Afinal para que servem as críticas de fóruns?

Uma resposta “Objetiva” para críticas “Subjetivas”.

O universo da audiofilia é algo mesmo curioso.
Sofisticados computadores, espaçonaves, veículos altamente tecnológicos, equipamentos hospitalares e industriais de alta-precisão, smartphones avançados, televisores e outros produtos que dependem da engenharia para o seu desenvolvimento, são sempre tratados com a objetividade que merecem, mas quando falamos em áudio hi-end, tudo parece embarcar num mundo fantasioso, cheio de mistérios, que usa soluções técnicas e componentes de origem espacial alienígena, onde medições são inúteis e a compreensão técnica sequer existe.
Para mim, uma coisa ficou muito clara nestes mais de 40 anos que me conheço como apaixonado por áudio e pela eletrônica, o áudio hi-end é uma fonte altamente lucrativa de negócios, e manter o seu mistério alimenta essa vantagem.
Como advogado, aprendi que sem provas ou evidências concretas fica difícil sustentar qualquer argumentação, e por isso busco as respostas para melhor compreender este nosso hobby do áudio de alta-fidelidade, pois na verdade ele também não tem nada de tão misterioso assim.
Não bastasse a insistência em defender seus próprios pontos de vista, em desprezar as críticas e insistir em seus erros, publicações que se dizem especializadas em áudio hi-end (mas que também desperdiça páginas com apresentação de máquinas fotográficas baratas e videogame, do que com a avaliação de um produto de áudio) vêm agora criticar e desmerecer os frequentadores de fóruns e audiófilos que não concordam com as suas idéias, como se elas fossem únicas e infalíveis.
Não vou citar o nome de qualquer publicação, pois vou acabar indiretamente por prestigiá-las ainda mais, mas não deixarei que as comunidades audiófilas, principalmente os fóruns, sejam desrespeitados dessa forma, e também tentarei fazer aqui uma crítica construtiva (mais uma…).

Porque o objetivismo incomoda tanto?

Objetivistas são tratados com desprezo por algumas publicações. Parece que quem desenvolve equipamentos hi-end o faz dentro de uma panela com ingredientes mágicos e fórmulas de bruxaria. Sabemos que não é assim. O projetista de equipamentos utiliza sua aprendizagem técnica para criar os seus produtos, e esta característica é perfeitamente vista quando abrimos os equipamentos (para quem tem um mínimo de conhecimento para isso). Exceto, claro, os cabos “hi-end” que abusam ainda mais desta situação por ser mais difícil identificar o que realmente existe na composição de seus fios, provavelmente algo muito mais caro que o ouro, a levar em conta que alguns custam o preço de uma carro de luxo.
Claro que criar uma aura mágica em torno de um produto o leva para um campo desconhecido, e assim ele pode ser tratado de forma mística e subjetiva, facilitando a interpretação mais conveniente que queremos dar a ele, principalmente em termos de valor econômico.
Porém, o avaliador ou “jornalista” deveria ter uma conduta imparcial, e não transformar esta oportunidade em negócio financeiramente rentável, “adotando” anunciantes, revendedores e até agregando serviços ao que então deveria ser um veículo de informação.
Como podemos crer que um representante de uma marca está realmente sendo imparcial quando fala sobre ela?
Fácil, imagine ser dono de uma concessionária de veículos da marca “A”. Imagine agora você avaliando um produto da marca que representa. Você diria que o produto não é recomendado ou que não apresenta o desempenho esperado se isto fosse verdade? Ou colocaria todos os veículos da marca num mesmo alto patamar de avaliação? Complicado, não? O que fazer nesta situação?
Quanto mais subjetivo for a avaliação de um equipamento, mais fácil é criar uma confusão em torno de suas qualidades. Já imaginou o consumidor descobrir que um determinado equipamento possui elevada distorção, responde a frequências numa faixa bem mais estreita que se diz, que a potência real não é aquela declarada, ou que o nível de ruído ou a sensibilidade diferem daquela que o avaliador tanto elogiou?
Pois saiba que isso acontece, e muitas publicações sérias já levantaram estes problemas em medições técnicas, que alguns preferem chamar de “Objetivismo inútil”.
Porque devemos acreditar que um carro é realmente veloz se basta medirmos a sua velocidade final? Porque acreditar que ele tem boa aceleração através de um sentimento subjetivo se podemos medir o percurso que ele faz acelerando em um determinado espaço de tempo? Como afirmar que o carro nos causa a impressão de ser econômico se basta medir o seu consumo?
Ahhh… mas em áudio tudo muda. Medições são “coisas terríveis e inúteis”.
E quando colocamos estes bem “treinados” ouvintes para realizar um teste cego perante um grupo de testemunhas? As poucas vezes que alguém conseguiu fazer isso presenciou o quanto esta subjetividade é perigosa. Eles erraram feio.
É mais fácil ser subjetivo e investir na “magia” do que avaliar tecnicamente, medir e acreditar na engenharia. Para eles equipamentos de som pertencem a “outro mundo”, é um caso à parte. Não existe ciência para isso. Será isso mesmo?
Proponho aqui defesas “objetivas” para acusações “subjetivas”.

Cursos de percepção como elementos de convencimento

Eu já participei de um curso de percepção auditiva, e já presenciei o poder de convencimento do palestrante que o faz acreditar no milagre que acontece a sua frente. Quando eu e alguns experientes amigos discordamos da “verdade” do palestrante, fomos categoricamente chamados de surdos.
O palestrante se irritou e faltou pouco para pedir que saíssemos da sala.
Mas, gafe maior ainda veio depois, quando ao tentar convencer o grupo de que um cabo de força hi-end possuía qualidades superiores a um cabo mais simples e barato, ele se confundiu sobre qual estava em uso e ficou chamando a atenção para os detalhes maravilhosos do cabo “vagabundo” (segundo ele).  Acho que as qualidades “mágicas” do cabo hi-end acabaram incorporando no cabinho “vagabundo”, graças aos poderes daquela aura mágica que envolve a eletrônica do áudio.
Em outra oportunidade, o mesmo palestrante valorizava as qualidades de um par de caixas que usava para comparar com outro muito mais barato, destacando equilíbrio tonal, “pegada”, palco sonoro e outras virtudes do novo par sem, porém, perceber que a caixa esquerda estava desligada !!!
Não adianta desprezar o mundo real e tentar convencer o público de que o irreal está ali presente, na frente de todos.

Custo Brasil x Preço Brasil

Numa clara falta de conhecimento dos elementos mercadológicos que envolve o mundo empresarial, críticos cometem um erro ao falar em custo Brasil.
Sabemos que o valor agregado aos produtos brasileiros cresce com os impostos elevados e com a incompetência de alguns segmentos, mas sabemos também que existe ainda o “Preço Brasil”, e neste caso, o custo “paixão”, assim como acontece em carros (nacionais ou importados). Recentes reportagens e até declaração de executivo de montadora de veículos têm mostrado que fabricantes valorizam demais seus produtos, e com uma razão bem simples: “o brasileiro paga”, segundo eles.
E aí vem a conversa do contrabando, dos custos de importação e de outros que fazem o preço do produto dobrar aqui (se apenas dobrasse estava muito bom…).
Aí perguntamos, porque alguns importadores sérios, que pagam seus impostos corretamente, conseguem vender aqui produtos pelo mesmo preço lá de fora? Eu mesmo comprei há muitos anos um amplificador Creek por exatamente o mesmo preço do mercado americano, e de um importador sério, lembrando que outros chamados de sérios já foram flagrados por subfaturamento, lembram-se disso os mais antigos deste hobby?
Qual a mágica disso? Nenhuma, apenas mais um erro sobre outro assunto que alguns não dominam. Vejamos…
É uma grande bobagem (e muito conveniente para alguns) tomar como referência para custos o preço de um produto no mercado de varejo americano. Um distribuidor adquire os produtos diretamente de um fabricante, e com uma tabela de preços muito diferente daqueles praticados no varejo. Ou será que o varejo vende pelo mesmo preço que compra da fábrica? Isso é ridículo.
Vamos ter uma idéia mais clara sobre isso?
Há muitos anos fui convidado por um fabricante de caixas acústicas para revender os seus produtos no Brasil (tenho todas as correspondências em meu poder para as devidas comprovações “objetivas”). Uma de suas caixas era vendida no mercado americano por 12.000 dólares, mas, na tabela de preços para revendas o custo da mesma caixa era de pouco mais de 4.000 dólares. Porque isso?
Ora, qualquer um sabe que comparar preços com o varejo internacional não é algo inteligente.
Se uma caixa é produzida na Europa, enviada aos EUA, que é revendida por uma loja que deve incluir impostos e margens, é óbvio que este parâmetro não serve para a base de preços de um distribuidor brasileiro.
Como sou importador de equipamentos, LEGALIZADO, com Radar (ou seja, habilitação pela Receita Federal para importação), pedi para o meu escritório que atualizasse o valor de uma suposta importação destas caixas (que recusei importar na época por não atuar neste segmento). Pois bem, com o frete, os impostos e uma margem de lucro final de mercado (uma ótima margem pelos padrões atuais), o preço destas caixas no mercado ficaria aqui perto dos 11.000 dólares. Então somos competitivos? Claro que sim, e é óbvio que se o produto for novamente redistribuído por lojas e afins teremos um aumento deste valor. Aí entra o bom senso, pois quanto mais “atravessadores”, maior será o preço do produto para o consumidor final.
Não queiram me convencer do contrário. Sou importador há muitos anos e conheço bem este assunto.
Talvez, por essa razão, apesar de obter as melhores classificações internacionais e de receber um “Classe A” da revista Stereophile, este Creek recebeu uma pontuação bem mais baixa aqui… afinal… como ficariam os gananciosos concorrentes?
Agora, querer comparar equipamentos de áudio feitos com transistores, fios, caixinhas metálicas e outros componentes muito baratos, com carros importados, barcos e aviões, é novamente querer elevar o prestígio de algo que não deve ser comparado desta forma, acreditando que o mercado é muito ingênuo, pois, barcos, aviões e carros importados não são vendidos lá fora por centenas ou poucos milhares de dólares…
Antes de defender os preços absurdos de alguns produtos vendidos como “caixinhas mágicas”, é preciso ter um pouco de conhecimento do que buscamos como argumentos.

As metodologias funcionam mesmo?

Metodologias objetivas são bastante confiáveis, mas quando buscamos confiar em elementos variáveis por natureza, aí a situação é bastante complicada.
Se olharmos com mais atenção, perceberemos que muitas somas de pontos de algumas avaliações estão erradas. Como podemos acreditar numa metodologia que sequer sobrevive à matemática? Será que a matemática também é outra ciência subjetiva e eu não sabia disso? Será que inventaram a matemática “hi-end”?
Como podemos confiar numa metodologia que falha até numa demonstração feita num curso supostamente criado para convencer de sua validade? Aliás, é induzir a erro, ou praticar propaganda enganosa (pelo menos eu me senti lesado) ao oferecer um curso de percepção auditiva e na realidade fornecer uma palestra para impor uma metodologia individual utilizada para a sua própria aplicação, e o pior, ainda cobrar por isso !!!
Mas, vamos tentar acreditar que essas metodologias ainda assim funcionem. Então, como explicar que uma publicação testou (curiosamente) duas vezes um mesmo produto e atribuiu valores diferentes utilizando a mesma metodologia? A explicação que os avaliadores têm liberdade de avaliar com os seus próprios critérios pessoais me parece no mínimo absurda (para que então uma metodologia?), ainda mais quando a revista afirma que as avaliações são discutidas conjuntamente, e em caso de diferenças é feito um alinhamento, um novo teste, uma avaliação mais conclusiva em outra sala, etc. A teoria é fantástica, mas a prática mostra o contrário.
Percebemos que todos estes argumentos não se sustentam pelos seus próprios argumentos utilizados.
Este é mais um exemplo que carece de qualquer explicação mais plausível.
Mas, vamos mais além.
Como pode uma metodologia sobreviver quando o teste é feito em cima de um produto, mas as fotos mostram que o produto testado foi outro?
Já testemunhamos montagem e manipulação de foto, imagens que não correspondem ao modelo testado, avaliação de recursos dos quais o aparelho sequer dispunha, especificações que não correspondem ao produto testado e outras estranhas incoerências.
Para não buscarmos exemplos de um distante passado, basta uma leitura na penúltima edição da uma destas revistas para constatar isso “objetivamente”.
Naquela edição, um CD player é apresentado como tendo uma relação sinal/ruído de “-70dB (MM) / -60dB (MC)” !!!  Preciso dizer mais alguma coisa?
É o primeiro CD player que conheço em que a leitura é feita por cápsula e agulha de leitor de vinil…
Quem critica fóruns, onde as mensagens são mais espontâneas e vindas de participantes que muitas vezes possuem pouca disponibilidade de acesso, deveria repensar estas críticas ao escrever uma revista que supostamente passa por revisões. Na maior parte da grande quantidade de erros que saem na revista, raramente vemos alguma correção em edições posteriores.
Outro fato que preocupa é a questão de receber equipamentos de testes vindos diretamente de fabricantes e distribuidores.
Li um avaliador inglês dizer que ele jamais aceita um equipamento enviado para testes. Ele se dirige à uma loja e pede um dos equipamentos do estoque, aleatoriamente, alegando que não quer receber um equipamento “aprimorado” pelo fabricante.
Quando fazia as minhas pesquisas para desenvolver as minhas caixas acústicas, conversei com fabricantes e engenheiros de desenvolvimento do mundo inteiro (pois é… não são bruxos que desenvolvem estes equipamentos “místicos”), e escutei de alguns deles que quando um equipamento é enviado para testes, muitas vezes ele passa por um processo seletivo e de “acertos” muito cuidadosos.
Como a variação do processo industrial, por mais cuidado que se tenha, é muito grande, os componentes que serão utilizados no equipamento que seguirá para avaliação são cuidadosamente selecionados num lote, e muitas vezes componentes de modelos superiores são colocados no modelo mais básico que será testado. Cuidadosos ajustes são feitos, e ao final, o equipamento testado muitas vezes tem um desempenho muito diferente do modelo comercial distribuído ao consumidor.
Fiquei pouco surpreso que isso acontecesse também neste mercado, e depois de ouvir que isso já ocorreu até com uma marca muito tradicional de caixas acústicas, e de constatar diferenças significativas entre duas caixas “casadas” da Dynaudio que testei em casa, ficou mais fácil acreditar que isso é muito mais comum.
Trabalhei mais de 12 anos junto a indústrias automobilísticas, e sei da “operação de guerra” que era feita para identificar a unidade que a revista “Quatro-rodas” adquiria para testes de longa duração. A publicação, que realizava “reviews” de carros, tinha um cuidado muito grande para adquirir um modelo comercial, comprado numa loja qualquer, e jamais identificando a editora.
A preocupação era bastante válida, pois mesmo adquirindo o carro em uma loja de um lote “normal”, a revista tinha o cuidado para que o fabricante não identificasse a unidade por ocasião das revisões, onde ele ainda teria a oportunidade de realizar melhorias no veículo que estava sendo testado, aumentando seu desempenho, economia e resistência.
Na época em que trabalhei numa montadora de veículos, havia uma estatística que apontava que a cada 100 veículos produzidos, 92 teriam um comportamento na média, 4 seriam veículos de excelente desempenho, economia e baixa manutenção, e 4 seriam unidades muito problemáticas que levariam seus proprietários ao total descontentamento. O desafio na época era melhorar estas estatísticas. Isso acontecia em razão de condições variáveis, onde alguns veículos receberiam componentes e cuidados acima da média na montagem, e outros sofreriam uma coincidência oposta.
O que imaginar então quando o fabricante ou distribuidor tem a oportunidade de escolher o modelo que vai para testes?
Não estou afirmando que isso já tenha acontecido por aqui, mas, convenhamos que, conforme demonstrado “objetivamente” acima, a possibilidade é muito forte. Então pergunto: qual metodologia sobrevive a tão grave falha?
Não terminei aqui.
Temos mais uma situação grave.
Sabemos que se uma metodologia fosse realmente tão “perfeita”, serviria muito bem para equipamentos excelentes e equipamentos ruins.
Mas, quando um editor de uma publicação afirma que já testou mais de 200 produtos ruins que o consumidor não deveria comprar, nos perguntamos: “Onde estão estes produtos?”.
A metodologia não considerou a possibilidade de mostrar aos leitores da revista quais produtos ele não deveria comprar, pois não foram aprovados em seus testes? Será que o leitor não tem o direito de saber quais são os produtos que estão no mercado e que pode fazê-lo gastar muito dinheiro por algo que não funciona?
Publicações sérias estrangeiras, que não se deitam e rolam sobre suas metodologias, têm o cuidado de citar os produtos não recomendados, ou porque apresentam um péssimo desempenho ou ainda porque existem opções mais interessantes no mercado. Ou até mesmo porque não funcionam.
Porque esta metodologia deveria ser diferente? Qual o receio de confessar que um produto é ruim? Prejuízo à marca, ao distribuidor ou ao anunciante?
Parece que lá fora esta preocupação não existe, e mesmo sendo uma “marca consagrada” ou um anunciante fiel, o produto é duramente criticado se o seu desempenho for ruim.
Porque esconder isso?
Será que a metodologia funciona para alguns casos e impede a clareza em outros mais “delicados”?
Metodologias não sobrevivem a certos interesses.
Como faz um avaliador para julgar um equipamento de uma empresa que anuncia em sua publicação, ou pior ainda, que ele mesmo representa?
Quando eu avaliava equipamentos para uma revista, sempre recebia ofertas de ficar com o aparelho, gratuitamente ou com um preço “especial para avaliadores” (ainda tenho e-mails de um renomado fabricante com esta oferta). Nunca aceitei isso. Tenho certeza que ninguém nunca viu equipamentos que testei nos classificados especializados, como é muito comum acontecer em alguns casos.
Também sofria forte pressão da editora para falar bem dos equipamentos testados que pertenciam aos anunciantes da revista. Porém, isso nunca mudou as minhas opiniões, e o resultado disso é que levei uma bronca do editor porque mostrei diversos defeitos de um produto testado de um fabricante que anunciava em até duas páginas da revista. Me pediram até que eu me retratasse.
A reportagem só foi publicada porque o editor estava fora do país, e não teve a oportunidade de ler a matéria antes de sua publicação.
Me recusei a fazer qualquer revisão posterior, e como eu não dependia daquilo (há mais de 6 meses nem recebia da publicação pela simples falta de tempo e interesse de cobrá-los) me afastei indignado, e criei o meu próprio espaço totalmente livre de pressões comerciais.
O mesmo equipamento foi testado e elogiado por outra publicação, mas logo foi retirado do mercado internacional debaixo de duras críticas de publicações estrangeiras, mas pôde ainda ser visto por muito tempo em lojas brasileiras.
Acho que aqui podemos ter uma idéia das dificuldades de ser sincero numa avaliação quando muitos interesses estão envolvidos.
Algumas listas de equipamentos de áudio no exterior são produzidas com a aquisição por seus avaliadores dos produtos a serem testados, e sem qualquer anúncio ou patrocínio de fabricantes e revendedores.
Não é fácil manter algo assim, mas é possível. Tenho a certeza de que muitos leitores gostariam de pagar mais para manter uma publicação que sobreviva apenas com recursos de vendas das edições do que adquirir uma revista onde anunciantes pagam para ter espaço publicitário e dividir as páginas com seus equipamentos testados. Eu pagaria com muita satisfação por uma revista assim. E você?
Diante disso me pergunto: “Podemos confiar numa metodologia que não consegue evitar todas estas falhas acima?”
Cada um tire as suas próprias conclusões.

Como ouvimos diferente?

Vou explicar novamente o que é ouvir diferente, apesar de inúmeros artigos que já publiquei sobre o assunto.
Ouvir diferente não significa ser surdo. Também não significa perder referências.
Todo mundo é capaz de identificar o som emitido pelas cordas de um violão, pois possuem referências para saber a diferença entre o som de um violão e o ruído do motor de um carro.
Podemos, óbvio também, perceber muitas variações ou sutilezas. Podemos ainda  identificar a voz humana sem confundí-la com o som de um liquidificador, por exemplo, e, mais do que isso, conseguimos identificar as variações destes sons ao ponto de interpretá-los como letras e palavras. Fantástico, não?
Ouvidos treinados? Não! Apenas resultado de nossa percepção auditiva. Um efeito físico, nada de mágico até aqui.
Mas, alguns espertinhos tentam confundir seus leitores ao criar variações equivocadas de quando falo em “ouvir diferente”, mas, se observarmos em uma edição muito antiga de suas revistas vamos ver que eles mesmos citaram exemplos de como as pessoas ouvem diferente, e de como muitas têm até dificuldade para interagir com determinadas faixas de frequências sonoras. O que mudou então? Quais os interesses envolvidos para agora desprezar este fenômeno real e tão comum? Porque tentar distorcer o que dizemos?
Sim, novamente aqui uso uma apresentação objetiva para rebater uma acusação subjetiva. Pergunte a qualquer médico especialista, tome um universo de exames audiométricos, leia livros científicos sobre o assunto, e verá que as pessoas ouvem de forma diferente sim. Isto é fato. Não adianta tentar negar. Ou será que a audição humana se tornou também algo de outro mundo?
Algumas pessoas percebem algumas frequências com menor ou maior intensidade, outras sequer percebem alguns sons, e outras ainda sofrem incômodos com algumas frequências (muitas vezes confundidos com “fadiga auditiva”). Isso está no mundo real, e eu pesquisei muito antes de comentar estes fatos nos “ilógicos” fóruns citados por defensores de suas metodologias. Pesquisei em laboratórios de análise auditiva, com médicos especialistas da área e com tratados sérios sobre o tema. Mas, alguém diz que isso é um absurdo. O que mais posso fazer? Mostramos tantos absurdos reais aqui praticados por eles, mas que parecem não incomodar tanto quanto uma constatação verdadeira como essa.
Ouvimos de forma diferente sim, e esse é um problema que poucos audiófilos conhecem, porque muita gente ficará numa situação bastante delicada se admitir o fato.
Então, que aqueles continuem defendendo o oposto, mas estarão sempre distantes da realidade, dos fatos e da ciência.
São fenômenos físicos e provados. Aqui não tem nada que não possa ser medido e avaliado. Trata-se de algo dominado pela ciência. Diariamente pessoas realizam exames audiométricos e descobrem que suas audições não são planas. Se estes exames fossem mais amplos, estas variações poderia sem vistas de forma muito mais profunda, o que também é fato.
Fenômenos como o “Loudness”, que é uma redução da sensibilidade perceptiva nas extremidades do espectro auditivo, são conhecidos há mais de 100 anos, e esta é uma falha comum de muitos avaliadores que ainda acreditam que o melhor sistema do mundo é “plano”, ou “neutro”, mas, baseado em que? Ora, em sua própria curva auditiva, no seu modo de ouvir e de captar os sons.
É possível “treinar” os ouvidos para que ele fique plano? Essa é outra bobagem citada por alguns “entendidos” pelo mundo todo. Você não consegue treinar seus ouvidos para que ele ouça melhor, apenas para ter mais referências seletivas e comparativas, e tão somente isso.
Jamais conseguiremos “linearizar” nossos ouvidos.
Isso é fato, e é lamentável que alguns insistam em direções opostas, aproveitando da falta de conhecimento científico de alguns leitores e de si próprio.
Será que, por exemplo, uma revista que diz que recentemente ganhou mais de 500 mil novos leitores (apesar de anunciar uma tiragem física de apenas 20.000), não concordará que entre estes inúmeros leitores não existem profissionais da área que sabem disso?

Qual o objetivo de informar?

A responsabilidade de quem publica algo é muito grande.
Deixar de ensinar ou ajudar apenas porque considera que muitos audiófilos sofrem de ego inflado e de inveja, é no mínimo temeroso.
Audiófilos devem ser respeitados e merecem a nossa atenção, em qualquer que seja a situação. Afinal, se muitos têm problemas (como dizem alguns) é por culpa dessa desinformação que se espalha no mercado por conta das dificuldades já apontadas acima.
Informar com seriedade é divulgar experiências pessoais ou de terceiros, fundamentadas e descompromissadas de qualquer outro interesse.
Quem desiste de ajudar alguém apenas porque ele sofre das consequências da falta de informação, não merece atuar neste segmento.
Nosso mercado precisa amadurecer.
Não é possível continuar vendo afirmações do tipo: “pela embalagem o produto custaria o dobro do preço”, “possui desempenho de produto 3 vezes mais caros”, ou “depois de 30 horas de “amaciamento” do cabo interno do braço do toca-discos foi possível ouvir um grau de precisão, detalhamento e um silêncio de fundo espantosos… que até discos nacionais sujos, com estática e alguns riscos mais parecem seminovos.” Este é o milagre do amaciamento de um cabinho? Vamos medir isso?
Por favor… o que é isso? Será que tudo que aprendemos com a ciência está indo para o lixo?
Qual o propósito de gastar uma página inteira com a foto de uma única cápsula de toca-discos, de contar longas histórias em cada teste, e de finalmente apresentar uma avaliação superficial em algumas poucas linhas?
Não é isso que o mercado deseja. Será que é tão difícil entender isso?
Temos um mercado de áudio hi-end que deixou de ser um hobby prazeroso para ser objeto de alimento para um mercado milionário de produtos desnecessariamente caros. Estamos vendo produtos de 250 dólares no varejo americano serem vendidos aqui por mais de 2.200 reais !!! Quanto o revendedor paga na fábrica?
O que é isso?  E ainda lemos que o produto é altamente recomendado!!!
Onde vamos parar?
É preciso separar interesses pessoais e comerciais da informação séria e responsável.
Outro dia li que um cabo não tinha muita extensão nos agudos. Como tive acesso ao cabo, o interliguei  no meu sistema e medi a banda passante do tal cabo “limitado em altas frequências”. Meu gerador de áudio consegue chegar aos 150Khz, e nesta faixa não houve qualquer atenuação do sinal. E isso não tirei de “ouvido”, mas através de um preciso osciloscópio que possuo, até para identificar eventuais distorções do sinal que sequer ocorreram com onda quadrada.
Se estes termos parecem muito técnicos, resumo apenas dizendo que o cabo não mostrou qualquer limitação em frequências até 5 vezes superiores ao nosso limite normal de audição, bem acima da limitação da maioria dos equipamentos hi-end.
Não ocorreu qualquer perda na extensão dos agudos, como não ocorre com a maioria dos cabos de áudio que possui exigências muito inferiores a qualquer cabinho barato de vídeo.
Mas, o mercado vem transformando cabos em algo “misterioso” e caro, por conta de interpretações equivocadas como estas feitas de forma inaceitável.
Publicarei em breve um teste mostrando as “verdadeiras limitações” de um cabo de áudio. Não vou medir palco sonoro de cabo, equilíbrio tonal e outras “qualidades” destacadas nas avaliações por aí, mas tão apenas provar como eles não possuem as limitações e as características apontadas em inúmeras reportagens contraditórias que encontramos em muitas publicações, pois isso pode ser medido e comprovado, ou até hoje não saberíamos como construir um cabo para conduzir frequências de mais de 1Mhz.
Vamos ter uma idéia melhor.
Precisamos de um cabo de áudio que conduza frequências audíveis que estão limitadas na média superior de 20.000 Hz, e temos cabos de 18 reais no mercado para conduzir complexas frequências de mais de 1.000.000 Hz, e aí aparece alguém dizendo que um fabricante especializado não conseguiu fazer um cabo para conduzir 20.000 Hz, mesmo custando 10 vezes mais que o cabo barato de vídeo, ou ainda muito mais.
Inacreditável, mas é fato.

Enfim…

Desejo um dia que o mercado de áudio hi-end amadureça, que aqueles que participam de inúmeros fóruns especializados da internet não sejam mais criticados, parecendo um bando de moleques discutindo o que não sabem. Que o audiófilo não seja mais chamado de egoísta ou inconsequente, tudo por culpa da desinformação do próprio mercado.
Não ganho um centavo com este trabalho que desenvolvo, não sou sustentado por qualquer anunciante ou lojista e não ganho comissão por nada que avalio, não revendo qualquer produto e não ganho com a exposição deles.
Faço deste hobby e de meus conhecimentos algo que possa ser difundido entre aqueles que buscam alguma coisa útil no meio de tantas bobagens que estão tomando conta do segmento audiófilo mundial.
Não faço deste desabafo uma crítica a quem quer que seja, mas tão somente uma defesa e uma observação construtiva para colaborar com o realinhamento de um hobby que se perde por um lado, mas aos poucos vem ganhando consciência pelo outro.
Torço para que essa consciência, que o conhecimento, o bom-senso e a verdade dominem o “lado escuro” da audiofilia, e os consumidores possam pagar preços justos por coisas que são reais e que estão no nosso mundo, e não por fantasias sustentadas por “impressões pessoais”, pareceres puramente subjetivos ou por qualquer outra forma distorcida da realidade.
Cabos são caros porque possuem misteriosas ciências ocultas que fazem ele custar o preço de um carro luxuoso.
Equipamentos audiófilos são muito mais especiais que aviões, equipamentos médicos e outros produtos tecnológicos, pois seus projetistas sabem de algo que ninguém mais sabe, e por isso custam muito mais também.
A audiofilia é algo para poucos que possuem ouvidos “planos”, perfeitos e capazes de ouvir coisas que meros mortais não podem discernir.
Acessórios hi-end não tem qualquer explicação científica, pois estão envoltos de um mistério que só o áudio hi-end consegue aproveitar.
Será que tudo na eletrônica do áudio é inexplicável, esotérico, misterioso e mágico? Por favor, não é possível continuar convivendo com estes absurdos.
Não é mais aceitável querer que alguém acredite que um cabinho de áudio feito de cobre com capa de PVC possa custar 35.000 dólares ou muito mais porque possui algo que ninguém consegue explicar o que é.
Vamos valorizar a nossa comunidade audiófila, este grupo maravilhoso que participa de fóruns, escreve com sinceridade as suas impressões, que desenvolve seus próprios componentes e divide ensinamentos. Vamos acreditar que os audiófilos podem ser unidos e banir deste meio os aproveitadores e espertinhos que ficam plantando bobagens sem fim.
Felizes os audiófilos que começam a conhecer este mundo novo.

33 Comentários

  1. NA MOSCA!!! Se essa metodologia fosse tão boa outras revistas a estariam usando, mas só é mencionada pelos lojistas que a patrocinam para convencer os clientes a pagarem os preços absurdos que pedem. Depois de tantos anos lendo estas analises de equipamentos, o sentimento que fica é uma forte falta de credibilidade.

  2. Participei de dois níveis do curso de percepção, e a minha “percepção” na verdade foi de que tratou mesmo de uma propaganda de convencimento da metodologia e da revista, de uma forma de convencer a tods a gastar muito, gastar demais em upgrades e cabos, foi o que senti.
    Além disso, a arrogância e a rispidez do apresentador é notória. Só sabe criticar o mercado, os audiófilos, os fóruns e sites, e parece que está bronqueado com tdos. Afff…. nunca mais.

  3. Eduardo !!! Barbaridade !!!!
    Você disse tudo. Se isso foi resposta ao comentário da última edição de uma certa revistinha, você acertou em cheio.
    Também me senti ofendido, pois sou um forista e acho que tenho direito as minhas opiniões também. Me senti desrespeitado, e também como audiófilo me senti agredido.
    Já li manifestações muito infelizes naquela revista, mas nesta eles se superaram mesmo.
    Aquela conversa de ego eu não engoli. Então se os discos do cara não toca bem no sistema, é o sistema que não presta? Os discos dele são tão maravilhosos assim? Eu queria saber porque no meu sistema que considero melhor que aquela mistureba de marcas que ele tem lá, discos que são referência no mundo todo tocam tão bem, e os que ele grava se mostram sem vida e enfadonhos.
    Aliás, já vi o sistema dele tocando numa apresentação em são paulo, e não achei nada disso que ele tanto fala. Depois de colocar vários discos que tocaram de forma até razoável, o sistema simplesmente morreu quando ele colocou um gravado por ele. Todo mundo na sala comentou isso, e ele deve ter ouvido esses comentários com os seus ouvidos “treinados” para escutar a respiração de uma lagartixa a 8 quilômetros de distancia.

    Falta humildade, respeito e um pouco de consideração à comunidade audiófila brasileira.
    Ultimamente ele critica a todos, se coloca como o gênio do hi-end, o cara que sabe tudo e que tem a última palavra. Ele virou um vendedor de produtos e serviços de áudio, e sua revista um grande catálogo que direciona o leitor às compras destes produtos.
    Estou bastante decepcionado, e a continuar nesta linha ele vai acabar perdendo o respeito de todo o mercado.

    Parabéns pelo seu blog. Ele está dando uma cara nova ao hi-end e inovando o nosso hobby.

    um grande abraço

  4. Texto genial e brilhante como costumam ser.
    Parabéns!
    Acompanho este site de perto e sou fã de carteirinha. Aprendi muito aqui.
    Tenho só uma dúvida, quem escreve para este blog são mais de uma pessoa? Pois ora o autor diz que é advogado e ora que é engenheiro, e as vezes percebo isso num mesmo artigo.
    Achei estranho.

  5. Tenente,

    Na verdade, o autor da maioria dos artigos sou eu mesmo.
    Não tem nada de estranho neste caso.
    Iniciei minhas primeiras experiências com eletrônica quando tinha perto dos 10 ou 11 anos, quando ganhei um conjunto de montagens chamado “Philips Engenheiro Eletrônico”, que consistia de um kit com uma placa de montagem, presilhas e diversos componentes eletrônicos para montar inúmeros aparelhos como rádio, órgão eletrônico, amplificador, etc. Foi quando me apaixonei pela eletrônica e comecei a estudá-la já naquela época.
    Quando terminei o ginásio, ingressei no colegial técnico no Instituto Pentágono em Santo André, na época era o segundo grau técnico, onde fazíamos 3 anos com matérias do colegial normal e de formação técnica em eletrônica, e ao final tínhamos mais um ano só técnico. Isso deu muita briga na época, já que muitos não queriam fazer o quarto ano, pois não entendiam como funcionava isso. Antes de iniciar o colégio técnico, como autodidata, eu já consertava aparelhos de áudio e vídeo para ganhar algum dinheiro e ajudar nos estudos e na diversão.
    Quando terminei o curso técnico e ingressei na faculdade de engenharia elétrica com ênfase em eletrônica, me dediquei à eletrônica industrial, mas nunca larguei o áudio, o vídeo e as telecomunicações como hobby (era operador da faixa de 11 metros e radioamador – e montava meus próprios receptores e transmissores), e continuei a trabalhar com o reparo de aparelhos de som e vídeo nos finais de semana para aumentar a minha renda.
    Mais tarde, resolvi estudar alguma coisa diferente do segmento técnico, e como gostava muito de salas de aula (sempre curti muito a escola), optei por fazer o curso de Direito. Me formei e tirei minha carteira profissional de advogado, chegando a trabalhar na advocacia por alguns anos, sem nunca abandonar meus projetos técnicos. No final, consegui conviver bem com as duas coisas. Na área técnica desenvolvo a minha atividade principal, e no Direito atuo hoje com menos frequência, em algumas ações mais específicas e selecionadas, depois de ter trabalhado muito tempo para pessoas carentes.
    Portanto, as duas informações são verdadeiras.
    Explicado?

    Um abraço.

  6. Explicado ! rsrsrs….
    Desculpe se pareceu que eu estava desconfiado, apenas achei estranho, mas tenho um amigo que também fez os dois cursos também. Estava só curioso.
    Obrigado.

  7. Edu,

    Você está caprichando, hein?
    Tudo ilustrado agora… gostei das figurinhas simpáticas…

    Nos falamos.

    Um abração

    Emilio

  8. Eduardo,

    Parabéns por mais um texto de excepcional qualidade. É uma pena que não pude ter acesso aos seus testes e opiniões antes. Embora eu goste muito do sistema de audio e vídeo que eu montei, talvez eu tivesse feito escolhas mais baratas e melhores. Enfim, acompanho seu blog com bastante interesse para aprender e saber orientar amigos a não se iludirem com propagandas de mercado. Muito obrigado por sua dedicação a este espaço.

    Abraços,

    Renato

  9. O custo dos produtos “hi-end” no Brasil é uma vergonha, eu compro no varejo americano e europeu pela internet e mesmo assim sai mais barato que comprar na loja no Brasil, é um escândalo! Esse comerciante que você citou que vendia Creek no mesmo preço do mercado americano é o Sr. Moyses da Sound Stage? Se for, ouvi falar muito bem dele, embora tenha enviado vários e-mails e nenhum foi respondido, desisti de comprar qualquer produto dele. Este é um capítulo à parte, aqui no Brasil as lojas ignoram e-mails, preferem contato telefônico direto, forçando o cliente/interessado a pagar o interurbano mais caro do planeta, que são as tarifas telefônicas brasileiras, isso é uma aberração ! Nenhuma loja brasileira é eficiente no quesito atendimento por e-mail, mandei várias consultas a diversas lojas de equipamentos e fabricantes brasileiros e acho que a taxa de retorno foi de menos de 10% e, para piorar, quase 100% dos sites não informa preço, parece um tabu. Certa vez conversando com um dealer americano, pedi o preço de um cabo e ele me mandou um arquivo em Excel com todos os preços de todos os produtos da loja, ou seja, quem não deve não teme! É por isso não quero saber de equipamentos brasileiros, os melhores são os importados, ou então usados, existem lojas excelentes como a ClassAudio. Comprar usado só tem vantagem, é muito mais barato, o aparelho já está amaciado e com a sonoridade totalmente desenvolvida. Minha sugestão, se for possível, é escrever um artigo acerca do atendimento das lojas no Brasil, assitência técnica, pós-venda, cotação, e-mail e etc…

    Abraço

  10. Marcos,

    Excelente sugestão !!!
    Vou abrir um espaço exclusivo para comentários imparciais de lojas. Vamos mapear quem atende bem e quem ignora o consumidor.
    Outra idéia que você me deu é de relacionarmos as lojas que vendem no exterior, com preços e custo de remessa, e dicas de como comprar lá fora. Vai ser algo bastante útil também.
    A ClassAudio não é uma loja, e sim um site de informações de mercado. É um site bem interessante, e fornecemos o link dela aqui no índice ao lado.

    Um abração

  11. O pior é que nunca vão admitir as falhas, sempre vão defender com unhas e dentes.
    Assim não se aprende nada.
    Estava num hifishow uma vez com alguns amigos, e o avaliador da revista estava lá falando de cabos. Aí alguém que não conhecíamos lhe perguntou se era possível fazer um teste cego com os cabos que estavam ali e um bem vagaba.
    O avaliador disse que testes cegos não são recomendados, que existem muitas variáveis que podem atrapalhar e que ele não faz isso. Na insistência do visitante ele respondeu que as diferenças são muito pequenas, e qualquer um pode se confundir numa situação destas, e que testes cegos NÃO FUNCIONAM !!!
    Estranho para quem defende a subjetividade e em seus cursos diz que as diferenças são nítidas, que só surdos não ouvem, e que nas revistas ensina que as diferenças chegam a ser “gigantescas”…
    Só sei que as risadas foram gerais e ninguém engoliu aquela conversa.
    Falar o que?

  12. Sr Eduardo Martins… Poderia me dar seu autografo? pois sou seu fã!!! kkkkkk
    Esse é meu sentimento quando acompanho o conteúdo deste site! Nada de bla bla bla, é certeiro e acima de tudo HONESTO !!! Parabéns de novo.

    Vc não sabe o quanto recomendo este espaço aqui a todos que conheço que gosta de som!

  13. Finalmente um pouco de sabedoria e de bom senso neste conturbado mundo do audio hiend.
    Conheci este blog recentemente , e como audiófilo sério e que já experimentou de tudo e de todos os preços no meu sistema ao longo de décadas , finalmente vejo alguém na direção certa , levando informação honesta e precisa aos leitores.
    Se eu soubesse de tudo isso há uns 40 anos , teria poupado algumas centenas de milhares de dólares em erros.
    Já tive equipamentos perto de meio milhão de reais em casa, para descobrir que preço e qualidade infelizmente não andam juntos neste hobby.
    Qualidade tem preço , mas a maior parte dos produtos caros só tem mesmo marca famosa.
    Recomendo a todos seguir a receita do Eduardo aqui no seu blog. Não vão se arrepender.

    Parabéns Eduardo e obrigado por colaborar de forma tão util e honesta conosco.

    Um grande abraço

    Miguel de Roma

  14. Caro Everton,

    Obrigado pelas palavras de incentivo e por prestigiar tanto este espaço.

    Um forte abraço,

    Eduardo

  15. Caro Miguel,

    Obrigado.
    Fico satisfeito em saber que este blog o tenha agradado.

    Um abraço,

    Eduardo

  16. Comecei a ler seus textos tão logo tomei conhecimento do seu site. Como a música faz parte de minha vida desde pequeno, (embora não seja músico, mas gosto de cantar e já fiz parte do Coral Municipal de São Bernardo, onde moro), procuro ouvi-la de forma reproduzida eletronicamente, da melhor forma possível. Acompanho as novidades em equipamentos de som e procuro ler as publicações existentes aqui. As de fora não leio porque não domino o inglês. Tive uma decepção muito grande com a revista Áudio e Vídeo, do sr. editor e cheguei a visitar uma das edições do HI Fi Show, no Anhembi. Esse senhor só sabe falar em valores estratosféricos de equipamentos, como se o Brasil fosse um país de milionários e nós pudéssemos pagar os absurdos que ele apregoa. Os exemplos mais emblemáticos de sua revista são os cabos, como o senhor cita em seu artigo, ou os racks mais caros que um automóvel. Deixei de comprar a tal revista, que tem mais páginas com anúncios de equipamentos que análises de equipamentos ou novidades de mercado. E, por coincidência (e que coincidência), todos os produtos anunciados são analisados na tal revista e com total parcialidade a favor desses produtos. É realmente lamentável esse tipo de comportamento. Eu gostava de ler os artigos quando eram escritos pelo sr. Holbein, pelo sr. Mirol e pelo Flávio Adami. Li, nos anos 1970 e 1980 as edições da revista Som Três, com artigos assinados pelo sr. Nestor Natividade e também no Jornal da Tarde, em artigos do sr. Ethevaldo Siqueira. Tenho a certeza de que o senhor vai continuar na sua linha editorial, sem aceitar patrocínios e imposições de quem quer que seja. Essa sua conduta já está dando frutos, pois muitos são os seus leitores, que o apoiam nessa empreitada difícil. Mas os bons resultados, colhidos pelos desbravadores, normalmente não se conseguem com facilidade, somente com muito trabalho e suor.

  17. Prezado Sr. Luiz,

    Desculpe a edição na sua mensagem, mas não convém citar o nome no caso específico.
    Costumo dizer que até uma crítica é uma forma de prestigiar, e o que menos queremos é tornar ainda mais evidente o que não concordamos.

    Além dos comentários que são enviados por este canal, recebo inúmeros emails diariamente de arrepiar, contando fatos bastante tristes da realidade do áudio hi-end brasileiro (e até mundial).
    Já recebi apoio e até comentários bastante lamentáveis de pessoas que escreviam para algumas publicações, contando histórias que mostram exatamente o rumo que este mercado está tomando, e que não deveria interessar a ninguém senão àqueles que faturam muito com esse cenário que eles mesmos criaram.

    Vamos continuar nos dedicando pelas mudanças que o mercado merece, e certamente um dia chegaremos lá, senão totalmente, mas pelo menos com um nível maior de consciência do tão desprezado apreciador da música em alta-fidelidade.

    Obrigado pelo seu depoimento.

    Também morei em São Bernardo por algum tempo. Talvez já tenhamos sido vizinhos ou até nos conhecido pessoalmente.

    Um grande abraço

    Eduardo

  18. Caríssimo Sr. Eduardo,

    Parabéns por este excelente site. Cada palavra, cada linha e cada parágrafo são dignos de elogios. Acho que trata-se da maior contribuição que temos hoje neste nosso tão sofrido hobby.
    Mas, vamos às minhas considerações, com a sua permissão.

    Antes de qualquer coisa, gostaria de me apresentar com um amante da boa música, e da sua mais fiel reprodução possível dentro das possibilidades que a eletrônica nos permite hoje. Se isso me qualifica como “audiófilo”, que seja, então.

    Tenho hoje 60 anos e continuo trabalhando como empresário na área editorial e cultural. Patrocinei muitas apresentações musicais e sempre fui muito presente nestas oportunidades. Adoro música.
    Sempre tive a sorte de possuir sistemas de som de altíssimo nível, mesmo quando a importação era bastante difícil, ainda conseguia comprar e trazer meus equipamentos nas viagens que fazia ao exterior. Hoje é muito fácil adquirir bons produtos aqui mesmo no Brasil.
    Procuro ter o que de melhor consigo ter, e sempre me atualizar tecnologicamente.
    Não me considero leigo em música ou em sistemas de som. E acredito que adquiri experiência suficiente com tudo isso para colaborar com algumas opiniões para este excelente espaço, afinal, acredito que não devemos apenas receber, mas também contribuir com o que de valor ainda temos em nosso país.

    As suas ponderações sobre o que o Sr. chama de universo de áudio Hi-End, e eu prefiro chamar apenas de som de alta fidelidade, são precisas, certeiras e bastante oportunas, já que chegam num momento em que nosso mercado está sendo invadido por oportunistas que tentam obter um lucro fácil de entusiastas apaixonados que não refletem sobre os custos daquilo que compra.
    É preciso abrir os olhos, e os ouvidos também (aqui em duplo sentido) para não cair nas armadilhas que o mercado nos impõe, e que o Sr. tão corretamente alerta em seus textos.

    Meu contato com lojas, fabricantes e audiófilos do mundo inteiro é bastante grande, e esta situação que o Sr. apresenta aqui se repete lá fora também, mas, acredite ou não, existem pessoas honestas, que fornecem uma base mais correta de informações que desbancam muitas fantasias criadas pelo mercado.

    Objetivamente, agora, vou externar a minha irritação com as publicações patrocinadas que atendem os interesses de seus anunciantes, de forma disfarçada mas bastante clara para um leitor mais atento.
    As manipulações de textos, fotos e idéias que o Sr. tanto já mostrou aqui servem para provar que estamos diante de uma situação no mínimo inadequada destes que se colocam como editores, jornalistas ou especialistas no assunto que escrevem, mas que claramente são meros amadores que se valorizam além daquilo que realmente sabem.

    Quando leio o teste de um mero cabo de força que conheço muito bem as suas qualidades, e vejo o acessório tratado como se fosse um divisor de águas, onde o sistema é outro depois de sua inclusão, fico imaginando como podem ser tão cínicos estes “entendidos”.
    A quantidade absurda e ridícula das vezes onde já li que os tais cabos de força provocaram um significativo aumento do silêncio de fundo, me faz acreditar que os sistemas de referência destas publicações estavam com um ruído de fundo ensurdecedor, pois não é possível que a cada teste a redução deste ruído seja tão significativa. Parece incoerente e até cômico, para não ser maldoso sobre as verdadeiras intenções destes “entendidos”.
    Utilizo em meu sistema de som cabos de ótima qualidade, mas muito longe dos preços destes cabos “mágicos” como aquele último que foi avaliado, e o silêncio de fundo de meu sistema é absoluto, ou, “ZERO”. E isso já acontece há bastante tempo.
    Acho que a questão não é uma melhora de desempenho provocada pelos cabos, mas a tentativa de mascarar problemas dos sistemas de referência destes avaliadores, pois eu me recordo de pelo menos algumas dezenas de vezes que estes senhores já disseram que um cabo de força aumentou o silêncio de fundo de seus sistemas, muitas vezes chamando essa diferença de assustadora. É óbvio que existe algo de errado.
    Vou dizer algo agora com a mais absoluta certeza de quem há muito mais tempo que estes senhores está envolvido com pessoas que possuem total credibilidade sobre o assunto, e que também possuem sistemas muito superiores até que os de “referência” daqueles entendidos: um bom cabo de foça não custa mais do que 100 dólares, e é capaz de cumprir seu papel com toda a competência que se espera deste componente, sem nada mais a acrescentar. Fantasias apenas se justificam para cobrar mais por menos, pois o que é real não permite espaço para estas divagações absurdas. Desafio estes senhores a virem ao meu sistema testar estes cabos “mágicos” e num teste cego identificá-los num universo de outros cabos bem menos “famosos”. E esse negócio de que são capazes de extrair o “sumo” de um sistema categoria diamante é tentar elitizar estes produtos. Considero meu sistema de som bastante superior aqueles que eles usam como referência, que mais parecem um grande remendo e um amontoado confuso de componentes, e talvez aí resida um problema de excesso de ruído de fundo. Insisto: em meu sistema o silêncio de fundo é total, seja com um cabo barato ou um cabo caro. O equilíbrio tonal, a dinâmica, a resposta de frequências nos extremos e tantas outras qualidades estão lá, inalteradas seja com este ou aquele cabo. Se ocorrer alguma diferença, é porque o cabo é realmente ruim ou está com problemas, mas não porque não trata-se de um produto “Hi-End”. Chega desta palhaçada, não?
    Se quiserem a receita de como ter um sistema com absoluto silêncio de fundo sem precisar gastar milhares de reais em cabos, eu ensino aqui. Basta ter componentes de qualidade e um sistema bem “casado”, sem parecer uma grande colcha de retalhos. Depois disso, cabos perdem 99% da importância. Exagero? Garanto que não, e mais uma vez convido aqueles que duvidam disso para realizarem um teste cego e tentar provar que realmente estão identificando as melhorias que afirmam. Desafio com total segurança, porque já fizemos isso algumas vezes, não é achismo nem irresponsabilidade de minha parte. É uma afirmação sincera, honesta e precisa.

    Justificam até que a fabricação do cabo é tão complexa que utilizam até furadeiras importadas no processo de “remendo” dos conectores além de torquímetros para aperto dos parafusos. É querer dar muita importância para algo que não requer tanto, como se não tivéssemos tecnologia no Brasil para fazer um furo de precisão com um equipamento nacional que custa menos que um cabo destes, e é tecnologicamente muito mais complexo.
    Se o desempenho e o processo de fabricação não se justificam, o que então explica um produto custar tanto?

    Ao contrário do Sr., caro Eduardo, eu continuo lendo estas publicações, pelo simples gosto pela leitura. Leio dezenas de publicações impressas todo mês exclusivamente sobre áudio. Acho que é um dever nosso ser informado do errado e do certo, pois só assim firmamos conclusões seguras.
    Ver uma foto de um CD Player “digitalizada” de tão baixa qualidade, e até vergonhosa (eu pelo menos jamais aceitaria uma foto como esta em uma de minhas publicações) nos faz refletir se o equipamento saiu mesmo da caixa, afinal, até um celular barato hoje é capaz de tirar uma foto melhor.
    Ver um teste tão mal realizado de um Blu-Ray Player, que beira o ridículo de tão mal concebido que foi, inexplicavelmente inconsistente e banalmente superficial, com erros como declinar um TV usado para teste e o mesmo não constar na extensa e desnecessária lista de equipamentos utilizados, é algo inaceitável, parecendo que o objetivo é mesmo se tornar uma vitrine de produtos usando como desculpa o precário review.

    Peço desculpas pelo longo texto escrito às pressas, na sala de espera de um aeroporto, e lhe agradeço por eventuais correções deste texto, mas achei importante que, depois de tanto saborear seus excelentes artigos, pudesse eu colaborar um pouco com a minha experiência sobre o assunto.
    Não é mais possível ver uma publicação ofender tanto aqueles que não concordam com suas posições, e ao mesmo tempo apresentar estas posições de forma viciada, contraditória, incoerente e com absurdos evidentes demais.
    Não é possível que citem que em seus cursos os participantes acabem na maioria “convencidos” de certos absurdos. Muitos amigos já participaram de muitos destes cursos, e dizem que a sensação é de uma tentativa de “lavagem cerebral” de uma “hipinose coletiva”, pois quem não sai convencido de certas imposições do palestrante são tratados como surdos, mesmo diante de todas estas inconsistências.

    Estamos vivendo um momento de manifestações patrióticas por todo o nosso querido Brasil, do qual que tanto me orgulho, talvez seja o momento de fazermos uma manifestação também por mais coerência, mais transparência e menos ignorância no que se refere ao áudio de qualidade neste país.

    Muito obrigado pela oportunidade e pelo espaço cedido, e continue sempre mantendo a sua conduta de honestidade e respeito aos seus leitores, por mais que isso incomode alguém. E, se algum dia algum incomodado vier a perturbá-lo, por favor me informe. Estarei ao seu lado para preservar este importante espaço que o Sr. criou aqui.

    Mais uma vez, meus parabéns,

    A. Saraiva

  19. E a Audio e Video Catalog deste mês destaca a Yamaha…

    Reparem no anúncio de página cheia, depois na seção de Novidades uma reportagem sobre o lançamento de fones da marca, depois em Primeiras Impressões mais uma reportagem sobre um fone de ouvido da marca, e para completar, um teste muito mal feito de um blu-ray da marca, se é que se pode chamar aquilo de teste. Nunca vi algo tão escroto como aquilo. Além de contradições óbvias, o teste beira uma clara demonstração de má vontade e de mera propaganda da marca, com 5 páginas onde a avaliação ocupa menos da metade de uma, e ainda confusa e pouco esclarecedora. A pontuação então, chega a ser uma piada.
    Mas, um player que lá fora custa em média perto dos 550 reais ser vendido aqui por quase 2.000 reais !!!! deve ter uma boa margem para pagar bons anúncios mesmo.
    Se o mercado lá fora vende o player até por 500 reais, não deve custar para a Yamaha mais do que 200 reais para distribuir aos revendedores. Porque custa 10 vezes mais aqui?
    Até quando as pessoas vão cair nessa? Ou melhor, será que alguém ainda acredita nisso?
    Realmente a foto do CD player está horrível. Parece que foi tirada da Internet. Porque? Aliás, algumas fotos dali estão na internet, basta usar o google imagens. Precisa de uma foto tão grande?

    Convenientemente, também, para reforçar a importância de um caríssimo cabo de força testado, curiosamente uma longa carta e uma longa resposta também foi publicada nesta mesma edição. Tratando do que? De cabos de força… lógico… e novamente o assunto é tratado em outro artigo, e desta vez, tenta-se romper a barreira que eles mesmos haviam inventado de que cabos deviam representar 10 ou 15% do preço do equipamento. Aqui já se fala em até o dobro como algo aceitável… que vergonha!
    Só propaganda e artigos direcionados, além de críticas duras a todos que não aceitam as ideias que a publicação impõe.
    Criticam os audiófilos, os experimentadores, os fóruns, sites e tudo que encontram pela frente, chamando todos de arrogantes, prepotentes, infelizes e outros tantos adjetivos.
    Defendem a todo custo um formato ultrapassado, viciado e cheio de falhas. Estava folheando algumas edições de 2010 e 2011, e fiquei pensando como eu podia ainda dar atenção aqueles textos, cheios de contradição, fotos erradas, informações erradas e toda sorte de absurdos.
    É triste ver o caminho que foi tomado. O audiófilo brasileiro merecia mais respeito e consideração.

    Deixando essa chateação de lado, meu caro Eduardo, quais as novidades? Depois de ouvir as suas caixas maravilhosas, fiquei com o pensamento de que todos deveriam ouvi-las. Não há uma possibilidade de você expo-las em algum lugar ou de vir a fabrica-las comercialmente?
    Já conheci muitos sistemas hi-end de altíssimo nível e até de referência de publicações medíocres, mas nunca vi caixas tocarem como as suas. O resultado que você conseguiu com estas caixas deveriam der divulgados. Ao levar em conta a supervalorização hoje do hi-end graças ao mercado explorador, suas caixas poderiam ser vendidas por mais de 100 mil brincando, pois já vi caixas que custam quase isso e estão longe de tocar perto das suas.
    Já pensou nisso?

    Um abraço do amigo e admirador,

    Emilio

  20. Sr.Saraiva,
    Gostei muito do seu post e das novas informações q mencionou.
    Sou do tempo da revista SOMTRÊS nos anos 70, onde as páginas finais da revista eram dedicadas aos grandes mestres da musica erudita em fascinantes analises de obras e compositores, estas análises eram tão apaixonadamente escritas q as considero românticas em minhas menórias.
    Infelizmente a parte de audio da Revista SOMTRÊS era mero press release ou texto enviados p/os vendedores das lojas de então.

    Então nos anos 90 apareceu esta outra revista q elevou o nível das análises dos equipamentos de audio e video, mas o nível literário e de conhecimento dos compositores clássicos e o nível das análises dos discos sempre foi muito inferior a SOMTRÊS.

    Tudo bem, ele inventaram esta metodologia(seja lá o q for isso), e maneiras de graduar o nível de qualidade dos equips e principalmente inventaram maneiras eficientes de justificar a cobrança de preços astronômicos de equipamentos baratos no exterior p/o público alvo(clientes da terceira idade, ricos, crédulos e sem conhecimentos de audio, ou seja, melônanos ricos).

    O q eu mais aprecio na minha opinião pessoal e o q esta revista criou de melhor, é a insuperável seção de piadas audiófilas, onde algumas pérolas de refinado humor e ironia me fizeram rir inúmeras vezes, dentre as quais algumas q me lembro de pronto são:
    1) Este cabo é acessível, não é necessário vender a prataria da casa para compra-lo.

    2) ASR Emitter 2 Exclusive: Se você busca o amplificador definitivo na sua vida, ouvi-lo antes de fefinir a compra é fundamental.
    O modelo enviado para teste já foi para seu felizardo dono,… (O CLIENTE COMPROU UM PRODUTO USADO, PROVAVELMENTE NEM SABIA DISSO, ISTO É MUITO COMUM ACREDITEM).

    3)B&W 800D: Ela só precisa de… para se INVESTIR em uma caixa desta magnitude. Feita a lição de casa, garanto que ela valerá todo o INVESTIMENTO por anos a fio.(grifo meu).

    4) VDH Supernova: …afirmo com todas as letras que ele vale muito mais do que custa.

    5) Um produto completo como o Ayre C5XE não costuma ser oferecido ao mercado todos os dias.Se você procura um player universal definitivo, ouça este produto, pois ele é realmente um fora de serie.

    6) Não é um cabo barato para nossos padrões, mas não custa o preço de uma configuração completa.

    Outro absurdo praticado por esta revista, além das inúmeras cartas suspeitas onde se pratica auto-elogio, é q p/ser assinante é necessário informar RG e CPF no site da revista, alem é claro do seu nome e endereço completo. Informando isso eles estão com a sua ficha cadastral completa, tal qual na Receita Federal ou SERASA.

  21. Mais uma vez agradeço a participação de todos.

    São manifestações como estas, sinceras e construtivas, que me mantem motivado a continuar publicando este blog, sabendo que ele pode estar sendo útil a esta comunidade.

    A falta de tempo é muito grande, e tento sempre colocar algo novo e útil no blog, mas as vezes o trabalho aperta e pouco tempo sobra.
    Tenho notado um ótimo nível entre aqueles que escrevem para o Hi-Fi Planet, e convido-os a enviarem as suas colaborações para serem publicadas aqui.
    Com a colaboração de todos, e levando em conta este nível de discernimento e conhecimento dos participantes deste espaço, tenho certeza de que poderíamos juntos mudar a triste situação que tomou conta da audiofilia no Brasil.

    Não pretendo comercializar qualquer produto, mas fico à disposição para colaborar com quem queira desenvolver um trabalho honesto no sentido de trazer produtos também com qualidade e preços honestos para o nosso mercado.
    Terá toda a colaboração do Hi-Fi Planet para isso.
    Mas, infelizmente, hoje não consigo dispor de tempo para desenvolver um trabalho similar, se bem que eu gostaria muito.

    Um grande abraço a todos,

    Eduardo

  22. Ainda mais um post sobre esta revista.
    Confesso que tenho uma apreciação sentimental por esta revista (a SOMTRÊS também) entendo q todas as malandragens q eles fazem são de fácil descobrimento pelo leitor, desde q ele tenha um bom desconfiômetro e conheça a fundo as caracteristicas e detalhes das marcas e equips citados na revista.

    Como sou apaixonado por audio desde os anos 70, vejo q aqueles testes são como fórmula de produtos químicos em embalagem de alimentos, são um código a ser decifrado, mas está tudo lá (este equipamento não é bom etc).
    Então espero q esta revista nunca termine, pois se isto acontecer os melômanos e audiófilos inexperientes ficarão nas mãos daquele Fórum nojento, q é mil vezes pior do q a Revista.

    Como sabemos bem, aquele Fórum tem procedimentos muito piores do q a Revista e é totalmente não confiável.
    Sem falar q é o único Fórum na Internet q ameaça os membros de processo judicial e depois removem convenientemte as msg q lhes incrimimam.

    A Revista bem ou mal elevou o nível do audio nacional até onde estamos hoje, mas o Fórum não criou nada de bom, só fofocas.
    Acho q é ruim c/a revista, mas será muito pior sem ela, pois no Fórum a verdade nunca aparece, pois as msg são apagadas em questão de horas.

    gostaria de informar aos colegas

  23. Cara, olha que hilário.
    Eu estive nesta semana num revendedor de equipamentos hi-end para ver um receiver, na verdade só queria conhecer porque não ia comprar mesmo.
    Pois bem, o vendedor saiu da sala e foi numa sala ao lado conversar com quem eu imagino ser um dos donos da loja. Numa cena do filme que estava em demonstração o volume caiu muito, e comecei a escutar a conversa deles em alto e bom tom.
    Eles estavam indignados com alguma coisa que você escreveu no seu site, não consegui entender direito. Aí um disse: “Esse fdp do Eduardo fica escrevendo bost… no hifi-planet e ferra com a gente. Agora o cara quer que eu prove que (não sei o que pois não deu para ouvir) que essa porr… faz mesmo diferença.”
    Nessa hora o outro falou: “Mas o pior é que não faz mesmo” e começou a rir…
    Aí o outro disse: “Tá, mas ele não precisa contar isso pro povão… aí fod…. tudo”
    Aí o vendedor que me atendeu disse: “pede pro viad… vir a tarde, diz que ele não consegue perceber porque não se acostumou ainda com hi-end e me chama para opinar. Meu cunhado vai estar aqui e peço para ele passar por cliente, e ele confirma também que está ouvindo uma melhora sim… quero ver se convence ou não o sujeito”

    Fiquei revoltado com aquilo. Saí da sala sem falar com ninguém e fui embora. Quando estava na porta o vendedor correu atrás de mim e perguntou se o receiver era bom? Eu nem olhei para tráz e disse para ele perguntar pro cunhado dele.
    Cara, que absurdo isso. É uma loja conhecida, que anuncia em revista. Fica mau eu contar aqui o nome dela?
    Que nojento isso. Nunca mais volto lá.

    Não sou de fofoca, mas esta você precisava saber.

    Meu abraço.

  24. Meu caro,

    Se você tivesse gravado, ou ainda tivesse alguma prova disso, eu diria com convicção para você colocar o nome da loja aqui. Jamais acuso alguém se não tiver muito bem calçado de provas, pois aí reverto a situação contra quem tentar me acusar de calúnia ou difamação. Infelizmente, neste caso não recomendo colocar o nome da loja.
    Também editei um pouco os palavrões, OK?

    Isso que você me contou não é novidade. Soube de outro caso, desta vez envolvendo um fórum, e que me deixou bastante feliz, pois quando as pessoas começam a se incomodar com o que você diz, e não conseguem provar o contrário, isso é sinal que você está conseguindo estabelecer um pouco de verdade no meio de tanta pilantragem.

    Só não podemos generalizar, pois ainda existe gente honesta no meio, que coloca a ética acima dos negócios e se contenta em não enriquecer às custas de pilantragem.

    Obrigado por dividir esta informação.

    Abraço.

  25. o que noto hoje é um artificialismo nas avaliações sempre com a conotação de que o que você possui já ficou obsoleto. Ou seja, faça upgrades atrás de upgrades. gaste muito

    vou comentar algo aqui mas antes quero adiantar que sou engenheiro elétrico e trabalho em uma empresa de equipamentos elétricos, incluindo filtros e estabilizadores para computadores e sistemas de entretenimento (audio e video)

    na penúltima edição da revista li um texto de lançamento com fortíssimo apelo comercial de um distribuidor bem querido da revista anunciando o lançamento de um condicionador de tensão importado.
    notem que a apresentação tenta colocar vantagens sobre os atuais modelos do mercado, tentando fazer o comprador acreditar que stá levando algo mais novo e moderno para casa.

    para atingir esse sucesso o texto entre outras incoerencias cita que o filtro não utiliza “ultrapassado” varistores, que costumam provocar ruídos nos tweeters.
    ora… ora… se estes componentes geram realmente ruídos nos tweeters, que para quem não sabe é responsável pelo agudos, porque então a mesma revista em outro teste deu pontuação máxima para outro condicionador que justamente usa estes componentes em profusão? e ainda mais, no teste deste condicionador ainda afirmou que ele reduziu perceptivelmente os ruídos de fundo e tornou os agudos mais límpidos e precisos?

    varistores não geram nenhum ruído perceptível nos agudos, e se isso realmente ocorresse, os próprios fabricantes de equipamentos hiend não usariam este componente em seus equipamentos, como muito o usam no mercado em quantidade. eles poderiam até gerar ruídos de baixa frequencia por conta de outras características intrinsecas do componente, mas que jamais chegariam aos componentes da caixa., e sequer passariam da fonte do aparelho, que trabalha com corrente retificada e filtrada na saída.

    se isso ocorresse, tal interferencia seria facilmente percebida e também mensuravel. e não adianta dizer que sou um “objetivista” e que não entendo que essa interferencia não pode ser medida. isso é outra besteira que inventam para defender o que não conseguem explicar.

    o tweerer funciona através da vibração de seu domo diante do campo eletromagnetico criado pela corrente que passa pela sua bobina em contra-posição ao campo do imã, ou de forma bem similar em outros modelos, mas sempre dependendo da corrente/tensão aplicada.
    sem essa corrente, não há movimentação e portanto não há qualquer som no componente.
    se o tweeter apresentar, portanto, qualquer som, por menor que seja, é resultado de um sinal elétrico que pode ser medido facilmente.

    mesmo um sinal elétrico de muita baixa intensidade ou elevada frequencia incapaz de vencer a inércia do domo do tweeter seria ainda mensurável facilmente, pois os medidores disponíveis possuem uma altíssima sensibilidade para ler as correntes mais insignificantes.

    porém, pior do que isso é imaginarmos que mesmo que isso fosse verdade, cadê a capacidade do condicionador de filtrar esse ruído, afinal, ele não está ali também para filtrar os ruidos da rede?

    chega ao cúmulo do absurdo imaginarmos isso, mas é algo que para quem tem conhecimento técnico no assunto entende fácil, mas quem não tem acredita nestas bobagens e acaba achando que aquele estabilizador vai fazer mais do que aquele que ele tem, o que não é verdade.

    é muito frequente nos depararmos com essas explicações absurdas dos fabricantes para tentar justificar o diferencial de seu produto e tentar convencer o usuário a realizar outro upgrade.

    onde trabalho fabricamos estabilizadores para o mundo inteiro, para as mais exigentes aplicações, e desafio quem quer que seja a colocar o modelo mais barato de nossa linha junto com um desses modelos hiend e identificar sem ver qual está ligado a diferença de cada um, se algum deles comprime a dinâmica, gera algum ruído ou não proporciona a devida filtragem ou proteção.

    é preciso ficar mais atento com o que estas revistas escrevem e começar a questionar esse tipo de coisa, porque os jornalistas não possuem na maioria das vezes conhecimento técnico e experiencia para discernir sobre o que escrevem, e criam a ilusão do upgrade atrás de upgrade.

    fiquem atentos.

  26. Caro Eduardo,

    Excelente texto, como sempre.

    Mas o que eu acho sobre estas publicações, seus cursos de “percepção auditiva” e toda a enganação que existe neste mercado é que, enquanto houver publico disposto a ser enganado, esta situação continuará existindo.

    Um grande abraço,

    Helio

  27. Boa tarde a todos. Depois de ler os depoimentos aqui postados, permitam-me discordar do ponto do vista do FullRangeMan, em que ele diz que a revista é ruim, tendenciosa, mas é pior tê-la assim a não a ter. Discordo porque a revista também traz reportagens e “testes” de equipamentos tendenciosos, sempre a favor do anunciante, que paga o espaço na revista. Os diretores da tal revista tentam “empurrar” ao mercado produtos que eles comercializam ou representam, tentando impor uma situação ao leitor, que muitas vezes não tem condições de discernir se o que foi escrito é a verdade ou não. Portanto, não só o fórum, mas também a revista, mentem ao leitor, levando-o a uma situação de eterna insatisfação, pois o seu objetivo nunca é atingido. O exemplo do cabo citado no texto do sr. Saraiva é claro nesse aspecto:- furadeiras de Marte, conectores de criptonita (como o sr. Eduardo diz), cobre que só existe no fabricante. Tudo isso a um precinho especial de US$ 3.000,00 (treis mil dólares), o quê é isso? Isso é chamar o leitor de idiota.
    Portanto, se essa tal revista não existisse, não faria falta alguma ao mercado.
    Esse é o meu ponto de vista.
    Aliás, uma observação:- já li em várias revistas, o editor dizer que vai ouvir toda a sua coleção de CD. Se ele tem, como diz, 3.000 CD, gostaria de saber quantos anos ele levaria para ouvir essa tal coleção com o equipamento que ele elogiou. Ele vai morrer e não vai conseguir ouvir tudo de novo. É frase para encorajar o leitor incauto a comprar o que ele está divulgando e obtendo lucro com isso.

  28. Caro Sr.Eufrosino,
    Obrigado pelo seu post, o qual concordo plenamente, eu apenas tenho uma apreciação ou saudades de revistas de audio(não Home Theater 5.1) brasileiras, p/o nosso mercado local, devido a pobreza de conhecimentos do audiófilo brazuca.
    Mas estamos aqui falando da revista porque é impossível mudar o que está publicado no papel, mas sobre o Fórum é impossivel fazer análises, pois as mensagens discordantes da opinião dos moderadores e anunciantes são rapidamente removidas ou editadas.
    Acho q a tendência das revistas em papel é serem postadas online e gratuítamente como PFO e SoundStage.
    Abração

  29. FullRangeMan, boa tarde. Acho que você está certo quanto à não possibilidade de analisar os fóruns, visto que nunca sabemos quem está do outro lado e de que forma essa pessoa tenta manipular o que está sendo postado (e com que interesses).
    Quanto às revistas nacionais, eu guardava as minha Somtrês, mas com o tempo eu me desfiz delas. Quanto à Clube do Áudio e Vídeo, eu as guardava, mas me desfiz de todas e nunca mais as comprei, acho que não vale mais a pena. É muita propaganda e não gosto dos artigos dos seus analistas, menos ainda dos artigos do editor da dita revista. Inclusive, acho que eles não têm revisor, porque a quantidade de erros de português nas edições, é um absurdo. E ainda temos que pagar R$ 18,00 por ela.
    Um bom fim-de-semana para você e um grande abraço.

  30. Os comentários estão excelentes, discussão de altíssimo nível. Gostaria de contribuir com ela.

    Eu sou jornalista especializado. Ou seja, meu trabalho envolve avaliar produtos (não de áudio, bom deixar claro) e lidar com seus fabricantes. Trabalhei e trabalho em veículos da chamada grande imprensa, estou nessa há duas décadas. E aprendi algumas coisas que gostaria de contar a vocês.

    1. Em veículos pequenos, a independência editorial quase sempre inexiste. Digo “quase sempre” porque, ao longo desse tempo todo, encontrei uma ou outra publicação pequena e extremamente correta (o que atesta, inclusive, que é possível ser honesto e mesmo assim ter lucro suficiente para manter uma revista). Mas a regra não é essa. Os diretores das publicações as encaram como máquinas de captar publicidade, e só. Morrem de medo de perder anúncios, e por isso usam os jornalistas em prol deles. Já cheguei a presenciar coisas bizarras, como um repórter implorando ao entrevistado que anunciasse na revista.

    2. Em veículos grandes, também há pressão comercial. Coisas como escolher ou mudar uma pauta para beneficiar anunciantes. É corriqueiro. A diferença em relação aos veículos pequenos é que, na grande imprensa, adulterar o conteúdo editorial é prática malvista – e, portanto, você pode se manifestar contra ela. Dependendo da publicação, os protestos de um jornalista honesto podem ser suficientes para adiar determinada manipulação (eu sei, porque me insurgi contra algumas). Vejam bem: adiar, não impedir. Para cada jornalista honesto e atento, há dez indiferentes. Então os diretores simplesmente passam a matéria para outro repórter, mais dócil e amigável, escrever. E ela é publicada do mesmo jeito. Em alguns casos, os anunciantes exercem poder prévio, ou seja, escolhem o jornalista que irá fazer determinada matéria (eu já passei por isso. Fui “vetado” em certas matérias porque os anunciantes me consideravam muito incisivo. Ouvi as conversas em que isso foi decidido).

    3. De modo geral, e chegamos ao maior problema, os jornalistas especializados são despreparados. Conhecem muito pouco dos assuntos que deveriam cobrir, e por isso acreditam em tudo o que as empresas lhes dizem. É mais fácil. Além disso, têm pouco ou nenhum interesse em adquirir o estofo técnico necessário à imparcialidade. São altamente vulneráveis a bajulações e pequenos presentes (coisas de pequeníssimo valor, como um almoço, já são suficientes para comprar os favores de muitos).

    Em determinado ponto da minha carreira, me vi em condições de desafiar tudo isso. Foi o que fiz. Instituí boas práticas técnicas e editoriais – que me levaram a ter inúmeros problemas com superiores e criar inimizades com outros jornalistas. Mas consegui. E criei um certo legado, que durou quase 10 anos. Fui sendo promovido, deixei de escrever sobre produtos (o que motivou comemorações em assessorias de imprensa de fabricantes, segundo confidenciaram pessoas que trabalham nelas). Com o tempo, o legado se dissipou, e as coisas voltaram a ser feitas como antes.

    O que tenho notado, cada vez mais, é que o item 2 converge para o item 1. Ou seja: mesmo em grandes publicações, a interferência dos anunciantes está se tornando aberta, assumida. Triste.

  31. Caro Amadeo,

    Sua experiência nesta área também é de muito respeito.
    Agradeço a sua participação neste nosso humilde espaço.

    Já comentei em outras oportunidades sobre a minha triste experiência em tentar escrever para uma revista e para outros espaços.
    Você tem que atender aos interesses comerciais do veículo, senão está fora.
    Infelizmente as coisas funcionam assim, por isso criei o Hi-Fi Planet.
    Aqui, pelo menos, posso dizer o que deve ser dito. Não preciso deixar a honestidade de lado para favorecer quem quer que seja.

    Muito sucesso em seu trabalho, e saiba que já li muitos artigos seus, todos de excelente qualidade, diga-se.
    Parabéns !!!

    Eduardo

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