pontuar equipamento já está morto há tempos.

Avalio esta questão não somente em relação aos cabos de áudio, mas a todos os equipamentos.
Se eu tivesse que dar hoje uma nota de 0 a 10 a todos os amplificadores “sérios” do mercado, desde aqueles integrados de $299 até aquele “estado de arte” de $100 mil, eu ficaria entre notas 8 e 10, não dando necessariamente um 10 para o mais caro.
Todos os amplificadores “sérios” são capazes de proporcionar um resultado de muito bom nível, e isto tenho mencionado muito em meus testes recentemente publicados.
Mas, um fato muito curioso acontece frequentemente aqui na redação: amplificadores, caixas acústicas e qualquer outro equipamento agrada muito nos testes de avaliação auditiva, mas nos testes de laboratório se mostram um fiasco.
Meu caro Eduardo, qual a explicação para esta situação tão louca?
Amplificadores que receberam boa avaliação auditiva apresentaram elevada distorção e outros problemas na reprodução dos sinais de teste (e de música também). Caixas acústicas chegam a apresentar variações de até 1odB na faixa de reprodução, com picos inadmissíveis e distorções também inaceitáveis em nosso laboratório, mas, na prática, agrada mais que outro componente mais “perfeito”.
Veja, alguns tentam explicar que algumas distorções são benéficas, que o cérebro compensa algumas falhas, mas, convenhamos, isso é conversa. O que acontece é que, por alguma razão, aquela aberração acaba agradando, mas na prática o que se observa quando vamos mais a fundo é que realmente o som foi deteriorado.

Um dia eu troquei um cabo no meu sistema de referência, que você sabe, não é caro, pois a maioria dos caros equipamentos não consegue superá-lo. Notei uma sensação de melhora na dinâmica. Ela ficou bem mais evidente.
Neste dia, um engenheiro de som que produziu um dos discos que uso para teste estava comigo, e quando reproduzi o disco dele, ele logo gritou: “Meu Deus !!! o que você fez? acabou coma gravação que fiz com tanto cuidado”.
Neste dia que levei os cabos para teste no fabricante que lhe mencionei, ele realmente percebeu que este cabo provocava uma alteração do sinal, inclusive de fase. Em sua desmontagem e análise, ele encontrou uma construção de tal forma que mexeu profundamente com a indutância e a capacitância do cabo. Algo que nos pareceu um remendo, pois não era o cabo em si, mas o que foi acrescentado (e sem qualquer valor significativo).
Este cabo, de mais de $1.800, na verdade “manipulava” o sinal, modificando-o para pior, mas causando uma falsa sensação de melhor dinâmica. Curiosamente, muitos avaliadores de outras publicações ressaltaram essa qualidade (ou defeito).
Ou seja, fomos todos enganados e gostamos disso.

Lembra-se quando você me comentou que na fotografia acontecia algo semelhante? Muitas fotos eram manipuladas para suavizar os detalhes e realçar as cores, e todos gostavam mais destas imagens “falsas”?
Lembrei-me de suas palavras naquele momento.
Sem querer entrar na discussão eterna dos “objetivistas x subjetivistas”, a verdade é que talvez todos nós avaliadores estejamos errados, e tudo que fizemos até hoje esteja na direção errada.

Refleti, ainda, nesta mesma noite, sobre um outro fato interessante. Já reparou que nos grandes fóruns de discussão sobre áudio se fala quase exclusivamente de equipamentos? Sempre as mesmas discussões de cabos, de atualizações, deste ou daquele equipamento, mas, pouco se comenta sobre as gravações. Na mesma idéia acima, se eu tivesse que dar uma nota de 0 a 10 nas gravações “de bom nível” que as gravadoras nos oferece, eu daria de 2 a 7.
Nosso maior problema são as gravações, não os equipamentos.

Os audiófilos buscam o equipamento perfeito, mas não existem gravações perfeitas, e assim, o que eles encontram então?
Perceba que acabamos caindo no subjetivismo, por defeito. Tudo vai se tornando subjetivo.
Vamos nos afastando do que realmente interessa.

Toda esta questão de cabos, de preços de componentes, de discussões técnicas e subjetivas e tantas outras que vivemos no hi-end, perceba, está nos levando para um abismo. E o pior é que estamos gostando disso !!!

Considero você uma pessoa bastante crítica. Assim como eu, você tem reavaliado tudo o que foi dado como certo até agora, como se algumas etapas já estivessem superadas, mas não superamos nada, esta é a verdade.

Não acredito mais em cabos caros que alteram o som mais que um bom cabinho de cobre, em equipamentos sofisticados com altos níveis de distorção, em caixas acústicas sem resposta plana e outros componentes que “agradam” nossos ouvidos, mas “alteram o som ao seu jeito”.

Tomei uma decisão. Vou montar um sistema “correto”, sem distorções, sem “equalizações” de cabos e sem outras adulterações. Depois que tudo estiver “correto, vou adaptar minha sala e meus discos para o correto também, e só então avaliar se um equipamento está correto ou não.
Como você sugeriu em seu artigo, pagamos caro num cabo para enganarmos nosso cérebro. Não seria melhor então, como você também bem sugeriu, utilizarmos logo um equalizador? Fiz um teste com um antigo modelo da Pioneer que possuo, e consegui simular todas as alterações que normalmente obtenho com as trocas de cabos, atenuando ou reforçando algumas frequências, e tudo isso sem perda na qualidade geral do sistema.

A Hificritic realizou um teste comparativo certa vez onde os cabos baratos e muito caros se revezavam na preferência conforme o equipamento. Chamam isso de sinergia. Eu diria que, ao final, apenas se compensavam limitações, e ainda pelos ouvidos de cada um, e tão somente isso.

Podemos sim afirmar que talvez o mundo estivesse melhor sem nós, avaliadores, que o ideal seria cada um ir na loja, ver o que lhe agrada mais e depois testar na sua sala, e, definitivamente, parar com essa p… de mania de ficar mudando isso ou aquilo e achando que melhorou alguma coisa.”

Estes são os trechos mais importantes de seu e-mail, obviamente com uma argumentação mais longa e complexa, além de tantas outras experiências e citações. Mas, não é o objetivo deste artigo apenas publicar uma carta.
Se for autorizado, vou publicá-la na íntegra, em inglês.

Vivo hoje um momento de muita reflexão no que se refere ao áudio hi-end, e também de grande indignação e decepção. Por vezes, sinto que somos enganados.
Já não bastam os interesses pessoais e comerciais que poluem este hobby, agora questiono algumas metodologias que habitualmente aplicamos no nosso dia a dia. Reviews, upgrades, ajustes infindáveis, foco no equipamento e não na música, e outros pontos.

Acho que o consumidor está com sua atenção presa numa direção que talvez não seja a mais adequada. É hora de reavaliarmos alguns pontos baseados no que já percebemos aqui, e não ignorar o que descobrimos com rejeição ou resistência em mudar. Temos que seguir sem medo, e sem dar ouvidos àqueles que gostam de polemizar qualquer tema, que têm vínculos comerciais contaminando seus interesses, que decidem apenas com referência aos seus gostos e ouvidos (já vi muita gente com enorme perda auditiva discutir fervorosamente uma posição sobre determinado produto – isto é inaceitável!).

Tudo isso parece complicado. Começar do zero outra vez parece retroceder na história, mas estou certo que, se formos na direção certa, chegaremos a algum lugar, e não ficaremos mais vendo estas longas discussões sobre cabos fazerem ou não diferença, sobre o questionamento de reviews, sobre esta guerra de marcas e opiniões, etc.

Com carros é assim. Podemos medir seu desempenho pelo seu tempo gasto para ir de 0 a 100km/h, pela sua velocidade máxima, retomada de velocidade, etc. Podemos medir sua estabilidade pelo raio de uma curva e sua velocidade em diversos pisos e condições. Medir sua capacidade de frenagem pelo seu arraste em diversos pisos. Seu consumo médio em determinadas condições de tráfego, etc. Com tudo isso temos uma noção bem clara do que esperar em termos de desempenho de um carro. Tudo mensurável e real.

Em vídeo é a mesma coisa. Temos inúmeros testes objetivos que avaliam os circuitos de formação de imagem, colorímetros para avaliar a precisão das cores, medição de taxas de contraste, brilho, etc.

Claro que, tanto no carro como no vídeo, podemos decidir qual o melhor para nós. Um carro que seja menos rápido pode nos parecer mais fácil de controlar. Uma imagem com cores mais vibrantes pode nos parecer mais interessante. Mas tudo isso são decisões subjetivas, pessoais.

Porque o áudio hi-end tem que ser tão cheio de mistérios? Porque não devemos aceitar as medições de laboratório? Porque devemos acreditar em um determinado review, feito com inúmeros critérios e complicadas metodologias, mas que ao final depende de quem “emprestou” seus ouvidos (e de seus compromissos com os anunciantes)? Porque devemos pagar caro por cabos que ao final “alteram” o som ao seu bel-prazer e sem uma explicação minimamente aceitável do fabricante do porquê do seu preço tão elevado?
Em minha opinião, a explicação é uma só: muita gente querendo faturar em um mercado que gasta tudo o que tem em nome do discutível objetivo de atingir o “topo do pinheiro”, ou o “estado de arte”, mas que na verdade se contenta com a distorção e a ilusão de outras anomalias que lhe parecem mais corretas.

Olhemos para as discussões em fóruns. Vamos acordar !!! As discussões de hoje são as mesmas de 10 anos atrás.
E todos continuam olhando para a mesma direção. Quando alguém tenta inovar é massacrado por aqueles que se julgam donos da verdade porque com elas conviveram todos estes anos sem jamais questioná-las, ou então são contestados por “elementos” (que muitas vezes nem existem de fato) que trabalham no interesse de terceiros.

Está na hora de pararmos de enxergar o hi-end como algo inexplicável, um ente misterioso e que foge de qualquer explicação científica e real. É apenas música !!! Sim, “música”, aquilo que a maioria se esquece quando se concentra em seus equipamentos e naquela “faixa de teste” (a maioria dos audiófilos não conseguem ouvir uma música inteira).
A obrigação do equipamento é reproduzir fielmente o que está gravado, nada mais do que isso, e, convenhamos, a maior parte dos equipamentos fazem isso com total tranquilidade. A eletrônica hoje é capaz de proporcionar grande fidelidade com simplicidade, e a um custo muito baixo.

A partir disso, providenciar um tratamento acústico e elétrico para corrigir alguns problemas, e está pronta a receita !!!

Mas, será que o resultado seria este mesmo ao vivo? Claro que não !!! Pois na verdade ele nem existe. O piano que você ouviu num show foi gravado sem a mesma condição que você participou e numa outra sala. E aí? Você vai colocar o piano na sua sala, gravar um disco no local com absoluta fidelidade e aí então ajustar seu sistema? Faça isso, com o maior número de instrumentos possíveis, com todas as variáveis presentes, com todos os ajustes subjetivos enganados pelos seus ouvidos, e talvez consiga um dia, daqui, digamos, uns cem anos, sentar-se e sentir o prazer de ouvir uma música, coisa que você certamente fazia antes de descobrir o hi-end.

Não sou contra quem gosta de ajustar seu sistema. Não sou contra quem aprecia realizar mudanças e testes, Também faço isso. Mas, vamos ter cuidado para não sermos abusados pelos aproveitadores que infestam nosso mercado.

Vamos transformar nosso hobby num prazer, e não numa obsessão cara, desnecessária e sem fim.

13 Comentários

  1. Caro Eduardo,
    Muito interessante este email dele eo ponto de vista de você tbm, seria bom saber quem é este crítico estrangeiro?
    Seria ótimo ele deixar os leitores de sua revista plenamente informados de tão importante análise, se os anunciantes concordarem…rs rs rs
    E existem milhões de jovens audiófilos ou nem isso que não sabem desta situação caótica no mercado e serão enganados pelos fabricantes e lojistas, antes da internet era impossível desconfiar de tal situação.
    E somente pessoas acima de 40/50 anos sabiam disto pela longa experiência de vida.
    Eu perto dos 50 descobrir o que os japoneses e alemães já saber a décadas, que o amp ideal na prática é um valvulado SET integrado c/ um sonofletor c/ falante fullrange, sem divisor…
    Site maravilhoso, parabéns, podia ser um fórum…

  2. Meu caro Eduardo,
    Você sabe que não gosto de escrever muito, mas quero parabelizá-lo por seus textos, sempre bem interessantes e com conteúdos realmente claros, objetivos e verdadeiros.
    É imcrível como estas verdades estão na nossa cara e não conseguimos (ou não queremos) enxergá-las.
    Depois que conheci seu sistema, suas novas caixas e o trabalho cuidadoso que você teve para criar um sistema “honesto”, mudei até alguns conceitos que eu tinha, e divulgo entre os amigos.
    Parabéns por este site maravilhoso, e sem igual (nem melhor…rsrsrs…).
    Jamais deixe contaminar como outros espaços fizeram. Abandonei o fórum que participava pois não aguentava mais perceber o que realmente rolava por lá, e a cada dia temos menos opções.
    Espero e torço que este também não se deixe levar pelo que você mesmo chama de “interesses obscuros”.
    Forte abraço, meu amigo.
    Logo estarei em São Paulo e irei visitá-lo.
    Emílio

  3. Caro FullRange,

    Se ele permitir, eu o apresento, mas está fácil.
    Mantenho contato com bastante gente ligada a várias publicações que, se não sou muito fã pois também tem seus “interesses”, pelo menos tem gente boa e honesta, disposta a trocar experiências interessantes.
    Dentre estas, converso muito com o pessoal da Absolute Sound, Stereophile, Hi-Fi Choice, What Hi-Fi, etc.
    São inúmeras publicações bem interessantes, e é possível fazer assinaturas com bastante segurança. Fica num preço bem interessante, e nem se compara a algumas que temos por aqui.

    Não é minha intenção criar um fórum aberto. Esta é um coisa bem complicada. Já participei de alguns fóruns, e é muito difícil controlar o que acontece nele, o que acaba atraindo muita gente com interesses diversos, e não para trocar experiências e idéias.
    Acaba virando uma “feira livre”, com muita bagunça e muitos usuários falsos querendo apenas tirar vantagem do espaço.
    Criei o Clube do Audiófilo, um fórum restrito somente para audiófilos que realmente se interessem pelo áudio de forma madura, inteligente e responsável.
    Se quiser participar, envie um e-mail com uma apresentação.
    Será uma satisfação.

    Abraço

    Eduardo

  4. Meu caríssimo Emílio,

    É uma grata satisfação ler uma mensagem sua. Você anda sumido…

    Não se preocupe. Este site é um hobby, e não tenho qualquer razão para utilizá-lo de outras forma senão desta.
    Você sabe que vivo de atividades completamente distintas, e com sucesso no que faço, e por isso não há nenhum motivo para imaginar que um dia eu possa ter qualquer interesse comercial neste segmento.

    Participe sempre.

    Forte abraço,

    Eduardo

  5. Excelente o texto, é muito difícil expressar certas coisas com palavras, mas o autor acertou em cheio. Já li um artigo que demonstrou que condutores de cobre só começam a degradar um sinal a partir de 250kHz, ou seja, até esta freqüência todos se comportam absolutamente iguais, do cobre barato e ordinário até o OFC 99,99999999%, e como a faixa humana audível é de 20 Hz a 20kHz, nada faz diferença, a não ser que o fabricante use artifícios para intencionalmente deturpar o som, que parece é o que se descobriu agora. Está na cara que os fabricantes abusam disso e também alguns profissionais inescrupulosos que vivem de alavancar as vendas de determinados produtos, auferindo vantagens pessoais óbvias. No fundo acredito que o que muda mesmo é a percepção dentro do nosso cérebro, onde cada um tem um parâmetro que utiliza para achar se algo é bom ou ruim, não podendo ser referência para os outros, sendo que a ilusão faz parte do negócio, igual a mágica/prestidigitação e certas figuras que visam distorcer a realidade, enganando o nosso cérebro. Enquanto isso temos no mercado cada vez mais equipamentos custando dezenas de milhares de euros, caixas milionárias, cabos de ouro e prata e etc. O céu é o limite…

  6. Caro Eduardo, mais um excelente artigo ! Acredito que o amadurecimento do hobbista seja lento, porém inexorável. Hoje temos um oráculo [internet] que nos permite o aflorar íntimo da verdade, basta saber sermos seletivos e criteriosos. Naturalmente, os indivíduos que se utilizam mais eficaz e freqüentemente da massa cinzenta cruzarão esta tênue linha de chegada, que separa o comercio da verdade. Independente destes fatos, infelizmente haverá sempre aqueles que não terão esta “sorte” e continuarão a sustentar certa quantidade de “empresários”. Repito a, já famosa, frase do Fibra: “O sistema está na mente e não no bolso”.

    Forte Abraço.

  7. Caro Arielcs,

    Obrigado, é uma satisfação a sua participação aqui.

    Abraço

    Eduardo

  8. Ouví recentemente um Mark Levinson 33 com caixas Revel Ultima Studio na residência de um audiófilo milionário no triangulo mineiro,som espetacular,relaxante,muito bom para a alma,pedi pra êle colocar um cd que tem uma música de referência,soberbo o som tirado.Já em casa,coloquei a mesma música,ainda com a memória auditiva presente,som espetacular,relaxante,muito bom para a alma.Logistas pra que trocar meu velho e surrado setup?!O melhor SOM do mundo é aquele que ao ser ouvido te faz bater os pés,se não bater não é bom som,é uma regra,pense nisso.Eduardo um abraço.Aurélio.

  9. Excelente texto.
    Se juntarmos este texto com aquele do teste comparativo de cabos, vamos perceber uma estreita ligação entre os dois.
    Suas opiniões estão seguindo uma tendência de outras publicações sérias do exterior (infelizmente aqui nada é levado muito a sério).
    Parabéns pelo site. Mas não suma tanto. Sinto falta de novos artigos.
    Um abraço.

  10. Caro Avant,

    A idéia é justamente mostrar um universo de áudio hi-end real, e não aquele que alguns oportunistas tentam fantasiar.

    Desculpe a ausência, mas minhas atividades profissionais ocuparam muito meu tempo nestes últimos dias.

    Abraço,

    Eduardo

  11. Caro Eduardo,

    Parabéns. Finalmente temos um site onde os fatos do áudio são apresentados dentro de uma perspectiva mais real. Como engenheiro, sem ser cético, estou cansado de ouvir que especificações não valem nada. É claro que o instrumento maior de avaliação é o aparelho auditivo, mas é demais confiar naqueles que afirmam que “meu critério é A REFERÊNCIA…”, impossível. Vamos valorizar o nosso hobby: o áudio pelo áudio e não transformar o “radinho de pilha” em um sistema de referência com a troca de um cabo de força.

    Abraço,

    Milton

  12. Caro Milton,

    Infelizmente a idéia é confundir o consumidor, e quando você vê algumas publicações, com textos assinados por aqueles que se julgam “consultores de áudio”, dizendo que medições e especificações são de pouco valor, percebe o quanto abrangente são as “garras” dos aproveitadores da inocência de alguns consumidores.
    Nosso objetivo é amadurecer esse mercado, mas na direção certa. Para isso é necessário que os formadores de opinião não tenham interesses em vender cabos, favorecer anunciantes, realizar eventos comerciais, etc…

    Obrigado por participar deste espaço.

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*