Construa um Cabo de Força “Hi-End”

Aprenda aqui como construir um cabo de força de ótima qualidade para o seu equipamento, sem gastar a fortuna dos cabos de grife.

SOBRE OS CABOS “HI-END” ou “AUDIÓFILO”

Tenho me aprofundado muito nesta questão de cabos “hi-end” ou “audiófilo”, nomenclatura normalmente utilizada para dar a estes acessórios um status de maior importância pela sua aplicação tão nobre no “místico” universo do áudio hi-end.

Cabos de força têm a simples função de conduzir a alimentação (corrente elétrica) das tomadas aos nossos aparelhos, mas, como todo componente utilizado em nosso hobby chique, eles ganham uma importância extremamente exagerada, e através de explicações técnicas e construtivas pouco convincentes, acabam revestidos de supostas características especiais que, somadas à uma grife renomada, tornam o preço destes cabos muitas vezes mais caro que uma jóia de ouro e diamantes.

Antes de continuarmos, vamos responder a algumas perguntas que você sempre teve vontade de fazer, mas nunca alguém teve coragem de lhe responder:

1. Existem diferenças audíveis entre cabos de áudio?
Sim, existem, como pudemos ver em nosso teste comparativo.

2. Elas são tão exageradas como algumas pessoas costumam afirmar?
Não, as diferenças são sutis, a não ser que você compare um cabo subdimensionado, de péssima qualidade com conectores oxidados, com outro cabo muito bem construído e feito para a aplicação correta.

3. Mas o teste comparativo entre cabos recentemente realizado pelo Hi-Fi Planet mostrou diferenças de notas significativas, chegando a apontar um cabo mais barato como bem melhor que outro mais caro. Porque isso?
A pontuação apresentada em nosso teste de cabos foi posicional, e não de valor. Explicamos isso ao mencionar naquele teste que: “uma nota 5 significa que determinado resultado foi superior à um de nota 1, mas sem querer atribuir equivalências do tipo: 1-péssimo; 2-apenas ruim; … 5-Excelente.”
Alguns leitores, menos atentos, entenderam que um cabo com nota 5 foi muito superior a outro de nota 2. Na verdade, o de nota cinco agradou um pouco mais que os que estavam na média 3. Porém, todos os cabos cumpriram bem suas funções, e mesmo aqueles que posicionalmente ficaram abaixo da média, também poderiam ser utilizados e até ser confundidos com o melhor do grupo numa audição menos atenta. É preciso entender como funcionou a metodologia daquele teste.

4. Mas, como alguns avaliadores de revistas, fóruns e sites elogiam tanto alguns cabos em relação a outros que chegam a ser considerados “imprestáveis”?
Acho que o melhor aqui é perguntar para eles.
Realmente, às vezes nos deparamos com depoimentos bem estranhos, inclusive de alguns que se autodenominam “consultores”, mas que não possuem a menor bagagem técnica para isso, ou sequer qualquer formação acadêmica no assunto. Realizam testes “de ouvidos”, em caixas acústicas já obsoletas e surradas pelos testes contínuos, sem qualquer medição técnica para respaldo científico, e sempre valorizando seus preciosos e “perfeitos” ouvidos “treinados”.
Cito duas situações curiosas. A primeira li numa publicação nacional. O avaliador dizia que determinado cabo de força proporcionou ao seu sistema um silêncio de fundo “sepulcral”, que ele jamais havia obtido antes, um silêncio total onde só a música se fazia presente. O cabo foi adotado pelo avaliador em seu sistema. Bem, algumas edições posteriores, testando um novo cabo de força em outro equipamento do sistema, ele citou que houve uma significativa redução do ruído de fundo do seu sistema !!! Alguém consegue entender isso? Como você pode reduzir algo que já não existia mais?
Em outro caso, num curso de percepção auditiva, durante um comparativo de cabos de força, não bastasse a incoerência do palestrante em comparar um cabo de computador de baixa corrente com outro muito melhor construído e corretamente dimensionado para o sistema, ele se incomodou bastante  quando muitos participantes, que não tinham sido levados pela sugestão de seu convencimento, disseram que não notaram diferenças perceptíveis entre os dois cabos.
Visivelmente irritado, o palestrante iniciou uma troca contínua entre os dois cabos tentando mostrar uma suposta diferença entre eles. Nestas constantes trocas, e no calor de suas explicações cada vez mais sem sentido e grosseiras, em determinado momento ele sugeriu que os participantes que não conseguiam perceber as diferenças eram “surdos”, e insistiu: “Ouçam, percebam como não existe mais aquele “véu” na frente da voz da cantora. Com o outro cabo ela parece até bem mais velha”. Nitidamente mais irritado, finalizou a palestra. Os participantes se levantaram para conversar outros assuntos com ele, e alguns foram conhecer melhor o equipamento de perto. Mas, para a surpresa destes, o último cabo instalado que o palestrante afirmou ter melhorado o som, e sugeriu que quem não tivesse percebido isso não ouvia bem, era o “cabinho de computador”. O palestrante se confundiu, e sequer ele percebeu o erro. Que vergonha!!!
Estes dois exemplos são bastante elucidativos.

5. Então porque estes avaliadores agem assim?
Vamos responder com respeito: porque eles ouvem coisas que nós não ouvimos. Possuem ouvidos privilegiados que a maioria dos mortais não teve a sorte de possuir.
Vamos agora responder com uma “absurda” suposição alternativa: porque como algumas publicações, sites e fóruns possuem fortes vínculos comerciais com lojas próprias, patrocinadores e anunciantes, eles valorizam seus produtos, principalmente os mais caros que geram maior margem de lucro a eles. Claro que esta é uma suposição improvável (?).

6. Mas, e os usuários que também percebem significativas diferenças entre cabos?
Aqui precisamos subdividir este grupo de usuários em outros menores, pois essa resposta varia conforme o grupo avaliado.
O primeiro grupo é formado por usuários “fantasmas” de fóruns, criados por seus administradores para valorizarem os produtos de suas lojas ou de seus anunciantes.
O segundo grupo é formado por usuários reais supostamente comuns, mas que na verdade são comerciantes.
O terceiro grupo são de usuários que realizaram a comparação sem critérios adequados, por exemplo, retirando um cabo com conexões oxidadas e frouxas e colocando um cabo novo em seu lugar. Já citamos aqui o caso de um teste que mostrou diferenças significativas entre dois cabos com preços em extremos opostos, mas bastou uma limpeza de contatos e reaperto da fixação interna do cabo velho para fazer a diferença desaparecer.
Outro grupo é aquele que realmente acredita ouvir diferenças significativas, mas estão “sugestionados” pelo preço, pela grife e pela aparência do cabo novo (alguns vendidos em luxuosas caixinhas de madeira forradas de veludo…).
Outros grupos, por outras razões, também se equivocam em suas avaliações, seja pela aplicação de cabos inadequados, posicionamento incorreto de cabos e outros fatores.
Já o grupo que percebe diferenças sutis, corretas e menos tendenciosas entre os cabos está mais próximo da realidade do que estes consumidores mencionados acima,.

7. Mas o que tem um cabo hi-end para custar tão caro?
Eu também gostaria de saber, mas as explicações que recebi até hoje não me convenceram. Além de uma grife famosa, nada mais vejo que possa justificar preços tão elevados.
Muitos cabos que analisei não tinham qualquer razão para custar tão caro. Outros eram corretamente fabricados, mas sem qualquer componente que também justificasse o preço pedido. Outros somavam, desnecessariamente, componentes caros, e que agregavam um custo adicional muito maior que as vantagens que estes componentes realmente acrescentavam.
Muitos fabricantes falam em utilização de cobre de elevada pureza (cabos elétricos comuns da Pirelli, de baixíssimo custo, já faziam uso deste material há muito tempo). Outros alegam que tratam o condutor com reações físicas e químicas que “alinham os cristais de condutor”, alteram sua distribuição atômica, e outras bobagens que ainda nem saíram dos sofisticados laboratórios de pesquisas científicas. Outros afirmam que usam conectores banhados a ouro, mas com uma camada de ouro industrial tão fina que muitas bijuterias finas o utilizam em maior quantidade e custam infinitamente menos. Eu mesmo já mandei banhar dois terminais com ouro e nem me cobraram diante do custo irrisório. Alguns cabos fazem cortes para mostrar sua construção, indicando componentes de PVC, teflon e outros que também não agregam o custo que eles sugerem.
Enfim, cada fabricante tem o seu “segredo” para melhorar a qualidade de um cabo que, coincidentemente, aumenta enormemente seu custo.

8. Mas, para a finalidade proposta de conduzir precisamente o sinal de áudio, o cabo não deve possuir características muito especiais?
O sinal de áudio, ao contrário do que alguns tentam sugerir, não é tão complexo como a maioria dos demais sinais elétricos.
Nos equipamentos de áudio, ou se conduz a corrente elétrica convencional para alimentar o equipamento ou o próprio sinal de áudio (na forma digital ou analógica), que não é mais complexo que outros sinais utilizados em equipamentos industriais, de telecomunicações, redes de computadores, e outros, que trabalham com frequências elevadíssimas, sujeitos a todo tipo de interferência e dificuldades típicas destes complexos sinais. Podemos dizer que muitos cabos (baratos) produzidos para aplicações industriais, de informática ou telecomunicações, de vídeo, uso espacial ou outros de maior exigência, atenderiam plenamente qualquer necessidade mais exigente de áudio.
É inacreditável como algumas aplicações eletrônicas complexas exigem cabos muito especiais e altamente complexos, e que custam baratos. Estes cabos seriam até exagerados se aplicados no áudio.
Outra importante questão refere-se aos “milagres” do cabo. Alguns perguntam se depois de kilometros de cabos que chegam em nossa residência, o último metro faz alguma diferença. Depende. Ele pode ajudar a evitar que se adicionem outros problemas neste metro, e utilizando-se de conexões com mais qualidade transferir melhor a corrente. Mas, não acredite na conversa de alguns “espertos” de que o cabo vai tratar a alimentação elétrica, filtrando-a e estabilizando-a. Isso é uma grande bobagem encontrada principalmente em revistas “especializadas”. O que “trata” a alimentação elétrica que chega as nossas residências são filtros, regeneradores, estabilizadores e outros equipamentos. Os cabos não fazem milagres.

9. Diante disso, como faço para ter um cabo “honesto”?
Nunca compre um cabo baseado apenas na avaliação de alguém, já descartando aqueles avaliadores mais “suspeitos”.
Teste os cabos com os critérios já mencionados em nossos diversos artigos, e somente depois de fazer uma manutenção adequada nos seus atuais.
Não entre nessa de que “teste cego” não funciona. Claro que funciona, e muito bem. O que muitos não querem é que você justamente seja imparcial em sua avaliação, não conhecendo previamente a “grife” e a aparência do cabo testado.
Não acredite nesta conversa de que a qualidade de cabos de áudio não pode ser medida. Claro que podem e deveriam. Cabos de boa qualidade para aplicações industriais e outras mais sérias, com preços “normais”, atendem muito bem as necessidades de áudio. Os “vendedores de sonhos e fantasias” insistem em tentar fazer o consumidor acreditar que o universo hi-end é um mundo “misterioso”, e toda a tecnologia criada para criar imagens detalhadas em 3D, levar o homem ao espaço, conduzir complexos sinais de telecomunicações e de informática não funcionam no áudio, e que os “ouvidos” são os únicos instrumentos confiáveis para avaliar o quanto essa tecnologia é válida. Saiba que os nossos ouvidos são os componentes mais imperfeitos deste elo, por mais que insistam no contrário.
Para conseguir um bom cabo “hi-end” para o seu sistema, existe ainda a opção de você mesmo fabricá-lo. Não é difícil, e o cabo será de altíssima qualidade e bem mais barato que os  absurdos cobrados por aí.

O objetivo deste artigo é lhe ensinar a fabricar um ótimo cabo de força, com a melhor qualidade “audiófila”  (ou seja, que também funciona muito bem para aplicações de áudio). Os termos “audiófilos” e “hi-end” só valorizam desnecessariamente as qualidades do cabo.

Fornecemos, aqui, o passo-a-passo para fabricação do cabo, além de outras dicas essenciais.
Vários sites DIY (faça você mesmo) já forneceram a “receita” deste cabo, e inúmeros usuários já confirmaram suas qualidades. Aqui detalhamos um pouco mais a sua construção e acrescentamos outras informações bastante úteis.
Por favor… nada de 100 horas para “amaciar” o cabo…

CONSTRUÇÃO DE UM CABO DE FORÇA DE QUALIDADE

Se o seu equipamento permite a troca de cabos, ou queira trocar o original quem vem fixo a ele, vamos às dicas para construir um cabo de qualidade.

1. O material

Para a confecção do cabo selecionamos o modelo 83803 da Belden. Este cabo não é facilmente encontrado no Brasil, mas a boa notícia é que costuma ser encontrado no e-bay (www.ebay.com), e em boas lojas de materiais elétricos. Seu preço está em média US$ 28 o metro (já encontrei por US$ 18), muitas vezes com frete grátis. Procure um vendedor confiável. Este valor está isento de taxação de importação. Achou caro ainda? Saiba que fabricantes de “grife” usam cabos como este para fabricar seus cabos de US$ 600, US$ 1.000 ou mais.
Na maioria das instalações 1m é suficiente, mas é melhor confirmar a sua necessidade. Eu adquiri 4 metros e fiz 3 cabos com aproximadamente 1,30m cada um.
O cabo é formado por 3 cabinhos isolados, uma folha de blindagem e mais uma malha também de blindagem.  Cada cabinho possui 7 fios de cobre estanhados bitola 20AWG, formando o equivalente a 12AWG por cabinho, suficiente até para alimentar amplificadores bem exigentes, com consumo de até 20 ampéres.
Toda a isolação do cabo é em Teflon, e ele é bastante rígido. Ele possui uma blindagem de folha de poliéster aluminizada e mais uma blindagem de malha de cobre estanhada. Uma construção realmente impecável.
Este cabo é utilizado em instrumentação elétrica, em aplicações muito mais críticas que áudio.

A blindagem ajuda a evitar a interferências de sinais de RF, quando existentes no sistema.

O cabo adquirido em rolo de 4m:

Os conectores podem ser adquiridos também no e-bay. Existem diversos modelos, e todos atendem muito bem nossas necessidades. Podem ser encontrados desde US$ 15 até US$ 25 o par (macho e fêmea) padrão IEC. Adquiri um modelo com terminais de cobre puro para dois cabos, e no terceiro usei o modelo mais simples que eu já possuía, mas todos são ótimos.
Desconsidere os modelos mais caros, que chegam a custar até US$ 50, de grife, com contatos banhados a ouro e outras frescuras desnecessárias (curiosamente existem modelos com contatos banhados a ouro que custam em média US$ 28). Estes plugs são vendidos ao par, e também neste preço não são taxados como importação. Consulte no e-bay como: “IEC PLUG”.
Também é possível encontrar plug fêmea no padrão IEC 20, como usado, por exemplo, no amplificador Cambridge 840W, na mesma média de preços.
Adquira sempre o par, com o plug macho e fêmea.
Veja na foto abaixo como são vendidos no e-bay:

Outro componente que vale a pena ser incluído é o núcleo de ferrite, que vai preso no cabo depois de pronto por um sistema de encaixe (o de 3/8″ é perfeito para isso). Ele também ajuda no resultado final, e é muito utilizado em fontes de notebook, cabos de máquinas fotográficas  e outros equipamentos eletrônicos sensíveis.
Abaixo a foto do componente que também pode ser encontrado no e-bay com a busca: “filter ferrite core”, e custa em média US$ 2,50 cada. Recomendo utilizar 2 peças, uma em cada extremidade do cabo.

Utilizei o e-bay como referência, mas vários destes componentes podem ser encontrados no Brasil, em algumas lojas de eletrônica e até no Mercado Livre. São mais raros, e algumas vezes mais caros.
Algumas lojas de eletrônicos nos EUA também vendem estes componentes, muitas vezes por preços ainda mais baixos. Quantidades maiores têm descontos significativos.

2. Construção dos cabos

a) Corte o cabo nos tamanhos desejados, se já não foi comprado assim. Com um estilete, corte com cuidado a capa vermelha das extremidades do cabo, sem cortar a malha interna, conforme foto abaixo:

b) Desfaça a malha com um instrumento de ponta, e abra o filme aluminizado que encobre os cabinhos:

c) Retire o pedaço de filme aluminizado e enrole a malha, obtendo assim 4 condutores numa ponta. Na outra ponta não será utilizada a malha. A blindagem somente é ligada na extremidade que vai o plug macho.

d) Desmonte o plug soltando os dois parafusos da frente, onde se encontra a base dos conectores. Afrouxe os dois parafusos que ficam no corpo da capa do plug, que são usados para prender o cabo no corpo para evitar que fique solto dentro do mesmo, e passe a capa do plug pelo cabo. Isso deve ser feito nos dois lados, pois se você esquecer esta etapa, terá que soltar os fios novamente para passar a capa, o que é mais difícil:

e) Descasque cuidadosamente com um estilete as pontas dos cabinhos. Para referência, deixe uns 13 mm de cabinho encapado e uns 11 ou 12 mm desencapado, Depois enrole o cabinho de blindagem no cabinho preto. Você pode usar qualquer combinação de cores, deste que respeite isso nos dois lados. As apresentadas aqui são meras sugestões para facilitar a montagem tendo as anotações aqui. Você pode estanhar as pontas para melhor firmeza, mas com um pouco de cuidado isso nem é necessário.

f) Afrouxe os parafusos dos terminais do conector, passe as pontas descobertas dos cabinhos e aperte-os novamente com bastante pressão. Para melhor aperto, utilize uma chave de fenda ou philips de boa qualidade, para não escapar do parafuso.
O conector tem algumas marcações de referência. É importante fixar o cabinho com a malha no conector central (terra), e as outras cores nos terminais equivalentes de cada conector nas duas pontas do cabo.
Liguei assim: o cabinho preto com a malha no terminal central, marcado com o símbolo terra (marcação no corpo do conector), o cabinho vermelho no terminal marcado com “L”, e o branco no terminal “N”. O importante é manter as mesmas combinações no conector fêmea que será colocado na outra ponta do cabo.

g) Monte a capa do plug puxando-a contra o plug e encaixando-a. Existe uma posição certa para encaixá-la, com uma fenda no corpo e um ressalto na capa do plug, identifique-os. Aperte primeiro os parafusos da frente dos terminais para fixar a capa, sem exagerar no aperto. Depois aperte os parafusos da capa para prender o cabo dentro do plug, e este lado estará finalizado.

h) Siga o mesmo procedimento acima para a outra ponta do cabo, lembrando que essa ponta não utilizará a malha, que deve ser então cortada. Não se esqueça de passar a capa do plug antes.

i) Fixe as pontas desencapadas no conector, apertando bem os parafusos dos terminais, e obedecendo as combinações de cores e terminais, como fizemos antes.

j) Fixe a capa externa do conector como foi feito na outra ponta, e está pronto o cabo.
Instale agora o ferrite, um em cada ponta e próximo aos conectores. Ele é colocado por meio de encaixe. Abra as abas do encaixe, coloque no cabo e feche-o novamente. Se necessário, prenda-o no lugar com uma fita, espaguete termoencolhível ou uma cinta de fixação.

Cabo concluído:

Três cabos construídos em menos de 1 hora.

Pronto !!!
Agora você é dono de um legítimo cabo “hi-end”, do mesmo nível de qualidade dos mais caros modelos de grife, e tudo isso por uma pequena fração de preço.

Outra referência: http://diyaudioprojects.com/Power/diyMains/

Folha de dados do cabo Belden: http://diyaudioprojects.com/Power/diyMains/Belden-83803-Cable-Datasheet.pdf

36 Comentários

  1. Muito bom mesmo Eduardo. A maioria não tem formação acadêmica ou técnica e ficam escrevendo que ao trocar o cabo de força passaram a sentirr até ” o peso da mão esquerda do pianista”, Deus nos proteja (heheheh…).

    Abraço

  2. Olá Eduardo,

    Parabéns pelo artigo. Claro e didático.

    Gostaria também de deixar uma dica para quem não curte muito mexer com ferramentas, cabos, plugues. Há uma marca nos EUA chamada Signal Cable onde realizam a montagem de, principalmente, cabos Belden. E com preços muito justos. A proposta da empresa é justamente oferecer produtos “Hi-end” sem o abuso de marcas de grife . Como eles dizem: ” No Hype, simply Affordable Reference!”.

    Entre os modelos disponíveis de cabos de força, há o “Digital Reference” que utiliza o mesmo cabo citado em seu artigo: Belden 83803. Conectores Marinco e uma malha para enfeite. Acabamento muito bom. O valor dele em 1,20m é 200 já com frete. Acredito que você tenha gasto bem menos em seu projeto mas convenhamos que ainda se trata de uma barganha pelo o que oferece. Utilizo todo cabeamento desta marca e estou muito satisfeito com o desempenho.

    Sugiro até, no próximo teste de cabos, incluir o cabo que você montou. Assim eu mato a minha curiosidade do que este cabinho pode render rsrsrs

    Abraço,

    Matheus

  3. Caro Mendel,
    Muito obrigado pela dica.
    É isto que me motiva a manter esse site, a participação honesta e imparcial de pessoas que contribuem para encontrar soluções criativas e acessíveis para que o audiófilo encontre os caminhos para sair dessa selva cheia de lobos querendo faturar muito por tão pouco.
    Está na hora de acabar com essa festa que virou o hi-end, onde as leis da física não valem nada, as medições objetivas não funcionam para o áudio, onde editores tentam pregar bobagens e contradições em suas publicações, onde fóruns são contaminados por interesses comerciais, onde uma grife vale mais do que o próprio produto, enfim, vamos reescrever a história do áudio de qualidade com a verdade, e não com essas bobagens que criaram em torno deste nosso hobby.
    Um abraço
    Eduardo

  4. Eu montei um cabo desse para mim há uns 3 meses com plugs Furutech, tudo adquirido no e-Bay, os cabos Belden são realmente excelentes. Outra fábrica de respeito é a sueca Supra Cable, montei 3 cabos com o Supra Lorad 2.5, uma maravilha! Os sites onde eu achei mais barato para comprar são Divine Audio (UK) e Ritsos (Grécia).
    Só faltou o Eduardo colocar macarrão (ou espaguete) termo retrátil nas extremidades, são facilmente encontrados num site brasileiro famoso de leilão, bem como no e-Bay, procurando a palavra “Heat Shrink”, tem de várias cores e tamanhos, e servem também para acabamentos nos cabos de caixas.
    Por fim, para proteger totalmente os cabos da sujeira e do contato com o piso do seu chão, além de ficar bonito, basta revesti-los de uma malha de nylon, ou de pano, vai ficar parecendo profissional, busquem no e-Bay por “nylon sleeving” ou somente “sleeving”.

  5. Parabéns pelo espaço. Opiniões precisas e destituídas de “inclinações”. Quanto ao cabo, o filtro de ferrite seria de quantos milímetros, uma vez que no Ebay encontrei em diversas bitolas. Grato e mais uma vez congratulações pelas matérias.

  6. Obrigado.

    Pode usar o de 8mm. Dois filtros juntos proporcionam uma filtragem ainda melhor. Para fixá-los, pode-se usar uma fita adesiva ou uma pequena cinta hellerman.

    Abraço

  7. Fico cada vez mais surpreso com tamanha “honestidade de informações” contidas neste site! parabéns ao Eduardo por conduzir tantas informações importantes com tanta sinceridade e honestidade! sem falar na grande “copetencia” contida nesse site!

    Gostaria de saber onde posso achar aqui no Brasil, cabos tanto para caixas como para interconexão, e cabos de força com otima qualidade e que não tenha que vender um pulmão para comprar ?? vc saberia onde encontrar e quais seriam??

    uma opinião minha; cabos de força “de qualidade” só fazem sentido se instalados do condicionador eletrico para os aparelhos, pois da tomada para o condicionador não faz sentido! me corrija se falei besteira…!

  8. Boa Tarde Eduardo. Sou novo no site, ate então só conhecia o site do Renato L. Silva. (diyaudio).
    Olha, estou perplexo pelo conteudo do seu site, são raras as pessoas com este conhecimento que você tem, e o principal, a humildade e carisma em compartilhar isto tudo que vi aqui em seu site com outras pessoas. Meus sinceros Parabéns pela atitude. Um Forte Abraço.
    Se me permitir possuo muitas duvidas, e gostaria muito de compartilhar -las com você em breve.

  9. Informações de qualidade por preços honestos. Por isso sou leitor assíduo deste site.

  10. Idéia passando pela cabeça…Seria uma vantagem perceptível trocar os cabos de força que vem do quadro de força até a tomada do sistema por esse Belden?

  11. Fernando,

    As maiores diferenças que eu percebi foram com a utilização de cabos bem grossos, não percebendo diferença com cabos mais caros ou não.
    Eu utilizei um cabo Pirelli super-dimensionado da entrada de força até o quadro de distribuição da sala de som.
    Esse cabo da Belden é muito bom, mas é um pouco fino para alimentar o quadro, mas acredito que um bom cabo da Pirelli vai te dar o mesmo resultado por um custo menor.

    Obrigado por participar de nosso site.

    um abraço,

  12. Obrigado pela atenção.

    Então já que vai pra fase do “quebra-quebra” irei comprar os Pirelli.

    Um abraço.

  13. Olá, estava procurando uma alternativa, e vim parar aqui. Estou querendo fazer cabos de força apenas para dois monitores. Vocês acham que este seria demais ? Gostaria também de uma idéia para os cabos vga, fiz com cabo de rede utilizando um adaptador vga/rj-45, ficou bom, exceto que não reconhece o driver do monitor. Gostaria muito da opinião de alguém.

  14. Depois de vagar em fóruns sobre áudio que me deixavam triste com a máxima “se você quer ouvir um som de qualidade é necessário gastar muito em equipamentos hi-end”, encontrei seu sitio com informações interessantíssimas. Obrigado por compartilhá-las.
    Sou um neófito no assunto e, antecipadamente, gostaria de pedir desculpas pela pergunta idiota que farei: Minha casa tem as tomadas de energia no novo formato adotado pelo nosso país. Troco as tomadas ou tento alterar os cabos?

  15. Fabio,

    Mudar a tomada pode ser uma solução complicada, pois quando você precisasse do padrão novo teria que refazer a mudança.
    Modificar todos os cabos, dependendo do cabo que você possui e da sua quantidade, pode se tornar algo caro e trabalhoso também.
    Eu, apenas como sugestão, faria o seguinte: faria uma extensão com um cabo e plug no padrão novo, e com as tomadas no padrão do seu equipamento, e ligaria seus cabos nestas tomadas da extensão.
    Até um bom filtro de linha mais antigo pode ter o plug de tomada adaptado para esta função.

    Um abraço,

    Eduardo

  16. Diego,

    Não sei se haveria muito ganho dependendo dos monitores e da aplicação. Normalmente os cabos que acompanham os monitores já possuem um desempenho bastante satisfatório.
    Quanto ao cabo VGA, não posso te ajudar pois desconheço a ligação deste padrão.

    Abraço

  17. Boa Tarde a Todos..

    Bem, um bom tempo atrás eu li um reportagem do Sr Holbiein Menezes, na onde o matéria se referia a cabos, e ele fez uma noite de audição com Amigos, na qual ele colocava em seu sistema vários cabos, cada faixa que escutavam ele trocava os cabos e voltava a escutar, e os ouvintes iam dando notas em suas respectivas notas, em um momento ele mesmo dizia que todos nem mais sabia que cabo era melhor..
    depois disso, o que eu sei, se bem construído, e se corretamente dimensionado é o melhor…e o melhor mesmo é aquele cabo que vc PODE PAGAR, simples assim.

  18. Concordo !!!
    Mas não é o que os “espertinhos” do mercado tentam mostrar… infelizmente…

  19. Uma questão que me perturba: os integrados da Marantz, assim como os da Arcam e outras marcas não tem mais conexão de terra no cabo de força..
    Vejo que os cabos prontos tem a conexão para o terra, assim como os plugs para montagem.
    Para tais aparelhos não seria um desperdício um cabo destes?

  20. Caro Eduardo, muito obrigado por este guia. Acabo de construir dois cabos de força seguindo as instruções dele, e obtive uma melhora notável em meu sistema – gastando muito menos do que se tivesse adquirido cabos prontos. Mais uma vez, obrigado!

  21. Caro Amadeu,

    Te agradeço por compartilhar isso conosco.
    É muito importante este retorno de vocês.

    Abraço

    Eduardo

  22. Bom dia, Eduardo!

    O intenção do cabo ser blindado é para a questão das interferência certo, não estou conseguindo encontrar um cabo com essa blindagem, encontrei um da marca sparflex que.ele é 3x4mm com fita de alumínio agora por se tratar de apenas 1m esse possivelmente terá um bem resultado?

  23. Olá Valnei

    Bons cabos sempre são recomendáveis, não só em equipamentos de áudio, mas para qualquer equipamento de qualidade. Pode usar esse que você achou. Não precisa ser um cabo “audio grade”, “hi-end” para áudio porque isso é bobagem.
    Abraço

  24. Certo!

    Eu encontrei um cabo da audiocrast P113 no site do Aliexpress vou comprar e depois lhe mando o resultado final.

  25. Oi Eduardo boa noite, mas uma vez peço sua orientação. Estou construindo 3 cabos de força. É verdade que só a partir de 1,5 m que um cabo de força mostra sua qualidade. Para minhas necessidades são suficientes cabos com 60 cm. Grande abraço
    Gerson

  26. Olá, Gerson.
    Use sempre os cabos mais curtos que puder. Cabos não devem interferir na condução de sinal elétrico, que os pilantras costumam chamar de “sinal de áudio” para valorizar o papel dos cabos.
    Pode fazer os seus cabos com 60 cm sem receio.
    Alguns fabricantes, ainda mais pilantras, alegam que quanto maior o comprimento mais o cabo trata a corrente, até proporcionando uma limpeza da rede elétrica. Gostaria que um safado destes me provasse isso, pois é uma grande mentira descarada que eu sim posso provar. Cabos não limpam rede nenhuma.

    Abraço

    Eduardo

  27. Boa noite Caro Eduardo,
    Mais uma vez obrigado pela atenção já lhe desejando um Feliz Natal para você e sua família. Desejo também que o sucesso deste canal continue sempre de “vento e popa”.
    Abraços.

  28. Boa tarde, Eduardo.
    Qual a bitola do cabo que devo comprar, em milímetros, para montar meu cabo? Os conectores eu já possuo, como os do artigo. Cabo PP seria adequado para este fim?
    Obrigado!

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